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Os evangelhos, Notas de estudo de Eletromecânica

Teologia - os evangelhos

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 04/09/2013

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isaias-carvalho-1 🇧🇷

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NITERÓI, 2003
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NITERÓI , 2003

SEMEADOR

Seminário Evangélico para o Aperfeiçoamento de Discípulos e Obreiros do Reino - SEMEADOR

Supervisão Editorial: Pr. Luiz Cláudio Flórido

Projeto Gráfico, Edição e Impressão: Mídia Express Comunicação

Todos os direitos reservados

Comunidade Cristã Jesus para o Mundo

Índice

  • Introdução
  • Capítulo
  • O Evangelho de Mateus
  • Capítulo
  • O Evangelho de Marcos
  • Capítulo
  • O Evangelho de Lucas
  • Capítulo
  • O Evangelho de João
  • Bibliografia
  • Resposta dos Exercícios
  • Programa Curricular

Os Evangelhos

10 Os Evangelhos

falada. Depois de algum tempo fez-se necessário um registro escrito. Lucas diz: “Visto que muitos têm empreendido fazer uma narração coordenada dos fatos que entre nós se realizaram, segundo no-los transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares e ministros da palavra, também a mim, depois de haver investido tudo cuidadosamente desde o começo, pareceu-me bem, ó excelentíssimo Teófilo, escrever-te uma narração em ordem, para que conheças plenamente a verdade das coisas em que foste instruído” (Lc. 1:1-4). Há somente um evangelho, apresentado de quatro maneiras. Quatro retratos de Cristo são focalizados. Eles apresentam uma Personalidade, mais do que a história conjunta de uma vida.

DO ANTIGO PARA O NOVO TESTAMENTO

Ao tempo em que se encerrou a história do Antigo Testamento, uns poucos judeus, especialmente da tribo de Judá, haviam voltado à Palestina sob a direção de Zorobabel, e aproximadamente oitenta anos mais tarde outro grupo havia voltado com Esdras. Viviam pacificamente em sua própria terra, com o templo reconstruído e as cerimônias religiosas restabelecidas. Os últimos três livros históricos do Antigo Testamento - Esdras, Neemias e Ester - dão-nos a história desse período. Cobrem um período de cem anos que se seguem ao decreto do rei Ciro, permitindo que os judeus voltassem à sua terra (536-432 a.C.). De Neemias até o início do período do Novo Testamento, passaram-se quatrocentos anos. Durante esse tempo nenhum profeta falou ou escreveu. Por isso é chamado o “período do silêncio”. Ao chegarmos ao ano em que Jesus nasceu, é importante que saibamos algumas das coisas que aconteceram, desde os dias de Neemias e Malaquias, até aquela época. Antes da morte de Alexandre, o Grande, ele dividiu o império entre seus quatro generais, porque não tinha herdeiro para o seu trono. O Egito, e mais tarde a Palestina, foram entregues a seu general Ptolomeu. Grande número de judeus nesse tempo se estabeleceram no Egito, bem como em outros centros de cultura, divulgando por toda a parte o conhecimento do seu Deus e a sua esperança de um Messias.

Semeador 11

Foi nessa ocasião, aproximadamente em 285 a.C., que o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Esta versão das Escrituras se chama “Septuaginta”, que significa setenta, pois foram setenta eruditos hebreus que fizeram este trabalho. O reino da Síria surgiu por esse tempo. Nos conflitos entre a Síria e o Egito, Antíoco Epifânio, rei da Síria, cercou a Palestina. Ele começou uma terrível perseguição contra os judeus. Foram proibidos por ele de adorar no Templo e obrigados a comer carne de porco, o que Deus havia proibido por meio de Moisés (Lv. 11:1-8). Muitos judeus se recusaram e teve início uma época de martírio. As crueldades desse terrível rei, provocaram a revolta dos macabeus, sob a liderança de Matatias. Estimulados pelo patriotismo e fervor religioso de Matatias, um grupo de judeus patriotas se uniu a ele e começou uma insurreição, que se espalhou rapidamente. Quando ele morreu, seu filho Judas tomou seu lugar. Embora os seguidores de Judas não fossem treinados, não tivessem equipamentos, inspirados por uma fé destemida em Deus, saíram vitoriosos! No ano 63 a.C., Roma entrou de posse da Palestina, preparando o caminho e a época para o nascimento de Jesus. Os judeus tinham alguma liberdade política, mas tinham de pagar um imposto anual ao governo romano. Os Evangelhos foram escritos durante o Império Romano. Seu primeiro imperador chamava-se Augusto, depois dele houve vários outros, sendo Nero o mais conhecido de todos. Jesus nasceu durante o reinado de Augusto e morreu/ressuscitou durante o reinado de Tibério (14 a 37 d.C.). Quando Jesus nasceu, o rei (governador) da Judéia era Herodes. Nesse período a sociedade pagã e judaica era constituída de uma aristocracia opulenta. Os judeus ricos eram sacerdotes e rabinos. Os pagãos ricos grandes proprietários de terra e políticos. E o restante da sociedade pagã era composta pela classe média, a plebe, escravos e criminosos. Também foi uma era de grandes avanços na ciência, agricultura, indústria, literatura, música, dramaturgia e principalmente na arquitetura, com construções magníficas. Mas, contudo, o nível ético em geral era muito baixo. Corrupção, imoralidade, superstição religiosa, etc. Tudo isso e muito mais revelava

