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Nesta aula, aprendemos sobre o período da revolução industrial e o início da expansão imperialista na europa, com ênfase no colonialismo industrial e seu impacto na sociedade europeia. O documento discute a consolidação da inglaterra como potência industrial, a expansão da revolução industrial pela europa e a formação de novos impérios coloniais. Além disso, são abordados os efeitos da grande depressão no sistema capitalista e a nova fase de expansão territorial conhecida como imperialismo.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Apresentar o Colonialismo Industrial para entender a expansão imperialista e o neocolonialismo.
OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: descrever o colonialismo durante a industrialização; entender a expansão imperialista; e compreender o sistema econômico vigente.
PRÉ-REQUISITOS Compreensão do conteúdo das aulas anteriores e ter sempre em mãos um Dicionário de Língua Portuguesa e um Atlas Geográfico. Leitura obrigatória para esta aula: DOWBOR, Ladislau. A formação do Terceiro Mundo. São Paulo: Brasiliense, 1994. (coleção tudo é história: 35).
(Fonte: http://www.mflor.mx).
Organização do Espaço Mundial
Estimado aluno ou querida aluna, estamos juntos, de novo, para esta longa viagem de ocupação dos espaços do nosso planeta Terra, nos seus mais diversos aspectos. Vamos lá! Na aula anterior, realizamos uma reflexão sobre a história da coloniza- ção das américas do Norte, Central e Sul, a fim de entendermos o processo de apropriação e exploração que a Europa realizou durante o capitalismo industrial. As disputas de terras ocorridas no continente americano também foram pauta de nossa reflexão, bem como a disputa pelo poder político e econômico dentro do continente. Agora, iremos apresentar o colonialismo industrial e a expansão im- perialista, com o relato dos fatos que levaram alguns cientistas sociais e econômicos a empreenderem a teorização do sistema econômico vigente.
O período da revolução industrial, do final do século XVIII a meados do século XIX, marcou o início de uma nova etapa do capitalismo. (Fonte:http://br.geocities.com).
A nova etapa na história das civilizações ocidentais ini-ciou a partir do fim do Antigo Regime, representado pela decadência dos regimes absolutis- tas e do antigo sistema colonial. As revoluções do século XVIII na Europa e as guerras de independência no Novo Mundo (Continente Americano), no início do século XIX, concomitante ao desenvolvimento industrial e
Organização do Espaço Mundial
alimentos e conseqüente favorecimento da atividade agrícola. Foram ne- cessárias novas fontes de energia e matéria-prima para suprir esse cresci- mento industrial. Como estratégia de ampliação do mercado consumidor os governos passaram a executar políticas de expansão territorial. Após a unificação, a Alemanha e Itália ingressaram na disputa por mercados, e a Europa tornou-se insuficiente para absorver o crescimento industrial. No continente americano, os Estados Unidos expandiam sua política industri- alista em direção aos estados do Sul, iniciando a Guerra de Secessão, em
Revolução Meiji
Data de 1868 a Rev- olução que pôs fim ao governo Tokuga- wa. Os sistemas feu- dalistas e dos samu- rais foram extintos tendo o cuidado de preservar todos os valores da sociedade. A filosofia instituída no Japão foi: “es- pírito japonês, tec- nologia ocidental”. A revolução industrial japonesa durou cerca de quarenta anos. Teve como objetivo a defesa da nação contra o avanço dos colonizadores euro- peus. O Japão, então, passa a ser um Es- tado moderno. O que abriu o Japão para o Ocidente.
Grande Depressão: desempregados fazem fila para tomar a sopa gratuita em Chicago (EUA), durante a crise econômica da década de 1930. (Fonte: http://br.geocities.com).
O colonialismo e o neocolonialismo Aula
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A favelização ocorrida em torno das grandes metrópolis (Fonte: http://www.marciateixeira.com.br).
A favelização ocorrida em torno das grandes metrópolis (Fonte: http://www.marciateixeira.com.br).
O colonialismo e o neocolonialismo Aula
distinguia-se pela ocupação da Ásia e da África em busca de mercados e 4 matéria-prima, exigidos pelo crescimento industrial, o que promoveu a re- taliação e aglutinação de povos que até então viviam à margem dos valores culturais do Ocidente. A retaliação se deu pela divisão de nações, verdadeiros estados organizados que se transformaram em protetorados ou colônias cujas identidades culturais, religiosas e políticas foram desconsideradas; a aglutinação se deu com a união de grupos étnicos distintos, como se con- stituíssem uma unidade política e cultural para assim dificultar a resistência organizada e facilitar a dominação.
