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Sonhos e Desafios: Reflexões de Alunos Sobre Seu Futuro e a Importância dos Pais, Resumos de Redação

Este texto apresenta redações de alunos sobre seus sonhos, desafios e expectativas para o futuro, além de reflexões sobre a influência dos pais na vida. Os textos abordam temas como a importância da educação, o esforço para melhorar a condição de vida e a crença na responsabilidade pessoal para o sucesso ou fracasso no futuro.

O que você vai aprender

  • Qual é a crença dos alunos sobre a responsabilidade pessoal no futuro?
  • Qual é a importância da educação para o futuro?
  • Qual é o sonho de um aluno para o futuro?
  • Como os pais influenciam a vida de um aluno?
  • Como os alunos se preparam para enfrentar desafios no futuro?

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Adriana_10
Adriana_10 🇧🇷

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Os alunos da 8ª série
têm o que dizer
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Baixe Sonhos e Desafios: Reflexões de Alunos Sobre Seu Futuro e a Importância dos Pais e outras Resumos em PDF para Redação, somente na Docsity!

Os alunos da 8ª série

têm o que dizer

Os alunos da 8ª série têm o que dizer – São Paulo, 2002. 68 páginas – 14cm x 21cm

  1. Redação – Ensino Fundamental - Juventude

NEV - Núcleo de Estudos da Violência – CEPID – FAPESP – USP

Coordenador do Programa de Pesquisa (afastado) Paulo Sérgio Pinheiro

Coordenador (em exercício) e Coordenador de Programa de Disseminação Sérgio Adorno

Coordenadora do Programa de Transferência de Conhecimento Nancy Cardia

Responsáveis pelo Projeto Eduardo Brito, Helder Ferreira e Viviane Cubas

Diagramação, revisão e capa: Márcio Medrado

Ilustração: Eduardo Medrado

Impressão: Casa do Psicólogo

Sumário

  • Introdução
  • Apresentação
  • Professor Ribamar Tavares Tiburtino
  • Professora Gleiciane O. de Morais
  • Gisele Alves Lopes - 1º lugar Redações vencedoras
  • Ademir Souza Correia - 2º lugar
  • Letícia Salles Conceição - 3º lugar
  • Kamila de Oliveira Belo - 4º lugar
  • Anderson Ramos - 5º lugar
  • Aline Carla Saraiva Redações
  • Ana Maria Lima Santos
  • Anderson Alves de Alencar
  • Anderson dos Santos Silva
  • Antonio Ferreira de Jesus
  • Ariane P. Dominguês
  • Ariane Soares Ribeiro
  • Camila Martins Costa
  • Cícero Batista Pereira
  • Cínthia M. Santos
  • Danilo Mota da Silva
  • Débora Alves de Brito
  • Diego Barbosa de Macedo
  • Diego Ferreira
  • Edson Tavares Brasil
  • Eduardo de Oliveira Martins
  • Eliene Oliveira de Sousa
  • Emanuela A. da Silva
  • Erika Cristina H. da Silvana
  • Fabio Moreno Gomes
  • Fernando Roberto Lisboa
  • Ismael Jesus dos Santos
  • Jackeline Tomaz de Moraes
  • Jailene Mendes Silva
  • Janaina Oliveira Cavalcante
  • José Luiz Silveira
  • Joseilton Ramos Araujo
  • Josiane M. Almeida
  • Lilian Feitosa
  • Luana Carvalho Costa
  • Luiz Fernando dos Santos Alves
  • Marcela Anunciação de Souza
  • Márcio Lima dos Santos
  • Marcio Luiz da Conceição
  • Maria Aparecida Queiroz de Lima
  • Maria Cristina G. Oliveira
  • Pãmela Aparecida da Silva
  • Patricia M. dos Santos
  • Paula Gonçalves Rodrigues
  • Regiane Passos Neves
  • Ricardo de Jesus Andrade
  • Samuel da Cruz Santos
  • Silvana de Jesus Teixeira
  • Simone Lima dos Santos
  • Tatiane de Souza Morais
  • Tatiana Maria da Silva
  • Vinicius Xavier de Moraes
  • Wellington Gomes Diniz
  • Wesley Josino Avelar

