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Análise da Canção de Alba: Separação, Amor Proibido e Mitos Medievais, Notas de aula de Literatura

Uma análise detalhada sobre a canção de alba, um gênero poético medieval que aborda temas como a separação de amantes, amor proibido e a influência de mitos medievais na ideia de amor ocidental. O texto discute as características distintas deste gênero, comparações entre canções provençais e francesas, e a importância da presença feminina na sociedade medieval.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Maracana85
Maracana85 🇧🇷

4.2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
FACULDADE DE LETRAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LITERÁRIOS
MESTRADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS, LITERATURAS CLÁSSICAS E MEDIEVAIS
O ALVORECER NA LITERATURA MEDIEVAL:
UM ESTUDO SOBRE AS CANÇÕES DE ALBA
ROMÂNICAS
Alba Caldeira Mello
Belo Horizonte
2013
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE LETRAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS LITERÁRIOS MESTRADO EM ESTUDOS LITERÁRIOS, LITERATURAS CLÁSSICAS E MEDIEVAIS

O ALVORECER NA LITERATURA MEDIEVAL:

UM ESTUDO SOBRE AS CANÇÕES DE ALBA

ROMÂNICAS

Alba Caldeira Mello

Belo Horizonte 2013

Alba Caldeira Mello

O alvorecer na literatura medieval:

um estudo sobre as canções de alba

românicas

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Estudos Literários, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Estudos Literários. Linha de Pesquisa: Literatura, História e Memória Cultural. Orientadora: Profª. Drª. Viviane Cunha.

FALE – UFMG

Belo Horizonte – 2013

A g r a d e c i m e n t o s

Primeiramente agradeço a Viviane, minha orientadora, que desde a graduação despertou-me o interesse pela poesia medieval. Obrigada pela generosidade, pela confiança e pela oportunidade de crescimento. Aos meus pais, Hélio e Eylan, pela vida, pelo incentivo ao estudo e à literatura. Aos filhos queridos, Arthur e Gabriel, agradeço pelas diferentes formas de demonstrar o carinho, quando o tempo era tão escasso para o nosso convívio. Às minhas irmãs Flávia e Letícia, pela cumplicidade. Aos meus irmãos Fabiano e Emerson, bem como às cunhadas, cunhados e sobrinhas. À Dolores, pela escuta. Às amigas Margareth, Carla, Virgínia, Denise, Renata, Rosana, Celma, que me ajudaram, cada uma a sua maneira. À Cecília pela leitura, sugestões no texto e pela parceria. À Renata pelas traduções em espanhol. Ao amigo Henrique Borges e família, pelas orações e apoio. À professora Tereza Virgínia, pela oportunidade do estágio em Florianópolis, período importante não só para o meu crescimento acadêmico, mas também pessoal. Aos professores Walter Costa e Alckmar Santos pela orientação e generosidade no período em que estive em Santa Catarina. Aos colegas de mestrado, Mirtes Pinheiro, Imaculada e Raphael Barcelos e aos demais colegas, pelas palavras de coragem, de incentivo, pela ajuda preciosa, empréstimo de livros, tradução de textos e pelos momentos alegres que passamos durante esse período. Aos amigos que fiz em Floripa, Aglaé e Rosário. À Mara, que leu o meu trabalho e lapidou a minha escrita, com arte e critério. Ao Cássio pelo apoio e incentivo. A todos que um dia foram meus alunos e ao mesmo tempo meus mestres. Meu agradecimento especial é para o Ronald, pelo companheirismo e o incentivo constantes. Sem sua presença, este mestrado não seria possível.

R e s u m o

Esta pesquisa trata do tema do alvorecer nas poesias em línguas românicas intituladas Canções de alba , do período medieval. No trabalho buscou-se analisar os aspectos intertextuais dessa poesia, evidenciando as figuras feminina e masculina presentes nas albas , bem como os elementos que caracterizam o gênero: o adultério, o encontro dos amantes na madrugada, o vigia e os pássaros que avisam sobre o término da noite. Contextualizado o período medieval, foram analisadas as dissonâncias em relação às cantigas de amigo e cantiga de amor.

Palavras chave: alba – alvorecer – poesia medieval – Trovadorismo.