A Inglaterra ainda é considerada a “oficina do mundo” e exerce amplo domínio sobre a economia mundial, concorrendo com as recentes indústrias dos países europeus e, em particular, a dos Estados Unidos.
No continente Asiático, a Índia, ponto privilegiado da exploração inglesa, foi ocupada efetivamente nesse período. A Indochina (hoje Vietnã, Laos, Cambodja) foi ocupada nos anos 1860 pelos franceses. A China, após a guerra do ópio em 1842 e o tratado de Nankim, foi obrigada a abrir seus portos aos produtos da Europa. A Indonésia foi colonizada pelos holan- deses que tomaram as terras mais férteis para a monocultura de exportação.
A Indonésia é o maior arquipélago do mundo, com 18.108 ilhas. Principais ilhas: Java, Sumatra, Bornéu. É o quarto país mais populoso do mundo, o primeiro entre países islâmicos, possui uma população de aproximadamente 231,41 milhões de habitan- tes. A maioria vive nas ilhas de Java e Bali. Diante da desigual- dade na sua distribuição, o governo tem sido bem sucedido nos projetos de transmigração. Sua capital é Jakarta.
Visão parcial de Jakarta, capital da Indonésia (Fonte: http://www.emilykhoo.com).
Java
É a principal e s e g u n d a m a i o r ilha da Indonésia. S u a d e n s i d a d e demográfica é de 918,04 h/km²
Bali
Notabilizou-se recentemente pe- los atentados ter- roristas com 202 mortos em outubro de 2002 e quatro explosões em outu- bro de 2005.
Jakarta ou Jacarta
É a capital e maior c i d a d e d a I n - donésia. Situa-se na ilha de Java e conta com cerca de 18,2 milhões de habitantes na sua área metropolitana. Fundada em 1619 pelos neerland- eses com o nome de Batávia, junto à aldeia javanesa de Jakarta, foi ocu- pada pelos ingleses entre 1811 e 1814. Tomou o nome atual em 1949.
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A ilha de Krakatoa, localizada no centro do estreito de Sonda, entre as ilhas de Sumatra e Java, reduziu-se para um terço de seu tamanho,quando o vulcão do monte Perbuatan, supostamente extinto, entrou em erupção no dia 27 de Agosto de 1883. A sucessão de erupções e explosões durou 22 horas. O saldo foi de 36 mil mortos. É considerada a erupção vulcânica mais violenta dos tempos modernos. A cratera do vulcão era monstruosa: algo em torno de 16 quilômetros de diâmetro.
Vamos pensar? Analise a situação abaixo, produção e habitação con- vivendo com o explorador de produtos cultivados em áreas, onde, tam- bém, os fenômenos naturais impõem sempre novas configurações para a ocupação humana!
Campos de arroz em Java.
Arrozais na Ilha de Bali
Vulcões na Ilha de Java
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Essas disputas coloniais se transformaram em disputas políticas intra- européias, colocando em risco o equilíbrio europeu. O jogo de alianças políticas e os acordos secretos garantiam a defesa contra possíveis investidas militares de países vizinhos. Armavam-se as potências na expectativa de guerra, numa paz armada, que representava a convivência pacífica da sociedade no continente europeu, apesar de estarem prontos para qualquer necessidade. As hábeis relações diplomáticas conseguiam manter a paz e, caso faltasse argumentação, a guerra seria inevitável.
Prepare-se! Você agora vai conhecer as raízes do capitalismo moderno, um sistema que mudou o mundo, mais uma vez. Vamos viajar no tempo e no espaço. É a Geografia, gente! Com o final da Grande Depressão nos anos 90 do século XIX, restab- eleceu-se o crescimento da economia capitalista, garantindo o predomínio dos grandes grupos financeiros e industriais que sobreviveram à crise, delineando um novo estilo de capitalismo: agora monopolista e financeiro. Esse novo estilo do capitalismo, aliado ao poder militar dos estados fortes, possibilitou aos grandes monopólios fundirem o lucro aos ideais naciona- listas, acirrando as disputas imperialistas na África e na Ásia. Durante muito tempo, o imperialismo foi identificado com essa etapa de fim do século XIX e início do século XX. Na realidade, conforme vimos, trata-se apenas de um aprofundamento e intensi ficação do mecanismo de exploração internacional que já funcionava desde o século XVI. De fato, o capitalismo é mundialmente explorador, com raízes antigas no processo histórico da submissão dos países do Sul ao grupo dos países do Norte. A teoria econômica acompanha e racionaliza, para os autores clássicos que escrevem no período da formação e implantação do capitalismo indus- trial, a preocupação fundamental ainda com as grandes transformações, em longo prazo, do conjunto do sistema capitalista. É notória a importância dada ao crescimento populacional, ao progresso tecnológico e divisão do trabalho, à evolução diferenciada dos três grandes setores da economia –
Ao lado dos interesses puramente econômicos, as conquistas coloniais possuíam uma característica política fundamental para os países do Norte: simbolizavam a supremacia imperi- alista de cada nação e determinavam o grau de poder frente às demais potências. Pois, cada possessão representava, além de mercado consumidor e fonte de abastecimento de matéria- prima, um ponto estratégico para mobilização de tropas.
