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ORDENAÇÃO FEMININA E O PARADIGMA BÍBLICO, Teses (TCC) de Teologia

Parto do pressuposto que a Palavra de Deus é o modelo que pode afirmar ou não a proposta de ordenação feminina, uma vez que as cartas paulinas instituem este Ministério – ao homem.

Tipologia: Teses (TCC)

2020
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Compartilhado em 18/01/2020

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FACULDADE TEOLÓGICA DE CIÊNCIAS HUMANAS E
SOCIAIS LOGOS FAETEL
SAMUEL JOSE DOS SANTOS
ORDENAÇÃO FEMININA E O PARADIGMA BÍBLICO
São Paulo
2017
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FACULDADE TEOLÓGICA DE CIÊNCIAS HUMANAS E

SOCIAIS LOGOS– FAETEL

SAMUEL JOSE DOS SANTOS

ORDENAÇÃO FEMININA E O PARADIGMA BÍBLICO

São Paulo

iii

SAMUEL JOSE DOS SANTOS

ORDENAÇÃO FEMININA E O PARADIGMA BÍBLICO

Monografia apresentada à Faculdade Teológica de Ciências Humanas e Sociais Logos – FAETEL como exigência dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Teologia do Núcleo de Integralização à comissão julgadora, sob Coordenação do Prof. Esp.____________________.

São Paulo

v

DEDICATÓRIA

A Deus , pois ele quem me deu a coragem e forças nesta longa jornada, também а meus queridos pais – In memoriam – que acreditavam nos meus sonhos. Aos meus filhos pelo o entusiasmo e razão da minha vida. E aos meus colegas no apoio e estímulo para conclusão desta pesquisa.

vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus porque durante todos esses anos de estudo que estou buscando aprender melhor a Bíblia Sagrada; que é a Palavra de Deus, Ele jamais me desamparou. Portanto, momento de louvor e adoração. Percebo que a cada dia o meu entendimento por meio da reflexão tem se desenvolvido. Além disto, possibilitou mais uma conquista em minha vida; pois, sem a sua presença nada disso faria sentido.

No livro de Oséias Capítulo 4 e versículo 6 diz: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim”.

Agradeço à Instituição Faculdade Teológica de Ciências Humanas e Sociais Logos – FAETEL que abriu as portas para que eu pudesse realizar os estudos necessários, bem como sua biblioteca in loco.

Ao Excelentíssimo Dr. Pr. Alcino Lopes de Toledo, por coordenar com muita maestria o curso de Bacharel em Teologia.

Sou extremamente grato aos meus professores Coordenador e ao meu Orientador por me acompanharem durante este período de descobertas, me auxiliando com as suas sabedorias, generosidades, mas principalmente por suas humildade.

Agradeço a todas as pessoas que colaboraram direta ou indiretamente para que esse objetivo fosse alcançado.

Finalmente, a minha esposa pela paciência e momentos que se sentiu a sós, mas compreendeu a minha dedicação para concretizar esse trabalho, pelo amor, incentivo e apoio incondicional nas horas difíceis.

viii

RESUMO

O propósito deste estudo é mostrar a importância pesquisar e analisar de maneira contundente, clara e ostensiva a cosmovisão cristã atual assumida por algumas denominações evangélicas à nomeação da mulher ―ao pastorado feminino‖, assunto eclesial relacional da vida prática da Igreja, relevante do ponto de vista do valor nobre e intelectual da missão feminina na obra cristã, porém, constitui-se um paradigma bíblico. Parto do pressuposto que a Palavra de Deus é o modelo que pode afirmar ou não a proposta de ordenação feminina, uma vez que as cartas paulinas instituem este Ministério – ao homem. Os primeiros capítulos deste estudo apresentam o porquê da pesquisa desse tema – desta forma, ajudará aos interessados conhecer melhor a estrutura e sua importância para atualidade. Já o segundo capítulo desta pesquisa, mostro a metodologia utilizada na investigação desta temática. No terceiro capítulo, abordo a cosmovisão conceitual dos termos igualitário, complementar e diferencialista. O quarto capítulo aborda a questão: Aboliu Cristo todo o efeito do pecado, inaugurou ele a era vindoura? No quinto capítulo, tem-se uma análise: Do perfil da mulher no judaísmo e na Igreja primitiva.No sexto capítulo, abordo o perfil feminino da Igreja do primeiro século.Já no sétimo capítulo, trato sobreo ocidente e o paradigma da cultura androcêntrico patriarcal.No oitavo capítulo, apresento macho e fêmea e a imagem de Deus.Nono capítulo, há uma indagação. As mulheres podem ser pastoras ou presbíteros? No décimo capítulo, faço uma aplicação para os dias de hoje de 1 Cor. 14. 33 b – 35. Já no décimo primeiro capítulo, apresento um estudo sobre mulheres aprendizes e discípulos, orientadas a não exercer a autoridade na Igreja evangélica. Finalmente, têm-se as considerações finais, apresento propostas para uma retomada do Evangelho às raízes, o culto teocêntrico voltado para as Escrituras Sagradas e que os líderes ajam de acordo com a orientação divina. E a Igreja evangélica brasileira acate esta soberana Doutrina.