Introdução

Capítulo 1:

1.1. A ordem feudal 1.2. 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Capítulo 2:

2.1. A definição e o surgimento do gênero

2.2. Os vários corpora

Capítulo 3:

3.1. A mulher 3.2. O homem 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

Referências

Introdução

Capítulo 1:

1.1. A ordem feudal 1.2. A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Capítulo 2:

2.1. A definição e o surgimento do gênero 2.1.1. A 2.1.2. 2.2. Os vários corpora 2.2.1. As 2.2.2. A 2.2.3. As 2.2.4. Presença da 2.2.5. Outras

Capítulo 3:

3.1. A mulher 3.2. O homem 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

Referências

Introdução

Capítulo 1:

1.1. A ordem feudal A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Capítulo 2:

2.1. A definição e o surgimento do gênero 2.1.1. A 2.1.2. 2.2. Os vários corpora 2.2.1. As 2.2.2. A 2.2.3. As 2.2.4. Presença da 2.2.5. Outras

Capítulo 3:

3.1. A mulher 3.2. O homem 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

Referências

Introdução

Capítulo 1:

1.1. A ordem feudal A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Capítulo 2:

2.1. A definição e o surgimento do gênero 2.1.1. A 2.1.2. 2.2. Os vários corpora 2.2.1. As 2.2.2. A 2.2.3. As 2.2.4. Presença da 2.2.5. Outras

Capítulo 3:

3.1. A mulher 3.2. O homem 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

Referências

Introdução

Capítulo 1: Contexto histórico e social no qual florescem as

1.1. A ordem feudal A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Capítulo 2: Albas

2.1. A definição e o surgimento do gênero 2.1.1. A alba 2.1.2. Albas 2.2. Os vários corpora 2.2.1. As 2.2.2. A alba 2.2.3. As 2.2.4. Presença da 2.2.5. Outras

Capítulo 3: A situação feminina e masculina no ambiente das albas

3.1. A mulher 3.2. O homem 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

Referências

Contexto histórico e social no qual florescem as

1.1. A ordem feudal A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Albas

2.1. A definição e o surgimento do gênero alba Albas 2.2. Os vários corpora 2.2.1. As albas alba 2.2.3. As albas 2.2.4. Presença da 2.2.5. Outras A situação feminina e masculina no ambiente das albas

3.1. A mulher ……………………… 3.2. O homem ...................................................................................................................... 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

Referências ........................................................................................................................

Contexto histórico e social no qual florescem as

1.1. A ordem feudal A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Albas

2.1. A definição e o surgimento do gênero alba tradicional e a Albas gregas e 2.2. Os vários corpora albas alba na lírica francesa albas 2.2.4. Presença da 2.2.5. Outras albas A situação feminina e masculina no ambiente das albas ……………………… ...................................................................................................................... 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

........................................................................................................................

Contexto histórico e social no qual florescem as

1.1. A ordem feudal .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

Albas : o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero tradicional e a gregas e 2.2. Os vários corpora albas occitanas na lírica francesa albas na lírica castelhana/ 2.2.4. Presença da albas A situação feminina e masculina no ambiente das albas ……………………… ...................................................................................................................... 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero tradicional e a gregas e 2.2. Os vários corpora …………… occitanas na lírica francesa na lírica castelhana/ 2.2.4. Presença da alba albas A situação feminina e masculina no ambiente das albas ……………………… ...................................................................................................................... 3.3. O espaço e o tempo nas

Considerações Finais

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero tradicional e a gregas e latinas …………… occitanas na lírica francesa na lírica castelhana/ alba …………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ……………………… ...................................................................................................................... 3.3. O espaço e o tempo nas

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero tradicional e a latinas …………… occitanas na lírica francesa na lírica castelhana/ alba na lírica galego …………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ……………………… ...................................................................................................................... 3.3. O espaço e o tempo nas albas

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero tradicional e a latinas …………… occitanas …… na lírica francesa na lírica castelhana/ na lírica galego …………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... albas ......................................................................................... ........................................................................................................................

Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero tradicional e a alba latinas ……………………………………………………………………... …………………………………………………………………………………… ………………………………………………………………………… na lírica francesa na lírica castelhana/ na lírica galego ………………………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... albas ......................................................................................... ........................................................................................................................

S u m á r i o

Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero alba ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… na lírica francesa ………………………………………………………………… na lírica castelhana/ na lírica galego …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... ............................................................................. ......................................................................................... ........................................................................................................................