O colonialismo e o neocolonialismo Aula
indústria, agricultura e serviços - bem como à formação e utilização do 4 excedente econômico. A escola de economia neoclássica, negando das suas análises os fatores estruturais e históricos do desequilíbrio, define aos teóricos do capitalismo maduro a criação da teoria do equilíbrio e da harmonia. Aos seus olhos, a humanidade teria chegado ao seu sistema definitivo de organização econômico-social. Para eles, os países pobres não são vítimas do processo de crescimento industrial e econômico, mas são os ausentes, os primitivos que “ainda” não conseguiram chegar ao sistema ideal tal como no Norte. Esses grandes teóricos da época mostram, através dos títulos de suas obras, a sua convicção de estar fundando a ciência econômica definitiva.
Grande Depressão: essa foi uma crise econômica que atingiu os EUA, estendendo-se em seguida a todo o mundo capitalista. (Fonte: http://alunos.lis.ulusiada.pt).
Enquanto os teóricos do capitalismo retiram do campo das suas preo- cupações científicas os fatores históricos de mudança e desequilíbrio, estas preocupações ressurgem na “contrateoria”, ou seja, na teoria que reflete as preocupações dos que sofrem na carne os efeitos do maravilhoso “equilí- brio” do Norte: nasce a teoria do Imperialismo. Os trabalhos desse período valorizam, pela primeira vez, a posição dos que sofrem, colocando no centro das atenções a discussão sobre a evolução das sociedades e a problemática da exploração dos povos subdesenvolvidos. Com esses escritos, a sociedade estuda o monopólio, a exportação de capitais, a espoliação das matérias-primas dos países do Sul, a rapina in- ternacional que permite o funcionamento do belo mecanismo de oferta e procura no Norte. Ressalta-se que essas teorias surgem no próprio Norte
O colonialismo e o neocolonialismo Aula
RESUMO 4
Com certeza você assimilou que nesta aula nós estudamos a expansão imperialista, a partir das revoluções industriais. Vimos as grandes trans- formações econômicas e sociais, notadamente a partir das revoluções do século XVIII na Europa, e das guerras de indendência no Novo Mundo. Acompanhamos o movimento da Revolução Industrial na Inglaterra e o apogeu da era vitoriana. Você conheceu algumas doutrinas, como o marxismo, e correntes ideológicas sócio-econômicas como colonialismo e neocolonialismo. Conheceu, também, algumas figuras históricas, como Karl Marx, En- gels, Lênin e suas filosofias. Vimos, finalmente, as diferenças e semelhanças com o capitalismo moderno, conhecemos e estudamos as condições dos chamados países do Terceiro Mundo, formados pelas nações subdesenvolvidas ou em vias de desenvolvimento, classificação criada pelo economista e filósofo escocês Adam Smith
Há várias alternativas para você desenvolver estas atividades. Então, não há uma resposta única para cada questão. Análise cada parte da lição, consulte a bibliografia e a Internet e procure responder com acerto.
Organização do Espaço Mundial
É fundamental que você leia DOWBOR, Ladislau. A formação do Terceiro Mundo. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção Tudo é História).
ANDRADE, Manuel Correia de. Imperialismo e fragmentação do espaço. São Paulo: Contexto/EDUSP, 1988. (Coleção Repensando a Geografia). CARVALHO, Platão Eugênio de. Neocolonialismo : a expansão imperial- ista do século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção Tudo é História). DOWBOR, Ladislau. A formação do Terceiro Mundo. São Paulo: Brasil- iense, 1994. (Coleção Tudo é História).