Semeador 13

no capítulo 1. Nos capítulos 5 a 7, no Sermão do Monte, temos o manifesto do Rei, contendo as leis do seu reino. SERVO - Marcos descreve Jesus como Servo. Escrito para os romanos, não contém genealogia. Por quê? Porque ninguém está interessado na genealogia de um servo. Achamos mais milagres aqui do que em qualquer outro Evangelho. Os romanos pouco se interessavam por palavras, muito mais por ações. HOMEM - Lucas mostra Jesus como homem perfeito. Escrito para os gregos, sua genealogia vai até Adão, o primeiro homem, em vez de Abraão. Como Homem perfeito, vemo-lo constantemente em oração e os anjos servindo-o. DEUS - João retrata Jesus como Filho de Deus. Escrito para todos os que hão de crer, com o propósito de levar os homens a Cristo (Jo. 20:31), tudo nesse Evangelho ilustra e demonstra seu relacionamento com Deus. Os versículos iniciais nos transportam ao “princípio”.

É verdade que os quatro Evangelhos têm muita coisa em comum. Todos eles tratam do ministério terreno de Jesus, sua morte e ressurreição, seus ensinos e milagres, porém cada Evangelho tem suas diferenças. É fácil ver que cada um dos autores procura apresentar um quadro diferente de nosso único Salvador. Mateus, de propósito, acrescenta à sua narrativa o que Marcos omite. Nenhum dos Evangelhos contém a narração completa da vida de Jesus. João diz em 21:25: “E ainda muitas outras coisas há que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que nem ainda no mundo inteiro caberiam os livros que se escrevessem”. Existem vazios

UMA APRESENTAÇÃO PESSOAL O Dr. Griffith Thomas apresenta assim os Evangelhos: MATEUS ocupa-se com a vinda de um Salvador Prometido; MARCOS ocupa-se com a vida de um Salvador Poderoso; LUCAS ocupa-se com a graça de um Salvador Perfeito; e, JOÃO ocupa-se com a posse de um Salvador Pessoal. (Estudo Panorâmico da Bíblia, pág. 308).

14 Os Evangelhos

propositados que nenhum dos evangelistas pretendeu preencher. Por exemplo, todos omitem um registro de dezoito anos da vida de Cristo, entre os doze e os trinta anos. Embora cada Evangelho seja completo em si mesmo, cada evangelista registrou aquilo que era relevante e pertinente ao seu tema particular. O objetivo dos Evangelhos é apresentar um aspecto diferente da vida terrena de nosso Senhor. Juntos dão-nos um retrato completo. Ele era Rei, mas era também o Servo Perfeito. Era o Filho do homem, mas não devemos esquecer-nos de que era o Filho de Deus. Há quatro Evangelhos mas um Cristo, quatro narrativas com um propósito e quatro esboços de uma Pessoa.

Todos os Evangelhos estão ligados às promessas do Messias no

Antigo Testamento. Não podem explicar os Evangelhos à parte das grandes profecias messiânicas do Antigo Testamento. Os profetas traçaram um retrato magnífico do Messias. Falaram dos seus ofícios, missão, nascimento, paixão, morte, ressurreição e glória. Consideremos

AS CARACTERÍSTICAS PREDOMINANTES DE C RISTO Vejamos as características predominantes de Cristo segundo cada evangelista: MATEUS - profético - É o livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”. Esta declaração liga-o a duas das mais importantes alianças do Antigo Testamento - a aliança davídica da soberania, e a aliança abraâmica da promessa (II Sm. 7:8-16; Hb. 11:17-19; Jr. 23:5; Jr. 33:15). MARCOS - prático - Jesus é visto como o poderoso obreiro, mais do que como mestre, mais atos do que palavras (Zc. 3:8; Mc. 10:45; Fl. 2:5-8). LUCAS - histórico - A vida de Jesus é narrada com grande beleza e perfeição. Visando os gregos, Lucas considerou o que eles representam: a cultura, a filosofia, a sabedoria, a razão, a beleza e a educação. JOÃO - espiritual - Somente João narra o primeiro ano do ministério de Jesus (caps. 2 e 4); somente ele relata os grandes ensinos de Jesus sobre o novo nascimento. Somente ele narra os propósitos de Cristo na última Ceia (caps. 13 a 16).(Os Evangelhos, EETAD, pág. 11,12).