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero provençal ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… na lírica castelhana/ na lírica galego …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero provençal ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… na lírica castelhana/catalã na lírica galego …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino

2.1. A definição e o surgimento do gênero canção de provençal ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… catalã na lírica galego-portuguesa …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino canção de provençal ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… catalã ………………………………………………… portuguesa …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino canção de ……………………………………………..... ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… ………………………………………………… portuguesa …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... A arte literária medieval: o trovador, a poesia … 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

: o canto do amor clandestino ........................................... canção de ……………………………………………..... ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… ………………………………………………… portuguesa …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... ………………………………………… 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

........................................ canção de alba ……………………………………………..... ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… ………………………………………………… portuguesa …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... ……………………………………… 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

........................................ alba ……………………………………………..... ……………………………………………………………………... ……………………………………………………………………… …………………………………………………………………… ………………………………………………………………… ………………………………………………… portuguesa ………………………………… …………………………………………………………………… A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………………………………………………………………………… ...................................................................................................................... .......................................................................... ......................................................................................... ........................................................................................................................

Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... ……………………………………… 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

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Contexto histórico e social no qual florescem as .......................................................................................................... ……………………………………… 1.3. A Idade Média e a forma de pensar e expressar: a oralidade

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A situação feminina e masculina no ambiente das albas ………… ………………………………………………………………………… ....................................................................................................................................... ........................................................................................... ........................... .........................................................................................................................................

Introdução

I n t r o d u ç ã o 10

pela soldadeira (nas cantigas de escárnio e de maldizer ), pela jogralesa, e principalmente por Maria, a mãe de Deus, a Virgem venerada e compadecida (nas Cantigas de Santa Maria ). São tropos comuns as figuras da mãe e da filha (CUNHA, 2006), bem como as atividades que envolviam o dia a dia dessas mulheres: costurar, cozinhar, rezar, cuidar da casa dos senhores, dos filhos, da limpeza das igrejas e também tempo de um eterno esperar. Esperar pelo momento de serem prometidas a algum nobre, se ricas; ou esperar pelo amado que se fora nas cruzadas. Também, há o tema da malcasada (nas cantigas de malmaridadas ), pois, se as mulheres eram “artigos” de troca nos arranjos casamenteiros, existiam os amores reais, por quem elas cantariam e chorariam quando o dia irrompesse, terminando assim o idílio com o seu “verdadeiro” amigo ou amante (nas albas ). Interessa-nos particularmente o tema dessas últimas, as quais elegemos como objeto de nosso estudo. A canção de alba é um dos gêneros mais elegantes das composições eruditas da Idade Média. Esse poema é um diálogo amoroso, no qual os protagonistas, reunidos ao sabor da noite, vivem momentos tão agradáveis que acabam por esquecer-se da alvorada que desponta. O canto de um pássaro, o chamado de alguém conivente com o casal ou o grito do sentinela, do alto da torre do castelo, costumam anunciar a alba , lembrando aos amantes o perigo de serem surpreendidos, pois em geral as canções de alba retratam o amor proibido. Uma das características mais marcantes da alba é que a palavra tem o sentido de “amanhecer” e aparece no último verso de cada uma das seis ou sete estrofes da canção. Os termos aparecem diferentemente conforme os poetas: alba (junto aos troubadours provençais), aube (junto aos trouvères , poetas do norte da França) e tagelied em alemão (junto aos minnesänger). Em galego-português e em espanhol usa-se também o termo provençal: alba (SPINA, 1991, p. 357). Ao propor um estudo sobre as albas — temática sobre a qual não há nenhum estudo em língua portuguesa, de acordo com nossas pesquisas prévias — e percebendo a beleza e a riqueza dessas composições em outras línguas românicas, constatamos a necessidade de suprir essa lacuna. Talvez essa temática não tenha despertado o interesse de pesquisadores em língua portuguesa pelo fato de que há poucos exemplares, provavelmente um ou dois, no repertório galego-português. Além

