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Odontologia para crianças (odontopediatria), Notas de estudo de Odontologia

Traumatismo em dentes decíduos - tecidos dentários, tecidos moles adjacentes, tecidos de sustentação e tecidos ósseos (classificação e tratamento); Manejo de comportamento em odontopediatria (técnicas de manejo); Terapêutica medicamentosa (vias de administração, analgésicos, AINES, antibióticos); Cirurgia em odontopediatria.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 17/09/2024

bruna-almeida-81a
bruna-almeida-81a 🇧🇷

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ODONTOPEDIATRIA
Traumatismo em dentes decíduos: Lesão de extensão/intensidade/gravidade
variáveis, de origem acidentária/intencional, causado por forças que atuam no
órgão dentário, decorrentes de acidentes, espancamento e outros fatores.
Complicações:
- Do dente decíduo:
1) Necrose pulpar
2) Obliteração pulpar
3) Reabsorção externa
4) Hemorragia pulpar
5) Reabsorção dentinária interna
6) Fístula
7) Edema/supuração
- Do dente permanente:
1) Hipoplasia de esmalte
2) Dilaceração coronária
3) Duplicação radicular
4) Dilaceração radicular
5) Suspenção parcial/total da raiz
6) Má formação semelhante a odontoma
Epidemiologia:
- 0 a 3 anos de idade
- Ausência de preferência de gênero
- Lesões em tecidos de sustentação são + frequentes
- Incisivos centrais superiores + atingidos
Fatores de risco:
- Queda
- Esportes
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ODONTOPEDIATRIA

Traumatismo em dentes decíduos: Lesão de extensão/intensidade/gravidade variáveis, de origem acidentária/intencional, causado por forças que atuam no órgão dentário, decorrentes de acidentes, espancamento e outros fatores. Complicações:

  • Do dente decíduo:
  1. Necrose pulpar
  2. Obliteração pulpar
  3. Reabsorção externa
  4. Hemorragia pulpar
  5. Reabsorção dentinária interna
  6. Fístula
  7. Edema/supuração
  • Do dente permanente:
  1. Hipoplasia de esmalte
  2. Dilaceração coronária
  3. Duplicação radicular
  4. Dilaceração radicular
  5. Suspenção parcial/total da raiz
  6. Má formação semelhante a odontoma Epidemiologia:
  • 0 a 3 anos de idade
  • Ausência de preferência de gênero
  • Lesões em tecidos de sustentação são + frequentes
  • Incisivos centrais superiores + atingidos Fatores de risco:
  • Queda
  • Esportes
  • Acidente (carro/moto/bicicleta)
  • Colisão com objetos
  • Violência doméstica
  • Lesões de cárie (deixam o tecido friável)
  • Obesidade (dificuldade de locomoção)
  • Má oclusão
  • Hiperatividade Prevenção: Protetores bucais, cinto de segurança, supervisão de adultos, portão em escadas, etc. Identificação - Anamnese - História do trauma - Limpeza da área - Exame extraoral - Exame intraoral - Controle da dor - Exames complementares - Diagnóstico - Plano de tratamento - Sutura da mucosa. História do trauma:
  • Onde? (nível de contaminação – pedir cartão de vacina)
  • Quando? (chance de salvar o dente)
  • Recidiva? (+ chance de má formação)
  • Como? (eliminar possibilidade de abuso) Classificação das lesões – estruturas envolvidas

Tratamento: verificar tempo de trauma, idade da criança, distância dos fragmentos, mobilidade, presença de hábitos Fratura transversal 1/3 cervical – exodontia Fratura longitudinal e obliqua – exodontia Só tratar se no no terço apical/médio – Fratura transversal no terço apical não necessita de tratamento – acompanhamento radiográfico 1, 3, 6,12 semanas Tecidos de sustentação:

