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O processo de implementação e realização da oficina de voleibol no centro de atenção psicossocial (caps) do hospital de clínicas de porto alegre (hcpa). A oficina surgiu em 2008 como parte do projeto esporte cidadão e tem contribuído para a reinserção social dos participantes, além de estimular a prática corporal. Atualmente, a oficina conta com a participação de usuários, profissionais e estudantes, sendas quatro etapas: conversa, alongamento, fundamentos básicos e jogo, e fechamento. A oficina ocorre regularmente no ginásio da brigada militar e em outros espaços públicos.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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EDUCAÇÃO FÍSICA: DIGRESSÕES, CONTROVÉRSIAS E PERSPECTIVAS
Bêlit Arsevenco Coitinhoi Cleni Terezinha de Paula Alvesii Jaqueline Ferri Rehmenklauiii Julia Hercz dos Santosiv Palavras-chave : Voleibol. Reinserção Social. CAPS.
Os Centros de Atenção Psicossociais – CAPS são serviços de saúde mental do Sistema Único de Saúde – SUS que surgem a partir da reforma psiquiátrica no Brasil como serviços substitutivos ao modelo hospitalar antes vigente. Existem diversos tipos de CAPS: CAPS I, CAPS II, CAPS III, CAPSad e CAPSi. Nestes serviços, o atendimento à população se dá principalmente pela reinserção social a partir da promoção do acesso a trabalho, lazer e exercícios dos direitos civis no ambiente em estão inseridos denominado de território. As atividades podem ser desenvolvidas de forma individual ou em grupo dependendo das necessidades dos usuários (BRASIL, 2004). O CAPS do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
OBJETIVO: descrever o processo de construção e a forma como está sendo realizada a oficina de voleibol no CAPS/HCPA, bem como a contribuição da mesma enquanto prática de circulação e reinserção social dos participantes.
MÉTODO: esta oficina surge em 2008 através de um projeto chamado Esporte Cidadão que estimulava a aproximação dos usuários à prática de esportes. Este projeto tinha como metodologia a visitação a locais de prática como ginásios e estádios em dias de jogos e a visitação de atletas e de equipes inteiras ao CAPS. Neste contexto, a oficina de voleibol começa a ser realizada no parque social da associação dos funcionários do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (ASHCLIN), sendo posteriormente transferida para o ginásio da Escola de Educação Física da Brigada Militar devido à expressiva inserção dos usuários do CAPS (KUHN; FRAGA; ALVES, 2012). Atualmente, a oficina conta com a participação de
EDUCAÇÃO FÍSICA: DIGRESSÕES, CONTROVÉRSIAS E PERSPECTIVAS
10 usuários, profissionais da equipe multiprofissional do CAPS/HCPA, residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – RIMS e estagiários de educação física. A adesão à oficina se dá a partir do Projeto Terapêutico Singular – PTS estruturado para cada usuário e em consonância com a vontade do mesmo de vincular-se a mesma, levando em consideração as vivências prévias dos participantes, os significados desta prática para os mesmos, bem como a possível reinserção social e promoção da autonomia e protagonismo dos usuários a partir desta prática corporal. A oficina de voleibol acontece todas as quartas- feiras das 9h às 10h do turno da manha, no ginásio da Brigada Militar e em outros espaços públicos da comunidade e estrutura-se em quatro momentos: conversa inicial sobre os combinados e retrospectiva do que foi trabalhado na oficina anterior; alongamento e aquecimento; fundamentos básicos e jogo do voleibol e fechamento da atividade com feedback dos usuários e profissionais a respeito da prática que realizaram. Nos dias de chuva a oficina é realizada em sala do CAPS, onde se aborda assuntos relacionados ao vôlei com recursos audiovisuais e materiais adaptados para o ambiente interno. Além das questões relacionadas à prática corporal do voleibol, cada usuário é estimulado e auxiliado na organização de seu deslocamento, a fim de que este consiga comparecer no local e horário de realização da atividade, conforme o combinado, circule pela cidade com autonomia e consiga programar sua rotina para a participação nesta atividade.
CONCLUSÃO: a oficina do voleibol, além de ferramenta de resgate e estímulo à prática corporal, segue uma visão humanística e integral, ao aproximar-se da história, contexto social e cultura dos usuários, além de promover e estimular a interação, socialização e possibilidades de realização desta prática em outros espaços e grupos da cidade. É nessa perspectiva de reabilitação através da inclusão, da circulação e protagonismo dos usuários pelos espaços públicos da cidade que o atendimento e a oficina do CAPS são estruturados, valendo-se das práticas corporais como uma forma de promover cuidado, autonomia e reinserção social dos usuários.