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Este documento aborda a demonstração da origem e aplicação de fundos em um relatório financeiro de uma sociedade anônima. Ele explica o conceito de demonstração de origem e aplicação de fundos, seu objetivo e benefícios, e fornece um caso prático para ilustrar o processo. O documento também discute as variações de contas que podem representar origens e aplicações de fundos, como o capital de giro.
Tipologia: Notas de aula
1 / 6
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Não perca as partes importantes!
R. Adro. Erop., Rio de Janeiro,
A posição financeira de uma
sociedade anônima, bem como
os resultados de suas operações
normalmente demonstrada ao
público pela publicação do
relatório da diretoria,
acompanhado do balanço geral
e da demonstração de lucros
e perdas. Em muitos casos, essa
atender às exigências legais,
pois as demonstrações
financeiras convencionais
não contêm tôdas as
informações essenciais para
seu entendimento e análise.
Entretanto, temos observado
que algumas sociedades têm
publicado seu balanço geral
e a demonstração de lucros e
perdas acompanhados de notas
explicativas e dados adicionais,
tais como demonstração das
mutações patrimoniais, da
origem e aplicação de fundos
etc. Essas sociedades procuram
levar ao conhecimento do
oúblico dados e informações
sôbre suas atividades e os.
resultados obtidos.
abordar especificamente a
11(4) :47-52,
demonstração da origem e
aplicação de fundos, pois
entendemos que ela contém
informações essenciais para a
compreensão e análise dos
negócios de uma emprêsa
num determinado período.
Podemos conceituar a "origem
e aplicação de fundos" como
uma demonstração condensada
do modo pelo qual as operações
foram financiadas e os recursos
financeiros aplicados durante
certo tempo.
O preparo da demonstração
consiste bàsicamente na
análise comparativa entre os
balanços inicial e final, em
determinado período. Para tal
comparação, teremos
necessidade de análises
minuciosas das transações
registradas em algumas contas,
tais como ativo imobilizado,
lucros em suspenso etc., pois,
conforme comentado nos
parágrafos seguintes, a simples
out./dez. 1971
comparação dos saldos é
inconclusiva.
A demonstração apresenta,
como resultado final, aumento
ou diminuição no capital de
giro, considerando como fundos
tôdas as fontes e tôdas as
aplicações que afetam a posição
financeira da emprêsa.
A demonstração da origem e
aplicação de fundos tem como
objetivos principais:
a) auxiliar na análise financeira
dos resultados das operações
realizadas num determinado
período;
b) auxiliar no preparo de
orçamentos financeiros;
c) apresentar dados que não
podem ser fácil ou diretamente
obtidos das demonstrações
financeiras convencionais.
Por si só, contribuirá nas
respostas a questões sôbre
assuntos financeiros, tais
como:
a) Qual é o total dos recursos
gerados pelas operações da
emprêsa?
b) Por que o capital de giro
diminuiu, quando o resultado
do exercício apresentou lucro
líquido?
c) Por que a diretoria está
propondo dividendos de 5%,
quando no ano anterior pagou
10%?
d) Como está sendo financiada
a expansão da fábrica?
e) Por que a diretoria está
propondo a emissão de
debêntures?
f) Como foi aplicado o
empréstimo obtido no exterior?
Devido a sua grande utilidade
é plenamente recomendável a
inclusão da demonstração da
origem e aplicação de fundos
como parte das demonstrações
financeiras do exercício.
48
4.1 Recursos obtidos por
operações próprias
Na apuração dos recursos
obtidos por operações
realizadas pela própria emprêsa
durante certo período e que
foram aplicados nos negócios,
torna-se necessário ajustar o
lucro líquido do exercício,
subtraindo as distribuições que
representam desembolsos
de caixa a curto prazo e
adicionando os custos
incorridos que não os
representam.
A adição de determinados
custos ao lucro líquido é
justificada, pois sua contabi-
lização representa uma dedução
das receitas obtidas com as
vendas, sem que haja um
correspondente desembôlso
de caixa. Entre os custos que
não o representam, o mais
comum é a depreciação, uma
vez que pràticamente tôdas as
companhias trabalham com
ativos depreciáveis.
Para se obter o valor total dos
recursos obtidos através das
operações realizadas, o
valor das depreciações, das
baixas e das retiradas deve ser
adicionado ao lucro líquido do
exercício.
4.2 Aumento nas contas do
Exigfvel a Longo Prazo
Os empréstimos obtidos a longo
prazo são origens de fundos a
serem aplicados nos negócios.
4.3 Diminuição nas contas
do Realizável a Longo
Prazo
A venda de ações de outras
emprêsas, as transferências
de empréstimos compulsórios,
obrigações reajustáveis etc.,
para realizável a curto prazo,
representam origens de fundos.
4.4 Outras origens
Analisando os balanços inicial e
final, poderemos encontrar
outras variações de contas que
possam representar origens
de fundos. O aumento de capital
com integralização em dinheiro,
a redução de ativo pendente, o
aumento em resultado pendente
no passivo são casos que
representam outras origens de
fundos.
5.1 Ativo imobilizado
As adições ao ativo imobilizado
representam a principal
aplicação de fundos, pois num
país em fase de desenvolvi-
mento é de se prever que tôdas
as indústrias tenham planos de
expansão.
As transações registradas em
conta do ativo imobilizado
devem ser analisadas com
especial atenção, pois
geralmente incluem origens
e aplicações de fundos. O
custo de novas adições
representa aplicações de fundos,
enquanto que as vendas de
bens representam origens.
5.2 Aumento nas contas do
Realizável a Longo Prazo
A compra de ações de outras
emprêsas, os recursos aplicados
em depósitos compulsórios e
obrigações reajustáveis
representam aplicações de
fundos.