  • Concussão: pequena intensidade, sem mobilidade/ hemorragia/ edema do ligamento periodontal/ sangramento no sulco Não requer atendimento imediato – higienização e analgesia em caso de dor – acompanhamento clínico 1, 6 a 8 semanas Observar alteração de cor, lesão periapical e desenvolvimento do permanente
  • Subluxação: mobilidade, mas sem alteração de posição Não requer tratamento (se a mobilidade for acentuada ou houver hábito fazer uso de contenção semirrígida) – higienização e analgesia em caso de dor - acompanhamento clínico 1, 6 a 8 semanas Observar alteração de cor, lesão periapical e desenvolvimento do permanente
  • Luxação lateral: deslocamento do dente (para palatino, vestibular, mesial ou distal), pode haver sangramento no sulco, mobilidade, fratura da parede alveolar Tratamento individualizado – acompanhamento clínico (1 a 3 semanas) e radiográfico (6 a 8 semanas + anual) Observar alteração de cor, sinais de infecção e desenvolvimento do permanente
  • Luxação intrusiva: deslocamento do dente para o interior do seu alvéolo – pode haver modilidade, fratura da parede alveolar Tratamento sem fratura da tábua óssea + afastado do sucessor é aguardar - acompanhamento clínico (7 dias) e radiográfico(1, 2, 4 meses) Extração: comprometimento do germe, fratura de tábua óssea, falha da reirrupção, fistula ou radiolucidez periapical e reabsorção grave do decíduo após reirrupção
  • Luxação extrusiva: deslocamento parcial do dente para fora do seu alvéolo – desnível ocusão e grande mobilidade Tratamento: <2h : reposição + contenção semirrígida por 14-12 dias - acompanhamento clínico (7 dias) e radiográfico(1, 2, 4 meses) Extração: risco de lesão do sucessor, fratura alveolar, rizólise avançada
  • Avulsão: deslocamento total do dente para fora do seu alvéolo Reimplante de dente decíduo: até 60min para chegar ao consultório, manter o dente no leite ou no soro fisiológico Fatores contra o reimplante de dentes decíduos: reabsorção externa, descoloração da coroa do dente, risco de aspiração, danos ao permanente, impactação do permanente, motivos compornamentais Mantenedor de espaço: indicado para casos onde o trauma ocorreu antes da erupção dos caninos (para não haver diminuição da arcada devido a mesialização dos dentes decíduos adjacentes ao espaço) Removível: crianças maiores que 2,5 anos Fixo: crianças menores que 2,5 anos

Manejo de comportamento em odontopediatria Abordagem: 1º infância (1 a 3 anos)  Tratamento de 10 a 20min.  Compreende explicações simples  Falar, mostrar e fazer  Medo do desconhecido  Elogiar

Abordagem: 2º infância (3 a 5 anos)

 Ambiente calmo/confortável, tratamento 30min

 Evitar longos períodos de espera

 Isolamento acústico e brinquedos de distração para lidar com

barulhos indutores de ansiedade

 Negociação da presença dos pais

 Identifica-se com pessoas próximas e imita

 Elogio quanto a aparência

 Complexo de Édipo (paixão pelo adulto do sexo oposto)

 Correção com conotação positiva

 Capaz de usar imaginação/entender metáforas.

Técnicas de manejo

 Gerenciamento do comportamento (estabelecer confiança),

envolvimento de toda a família (conversa prévia com os pais antes

da consulta).

 Técnica de falar – mostrar – fazer: pode ser usada em todas as

consultas, muito eficaz em crianças de 0 a 3 anos, explicar em

linguagem simples com demonstração visual / auditiva / tátil /

olfatória, apresentaçãodos instrumentos.

 Técnica do controle de voz: alteração controlada do volume/ritmo

da voz (explicar para os pais antes), objetivo de ganhar a atenção

e cooperação do paciente e estabelecer a relação adulto – criança.

 Técnica de distração: contar histórias, cantar música, ou conversar

sobre assuntos de interesse da criança, brinquedos e jogos (óculos

de vídeo).

 Técnica de modelagem: uma criança assiste outra criança já

condicionada sendo tratada, maior sucesso em crianças maiores

que 3 anos.

 Técnica do refoço positivo: Gratificar a criança, elogios / sorrisos /

contato físico / demosntração de interesse, recomenda ser de

imediato, “muito bem, estou orgulhosa! Você ajudou muito”.

 Técnica de estabilização protetora – pacientes que já passaram

pelas técnicas de condicionamento e não colaboram, explicar aos

pais (termo de consentimento), mínino 2 auxiliares.

Estabilização protetora ativa:

- Posição joelho – joelho (pernas da mãe/pai e as do proficional formam

uma “maca”), crianças de até 1 ano, para exampe clínico e técnicas de

higiene bucal.

