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Este documento investiga a interferência da oralidade e do meio social no processo da escrita de alunos, enfatizando a presença da oralidade na escrita de crianças e a influência do meio social no processo de aquisição da escrita. O texto discute as variantes linguísticas na oralidade e na escrita, as dificuldades que surgem para alunos de camadas populares na aprendizagem da escrita, e a importância da leitura na construção da linguagem.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Ametista do Sul 2021
Ametista do Sul 2021
Trabalho apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial à aprovação no 4°semestre do curso de Letras - Português e Inglês - Licenciatura.
O trabalho a seguir, de cunho acadêmico, do IV semestre de Letras – Português e Inglês, da Unopar – Universidade Norte Paraná, tem como objetivo descrever e refletir sobre as atuações da docência, conhecendo a realidade escolar e as intervenções práticas de regência. A influência da fala e do meio social na utilização da variedade-padrão em textos escritos, tem por objetivo verificar a interferência da oralidade e do meio social no processo da escrita dos alunos. À escola cabe conhecer os fatores que intervém no processo de escolarização da criança, procurando, no dia-a-dia da rotina escolar, acolher as diferenças, sem anulá-las, e envidar todo o esforço no caminho da transformação dessas formas iniciais de socialização. Conhecer as diferenças, saber operar com e a partir delas para se conseguir a mudança e a transformação social desejada. Esta é a finalidade do processo educativo a formação de pessoas críticas, criativas e autônomas. Para algumas escolas e professores que dão atenção especial a produção escrita, convém estar atento ás mudanças e ás propostas da Base, pois fazendo parte do processo educativo, a oralidade e gêneros orais cumprem um papel fundamental na formação da criança e jovem. Esse trabalho pretende analisar a presença da oralidade na escrita das crianças e a influência do meio social no processo de aquisição da escrita. Quando a criança inicia o processo de aquisição da escrita é bem provável que escreva como fala, ou que apresente influências da fala na escrita. De modo geral, as línguas apresentam-se sob modalidade principais: a oral e a escrita. Tais modalidades são de suma importância para o estabelecimento da interação entre os sujeitos.
1 Oralidade e escrita Historicamente a fala nos é dada, pois, onde quer que haja seres humanos, há uma linguagem verbal oral, ao passo que a escrita, precede a leitura e é uma convenção que necessita ser intensiva e sistematicamente aprendida. Se na oralidade o que a sociedade chama de ‘erro’ é concebido pela sociolinguística como variantes linguísticas, maneiras diferentes de dizer a mesma coisa, a exemplo de vontad[e] / fala[r], as variantes não - padrão vontade[i] / fal[á] são utilizadas na maior parte das regiões do país, com a escrita não ocorre o mesmo, como vimos na citação o código convencionado e prescrito pela ortografia não prevê variação. Temos a realidade da escola onde De acordo com a autora, “nossa escola tem-se mostrado incompetente para a educação das camadas populares, e essa incompetência, gerando o fracasso escolar, tem tido o grave efeito não só de acentuar as desigualdades sociais, mas sobretudo, de legitimá-las”. As crianças que ocupam os bancos da escola pública vêm dos mais diferentes segmentos da sociedade, de diversas regiões, com experiências linguísticas bastante diferenciadas, trazendo para a escola as variedades desprestigiadas do português. A escola quando tenta “erradicar” as formas de [...] O uso, pelos alunos provenientes das camadas populares, de variantes linguísticas social e escolarmente estigmatizadas provoca preconceitos linguísticos e leva a dificuldades de aprendizagem, já que a escola usa e quer ver usada a variante- padrão socialmente prestigiada (SOARES, 1989, p.17).