7

Introdução

Finalizar a oitava série representa fechar o primeiro elo da vida escolar. É um momento muito especial na vida de todos: dos alunos e de seus pais, de seus professores, dos diretores e dos funcionários da escola. Os jovens que terminam este primeiro ciclo estarão deixando para trás amigos, primeiros colegas de escola, primeiras experiências com outros adultos que seus pais e familiares e se preparando para entrar no mundo do segundo ciclo. Nova escola, novos colegas, professores, novas rotinas, novas disciplinas, novos desafios- tudo ao mesmo tempo com a atração da novidade e com o frio na barriga que estas grandes mudanças trazem. Do passado restarão as memórias, os cadernos que serão guardados por algum tempo, até que em algum momento, em alguma mudança pouco a pouco vão se perder e algumas fotografias. Fotografias de grupo: as classes com suas respectivas professoras, fotografias dos alunos em geral tiradas em alguma sala de aulas com um mapa do Brasil como fundo, tendo na frente um rosto sorridente com uma caneta na mão e um caderno aberto na frente.

À medida que o tempo passa as fotos e as memórias ficarão mais fracas e mais e mais tendemos a nos perguntar sobre o que cada um de nós pensava naquela época: que esperanças tínhamos? Quais sonhos sonhávamos?

Reunir as redações feitas pelos alunos da 8ª^ série, que estarão encerrando sua experiência na escola de primeiro ciclo, é uma tentativa de registrar e guardar para os alunos que se formam, seus pais e seus professores e para os futuros alunos suas esperanças, suas expectativas e seus sonhos. É através destas esperanças que poderemos no futuro avaliar em que medida o país está ou não ficando mais justo, pois educar deveria ser criar as condições para que estes sonhos se transformem em realidade.

Nancy Cardia

8

Apresentação

O projeto “Escolas Justas e Seguras” iniciado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco de Paula Vicente de Azevedo, representa um desafio para nós pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, tanto porque corresponde a uma mudança radical de nosso ambiente de trabalho, quanto porque envolve um público com o qual ainda não tínhamos uma experiência que parecesse plena. Dentro desta nova experiência, iniciamos nosso trabalho com o público da 5ª, 6ª e 7ª série, com o qual formaremos um grupo mais estável para permanecer com as atividades no ano de 2003, nas quais discutiremos problemas e buscaremos soluções para estes, a partir de um ambiente que valorize o diálogo. Porém, não queríamos que os alunos da 8ª série fossem excluídos do projeto como um todo, por isso surgiu a idéia de um concurso de redações que, se por um lado funciona como um projeto de inclusão participativa, por outro, ajuda-nos como uma medida para, futuramente, avaliarmos o impacto do projeto na escola com os alunos que estão iniciando este trabalho conosco. Tendo em vista a idéia da redação, pedimos auxílio aos três professores de português que lecionam na escola e aproveitamos esta ocasião para agradecer os professores Ribamar e Gleiciane, os quais se envolveram profundamente neste trabalho. Aos alunos foi proposto o tema: “Como eu imagino que vai ser o meu futuro comparado com a vida que os meus pais têm”. A participação dos alunos, ainda que incentivada pelos professores acima mencionados, foi absolutamente espontânea, o que apenas enriquece os textos que apresentamos a seguir. Em se tratando de um concurso, era nosso dever selecionar cinco redações que se destacassem do conjunto. Este destaque precisava de uma objetividade, daí pautamos nossa seleção por três critérios: adequação ao tema, originalidade e estrutura lógica (começo, meio e fim). A leitura do material foi, ao mesmo tempo, prazerosa e difícil, pois várias outras redações mereciam estar entre as primeiras. Contudo, o prêmio para todos os que participaram deste concurso é esta publicação: todas merecem ser lidas e partilhadas.

10

Professor Ribamar Tavares Tiburtino

Acredito que existam inúmeros projetos que possam ser trabalhados com nossos alunos, desde que ambos sejam devidamente instigados, no intuito de estarem se auto-afirmando, fincando alicerces para o autocrescimento. Pude, com este projeto, perceber que houve uma participação coletiva em massa, onde os alunos realmente inseriram em si a necessidade de estarem apresentando um bom trabalho. Pode até parecer brincadeira, mas o momento foi até propício a alguns estarem sanando dúvidas em relação à gramática, portanto, os realizadores do projeto estão de parabéns. Creio que, somente quando as pessoas, não só da escola, começarem a germinar em si este sentimento de amor ao próximo, com programas de apoio e ajuda aos menos favorecidos, será realmente a hora em que a educação começará a ser transformada.

