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Guias e Dicas
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Orientações para Professores: Ensino de Estudantes Cegos, Manuais, Projetos, Pesquisas de Processo de Aprendizagem

Orientações para professores que atuam com estudantes cegos, baseadas no livro 'orientações para atuação pedagógica junto a alunos com deficiência: intelectual, auditiva, visual, física', de luzia guacira dos santos silva. As orientações abordam a importância de compreender as capacidades dos estudantes cegos, utilizar materiais táteis e estimular todos os sentidos, fornecer informações clara e direta, permitir a participação plena em atividades, proporcionar diferentes instrumentos de avaliação e promover a utilização de tecnologia assistiva.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
NÚCLEO DE POLÍTICAS DE INCLUSÃO
Orientações para professores de estudantes cegos
A utilização de recursos tecnológicos torna-se essencial para o
desenvolvimento das atividades acadêmicas pelos estudantes cegos. Nessa
perspectiva, o uso de computador; gravador; arquivos em formato eletrônico
(textos, slides, filmes); reglete (régua com linhas de retângulo correspondentes
à cela Braille) e punção (espécie de lápis) para escrita em Braille favorecem o
processo de aprendizagem pelo estudante.
Diante disso, o Núcleo de Políticas de Inclusão da Pró-Reitoria de
Graduação, ressalta a importância do apoio dos docentes aos estudantes
cegos matriculados na UFRB, visando promover um ensino de qualidade,
mediante alternativas pedagógicas que criem condições para acesso,
participação e aprendizagem dos referidos estudantes.
Nessa perspectiva, destacamos abaixo algumas orientações para
professores que atuam com estudantes cegos, extraídas do livro Orientações
para atuação pedagógica junto a alunos com deficiência: intelectual,
auditiva, visual, física.”, da autora Luzia Guacira dos Santos Silva (2010)
Segundo a autora, é importante que o (a) professor (a) em sua ação
mediadora:
Compreenda que a pessoa cega não vive num mundo escuro e sombrio. Ela percebe
coisas e ambientes e adquire informações através do tato, da audição, do paladar, do
olfato, dos sentidos cinestésicos e dos sentidos vestibulares.
Utilize materiais com diferentes texturas na e laboração de material didático e estimule
todos os sentidos do seu aluno cego, através de diferentes atividades.
Indique as distâncias dos objetos e coisas em metros, quando houver necessidade.
Pode dizer, por exemplo: “A estante está há uns 2 metros à sua frente.
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

NÚCLEO DE POLÍTICAS DE INCLUSÃO

Orientações para professores de estudantes cegos

A utilização de recursos tecnológicos torna-se essencial para o

desenvolvimento das atividades acadêmicas pelos estudantes cegos. Nessa

perspectiva, o uso de computador; gravador; arquivos em formato eletrônico

(textos, slides , filmes); reglete (régua com linhas de retângulo correspondentes

à cela Braille) e punção (espécie de lápis) para escrita em Braille favorecem o

processo de aprendizagem pelo estudante.

Diante disso, o Núcleo de Políticas de Inclusão da Pró-Reitoria de

Graduação, ressalta a importância do apoio dos docentes aos estudantes

cegos matriculados na UFRB, visando promover um ensino de qualidade,

mediante alternativas pedagógicas que criem condições para acesso,

participação e aprendizagem dos referidos estudantes.

Nessa perspectiva, destacamos abaixo algumas orientações para

professores que atuam com estudantes cegos, extraídas do livro “ Orientações

para atuação pedagógica junto a alunos com deficiência: intelectual,

auditiva, visual, física.”, da autora Luzia Guacira dos Santos Silva (2010)

Segundo a autora, é importante que o (a) professor (a) em sua ação

mediadora:

  • Compreenda que a pessoa cega não vive num mundo escuro e sombrio. Ela percebe coisas e ambientes e adquire informações através do tato, da audição, do paladar, do olfato, dos sentidos cinestésicos e dos sentidos vestibulares.
  • Utilize materiais com diferentes texturas na elaboração de material didático e estimule todos os sentidos do seu aluno cego, através de diferentes atividades.
  • Indique as distâncias dos objetos e coisas em metros, quando houver necessidade. Pode dizer, por exemplo: “A estante está há uns 2 metros à sua frente.
  • Ao orientar ao seu aluno cego que direções seguir, o faça do modo mais claro possível. Diga “a direita”, “a esquerda”, “acima”, “abaixo”, “para frente” ou “para trás”, de acordo com o caminho que ele necessite percorrer ou voltar-se. Nunca use termos como “ali”, “lá”.
  • Fale sempre diretamente ao seu aluno cego, e nunca por intermédio de seus colegas ou acompanhante. A pessoa cega pode ouvir tão bem, ou melhor, que você. Não evite as palavras “veja”, “olhe” e “cego”; use-as sem receio. Todas as pessoas cegas às utilizam no seu cotidiano.
  • Avise aos instrutores, guias e anfitriões, nas atividades de campo, que na turma há um aluno cego e pergunte se há possibilidade de o mesmo tatear os objetos em conhecimento, caso necessário.
  • Nunca exclua o aluno cego de participar plenamente das atividades de campo e sociais, nem procure minimizar tal participação. A cegueira não se constitui em problema para tais atividades. Permita que o aluno decida como participar.
  • Proporcione ao aluno cego a chance de ter sucesso ou de falhar, tal como outra pessoa que tem visão.
  • Busque estratégias diferenciadas para o trabalho com seus alunos, viabilizando a imaginação, a criatividade e outros canais de percepção e expressão (tátil, auditiva, olfativa, gustativa, cinestésica e vestibular), além da reflexão, da manipulação e exploração dos objetos de conhecimento.
  • Possibilite diferentes instrumentos de avaliação, tais como: prova em braille, prova oral, apresentação de seminários, portfólios também para o aluno cego.
  • Permita, durante as aulas, o uso do gravador, da máquina de escrever braille, de computador com programas sintetizadores de voz e ledores de texto.
  • Promova atividades colaborativas entre os alunos, tais como as que podem ser desenvolvidas em dupla, que possibilitam ao aluno cego ter, em seu colega, um escriba e ledor.
  • Verbalize todos os procedimentos desenvolvidos, transmitindo com clareza os conteúdos de forma fácil e audível.
  • Desenvolva, sistematicamente, a percepção tátil dos alunos com cegueira, pois ela é essencial para que os cegos cheguem a desenvolver a capacidade de organizar, transferir e abstrair conceitos.
  • Dê mais tempo para o aluno cumprir suas tarefas e diminua o número de exercícios e/ou textos, caso seja necessário.

Além das ações descritas acima, é muito importante que o (a) docente:

 Sempre que for possível, disponibilize ao estudante cego os

textos em formato digital bem como os slides e filmes utilizados

durante a aula para que, através dos recursos de Tecnologia

Assistiva, este estudante tenha mais acessibilidade ao conteúdo

trabalhado.