Palavras-chave : Bíblia Sagrada. Ordenação. Paradigma. Mulher. Homem. Pastor.

ix

ABSTRACT

The purpose of this study is to show the importance of searching and analyzing in a forceful, clear and ostentatious way the current Christian worldview assumed by some evangelical denominations to the appointment of the woman ―to the female pastorate‖, ecclesial relational subject of the practical life of the Church, relevant from the point of view of the noble and intellectual value of the feminine mission in the Christian work, but a biblical paradigm is constituted. I start from the assumption that the Word of God is the model that can affirm or not the proposal of female ordination, since the Pauline letters institute this Ministry – to the man. The first chapter of this study, I present the reason for the research of this theme – in this way, it will help those interested to know better the structure and its importance for the present. The second chapter of this research, I show the methodology used in the investigation of this theme. In the third chapter, I address the conceptual worldview of the terms egalitarian, complementary and differential. The fourth chapter, I address the question: Has Christ abolished all the effect of sin, inaugurated it the coming age? In the fifth chapter, we have an analysis: From the profile of women in Judaism and the early church. In the sixth chapter, I address the female profile of the first- century church. Already in the seventh chapter, I deal with the West and the paradigm of patriarchal androcentric culture. In the eighth chapter, I present male and female and the image of God. Ninth chapter, there is an inquiry. Can women be pastors or elders? In the tenth chapter, I make an application for the present day of 1 Cor. 14. 33 b - 35. Already in the eleventh chapter, I present a study on women apprentices and disciples, oriented not to exercise authority in the evangelical Church. Finally, we have the final considerations, I present proposals for a revival of the Gospel to the roots, the theocentric worship directed to the Holy Scriptures and that the leaders act according to the divine orientation. And the Brazilian Evangelical Church accepts this sovereign Doctrine.

Keywords: Holy Bible. Ordination. Paradigm. Woman. Man. Shepherd.

xi

6.1. O valor da mulher no N.T em contraste com A.T................................... 31 6.2. As Mulheres no seguimento de Jesus na terra de Israel....................... 31 6.3. Funções de mulheres e papéis na Ekklésia .......................................... 32 6.4. Cooperadoras na missão....................................................................... 32

7. O OCIDENTE E O PARADIGMA DA CULTURA ANDROCÊNTRICO PATRIARCAL...............................................................................................

7.1. O grupo missionário de Paulo e sua empatia pelas mulheres............... 35 7.2. O paradigma patriarcal dos códigos domésticos................................... 36 7.3. Constantino e Tertuliano e a exclusão gradual das mulheres................ 38 7.4. As mulheres e a posição dos reformadores.......................................... 39

8. MACHO E FÊMEA E A IMAGEM DE DEUS................................................ 42

8.1. A igualdade de macho e fêmea como imagem de Deus....................... 42 8.2. A carta magna da igualdade (Gl.3.28) .................................................. 44 8.3. O contexto de gálatas a suprema igualdade 3.28................................. 46 8.4. O significado de ―um‖ em Cristo ( =ij (―um‖) /soj (―igual‖) ou i/) .................. 48 8.5. Modelo teológico de igualdade.............................................................. 48 8.6. Participações de mulheres em funções na Igreja.................................. 50 8.7. Alegações igualitarista dizem que Febe era uma ―líder‖, inclusive de Paulo.........................................................................................................