Professor Ribamar Tavares Tiburtino tem 27 anos e gosta de programas culturais, TV, internet, gosta de ler, etc.

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Professora Gleiciane O. de Morais

O que esperar do futuro? Para qualquer adolescente é uma pergunta difícil de responder, entretanto, os meus alunos parecem saber exatamente o que o futuro lhes reserva, e sabem também que terão grande responsabilidade na realização dos seus sonhos e projetos de vida. Para alguns apenas um lar, uma família e trabalho para sustentá-la; para outros o desejo de transformar o mundo em um lugar melhor, e há ainda os que desejam apenas poder estudar e ter um trabalho digno e honesto. Transformar o mundo pode parecer o desejo menos visível e possível de se realizar, entretanto para alunos de periferia, estudantes de escolas públicas e bem próximos à exclusão social, ter uma família e um emprego para sustentá-la pode tornar-se um desejo irrealizável, pois sabemos que a sociedade desanima e marginaliza quem não se enquadra em seus padrões. Entretanto, nos textos a seguir teremos a oportunidade de conhecer um pouco dos alunos que fazem a diferença, alunos que não têm ilusões de conquistas fáceis, ao contrário, sabem que precisam lutar muito para conseguir o seu espaço na sociedade e que acreditam em si próprios como responsáveis pelo fracasso ou sucesso que venham a obter no futuro. E é por isso que estou aqui como educadora, para tentar ajudá-los em suas conquistas.

Professora Gleiciane O. de Morais tem 24 anos, gosta de ler e, sem hipocrisia, dar aulas.

Os alunos da 8ª série têm o que dizer

1º LUGAR

13

O sonho de uma vida melhor

Há filhos que agem de acordo com as atitudes dos

pais. Eles observam a vida deles hoje e imaginam se

futuramente estarão no mesmo emprego, na mesma

condição social, etc. Já outros vêem o dia-a-dia dos

pais e pensam: quero fazer diferente. Eu faço parte

desse último grupo.

Meus pais não têm uma vida fácil: trabalham o

dia inteiro e passamos o mês, muitas vezes, apertados

com o salário pequeno. Graças a Deus não passamos

fome, mas é claro que, como todo jovem, eu quero outro

futuro e sonho com uma vida boa para mim. Não sei

ainda em que quero trabalhar, mas vou batalhar para

conseguir um bom emprego, que dê sustento a mim e

a toda minha família. Seria bom também que o Brasil

fosse mais justo, pois se fosse assim hoje, a vida dos

meus pais seria mais fácil, com certeza.

Enfim, tomara que com o estudo eu esteja apta a

conseguir um emprego bom que tanto quero. Ninguém

sabe o que pode acontecer no futuro, mas muito do

amanhã depende das ações de hoje.

Gisele Alves Lopes

15 anos, 8ª A Gosta de desenhar e ouvir música ( rock ).

Os alunos da 8ª série têm o que dizer

2º LUGAR

14

A influência de meus pais

A influência de um pai é muito importante na vida

de uma pessoa, porque o pai é uma autoridade dentro

de casa.

Pelas observações que tive de meus pais eu vou

ser uma pessoa honesta e trabalhadora como minha

mãe e forte psicologicamente, decisivo e solidário como

meu pai.

Com a influência deles eu vou ser uma pessoa feliz.

Eles me mostraram como é o mundo, que nele as

pessoas desrespeitam as leis e ferem pessoas sem

precisão.

Eles me ensinaram que devemos aprender com os

nossos erros e dos outros. Meu pai abandonou minha

mãe e isto me mostrou que eu nunca vou fazer isto

para não magoar as pessoas, porque não é só o casal

que sofre, e sim toda família.

Me ensinaram também a sempre trabalhar, lutar

por tudo que almejar e nunca roubar.

Essa é a influência que meus pais deram para o

meu futuro ser melhor que o deles, eu espero dar esta

influência para o meu filho ou até outras melhores.

Ademir Souza Correia

16 anos, 8ª B Gosta de tocar bateria.

Os alunos da 8ª série têm o que dizer

4º LUGAR

16

Tudo o que quiser, pode alcançar...

