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A terraplenagem constitui um conjunto fundamental de operações na construção civil e rodoviária, envolvendo a escavação, carga, transporte, descarga e compactação de diferentes tipos de materiais. Este conjunto de operações visa preparar adequadamente o terreno para receber as estruturas projetadas, garantindo a segurança, funcionalidade e durabilidade das obras. A classificação dos materiais segundo suas características físicas e mecânicas determina os métodos de extração, equipamentos necessários e procedimentos operacionais específicos para cada categoria
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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A terraplenagem constitui um conjunto fundamental de operações na construção civil e rodoviária, envolvendo a escavação, carga, transporte, descarga e compactação de diferentes tipos de materiais. Este conjunto de operações visa preparar adequadamente o terreno para receber as estruturas projetadas, garantindo a segurança, funcionalidade e durabilidade das obras. A classificação dos materiais segundo suas características físicas e mecânicas determina os métodos de extração, equipamentos necessários e procedimentos operacionais específicos para cada categoria[1][2].
Os materiais de 1ª categoria compreendem os solos em geral, de natureza residual ou sedimentar, e seixos rolados ou não com diâmetro máximo de 0,15 cm[1][3]. Estes materiais caracterizam-se pela facilidade de escavação, não exigindo o emprego de explosivos para sua remoção. Em geral, todos esses materiais são escavados por tratores escavo-transportadores de pneus, empurrados por tratores de esteira de peso compatível ou por escavadeiras hidráulicas[1]. A escavação de materiais de 1ª categoria representa a operação mais comum e economicamente viável na terraplenagem. Os equipamentos utilizados incluem tratores de esteiras com lâmina, motoscrapers, escavadeiras hidráulicas ou pás-carregadeiras associadas a caminhões transportadores, e motoniveladoras para acabamento dos taludes e da plataforma[4]. A produtividade destes equipamentos é significativamente maior quando comparada à escavação de materiais rochosos, uma vez que a resistência mecânica à compressão é consideravelmente menor[5].
O transporte destes materiais pode ser realizado através de caminhões basculantes, especialmente quando as distâncias são maiores, ou através de equipamentos de escavo- transporte para distâncias menores[3]. A descarga e espalhamento seguem procedimentos padronizados, com camadas de espessura controlada para facilitar a compactação posterior.
Os materiais de 2ª categoria compreendem aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, incluindo piçarras (material granular formado por fragmentos de rocha alterada ou fraturada), saibros (material composto por areia e silte proveniente da alteração da rocha), argilas e rochas alteradas[1][3]. A extração destes materiais processa-se por combinação de métodos que obrigam a utilização contínua e indispensável de equipamento de escarificação, constituído por trator de esteira escarificador de somente um dente (ripper), de dimensões adequadas[1]. Estão incluídos nesta classificação os blocos de rocha com volume inferior a 2,0 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,0 m[1][6]. O equipamento principal usado no desmonte é o escarificador montado em trator de esteira de elevada potência e grande esforço trator[4]. Outros equipamentos utilizados nos serviços de corte incluem escavo-transportadores, tratores de esteira, escavadeiras hidráulicas ou pás- carregadeiras associadas a unidades de transporte como caminhões basculantes e caminhões fora de estrada[4]. A classificação dos materiais de 2ª categoria subdivide-se em duas modalidades: 2ª categoria com ripper, quando há predominância acentuada do emprego de escarificação, e 2ª categoria com explosivos, quando há predominância acentuada do emprego de explosivos[3]. Esta distinção é fundamental para o planejamento operacional e determinação dos custos de execução.