- Posição de imobilização de mãos e joelhos (mãe/pai segura e apoia os

cotovelos sobre o joelho da criança – criança colaboradora).

- Posição de imobilização corpo a corpo (mãe/pai deitada na cadeira

odontológica em decúbito ventral).

Estabilização protetora passiva:

- Abridores de boca

- Macri (bebês de 0 a 2 anos) – estofado pequeno com velcros que

abraçam a criança (fica em cima da cadeira odontológica).

- Pacote pediátrico – lençol cheio de velcro que envolve a criança.

 Abordagem cognitiva comportamental: fortelecer vínculo com a

família, exposição gradual, acompanhamento periódico,

modelagem / falar-mostrar-fazer.

 Birra: 2 a 4 anos, esquecer o atendimento e tentar aplicar técnicas

de manejo.

Choro é uma forma de comunicação, deve ser compreendido

- Criança manipuladora: chora para interromper o atendimento,

abordagem direta, firme, realizar o procedimento mesmo com o choro.

- criança tipo chorão: falar-mostrar-fazer / contenção física

Saber diferenciar os tipos de choro (medo, dor, chorão, manipuladora).

Terapêutica medicamentosa

É necessário esquemas posológicos práticos e convenientes (fácil

administração para maior adesão ao tratamento).

- Escolha correta do fármaco

15mg/kg com intervalo de 4h entre a administração (não exceder a 4

doses diárias)

Solução oral gotas – ½ gota/kg (máximo 20 gotas)

Prescrição: Dipirona sódica gotas 500mg/1ml de 6/6h.

 Paracetamol: não apresenta ação antinflamatória

Vantagens: não causa irritação gástrica, não causa inibição plaquetária

**Não usar em pacientes com AIDS e hepatopatas (doença no fígado)

Absorção pode diminuir na presença de carboidratos

Uso indicado para dor leve/moderada, exodontias simples de decícuos,

gengivectomias, ulectomias (corte do tecido gengival que atrapalha a

erupção de um dente)

200mg/1ml

10-15mg/kg

1 gota/kg (máximo 35 gotas) – 6/6h (não exceder a 5 administrações

diárias.

Doses excessivas podem causar dano hepático

**Em pacientes com dengue e doença hepática pode ser feito o uso do

pacartamol, mas com acompanhamento.

Anti-inflamatórios não esteróides

Ibuprofeno é + indicado (crianças de 0 a 12 anos) – efeitos colaterais:

úlcera gástrica, problemas renais, sangramentos

Nome comercial: ALIVIUM

Ação analgésica, antiflamatória e antitérmica, baiza atividade plaquetária,

reação gastro intestinal baixa

50mg/ml (cada gota corresponde a 5mg)

Para crianças 1gota/kg de 6/6h – crianças >30kg não deve exceder a 40

gotas (200mg)

Antibióticos

Usado para tratamento de infecções, uso profilático em caso de

alterações sistêmicas (diabetes, alteração cardíaca, doença autoimune),

tratar febre/abcesso, e infecções bacterianas.

Penicilinas 1º escolha

Em caso de alergia: Azitromicina ou Eritromicina

Em odontopediatria:

- Abcessos dento alveolares

- Abcessos gengivais/periodontais

- Traumatismo com possibilidade de infecção

- Profilaxia antibiótica em casos selecionados

 Endocardite bacteriana:

Amoxicilina 50mg/1kg – dose única 1h antes (1º escolha)

Clidaminica 20mg/1kg – dode única 1h antes (paciente alérgico)

Azitromicina 15mg/1kg – dode única 1h antes (paciente alérgico)

Dose de manutenção/terpêutica, paciente vai tomar depois do

procedimento – antibióticos + usuais

 Amoxicilina 250mg/5ml (60mg/dia ou 20mg/dose) – 8/8h por 7 dias

 Azitromicina 200mg/5ml (10mg/kg/dia) – 24/24h por 3 dias

Ex.: Amoxicilina 250mg/5ml

Criança de 20kg

Posologia: 20mg/kg a cada 8h

20mg ____ 1kg

X ____ 20kg

X= 400mg

250mg ___ 5ml

400mg ___ X

X= 8ml