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A evolução das organizações nos séculos xx e xxi, explorando modelos tradicionais de gestão e as novas tendências que surgiram em resposta às mudanças no ambiente organizacional. Aborda temas como administração científica, gestão de pessoas, modelos holísticos, empresas de gestão do conhecimento e a influência da tecnologia na sociedade 5.0. O texto destaca a importância da adaptação às novas realidades e a necessidade de repensar as estruturas organizacionais para enfrentar os desafios do século xxi.
Tipologia: Esquemas
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Antes de iniciar efetivamente nossa conversa sobre evolução e mudança das organizações, é necessário buscar algumas definições sobre o termo. A definição é importante para entender o impacto que as organizações têm na vida cotidiana, para nós e para a sociedade como um todo. Essas definições objetivam explicar alguns termos que serão utilizados no decorrer da nossa aula, de modo a equalizar nosso conhecimento. Para iniciar, Coltro (2015, p. 26) esclarece que as organizações são: entidades dinâmicas, em contínuo movimento, e as mudanças decorrentes desse processo nem sempre são promissoras para o seu futuro socioeconômico. As organizações, por sua natureza de imersão e participação no ambiente de operação, sofrem as mais diversas consequências advindas do contexto no qual estão inseridas. Ao analisar a atualidade, deparamo-nos com grandes mudanças nas organizações, nos comportamentos e nos valores. Tudo novo e talvez diferente do que conhecemos e vivemos até agora em nossas organizações. Essa afirmação talvez possa parecer, em um primeiro momento, um tanto forte ou excessivamente contundente , mas vamos a alguns fatos relevantes: 1. Algumas décadas atrás as empresas, preocupadas com um cenário cada vez mais competitivo, voltaram suas ações para a economia de escala, ou seja, para rever processos, usar mais tecnologia, diminuir custos de produção, enfim, organizar todo o processo de produção para produzir mais, com menor custo (linha de produção); 2. Mais conhecimento e competência em marketing e vendas tendo como referência padrões mundialmente estabelecidos; 3. Movimentos de qualidade caracterizados pela gestão sistêmica e científica, utilizando medidas de controle e verificação, implantando dessa forma conceitos fundamentais para o planejamento estratégico; 4. Foco no cliente, ou seja, toda a empresa deve estar voltada para atender às necessidades dos clientes, superando suas expectativas, buscando assim sua fidelização. Com acesso irrestrito à internet, a informação não tem mais fronteiras provocando, assim, maior desenvolvimento das sociedades – leia-se aqui, universidades, empresas, organizações em geral. Esse desenvolvimento está demonstrando que o valor do conhecimento dos indivíduos é mais valioso do que o dinheiro.
Uma atividade eficiente é, portanto, aquela que é bem-feita” (Ferreira, 2006. p. 21). A eficácia está relacionada, segundo Ferreira (2006. p. 21), ao “alcance dos objetivos adotados pela organização. Uma tarefa é considerada eficaz quando produz resultados relevantes, tendo como parâmetros os planos estabelecidos”. Para a efetividade, parece adequado o significado apresentado no Dicionário Michaelis: “qualidade do que resulta em algum fim utilizável” ou ainda a “capacidade de concretizar-se em efeitos reais”. Os ambientes organizacionais têm evoluído em seus modelos de gestão, passando por diversas transformações, conforme nos mostra a Figura 1. Figura 1 – Ondas de transformação Fonte: Silva, 2021. Em uma primeira análise, temos a era da produção em massa, em que modelos tradicionais de gestão foram amplamente utilizados (alguns perduram até hoje em várias organizações), entre eles: administração científica, administração das relações humanas (1920), era da eficiência com a administração burocrática (1950), era da qualidade (1970) e era da competitividade (1990), que terão suas características apresentadas a seguir.