5.3 Diminuição nas contas do
Exigfvel a Longo Prazo
As transferências de emprés-
timos a longo prazo para
curto prazo representam
aplicações de fundos.
5.4 Outras aplicações
Analisando os balanços inicial
e final, poderemos encontrar
outras variações de contas que
representam aplicações de
fundos. Por exemplo, aumento
do ativo pendente, distribuição
de dividendos provenientes de
lucros de anos anteriores etc.
Outra aplicação de fundos,
que na realidade é
representada pela diferença
Revista de Administração de zmorêsa«
Demonstração 3
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS
E PERDAS PARA O ANO FINDO
EM 31 DE DEZEMBRO DE 19X
Cr$
Vendas Custo das mercadorias vendidas
Lucro bruto
Despesas de vendas Despesas gerais e administrativas Depreciações
Lucro operacional
Outras despesas Outras receitas
Lucro, antes do imp&sto de renda
Reserva para imp&sto de renda
Lucro liquido
7.2 Capital de giro
Com base nos balanços
comparativos (demonstrações 1
e 2), determinamos o capital
de giro em 31-12-19xO e em
31-12-19xl da Companhia
D.E.F., apurando um
aumento líquido no capital de
giro de Cr$ 1.470,
conforme demonstrado no
quadro 1.
7.3 Imobilizado
No quadro 2 apresentamos o
movimento registrado nas
contas do imobilizado da
Companhia D.E.F.
7.4 Recursos obtidos por
operações próprias
Os recursos obtidos por
operações próprias são
apurados a partir do lucro
líquido do exercício, deduzindo
as distribuições que
representam desembôlso de
caixa a curto prazo e adicionando
despesas que não o
representam. No quadro 3
demonstramos os recursos
obtidos por operações próprias
da Companhia D.E.F.
50
Demonstração 4
DEMONSTRAÇÃO DO MOVIMENTO DAS CONTAS PATRIMONIAIS
PARA O ANO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 19X
Reserva (^) Lucros Capital para ou- Reserva nõo (^) Total mento de (^) legal distri- capital (^) buídos
Saldo em 31-12-19xO (^) Cr$19 (^740) 8 460 2 910 li 390 42 500 Correção monetária do imobilizado (^6400) 6 400 Aumento de capital I. com reservas (^6 000) (6 000)
Saldo em 31-12-19xl (^) Cr$ 28 000 9540 3 102 11 788 52 430
Quadro 1
AUMENTO UQUIDO DO CAPITAL DE GIRO
31 de dezembro
19xO 19x1 (^) Aumento (Diminuição) Cr$ Cr$ Cr$
Disponível (^2 070) I 060 (I 010) Realiz6vel a curto prazo (^23 260 27940) 4 680
Exigível a curto prazo (^) (13 020) (15 220) (2 200)
Quadro 2
MOVIMENTO DAS CONTAS DO-IMOBILIZADO
Ao c.usfO Correção Depreciação Líquido
Saldo em 31-12-19xO (^) Cr$ 13 960 20 930 (7770) 27 120 Adições - ao custo (^7 950) 4"~ 7 950 Correção monetária (^7 580) (lfI80) 6 400 Depreciação (^) ~~.i (3_890) (3 890) Baixas e retiradas (^) (40) (100) 70) (70)
Saldo em 31-12-19xl (^) Cr$ 21 870 28 410 (12 770) 37510
Quadro 3
RECURSOS OBTIDOS POR OPERAÇOES PRóPRIAS
Lucro líquido do exercício (d~mons... tração 3) Menos - Dividendos declarados (demonstração 4) e classificados como exigível o curto prazo (demonstração 2)
Mais- Despesas que não representam desembolsos. Depreciaçl5es (quadro 2) Baixos e retiradas do ativo imabilizada (quadro 2)
Recursos obtidos por op.raçaes pr6- prias (^) Cr$ 5 230
Revista de Administração de Emprêsas
Origem e apZicação de fundos
. \
Origem de fundos: Títulos a pagar (demonstração 2) Aplicaçllo de fundo•• Empr6stlmos banc6riqs (demonstraçllo 2) O.tro. (demonstração 2)
Aumento liquido
31 de dezembro Âumento 19xO 19x1^ (Diminuiçllol
Cr$ 3 010 9 790 6780
Investimentos e dep6sitos compulsórios (demonstração 1) Obrigaç&es -reajustáveis (demonstraç60 2) Outros (demonstraçCio 2)
Aumento Inicial Final (DiminuiçCioI
Cr$ 5 640 8 350 2 710
a) Recursos obtidos por operaçéS" pr6prias (quadro 3) 5 230 b) Aumento Ifquido nas contds do exigível a longo prazo (qua-
c) Aumento no resultado pendente- passivo. dI Aumento de capital 2 260
e] AdlçiSesa" imobilizado (quadro 2·1 7 950 b) Aumento nas contas do realizável a longo prazo (quadro 5) 2 710 c) Aumento no resultado pendente 2 610 d] Aumento no capital d. giro (quadro 1) 1 470
Cr$ 14 740
Origem de fundos: Lucro líquido do exercício Menos - Distribuição de dividendos
Mais - Custos incorridos que não representam desembolsos de caixa DepreclaçiSes (incluindo baixas do atfvo Imobilizado Cr$ 70) 3 960
Recursos obtidos por operaç&es pr6prias Obtenção de empréstimos a longo prazo Constituiçao do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e outros Integralização de capital em dinheiro
Aplicação d e fundos. Adições ao lmábilizado, compreendendo principalmente edifícios, máquinas e equipamentos ao custo Novos investimentos, aquisição de obrigaç6es reajustáveis e outras aplica~iSes Pagamentos antecipados e dep6sitos ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço Aumento no capital de giro