16 Os Evangelhos

CHAVES DOS EVANGELHOS

(Estudo Panorâmico da Bíblia, pág. 311)

INICIA TERMINA

Mateus Com a genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão (Mt. 1:1)

Mateus Com o Rei comandando e comissionando seus discípulos (Mt. 28:18-20)

Marcos Com a apresentação de Jesus como Servo. Não há genealogia. (Mc. 10:45)

Marcos Jesus, o Servo, é apresentado ainda em atividade com os seus discípulos (Mc. 16:20).

Lucas Com apresentação da linhagem de Jesus em Adão. Cristo é apresentado como o Homem ideal (Lc. 3:23)

Lucas Jesus, o Homem perfeito, está ascendendo ao Pai (Lc. 24:51).

João Com apresentação de Jesus como Deus. Sem genealogia. (Jo. 1:1)

João Jesus, verdadeiramente é o Filho de Deus. Muitas coisas não foram possíveis de se escrever sobre Jesus (Jo. 21:25)

Os Evangelhos

O Evangelho de Mateus

Semeador 19

M

ateus liga-nos com o Antigo Testamento. Em cada página ele procura relacionar o Evangelho com os profetas e mostrar que todos os ensinos estão se cumprindo na pessoa e no reino de Jesus Cristo. É difícil avaliar como é grande a transição do antigo para o novo. Parecia ao judeu que ele tinha de abandonar sua tradição e ortodoxia e aceitar outra crença. Mateus, em seu Evangelho, e Paulo, especialmente em Gálatas, mostram aos cristãos judeus que eles não estavam renunciando à sua antiga fé, mas apenas abandonando símbolos e rituais em troca da substância real. Mateus conhecia bem a história e os costumes judaicos. Nas sete parábolas do capítulo 13 ele fala sobre agricultura, pesca e hábitos caseiros do seu povo. Sabia que essas referências provocariam uma reação favorável no povo judeu. Ao ler Mateus procure ter uma visão clara e compreensiva do Evangelho todo. Tenha em mente o caráter messiânico deste livro. Observe o equilíbrio entre o ministério e o ensino de Jesus. Aqui achamos a genealogia do Rei; seu nascimento em Belém, a cidade de Davi, de acordo com a profecia de Miquéias (Mq. 5:2); a vinda do percursor, João Batista, predito por Malaquias (Ml. 3:1); o ministério do Rei; sua rejeição por Israel; e a promessa da sua volta em poder e glória.

O elo do Velho Testamento

20 Os Evangelhos

O AUTOR

Embora o autor não apareça identificado por nome no texto bíblico, o testemunho unânime de todos os antigos pais da igreja (a partir de cerca de 130 d.C.) é que este Evangelho foi escrito por Mateus, um dos doze de Jesus. Mateus, que quer dizer “dádiva de Deus”, era cobrador de impostos em Cafarnaum, para os romanos, quando Jesus o escolheu como um dos doze discípulos. Seu nome aparece em todas as relações dos doze, ainda que Marcos e Lucas dêem seu outro nome, Levi. A única menção que o autor faz a seu respeito é chamar-se de “publicano”, termo pejorativo na época. Os outros evangelistas falam da grande festa que ele deu para Jesus e registram o fato significativo de ele ter deixado tudo para seguir o Mestre. Ele era, sem dúvida, um homem de recursos. Mateus teria escrito o Evangelho, principalmente em aramaico, para os judeus da Palestina, e depois, teria traduzido para o grego, visando os judeus helenistas. Não se sabe ao certo quando esse Evangelho foi escrito. Dizem que foi escrito entre 45-66 d.C. Diz-se que Mateus, depois da ascensão de Jesus, pregou na Palestina pelo espaço de 15 anos. Viajou dali para outros países, e, conforme a tradição histórica, morreu como mártir na Etiópia.

O TEMA DO LIVRO

O tema do livro de Mateus, se encontra em Mateus 27:37b: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”. O objetivo especial de Mateus é mostrar aos judeus que Jesus é o tão esperado Messias, o Filho de Davi, e que sua vida é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento. O propósito é dado no primeiro capítulo: Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. Esta declaração une Cristo às alianças que Deus fez com Davi e Abraão. A aliança de Deus com Davi consistia na promessa de um Rei que se assentaria no seu trono para sempre (II Sm. 7:8-13). A aliança de Deus com Abraão prometia que através dele todas as famílias da terra seriam abençoadas (Gn.12:3). O filho de Davi seria Rei. O filho de Abraão seria Sacrifício. Mateus começa com o nascimento de um Rei e termina com o oferecimento de um Sacrifício.