de gestão nas organizações tem por objetivo otimizar o serviço e reduzir tarefas consideradas não essenciais, às vezes em detrimento da satisfação de seus recursos humanos. A preocupação máxima dos gestores é focada na supervisão dos operários para que as tarefas sejam executadas conforme determinadas e com a máxima produtividade. O filme Tempos Modernos , de Charlie Chaplin, é um clássico do cinema que demonstra claramente como a administração científica focava no trabalho acelerado, nos movimentos repetitivos, na carga horária extenuante, na rígida disciplina, enfim, em uma linha de produção sem grandes preocupações com segurança e saúde dos operários.
empreendedora é uma prática de extrema modernidade que proporciona excelentes resultados, pois motiva e engaja os colaboradores. Para que tenha bons resultados é necessário que a cultura organizacional esteja preparada para esse tipo de gestão/transformação. Imprimir mentalidade empreendedora no dia a dia dos processos da empresa é essencial para desenvolver novas soluções, novos produtos e novos serviços.
descrito por Toffler (1970), para quem o conhecimento e o computador tornaram- se os grandes ícones da chamada sociedade pós-industrial”. O autor nos lembra ainda que: independente da vontade de cada um, as pessoas terão que encarar seus próprios desafios na busca de melhor qualidade de vida, até porque será impossível sobreviver à “cultura 24/7, que é como Wood Jr. 2002 designa essa convivência 24 horas por dia, sete dias por semana, com a erosão de fronteiras entre trabalho e lazer, dia e noite, produção e consumo. Mediante o uso de tecnologias que possibilitem a “invasão” da organização nos lares, nas noites, nos fins de semana e nas férias de seus trabalhadores. A vida hiperconectada está cada vez mais simulando condições de trabalho muito próximas daquelas vigentes na revolução industrial.
Com o conhecimento adquirido no decorrer de décadas e com a busca pela qualidade de vida tão necessária, surgiu recentemente um novo conceito: a sociedade 5.0. Mas que sociedade é essa? A sociedade 5.0 é também chamada de sociedade superinteligente , pois representa uma nova era, totalmente conectada, centrada no ser humano, com grande volume de dados, com a internet das coisas , a inteligência artificial (IA) e a robótica extremamente avançadas. Saiba mais Para ampliar seus conhecimentos acerca desse assunto, acesse o vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=syOHoMJbapg. Acesso em: 15 abr. 2021. Pouco tempo atrás não seria possível imaginar fazer tudo que fazemos em tão pouco tempo e de forma tão ágil. A tecnologia nos possibilita realizar tarefas das mais simples às mais complexas com o auxílio de nossos smartphones, ou seja, estamos falando de uma proposta de sociedade que tem por objetivo desenvolver organizações que utilizam a tecnologia com vistas ao bem-estar do ser humano e ao atendimento das suas necessidades. A principal característica da sociedade 5.0 é criar cidades com total conectividade, uma maravilhosa integração entre o espaço físico e o virtual. Outra característica fantástica da sociedade 5.0 é a utilização da tecnologia para aumentar qualidade de vida e longevidade e para possibilitar resolver problemas de maneira rápida. O Japão tem adotado esse modelo de sociedade em sua vida cotidiana, pois com certeza é um passo a mais na evolução da civilização
humana. Iniciamos com a sociedade agrícola, passamos pela sociedade industrial, pela sociedade da informação e do conhecimento, agora devemos utilizar todo esse conhecimento para nosso benefício e de toda a sociedade. Devemos, sim, nos beneficiar de toda a tecnologia desenvolvida para buscar avanços jamais imaginados, tanto econômicos quanto relacionados à sustentabilidade, ao meio ambiente, ao bem-estar social, à inclusão de pessoas e povos em lugares longínquos, ao aumento das habilidades e competências humanas e à prevenção e solução de problemas futuros, principalmente relacionados ao consumo de energia, água e alimentos. A seguir, vamos conhecer algumas das principais tecnologias atreladas à sociedade 5.0, bem como seus benefícios.