8.8. Quem era Junias uma apóstola (o)?...................................................... 52 8.9. Junias é masculino ou feminino?........................................................... 53

9. AS MULHERES PODEM SER PASTORES OU PRESBÍTEROS?.............^ 54

9.1. Mulheres ―devem permanecer em silêncio‖ – estudo de 1 Coríntios 14: 33b – 35........................................................................................

9.2. O véu como símbolo de submissão à autoridade 1 Coríntios 11.3–16. 58 9.3. Profetizando e orando com o véu.......................................................... 59

xii

11. MULHERES APRENDIZES E DISCÍPULOS, ORIENTADAS A NÃO

EXERCER A AUTORIDADE NA IGREJA EVANGÉLICA ............................

  • 9.4. O véu como símbolo de submissão.......................................................
  • 9.5. Que tipo de ―silêncio‖ Paulo se refere em Cor 14:34?...........................
  • 9.6. Problema Textual e interpretativo..........................................................
  • 9.7. O que Paulo quer dizer por ―falar‖?.......................................................
    1. APLICAÇÃO PARA OS DIAS DE HOJE DE 1 COR. 14. 33 b – 35............
    • 10.1. A mulher aprenda em ―silêncio‖ com toda a sujeição 1 Tm 2: 11 –
    • 10.2. Contexto Histórico de 1 Tm 2.11 – 15.................................................
    • 11.1. Contextos da carta de Coríntios 14.....................................................
    • 11.2. A ordem da Criação (1 Tm. 2.13) ―cabeça‖ autoridade sem usurpar..
    • 11.3. Cabeça ― Keffale ‖ autoridade ou fonte, Efésios 5.23............................
    • 11.4. O Subordinacionismo é anti-biblíco?...................................................
    • CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................
    • REFERÊNCIAS.............................................................................................
    • ANEXOS – A – PASTORA DE OVELHAS...................................................
    • ANEXOS – B – MINISTÉRIO PASTORAL FEMININO................................
    • ANEXOS – C – Mulher Pode Ser Pastora? – John MacArthur................

Outras épocas no judaísmo, outro continente, valores, crenças e costumes diferentes dos nossos, origens marcantes que se veem neste assunto que a respeito da mulher na Bíblia devemos reconhecer que esta última foi produzida em uma cultura patriarcal. A justificativa desse estudo é a busca de esclarecimentos exegéticos bíblicos que identifiquem a função feminina da mulher na Igreja primitiva, devido à relevância do assunto comparando com o tratamento dado a ela na Lei mosaica. Para isto o padrão perfeito de autoridade para esse ordenamento é a Palavra de Deus, o que nos leva a questão mais difícil sobre o paradigma da ordenação feminina são os ―abismos hermenêuticos‖, entre os quais o linguístico, sociopolítico e o cultural.

O ―abismo cultural‖ da escrita bíblica é de um período de 1.400 anos, por mais de 40 autores em línguas que não existem mais, regimes políticos, economias e culturas que nada têm a ver conosco. Um conjunto de valores, crenças, costumes e sociedade distante de nós, povos bíblicos que desde o Gênesis na narrativa da criação e por causa da oralidade transmitida dos antepassados na visão judaica ―ela‖ se torna subordinada ao homem porque macho e fêmea os criaram.

É regra hermenêutica ao se fazer uma interpretação bíblica correta estudar o contexto histórico, o período, a cultura e os costumes de quem escreveram e a quem destinou à escrita, dentro deste prisma é que abordo o assunto, para não haver pretextos que não definira a verdadeira face do autor, considerando-se a erudição paulina dos seus escritos.

Conforme O´CONNOR, 2007, p. 23-27, ―em seu livro Paulo de Tarso, História de um Apostolo diz: ele tinha identidade romana e judaica, era poliglota nas línguas grega, aramaico, hebraico e latim‖, erudito religioso, conhecedor da filosofia secular, educado em Jerusalém aos pés de Gamaliel e membro do Sinédrio.

Para Rega, REGA 2004, p.21 ―Ora, Paulo escreveu quase metade dos livros que compõem o Novo Testamento. Ao elaborar sua cosmovisão cristã, ele não só compreendeu muito bem o significado de Cristo na História, como buscou analisar o mundo de sua época e o mundo secular, o aeon , em geral‖.