Os materiais de 3ª categoria compreendem a rocha sã, matacões maciços, blocos e rochas fraturadas de volume superior a 2,0 m³ que só possam ser extraídos após a redução em blocos
A zona de bota-fora deve ser estrategicamente posicionada no terreno da obra, levando em consideração a logística de transporte dos materiais e a distância em relação às áreas habitadas[9]. É importante que seja um local de fácil acesso para os caminhões e máquinas utilizadas na terraplenagem. Para garantir a correta operação da zona de bota-fora, é essencial seguir as normas e regulamentações ambientais vigentes[9]. A escassez de bota-fora legalizado próximo das grandes cidades brasileiras torna o descarte de terra e entulho cada vez mais oneroso nestas regiões[7]. A grande maioria dos bota-foras são privados e o alto custo para se iniciar as atividades devido à enorme burocracia e custos de taxas torna cada vez menor a oferta de locais para descarga de rejeitos da construção civil[7].
O transporte do material escavado consiste no seu deslocamento desde os locais de corte até sua deposição e espalhamento para a execução do bota-fora[8]. Na maioria das vezes, são empregados caminhões basculantes, principalmente quando os transportes são muito longos. Para manter a zona de bota-fora em condições adequadas de uso, é necessário realizar a limpeza e compactação dos resíduos depositados, bem como o controle de pragas e odores[9].
A laterita representa um tipo específico de material frequentemente encontrado em regiões tropicais, caracterizado por elevado conteúdo de óxidos de ferro e alumínio. Os solos lateríticos são aqueles cuja relação molecular sílica-sesquióxido, determinada pelo método DNER-ME 030/94, for menor que 2, e que apresentarem expansão inferior a 0,2%[10]. Para fins de pavimentação, considera-se como Solo Agregado Fino Laterítico (ALA) qualquer mistura de comportamento laterítico, segundo a classificação MCT, obtida pela mistura de um solo laterítico argiloso e agregado fino[11].
Os solos arenosos finos lateríticos devem possuir propriedades mecânicas e hidráulicas específicas quando compactados na energia intermediária, incluindo mini-CBR sem imersão maior ou igual a 40%, perda de suporte por imersão inferior a 50%, expansão com sobrecarga padrão menor ou igual a 0,3%, e contração entre 0,1% a 0,5%[12].
Antes da escarificação, a laterita é raspada por tratores de esteira CAT D11R e CAT D8T, sendo posteriormente carregada por escavadeiras CAT 365CL e por pás carregadeiras[13]. A escarificação é executada com a adaptação de escarificadores nos tratores de esteiras. Depois da escarificação, a superfície é regularizada com motoniveladora, para facilitar o trabalho da escavadeira e possibilitar o tráfego de caminhões que transportam o material[13]. O transporte da laterita é efetuado por caminhões basculantes até o local de utilização. Os acessos são revestidos com laterita e a manutenção constante garante a boa condição de tráfego dos caminhões durante todo o ano[13]. Os equipamentos utilizados para a execução de camadas de solo arenoso fino laterítico incluem tratores de esteira, pás-carregadeiras, caminhões basculantes, motoniveladoras pesadas com escarificador, e equipamentos de compactação constituídos por rolos compactadores tipo "pé de carneiro" e de rodas lisas metálicas[11][14].
A laterita é amplamente utilizada na construção de bases e sub-bases de pavimentos devido às suas características de estabilidade quando adequadamente compactada[10]. O material deve passar integralmente pela peneira de 2,00 mm de abertura ou possuir porção pequena de material retida, cuja retirada não altere substancialmente as propriedades do solo[12]. A mistura deve ter uma composição granulométrica enquadrada em faixas de graduação específicas, sendo a ordem de prioridade para escolha: Faixa A, Faixa B, e Faixa C[11].
técnicas específicas, garantindo a sustentabilidade e eficiência das operações. A correta execução destes procedimentos é essencial para o sucesso de projetos de infraestrutura, influenciando diretamente a qualidade, segurança e viabilidade econômica das obras. O planejamento detalhado, considerando as características geotécnicas dos materiais e a seleção apropriada de equipamentos, representa elemento fundamental para a otimização dos processos de terraplenagem e o atendimento aos requisitos técnicos e ambientais vigentes. ⁂