de um gênero textual especifico, isso acaba limitando bastante a forma como vamos nos expressar. Assim, devemos evitar, por exemplo, palavras e expressões que deem ao leitor a impressão de que você está conversando com ele. Para o gênero dissertativo isso é muito ruim. Uma das características da oralidade é o fato de você estar interagindo, conversando com alguém e isso não pode acontecer na dissertação. Portanto, é interessante evitar palavras como :”você”, “né”, “tá” e evitar também verbos no imperativo ou quaisquer outros tipos de interação com o leitor. Um segundo ponto que é interessante ter é com expressões que fazem parte da linguagem oral. É preciso tomar muito cuidado ao escolher as palavras que coloca em uma dissertação. Sempre verificar na releitura do texto, se as palavras usadas não estão muito informais, como o linguajar que usaria em um churrasco da turma ou em uma pelada com os amigos. Para finalizar não pode deixar de ser dito sobre o conjunto lexical. Esse é um ponto que tem que ser visto com equilíbrio, pois usar palavras muito comuns, sem fazer muitas variações de termos ou se repete muitas vezes a mesma palavra ou expressão, isso indica que há um vocabulário pobre ou que não se arrisca muito. As marcas da oralidade no texto escrito é fruto das inquietações geradas durante as discussões teóricas e acompanhamento das ações desenvolvidas pelos analistas. Que se ponham investigar fatos da língua falada, diferenciando assim, o falado e o escrito quanto ao modo de aquisição, métodos de produção, transmissão, recepção e estrutura de organização. A oralidade, a fala, só foi desvendada a partir dos modelos da escrita e não a escrita a partir de uma consciência fonética. Podemos afirmar que o texto é uma rede simbólica viva que comunica com os movimentos de criação, tanto da realidade em questão como sua própria existência simbólica. A língua oral e a escrita são duas modalidades diferentes da linguagem que, por sua vez, apresentam características próprias. Ocorre que esse fato, muitas vezes, não é considerado pelo professor de língua materna e isso faz com que o aluno, transfira para a escrita as marcas próprias da fala. No entanto, a escrita é um processo mais abrangente que implica os atos de pensar e planejar, ao contrário da fala que é pronunciada mais prontamente; é mais imediata, não havendo tempo para planejamento, o que faz com que, na
fala a repetição do mesmo item lexical seja uma exigência como forma de facilitar o processamento da informação pelo ouvinte. 3 Consciência fonológica A importância da consciência fonológica se insere no fato de preparar a criança para o processo de decodificação da língua por meio do estudo de grafemas, sons, sílabas e palavras, a partir de uma concepção mais dialógica e aberta sempre a novas descobertas e reflexões. Nesse sentido, o sucesso dos primeiros passos da leitura e da escrita, depende inclusive, de um determinado nível de consciência fonológica adquirido anteriormente pela criança, seja de maneira formal ou informal e que inicia com a oralidade. Outras contribuições foram importantes para ampliar o conceito de consciência fonológica. Para Godoy (2001), ela é considerada um fator crítico e definitivo na constituição de bons e maus leitores, conjugada a concepção de língua e de linguagem empregada pelo professor alfabetizador e aos aspectos ortográficos, pois exercem múltiplas influencias no processo de aquisição da escrita e leitura nos anos iniciais. Nesse sentido é importante que possamos compreender a consciência fonológica como a consciência dos fonemas que compõem a fala e, portanto, a estrutura da palavra em suas unidades. A consciência da estrutura sonora da fala pode e deve ser estimulada através de atividades especificas, com o objetivo de proporcionar situações em que a criança “pense”, “reflita” e “expresse” sobre os sons da fala para posteriormente poder relacioná-los com as letras e representa-los de forma gráfica. Nesta perspectiva, o professor deve considerar o fato de que os alunos possuem conhecimentos prévios a respeito da linguagem e , nesse sentido, propor atividades desafiadoras, as quais propiciem o contato do aluno com práticas efetivas da leitura, escrita e da oralidade. Ações como ler instruções para um jogo, uma notícia de jornal, o horário de uma festa, um convite de aniversário, escrever na agenda, podem oportunizar situações em que as práticas de leitura, escrita e oralidade estejam relacionadas a uma necessidade, que tenha uma função social de comunicação e que possibilitem ao aluno não somente a apropriação do código linguístico, mas a compreensão de seus atos e formas de utilização.