Tratar o assunto apoiados com outros autores à visão de Paulo para a Igreja primitiva na crise de formação como assembleia, numa cultura e paganismo

imperialista^1 henoteista de Roma, embora instruído no judaísmo apegou-se a estrutura de ensino nos pressupostos do primado criacional, destacando a nova família na ética organizacional.

De acordo com Richter Reimer, 2004, p.35, define paradigma como: modelos que orientam concepções, atitudes e construções de identidade e vida de pessoas dentro de determinado contexto cultural, social e religioso. Durante milênios, as experiências de vida e de conhecimento oficialmente reconhecidas foram orientadas por paradigmas patriarcais.

Por sua vez analiso a igualdade de homem e mulher (macho e fêmea), compartilham a mesma humanidade e valor diante de Deus, ―portanto, ambos são ―homem‖, não sendo, porém, idênticos ―então serem distintamente‖ ―macho e fêmea‖. Demonstro por meio da carta magna da liberdade em Cristo, evidenciado no novo seguimento por meio do batismo, macho e fêmea, servo ou livre a unidade do corpo onde todos são um em Cristo a ―Imago Dei‖. À igualdade em Gálatas é soteriologia da fé.

Não estando mais obrigados aos padrões legalistas e androcêntricos. O sacerdócio mosaico, as liturgias, os cerimoniais da circuncisão eram privilégios do homem, inclusive o acesso ao santuário, o Cristianismo inaugurou uma nova era a liberdade mediante a fé, estando agora inseridos igualmente em unidade. Abriram- se a todos (étnicos) a expansão e proclamação do Evangelho, à novidade de igualdade no culto e adoração, ―a Mulher‖ agora tem acesso espaço e voz.

Isto posto procurar por meio da historicidade argumentos que após a morte do apóstolo, novos líderes surgiram e deturparam a estrutura das cartas domésticas, suscitando os chamados códigos domésticos judaicos para silenciarem a mulheres e as acusações gnósticas do segundo século chamando-as de dêutero-paulinas^2.

(^1) SIQUEIRA, 2004, Faculdade de Ciências e Letras (FCLAS) – UNESP – ASSIS - É uma forma de religião em que se cultua um só Deus sem excluir a possibilidade da existência de outros. O termo e a teoria foram introduzidos pelo orientalista Marx Müller (1823-1900). Constitui uma espécie de afirmação religiosa intermediária entre o monoteísmo e o politeísmo, aproximando-se mais deste último do que daquele, por admitir várias divindades, embora subalternas ou com soberania sucessivamente dentro do processo chamado catenoteísmo (DER, 1995, p.1252). 2 Segundo SIQUEIRA, 2004, p. 137, Os gnósticos acreditavam que toda pessoa dotada de vida espiritual possuía uma invenção criativa original, assim o gnóstico esperava expressar suas próprias percepções revisando e transformando aquilo que lhe era ensinado, pois aquele que recebia o espírito comunicava-se diretamente com o divino. Os gnósticos não contestavam o direito dos bispos ensinarem a tradição apostólica comum. Nem se opunham, em princípio, à liderança dos padres e bispos. Mas, para eles, os ensinamentos da igreja e seus representantes não detinham a última

Certamente para haver uma instrução e ensino de um modo hierárquico subordinado que causasse tanta apreensão estrutural até nossos dias, requer uma metodologia sistemática na busca dessa interpretação. A intenção é procurar aproximar este estudo dentro da perspectiva cultural da sociedade paulina e atual, onde ele foi o ampliador do serviço feminino adequando seu ensino a realidade de nossos dias.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

a) Justificativa Esta pesquisa científica justifica-se pela sua importância em analisar o ministério pastoral feminino é um tema atual e que toca a vida prática da Igreja, assunto este que permanece forte nos dias de hoje. A problemática deste estudo parte do pressuposto que a Palavra de Deus é o paradigma que pode afirmar ou não uma proposta de ordenação feminina, uma vez que as cartas paulinas instituem ao homem este Ministério.