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disso, quando existe em português, a alba se constitui um subgênero das cantigas de amigo. O que se pode afirmar é que as albas são composições literárias, frequentemente compostas, em seu pano de fundo, de elementos antagônicos, tais como céu e terra, guerra e paz, noite e dia, claro e escuro, felicidade e angústia. Há nelas, comumente, a figura de um homem valente, uma mulher, às vezes malcasada, o vigia e, além dos elementos naturais já citados, a referência às aves matutinas. O eu lírico geralmente é feminino e algumas canções de alba apresentam um diálogo entre os amantes e o vigia. O contraste costuma estar sempre presente nessa poesia. Algumas vezes, o lamento da mulher enamorada (em que se apresenta o eu lírico ) coincide com a chegada do alvorecer, ela implora, num discurso direto, ao seu amado, distante, que venha ao seu encontro, para minimizar as saudades que sente. Além desses elementos — encontro e despedida do casal amoroso —, o tema do amor em si mesmo e em todas as suas nuances é um dos mais frequentes na literatura, seja na poesia ou na prosa. Não se cansam de descrevê-lo e cantá-lo os compositores antigos e os contemporâneos. Desde o poeta latino Ovídio ( apud NUÑEZ, 2003), os protagonistas estão sempre a desejar uma noite maior para que seu encontro amoroso nunca se acabe ou que possa se estender por mais alguns minutos. A aurora é considerada indesejada, até mesmo odiosa, e recebe insultos na poesia ovidiana. Ressaltamos que não é prudente estabelecer uma origem determinada para a gênese desses poemas já que o tema por eles abordado é inerente à existência humana e é apresentado em textos literários de todas as épocas, desde a Antiguidade até a contemporaneidade. Dessa forma, podemos afirmar que esse é um tema universal e não exclusivo da época Medieval, período a que as composições de alba profanas pertence. Mesmo assim, não deixaremos de apresentar algumas opiniões sobre a gênese da canção de alba discutida por alguns autores, tais como Martin de Riquer, Pierre Bec, Gérard Gouiran, Segismundo Spina, dentre outros. Não se deve interpretar essas cantigas de uma forma simplista e banalizadora, como se apresentassem apenas o tema de maridos traídos a espreitar suas mulheres ou de amores proibidos por imposições sociais. Podem-se apontar, nessas

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nova língua românica, já que, naquele momento (século X), constata-se a existência de albas , em versos curtos, contrastando com os versos longos das albas latinas. O surgimento dessa poesia romperia, portanto, com a tradição latina, pelo fato de ter sido escrita nas novas línguas românicas em ascensão. Esse rompimento representaria, dessa forma, o desenvolvimento de uma identidade. Portanto, é possível admitir que se tratava de uma literatura vanguardista, para os moldes da época, pois desafiou a supremacia de uma língua imperialista, o latim, “ameaçando” já a sua hegemonia no plano da literatura. A julgar pelo número de composições, o tema da alba teria muita popularidade na Idade Média. Fuente Cornejo ( apud NUÑEZ, 2003) reuniu 21 canções de alba distribuídas da seguinte forma: duas pertencentes à lírica moçárabe, duas em galego- português, uma em espanhol, uma em catalão, cinco em francês, nove em provençal e uma na língua italiana. Se levarmos em conta que o corpus de toda a poesia medieval que nos chegou apresenta grandes lacunas e que não reflete todo o repertório da época, esse número é significativo, pois atinge vários domínios românicos. Do ponto de vista da recepção dos textos, ressaltamos que estamos falando de cantigas medievais que são, por excelência, do âmbito da oralidade (no que se refere à sua gênese), o que não deve em nenhum momento ser desprezado. Zumthor (1993) nos lembra da importância desse fator na concepção da poesia medieval — e que, sem ele, parte de seu entendimento e de sua beleza estaria perdida — bem como da necessidade de nos atermos também aos textos escritos. Segundo ele, é preciso dar importância ao fato de esses textos terem sido reproduzidos a partir de uma tradição oral, mas com o devido cuidado de não folclorizar o tema e nem o texto literário em si. Segundo Zumthor, existe, hoje, uma espécie de necessidade fantasiosa, da qual o cinema é o principal fomentador, de buscarmos na Idade Média a brutalidade, o embate de forças antitéticas e a sua porção de feitiçaria e fanatismo religioso. Mais do que isso, porém, nos esclarece esse autor, devemos buscar o texto, para comentá-lo e analisá-lo segundo fontes históricas e a própria teoria da literatura. Guardemos, pois, a imaginação, para tentarmos nos aproximar do contexto de sua produção ou, melhor falando, do momento da recepção das cantigas na sua devida época.