mais humano. Na primeira barreira, podemos observar que o mundo das organizações que ultrapassaram o século XX, e que hoje tratam seus negócios nesse século, ficou viciado em enxergar seus problemas com base em eventos de curto prazo e, assim, tentam adiar (“comprar tempo”) a realização de mudanças inevitáveis na sua estrutura, torcendo para que algo inesperado aconteça. Desta forma, elas acham que será possível “mudar de mentalidade”, sem que isto exija esforços e sofrimentos maiores que os já vividos no século passado. Na segunda barreira, temos nítida impressão que as organizações, em geral, ainda resistem em abandonar os princípios básicos da teoria da escola neoclássica (divisão do trabalho, especialização, hierarquia e distribuição da autoridade e responsabilidade) que foi a sustentação da administração do século XX, inclusive dos modelos de gestão mais recentes como a qualidade e a reengenharia, simplesmente, por que eles ainda funcionam. E funcionam, em certos aspectos, muito bem. Elas consideram que todo o aprendizado é válido desde que não vá de encontro a esses princípios. Na terceira, é fato que as propostas, tendências e sistemas que envolvem as mudanças inevitáveis (redes neurais, complexidade, empresas inteligentes, HIM, redes sociais, consumo colaborativo, sustentabilidade, autonomia, dimensão múltipla, etc.) vão exigir esforços gerenciais, investimentos financeiros e cessão de poderes que ainda não foi muito bem absorvido pela grande massa dos empresários e donos de processos de negócios nas empresas comerciais e instituições públicas. O controle (centralizado) da produtividade e do desempenho ainda é um valor decisivo para essas organizações. A democratização da estrutura dá, em geral, a sensação de perda de poder e, portanto, a perda do negócio. Sabemos que antes da virada do milênio vários estudos já apontavam mudanças radicais na estrutura das organizações. Sabemos que a crise financeira do início do século XXI (2008) desestruturou, de forma marcante, várias iniciativas dessas mudanças. Sabemos também, que esta crise poderá exigir outras ações ainda não experimentadas. Por outro lado, é possível pensar que as organizações vão procurar de alguma forma, se estruturar, fazendo as mudanças necessárias para sobreviver. Diante desses fatos, ficam as seguintes reflexões: a) Os empresários e administradores terão motivação e segurança para dar flexibilidade, e até descontinuar, em determinados casos, algumas práticas fixadas no século XX? b) Terão a motivação e segurança para ceder espaço no processo decisório (estratégico) para os seus colaboradores? c) As novas exigências dos mercados terão força para derrubar o poder da burocracia, que “reina” em determinadas organizações, em detrimento do mérito e do conhecimento? d) As novas práticas darão valor real ao ser humano e não mais enxergarão os colaboradores como peças na engrenagem das operações das empresas? e) Será que finalmente poderemos ter um ambiente organizacional em que a fragmentação do trabalho seja abandonada e o todo seja reorganizado de forma sustentável? Disponível em: <https://espacoopiniao.adm.br/as-organizacoes-do- seculo-xxi-tendencias-e-incertezas/>. Acesso em: 14 abr. 2021.
COLTRO, A. Teoria Geral da Administração. Curitiba: InterSaberes, 2015. FERREIRA, V. C. Modelos de Gestão. Rio de Janeiro: FGV, 2006. HALL, R. Organizações : Estruturas, processos e resultados_._ São Paulo: Prentice Hall, 2004. MACÊDO, I. I. Aspectos Comportamentais da Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2007. MICHAELIS. Disponível em: http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/. Acesso em: 14 abr. 2021. ROCHA-PINTO, S. R. Dimensãoes Funcionais da Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: FGV, 2007. SANTOS, L. F. Evolução do pensamento sistêmico. Curitiba: Intersaberes, 201 3. VIZEU, F. Teorias da Administração : Origem, desenvolvimento e implicações. Curitiba: InterSaberes, 2020.