b) Problematização Assim, levanto a problemática deste estudo: É possível fazer uma análise da ordenação feminina e o paradigma bíblico? Desde o início do primeiro século os pais da Igreja e teólogos cristãos têm refletido sobre esta questão e a visão da maior parte deles conservadores e reformadores entende que o papel pastoral é exclusivamente atribuído aos homens, contudo sempre reconheceram o ministério feminino com igual valor intelectual, embora uma sociedade com o padrão patriarcal e androcêntrico. O positivismo e o misticismo religioso passaram a ter grande força nos movimentos atuais, com isto, se faz necessário analisar quais são os resultados que esta teologia pós-moderna tem gerado dentro das comunidades-igrejas e qual a sua relação com o Evangelho pregado nas comunidades primitivas.

c) Objetivo geral O objetivo geral desta pesquisa é apresentar a Igreja da atualidade uma leitura sobre a ordenação feminina e o paradigma bíblico à luz da Palavra de Deus. O objetivo não é forçar uma exegese fundamentalista, mas propor uma releitura bíblica e adequada ao nosso tempo, considerando as Escrituras Sagradas como voz ativa na vida da Igreja.

2. METODOLOGIA DA PESQUISA

A presente pesquisa tem como objetivo fazer uma análise da: ordenação feminina e o paradigma bíblico. Discorro sobre a metodologia adotada na composição dessa pesquisa minuciosa, sendo a metodologia bibliográfica a base para embasamento das convicções aqui elencadas; as formulações de escritores renomados, especializados e de credibilidade tais como: BAUMERT, (2010); BROWN, (1998); COENEM, (2007); GRUDEM, (2009); GRUDEM, (2010); GRUDEM, (2013); MACARTHUR, (1997); MACARTHUR, (2001); NICODEMUS, (1997); O‘ CONNOR, (2007); SANTOS, (2009) e os demais que foram citados nas referências corroboram em elucidar a problemática nos questionamentos apenas religiosos, apresentado no desenvolvimento deste trabalho.

Os conceitos apresentados pelos diferentes autores trouxeram uma visão nova e abrangente no que tange ao assunto abordado, bem como uma reafirmação as concepções concernentes aos danos malefícios causados pela má interpretação dos fatos analisados.

Além da Metodologia Bibliográfica foram utilizadas, ainda, informações atuais, cuja fonte deriva-se de dicionários e léxicos. Há ainda os sites especializados que enriquecem com importantes informações atualizadas. Além disso, no trabalho na obtenção de algumas figuras e imagens relacionadas ao tema desenvolvido.

Por meio desse estudo demonstro a necessidade de capacitação do teólogo comprometido com a verdade da Bíblia Sagrada. Por isso, este curso Bacharel em Teologia proporcionou o crescimento intelectual que sempre desejei, mas não alcançava antes do curso, pois não compreendia o que faltava em minha formação, para que fosse um cristão consciente das questões materiais, mas principalmente das verdades espirituais. Por fim, esta pesquisa contribuiu para que eu repensasse

não só sobre o meu papel como líder como também sobre a prática de meus liderados.

3. COSMOVISÃO CONCEITUAL DOS TERMOS IGUALITÁRIO,

COMPLEMENTAR E DIFERENCIALISTA

Considerando a cosmovisão atual no universo teológico eclesiástico em que é discutido o tema sobre ordenação feminina nas comunidades religiosas, se faz necessário conceituar os modelos atuantes na esfera secular e porque não cristã. Uma vez que no passado o formato da sociedade era o padrão religiosa patriarcal, em meio às generalidades sociais e diante a uma crise de nova identidade dessa comunidade cristã, por isso os ordenamentos das epistolas paulinas foram escritos.

Porém, alguns conceitos e contextos culturais foram interpretados teologicamente favoráveis a liderança eclesialmente feminina, discutido secularmente por líderesfeministas como igualitarismo, diferencialismo; outros divergem por serem conservadores como complementaristatendo ponto de vista do ministério masculino, alguns ambíguos do qual falaremos um pouco para melhor entender a atuação da mulher e o seu valor em todos os tempos. O que nos preocupa e aqui fica a pergunta sobre Ordenação feminina, pode as mulheres assumir cargos de presbíteros e pastores?

3.1. O diferencialismo De acordo com Nicodemus, 1997, p.5-6, entende que desde a criação, portanto, antes da queda Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença de ambos é complementar. O homem e a mulher têm características e funções distintas, se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade comparando um ao outro, bem como as consequentes diferenças socioculturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito como cabeça da mulher, princípio esse que implica