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Oclusão Arterial Aguda - Angiologia, Notas de estudo de Medicina

Resumo contém - Definição - Segmentos mais afetados - Fonte emboligênica - Trombose arterial - Fisiopatologia - Quadro clínico - Diagnóstico/ diagnóstico diferencial - Tratamento - Prognóstico, etc...

Tipologia: Notas de estudo

2022

À venda por 08/11/2022

Stellamazioli
Stellamazioli 🇧🇷

27 documentos

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Não perca as partes importantes!

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Angiologia
Oclusão arterial aguda
Stella C. Mazioli
Definição
Diminuição súbita ou piora da perfusão
tecidual, com surgimento de sinais e sintomas
novos, ou piora dos preexistentes com
ameaça potencial à viabilidade do membro
Existem 2 razoes para a isquemia aguda
ocorrer: embolia arterial e trombose
Embolia arterial: material que passa pela
árvore arterial e obstrui a artéria periférica
O êmbolo se aloja perifericamente em
geral nas bifurcações onde os vasos
naturalmente se estreitam.
Em geral é catastrófica pois ocorre em
artérias sadias onde não há uma rede de
colaterais desenvolvida para compensar esse
evento
Êmbolos grandes (chamados de Embolia
a cavaleiro) podem obstruir bifurcações
aórticas normais: o quadro clinico é de paralisia
de MMII por isquêmica das raízes nervosas.
Segmentos mais afetados
Femorais 36%.
Aorta e ilíacas 24%
Artéria poplítea 15%
Membros superiores 11%
Viscerais 7%
Fonte emboligênica
Fibrilação arterial e a causa mais
frequente, onde se
formam os coágulos no
AE
Endocardite
Tumores cardíacos
Embolia paradoxal
Aterosclerose
Aneurisma
Trombo mural aórtico
Trombofilia
Ateroembolismo (microêmbolos)
Cateterismo cardíaco (causa iatrogênica
mais comum)
A embolia paradoxal ocorre quando o
êmbolo passa da
circulação arterial
para a venosa,
ou vice-versa,
sem atravessar a
rede capilar, por
intermédio de comunicação interatrial ou
interventricular, ou ainda de fístulas arterio-
venosas.
A forma mais comum é devido ao TVP
em paciente com forame oval patente
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Oclusão arterial aguda

Definição

➡ Diminuição súbita ou piora da perfusão tecidual, com surgimento de sinais e sintomas novos, ou piora dos preexistentes com ameaça potencial à viabilidade do membro

➡ Existem 2 razoes para a isquemia aguda ocorrer: embolia arterial e trombose

➡ Embolia arterial: material que passa pela árvore arterial e obstrui a artéria periférica

↪ O êmbolo se aloja perifericamente em geral nas bifurcações onde os vasos naturalmente se estreitam.

↪ Em geral é catastrófica pois ocorre em artérias sadias onde não há uma rede de colaterais desenvolvida para compensar esse evento

↪ Êmbolos grandes (chamados de Embolia a cavaleiro) podem obstruir bifurcações aórticas normais: o quadro clinico é de paralisia de MMII por isquêmica das raízes nervosas.

Segmentos mais afetados

➡ Femorais – 36%.

➡ Aorta e ilíacas – 24%

➡ Artéria poplítea – 15%

➡ Membros superiores – 11%

➡ Viscerais – 7%

Fonte emboligênica

➡ Fibrilação arterial e a causa mais frequente, onde se formam os coágulos no AE

➡ Endocardite

➡ Tumores cardíacos

➡ Embolia paradoxal

➡ Aterosclerose

➡ Aneurisma

➡ Trombo mural aórtico

➡ Trombofilia

➡ Ateroembolismo (microêmbolos)

➡ Cateterismo cardíaco (causa iatrogênica mais comum)

➡ A embolia paradoxal ocorre quando o êmbolo passa da circulação arterial para a venosa, ou vice-versa, sem atravessar a rede capilar, por intermédio de comunicação interatrial ou interventricular, ou ainda de fístulas arterio- venosas. ↪ A forma mais comum é devido ao TVP em paciente com forame oval patente

Oclusão arterial aguda

Trombose arterial

➡ Diferente das TVP, as tromboses arteriais estão associadas a lesões endoteliais e predominantemente compostas por plaquetas

➡ A atividade plaquetária e disfunção endotelial são os dois fatores fundamentais da trombose arterial

➡ A aterosclerose é a afecção mais frequente, podendo levar a quadros isquêmicos graves a partir de lesões assintomáticas ou de lesões estenosantes (DAOP prévia)

➡ Artéria Femoral no canal dos adutores (canal de hunter): mais frequente localização

➡ Principais causas de trombose arterial aguda:

  • Aterosclerose - Aneurisma
  • Dissecção de aorta - Doença cística
  • Iatrogenia - Trombofilia
  • Trauma

Fisiopatologia

➡ Circulação colateral: Quanto mais lentamente a obstrução ocorre, maior será o desenvolvimento da circulação colateral, tanto em grau como em extensão, e, portanto, maior proteção dos tecidos isquêmicos

➡ Obstrução aguda em artérias normais: Há intensa repercussão clínica da isquemia mal compensada

➡ Extensão da trombose: vai progressivamente bloqueando ramos e colaterais, tornando difícil a suplência colateral. Poderá comprometer a microcirculação, piorando o prognóstico; ➡ Trombose venosa associada: agrava o quadro e aumenta o risco de embolia pulmonar após a revascularização do membro, contribuindo para o aumento da mortalidade

➡ Tempo de resistência dos tecidos a falta de O2**

  • Sistema nervoso: até 8h (*Brito – indica que é o 1° a sofrer)
  • Musculatura esquelética: 4h a 6h de isquemia
  • Tecido celular subcutâneo: até 13h
  • Pele: de 24h até 48h
  • Ossos até 4 dias

6 P´s da oclusão arterial aguda

➡ Pain (Dor)

➡ Palidez

Oclusão arterial aguda

  • 2a: marginalmente ameaçado: Pode apresentar dormência e pequena perda sensorial restrita aos artelhos, dor descontínua e frequentemente ausência de sinal de Doppler arterial, porém venoso audível. Pode ser salvo pelo tratamento imediato
  • 2b: Ameaça imediata: Apresenta dor isquêmica em repouso persistente, perda de sensibilidade além dos artelhos, algum grau de perda motora (paresia ou paralisia) e ausência de sinais de Doppler arterial e venoso audíveis. Pode se salvar pela revascularização imediata

3- Inviável: Há perda de sensibilidade, paralisia muscular acima do pé, ausência de enchimento capilar ou eventualmente contratura muscular ou pele marmórea.

  • Ausência de sinal de Doppler (venoso e arterial).
  • Geralmente, evolui para amputações maiores ou com lesões neuromusculares permanentes.

Síndrome do dedo azul

➡ Um ou mais dedos cianóticos com um pé quente e bem perfundido - logo este pé recebe ainda suprimento sanguíneo do corpo

➡ Vasoconstricção ou oclusão de pequenos vasos periféricos, contudo os pulsos dos pés continuam palpáveis

. ➡ Fenômeno essencialmente embólico de pequena proporção

➡ Fonte emboligênica mais comum Placa de femoral (canal de hunter)

➡ Se acometimento bilateral de MMII – Aorta é a origem mais comum

Diagnóstico

➡ Clínico: história e exame físico (examinar sempre a outra perna)

➡ Eco doppler arterial: confirma o diagnóstico, o local e a morfologia. Avalia o estado das artérias e a circulação colateral

➡ AngioRNM: Pode ser usada

➡ ANGIOTC: Pouco disponível na urgência, porém de grande utilidade para diagnóstico e foco emboligêncio ➡ Laboratorial: CPK, gasometria arterial (acidose metabólica)

➡ Arteriografia: Deve ser indicada em casos de extremidades viáveis, selecionados e de modo a não retardar o tratamento

Oclusão arterial aguda

Comparações entre doenças

➡ Oclusão arterial aguda

↪ Início súbito ↪ Fonte embólica ↪ Avaliar perna contralateral (normalmente normal)

↪ Tratamento: cateter de Fogarty (Tromboembolectomia)

➡ Doença arterial obstrutiva periférica

↪ Início insidioso ↪ Claudicação prévia ↪ HAS, tabagismo, desidratação, hipercoagulabilidade

↪ Perna contralateral sem pulso

➡ Quadro intermediário

↪ Uma embolia em cima de uma doença arterial obstrutiva periférica

↪ Clinica variável

↪ Cuidado com abordagem: Fogarty ou Endovascular

↪ Atenção para Aneurisma de Poplítea

Diagnóstico diferencial

➡ Flegmasia Cerulea Dolens / Alba dolens: TVP maciça ➡ Dissecção de Aorta

➡ ICC, baixo débito, choque

➡ Vasoespasmo induzido por drogas

➡ Neuroparia compressiva

Tratamento

➡ Cuidados gerais iniciais ↪ Não puncionar veia no membro ↪ Manter em proclive ↪ Aquecimento passivo** (Bota de algodão ortopédico) ↪ Cuidado com trauma e escaras (Colchão caixa de ovo) ↪ Analgesia** ↪ Heparinização**: HNF em bolus

➡ Cirúrgico e intervencionista ↪ Tromboembolectomia com cateter de Fogarty**