Meus pais levam uma vida muito difícil, têm que

trabalhar mais de 8 horas por dia, para poder dar uma

vida digna para mim e meu irmão.

Felizmente eles se preocupam comigo, e se dedicam

ao máximo para eu poder ter um futuro próspero e

uma profissão mais valorizada economicamente.

Atualmente eles vêm me dando incentivo para

tentar entrar na CEFET. Se conseguir, terei o que

sempre quis: uma profissão de verdade. Eu os amo e

sei que sempre “ralaram” para me dar o que tenho

hoje, e valorizo muito tudo o que fazem.

Se depender de mim meu futuro será bem melhor

do que o deles, afinal me dedico ao máximo e tenho a

cabeça no lugar. Metas não me faltam, agora só me

faltam oportunidades para poder colocá-las em prática.

Meu grande desejo é que todos lutem por seus

ideais, pois, com certeza, se lutarem conseguirão

realizá-los, e os realizando teremos, assim, um mundo

melhor.

Kamila de Oliveira Belo

14 anos, 8ª B Gosta de ler, sair, ouvir música, telefonar e esportes (gastar dinheiro).

Os alunos da 8ª série têm o que dizer

5º LUGAR

17

Eu imagino que vai ser muito difícil. Meu pai não

teve tempo para estudar, com 14 anos de idade

trabalhava muito na roça.

O nome do meu pai é Antonio Modesto da Silva,

com 57 anos de idade ele fala para mim como foi o

tempo de infância na roça.

Às vezes eu me pergunto se foi difícil no passado,

o que o meu pai batalhou para dar o conforto para

mim e minha família. Imagine o que eu vou enfrentar

no futuro para ser mecânico técnico, meu sonho.

Desde bebê à adolescência, meu pai deu um duro

para cuidar de mim.

Sei que vai chegar uma hora em que ele irá precisar

de mim, por isso, tenho que estar preparado.

Anderson Ramos

14 anos, 8ª A Gosta de estudar.

Os alunos da 8ª série têm o que dizer

19

O futuro que almejo

Certo dia acordei com um objetivo: pensar em meu

futuro. Como pode ser o futuro de uma pessoa que os

pais não têm um grau superior? Que os pais trabalham

só para pagar contas e nos dar o essencial? Pensam

em nosso futuro sem poder fazer muitas coisas? Estas

eram algumas das perguntas que eu mesma me fazia.

Logo as respondia pensando em tudo de bom que me

dão a cada dia: amor, acima de tudo, sempre pensam

em mim querendo sempre o meu bem e muitas outras

coisas. Mas como fica o meu futuro? Poderá ser ótimo

com a vida que me dão, basta eu querer. A vida deles

foi diferente? Não, até pior, na minha idade já

trabalhavam feito loucos pra ajudar em casa, nem

pensavam em estudar. Tenho tudo para me formar.

Vou esperar fazerem tudo pra mim, desde o básico até

a faculdade? É obvio que não, nunca conseguiremos

algo sozinhos, mas temos que fazer a maior parte da

história. Meu futuro não depende só de meus pais, a

maior parte tem que vir de mim para se tornar

exemplar.

Minha vida é ótima, minha vida e meus pais são

tudo. Tudo na vida basta querer. Tenho que esperar

meu futuro a cada momento e pensar a cada instante

o melhor para mim e para ele.

Aline Carla Saraiva

14 anos, 8ª B Gosta de ler, estudar e curtir a vida.

Os alunos da 8ª série têm o que dizer

20

Eu penso que o meu futuro não será tão bom, pois

sabemos que para conseguir uma condição melhor, é

preciso ter um serviço e é necessário que tenha estudo,

porque é a única riqueza, o único tesouro que tenho,

ao contrário dos meus pais.

Eu tenho absoluta certeza que com os meus pais,

com o apoio deles e o meu interesse, logo vou ter um

futuro belíssimo, mas que seja sem dúvida digno.

Com o progresso do mundo as coisas são mais

fáceis e práticas para quem sabe manuseá-las.

Eu não gostaria de ter o mesmo futuro que eles, e

sim construir o meu desenvolvimento, o meu próprio

potencial e, é claro que eu sou capaz, basta querer.

Sabemos que o futuro está em nossas mãos, basta

querer, acreditar que conseguiremos.

Ana Maria Lima Santos

14 anos, 8ª B Gosta de ouvir música.