é abandonada. As trocas ou erros ortográficos são “normais” quando a criança começa a ser alfabetizada. Mas essas trocas e erros tendem a diminuir com o passar dos anos escolares, por meio da prática da escrita. Além disso, tais trocas e erros podem ser categorizados de várias formas, de acordo como são apresentados e com a sua frequência. Dois exemplos dessa categorização que aparecem nos textos analisados são a omissão e o acréscimo de letras. A omissão de letras é verificada quando o aluno escreve uma palavra omitindo um fonema ou um grafema. Um exemplo pode ser a palavra “estar”, escrita pelo aluno como “tar”. Já o acréscimo de letras ocorre quando se acrescenta um fonema ou um grafema na palavra. Um exemplo a ser dado, nesse caso, pode ser a palavra “faculdade”, na qual o aluno acrescentou um fonema /l/, grafando-a como “faculdade”. Os teóricos contemporâneos divergem com respeito ao tipo de relação entre a consciência fonológica e a aquisição da escrita. Essa divergência se dá em função de serem destacados três tipos de relação: de causa, de efeito ou de reciprocidade. Mas, por outro lado, os pesquisadores Goswami e Bryant (1990) pensam que essa relação ocorre de maneira inversa, ou seja, a aquisição da linguagem escrita é que seria responsável pelo desenvolvimento da consciência fonológica. Atualmente, a teoria mais aceita é a que aponta uma relação de reciprocidade entre a consciência fonológica e a aquisição da linguagem escrita (FREITAS; VIDOR, 2005). Isso porque a consciência fonológica contribui para a aprendizagem da leitura e da escrita, enquanto que a aprendizagem de um sistema alfabético contribui para o desenvolvimento da aquisição da linguagem escrita. 5 Plano de aula É de fato necessário que a escola assuma a responsabilidade de desenvolver no aluno, desde as séries iniciais, as habilidades que lhe garantirão fluência em situações que exigem a interação oral, da mesma forma como sempre considerou importante desenvolver as competências relacionadas á comunicação escrita. Assim, se a rotina escola dedica todo um planejamento de
atividades para a prática da escrita, por que não inserir em seu cronograma atividades regulares que possibilitem ao aluno aprender verdadeiramente aqui que até hoje, muitas vezes, espera-se que seja conduzido por mera intuição. Quando incorporadas estratégias ao cotidiano de sala de aula, tendem a facilitar o desenvolvimento, no aluno, da percepção de que a comunicação ora, tão necessária em todas as esferas da integração social, exige o aprimoramento de competências. Sendo uma prática que deve ser incorporada entre as demais tarefas escolares, a oralidade pede não só o planejamento de atividades sistemáticas, mas também um acompanhamento que possibilite verificar o desenvolvimento da proficiência das habilidades nos alunos. Para esse planejamento de aula, foi feito então algumas atividades em tipos de brincadeiras, para que assim os alunos consigam assimilar melhor cada atividade e por fim compreender o objetivo final do professor. Plano de aula – Escola Municipal de Ensino Fundamental São Gabriel Identificação Disciplina: Língua Portuguesa Ano: 7º ano Turma: 71 Período: 25/10/21 à 28/10/ Conteúdo: Palavras, letras e pontuações. Objetivo Geral: Estimular o raciocínio, memória, linguagem cognição e comunicação. Objetivos Específicos: Reconhece recursos da linguagem ; Estimular a oralidade e reflexão; Promover a criatividade. Metodologia:
Objetivo Geral: Desenvolver a comunicação oral por meio da exposição de ideias, e trabalhar os principais eixos da alfabetização. Objetivos Específicos: Ampliar os conhecimentos sobre o sistema de escrita, trocando experiências e discutindo o som das palavras. Estimular a oralidade e reflexão; Realizar atividades em grupo, compartilhar decisões e respeitar opiniões. Metodologia:
Está pesquisa teve como foco a linguagem oral e a linguagem escrita. Sabe- se que o processo da construção da linguagem escrita já é iniciado muito antes da criança entrar na escola. Desde bebê a criança aprende a usar gestos para representar coisas. Cada criança possui caminhos próprios para desenvolver a leitura e a escrita. Ler e escrever não são uma habilidade adquirida de forma inata. Estudos mostram que depende do educador para que haja um bom desempenho dos alunos, eles devem trabalhar com estratégias inovadoras e diversificadas que ajude no desenvolvimento das habilidades necessárias a aprendizagem da leitura e escrita. Umas das funções dos professores é ensinar a linguagem oral e escrita, promovendo o aprendizado de maneira prazerosa para que os alunos desenvolvam a escrita e a oralidade, pois nos dias atuais a linguagem oral é de grande importância para o desenvolvimento do aluno. Diante da realidade, as instituições educacionais necessitam se constituir de modelos pedagógicos que contribuam para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita dos alunos, em que, desde pequenos aprendam a falar, expressar-se e também que sejam sujeitos de analisar seu contexto social. Aprender a ler é entrar no mundo da escrita. Antes de conhecer o código da escrita a criança já faz leitura sobre ela, observando rótulos, embalagens e imagens que relaciona a alguma coisa ou algo que faz de seu cotidiano. No entanto, para que este processo da escrita se efetive na alfabetização da criança é preciso pensar também no desenvolvimento da linguagem oral. A linguagem escrita deve andar lado a lado com a linguagem oral para que o processo de alfabetização aconteça com êxito, a criança deve aprender a ler, mas também deve saber se expressar, não ter vergonha de impor suas dúvidas, insatisfações e conquistas.