I n t r o d u ç ã o 14

Sobre o que fazer e como fazer

Como afirmamos, este estudo tem por finalidade analisar o corpus textual poético das poesias medievais conhecidas como canções de alba , produzidas no período compreendido como Baixa Idade Média. Como já observado, também, o interesse pelo assunto é motivado pela ausência de estudos aprofundados em língua portuguesa sobre o gênero canção de alba e pela universalidade que o tema suscita. Mesmo sabendo da existência das albas religiosas, para a presente pesquisa, delimitamos o estudo das albas consideradas profanas. Tendo em vista que os estudos empreendidos, até o presente momento, são de caráter mais tipológico e estrutural, que não são em língua portuguesa, que não contemplam todo o corpus das cantigas provençais e, sobretudo, que não analisam os textos do ponto de vista literário e/ou simbólico, pretendemos, a partir de um corpus já existente em língua provençal, estudar esse último aspecto, a saber, o literário e/ou o simbólico. Destacamos o tão conhecido diálogo de Romeu e Julieta , de Shakespeare, a partir da obra do crítico literário Harold Bloom. Essa é, certamente, a alba mais famosa de todos os tempos, em que o tema e os elementos encontrados nas canções de alba medievais são claramente aludidos: a separação iminente dos amantes aos primeiros raios do amanhecer, o tema do amor proibido e os elementos naturais, como o rouxinol e a cotovia, além da proibição do amor do casal. O tema amoroso, sempre presente nas canções de alba profanas, constitui nosso principal objeto de investigação. No entanto, falaremos de um amor permeado de erotismo, o que diferencia essas composições líricas das cantigas de amor e cantiga de amigo , nas quais não é possível encontrar explicitamente vestígios do amor erótico. O amor presente nestas últimas é aquele próprio das regras do amor cortês e o erotismo só aparece de forma velada. Recordando, o corpus das canções de alba utilizados nesta pesquisa foram recolhidos pelos estudiosos Jeanroy, Pierre Bec, Gérard Gouiran, Segismundo Spina e Toríbio Fuente Cornejo. A abordagem hermenêutica é feita segundo as filosofias de Hans Georg Gadamer, Paul Ricoeur, enquanto a abordagem histórica é feita sob a luz

Ca p í t u l o 1

Contexto histórico e social no

qual floresceram as canções de

alba

P r i m e i r o C a p í t u l o 17

1. 1. AAAA o r d e m f e u d a l

As canções de alba, objeto de nosso estudo, surgiram na época do Trovadorismo, corrente literária medieval em que vários poetas, de cortes nobres, compuseram cantigas e canções apresentadas nos ambientes aristocráticos dos castelos feudais. Em primeiro lugar, devemos nos reportar à questão do Feudalismo, ambiente em que o Trovadorismo surgiu e floresceu.

Para o homem comum, não especialista, a expressão “feudalismo” possui um peso fortemente negativo, provocando associações imediatas com imagens colhidas em velhos manuais ou em romances mais ou menos ambientados numa vaga região do passado, denominada “Idade Média” ou “Tempos Medievais”. Para as gerações mais novas, do cinema de massas e da TV, feudalismo remete para filmes “de capa e espada”, onde a violência, o fanatismo religioso, a fome e a “peste” encontram-se, lado a lado, com figuras melancólicas e românticas de cavaleiros e miladies. Regine Pernoud, num trabalho bastante conhecido, já nos mostrou que tais visões não são monopólio do homem comum americano, que olha com um certo horror tudo o que recebe o epíteto de feudal, mas mesmo os franceses ou ingleses guardam uma visão repleta de preconceitos contra o feudalismo e a Idade Média. (SILVA, 1984, p. 7)

A periodização sempre é importante para os estudos históricos e, mais especificamente, para as análises mais aprofundadas de períodos que, para a História, se tornaram marcantes. A Idade Média é um desses períodos da História que, por diversos motivos, tornou-se importante. Talvez, um dos motivos essenciais está ancorado no próprio processo de transição entre o feudalismo e o capitalismo — cuja compreensão nos levaria a um entendimento mais aproximado e, adiante, mais rigoroso da modernidade e da própria contemporaneidade. Entretanto, a periodização, em si mesma, tem sido discutida a partir de diversas circunstâncias: critérios metodológicos, conceitos essenciais, referências teóricas e históricas. No caso da Idade Média, existem debates acerca do seu próprio início. Observemos:

Quando findou a civilização clássica e teve início a Idade Média? Muitas datas foram sugeridas. A deposição de Rômulo Augústulo em 476 foi, durante muito tempo, a favorita. Mais recentemente, o ano de

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fusão mencionada acima. Naturalmente esta fusão torna impossível datar o início da Idade Média com uma precisão de calendário. É também por isso que diferentes historiadores, alguns considerando principalmente as inovações políticas, outros dando maior peso à evolução religiosa, econômica, ou outra, chegaram a diferentes datas. (BARK, 1974, p. 13-14)

Maurice Dobb constituiu-se numa das fundamentais referências a serviço da discussão conceitual acerca da natureza do feudalismo. Além de sua própria obra, há um rico e clássico debate acerca da transição do feudalismo para o capitalismo no qual se envolve com Paul Sweezy e do qual participam, direta e indiretamente, outros grandes autores como Cristopher Hill e Eric Hobsbawm.^3 A leitura historiográfica de Maurice Dobb sobre a Idade Média e sobre o feudalismo é perpassada pela presença inevitável da economia:

[...] Pokrovsky [...] que durante muitos anos foi o decano dos historiadores marxistas, parece ter encarado o feudalismo inter alia como um sistema de “economia natural” auto-suficiente, em contraste com uma “economia de trocas” monetária — como “uma economia que tem o consumo como objetivo”. Tal noção de que o feudalismo se apoiava na economia natural como sua base econômica parece partilhada, pelo menos implicitamente, por uma série de historiadores econômicos no Ocidente, podendo dizer-se que tem maior afinidade com as concepções de autores da Escola Histórica Alemã, como Schmoller, do que com as de Marx. Há bons motivos a sugerir que os mercados e a moeda desempenharam um papel mais destacado na Idade Média do que se costumava supor, mas tal noção, de qualquer modo, partilha uma grande inconveniência com aquela puramente jurídica, qual seja a de não tornar o termo ao menos aproximadamente confinante com a instituição da servidão. (DOBB, 1976, p. 51)

Percebe-se, com muita clareza, que o autor enfatiza não apenas a economia e o mercado na leitura que faz acerca da Idade Média e, particularmente, do feudalismo. Além disso, Maurice Dobb constrói uma relação forte entre feudalismo e servidão:

A ênfase dessa definição [de feudalismo] estará não na relação jurídica entre vassalos e soberano, nem na relação entre produção e destino do produto, mas naquela entre o produtor direto (seja ele artesão em alguma oficina ou camponês na terra) e seu superior imediato, ou senhor, e o teor sócio-econômico da obrigação que os liga entre si. De conformidade com a noção de capitalismo [...], tal

(^3) Cf. Sweezy et al. (1977).

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definição caracterizará o feudalismo primordialmente como um “modo de produção” e isto formará a essência de nossa definição. Como tal, será virtualmente idêntica àquilo que geralmente queremos dizer por servidão — uma obrigação imposta pela força e independentemente de sua própria vontade, para que satisfaça a certas exigências econômicas de um senhor, quer tais exigências tomem a forma de serviços a prestar, ou taxas a pagar em dinheiro ou artigos, em trabalho ou [no que pode ser chamado de] “presentes para a despesa do senhor.” Esta força coatora pode ser militar, possuída pelo superior feudal, ou a do costume apoiado por algum tipo de processo jurídico, ou à força da lei. Tal sistema de produção contrasta, de um lado, com a escravidão em que (como Marx o exprimiu) “o produtor direto acha-se aqui em posse de seus meios de produção, das condições materiais necessárias à realização de seu trabalho e a produção dos seus meios de subsistência. Ele empreende sua agricultura e indústria rurais e a ela ligadas como produtor independente” enquanto “o escravo trabalha com condições de trabalho pertencentes a outrem”. Ao mesmo tempo, a servidão implica que “a relação de propriedade se deve afirmar como relação direta entre dominadores e servos, de modo que o produtor direto não é livre” — “uma falta de liberdade que pode ser modificada da servidão com trabalho forçado até o ponto de uma simples relação tributária”. (DOBB, 1976, p. 52-53)

A compreensão do feudalismo como modo de produção, entretanto, não lhe retiraria a condição de tempo histórico em que muitas práticas e experiências dar-se- iam simultaneamente ou, caso se prefira assim, também sob o contexto da vida econômica. Há muitas Idades Médias, assim como variados feudalismos. É a leitura que se pode ter a partir da breve visitação da literatura disponível.^4 Há ciência: mas que ciência, pode-se perguntar? Há arte: e artes de todas as naturezas. Há teatro. Há literatura. Há música e poesia. Não há um único centro: nem mesmo poderia ser a religião ou a economia, mas todo um modo relativamente próprio de um tempo de experimentar a vida que, por si só, é transição e, mais adiante, transição para a modernidade — que, muitas vezes, se mistura aos tempos referenciados pela economia moderna ou, mais apropriadamente, pelo capitalismo. Compreender no que consistia o sistema feudal, a forma como se tornou hegemônico na Idade Média e suas implicações na vida das pessoas comuns, nos incute a ideia do panorama político e econômico onde as canções de alba foram geradas, permitindo-nos enxergá-las em identidade com esse contexto.

(^4) Cf. Previté-Orton (1972); Pinsky (1979); Ganshof (1974).