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Este estudo analisa o uso de tecnologias digitais no ensino de matemática durante a pandemia da covid-19, em escolas públicas do ensino médio, no município de manicoré-am/brasil, no período de 2021-2022. O objetivo geral é identificar as práticas docentes no ensino de matemática, durante o período de pandemia, utilizando as tecnologias digitais como ferramenta pedagógica.
Tipologia: Resumos
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Jacinandro de Menezes Bezerra Universidad De La Integración De Las Américas Escuela De Postgrado Maestría En Ciências Da Educação
DOI: 10.47573/aya.5379.2.77.
Minuta descritiva decorrente da pesquisa científica apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação Curso de mestrado em Ciências da Educação pela Universidad de la Integración de las Américas Orientador: Drª. Ângela Maria Gonçalves de Oliveira
Este estudo tem como objeto de estudo a utilização das tecnologias digitais no ensino da ma- temática, durante o período da Pandemia COVID-19, em escolas públicas do ensino médio, no município de Manicoré-AM/Brasil, no período de 2021-2022. Tendo como objetivo geral “Iden- tificar as práticas docente no ensino, durante o período de pandemia da COVID-19, verificar de que forma as ferramentas tecnologias digitais, impactaram no ensino aprendizagem”. Se realizou uma pesquisa exploratória descritiva com o enfoque qualitativo apoiada na metodologia do es- tudo indutivo. Discorre sobre a evolução das tecnologias digitais em época pandêmica, as ino- vações e desafios no ensino remoto e educação à distância, os desafios dos professores frente as inovações da informação. Infraestrutura disponível pela escola e pelo professor. Os principais resultados demonstram que: o emprego das tecnologias digitais pelos professores de matemá- tica durante o período da Pandemia COVID-19 foi muito difícil e com baixo aproveitamento em virtude de não possuírem habilidades suficiente para tal situação tecnológica emergencial.
Palavras-chave: tecnologia digital. ensino de matemática. período pandemia.
This study has as its object of study the use of digital technologies in the teaching of mathema- tics, during the period of the COVID-19 Pandemic, in public high schools, in the municipality of Manicoré-AM/Brazil, in the period 2021-2022. With the general objective "To identify teaching practices in teaching, during the COVID-19 pandemic period, to verify how digital technology tools impacted teaching and learning". An exploratory descriptive research was carried out with a qualitative approach supported by the methodology of the inductive study. Discusses the evo- lution of digital technologies in a pandemic season, the innovations and challenges in remote te- aching and distance education, the challenges of teachers in the face of information innovations. Infrastructure available by the school and the teacher. The main results demonstrate that: the use of digital technologies by mathematics teachers during the COVID-19 Pandemic period was very difficult and with low performance due to not having enough skills for such an emergency technological situation.
Keywords: digital technology. mathematics teaching. pandemic period.
As tecnologias digitais vêm sendo cada vez mais utilizadas nos diversos setores da so- ciedade. Assim sua aplicação no ambiente educacional também encontra um vasto campo a ser explorado. Nessa busca pela adequação às transformações as instituições têm procurado justi- ficar a implantação das Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC como uma ferramenta para ajudar na condução dos processos educativos.
Nesse sentido, as tecnologias podem contribuir com novos meios, técnicas e metodo- logias para a efetivação de um ensino de qualidade, uma vez que fogem da rotina estabelecida pela utilização de métodos tradicionais, favorecendo e estimulando a atenção do aluno e, conse- quentemente, estimulando a sua vontade de aprender.
uma direção que possibilitem alcançar algum resultado positivo. Pinto (2005, p.352) salienta que:
O humanismo dessa tese pode ser trombeteado com as maiores probabilidades de suces- so pelo sistema de insinuação publicitária, totalmente em mãos dos poderes sociais domi- nantes, desejosos de acrescentar aos seus incontáveis méritos o da constituição definitiva da humanidade tecnológica redimida. Para o autor, ao pensar em tecnologia, é imperativo que pensemos em quatro acepções que abrangem “a ciência” da epistemologia; logus da epistemologia da “técnica”; instrumento do “estudo” e “a discussão técnica”. Onde a tecnologia pode ser pensada como um conjunto de técnicas que todas as sociedades possuem, sendo assim um fenômeno social total. O cenário atual que se vive, permeado por tecnologias, tem gerado grandes mudanças culturais, sociais e profissionais, além de fazer emergir novos desafios ao fazer escolar, perpas- sando tanto por questões de infraestrutura quanto em relação à formação docente para o uso pedagógico das TIC aplicadas à Educação.
Kenski (2012, p.23), em sua obra “Educação e Tecnologias: o novo ritmo da afirmação”, define as tecnologias como “a totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações”. A autora argumenta que a ampliação das tecnologias digitais nos insere em novos padrões de comportamento e em formas de relacionamentos, as quais incidem na necessidade de adoção e reflexão sobre os tipos de formação e escolarização. Com essas demandas, a educação aberta, que até então era um conjunto de práticas com o foco voltado para utilização de tecnologias para a promoção de educação através de plataformas online, passou a ter um papel relevante na era digital e tem sido objeto de preocupação política em todo o mundo, almejando a garantia de desenvolvimento econômico e social. Mas é preciso lembrar que:
A demanda pela educação reflete-se nos educadores e em seus compromissos como pessoas e profissionais. Prover educação para todos e, ao mesmo tempo, se educar – no sentido de se aperfeiçoar e se atualizar – é o desafio social da área para todos os que nela atuam, em todos os seus tradicionais níveis de escola e nos diferenciados e ampliados espaços educacionais. A busca do “tempo perdido” é a busca paradoxal do professor em sua permanente contradição, entre ensinar e aprender. (KENSKI, 2012, p.135) Mas a que se referi quando se fala em TIC – Tecnologia da Informação e Comunica- ção? Para Castilho (2015, p.33) TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação “compreende a junção das telecomunicações, da informática, e das mídias eletrônicas”, configurando-se como ferramentas mediadoras do processo educacional como um todo. As tecnologias digitais aplicadas à educação representam mais que um auxílio à prática docente, uma vez que para o seu emprego efetivo são necessárias ações que facilitem a sua utilização. Pressupõem formação continuada e constante atualização pedagógica, porque es- tabelece uma mudança prática, um planejamento flexível e um diálogo constante entre aluno e professor.
A realidade pedagógica encontrada nas escolas públicas demonstra um universo cogniti- vo que dificulta em muito a prática docente, aliado à realidade social dos alunos, há um distancia- mento entre o proposto pedagogicamente e o alcançado, parcial, ou em sua totalidade, junto aos alunos. Essas afirmativas podem ser observadas no cotidiano escolar de um docente, à procura
do melhor modo de transmissão de conhecimento para seus alunos.
A era da tecnologia é marcada por aparatos tecnológicos que aproximam e estão a um click de distância. Nesse sentido, o aparelho celular ( smartphone ), é um aliado disponível sem precedentes, tornando real o que antes era impossível com rapidez impressionante. O avanço tecnológico está caminhando a passos largos e em alguns setores está ocorrendo com maior rapidez, modificando intensamente a vida das pessoas.
Hoje os professores têm a oportunidade de modificar as suas aulas, proporcionando aos alunos um saber mais dinâmico, promovendo uma incorporação de aprendizagem mais fácil. Para isso, o professor tem que estar atento ao que ocorre ao seu redor e assim não deixar passar despercebidas oportunidades de utilização da tecnologia digital, evitando que em pleno século XXI suas ações estejam ambientadas em época anterior.
Ainda há professores e escolas que não estão preparadas para lidar com as novas tec- nologias. Isso ocorre, principalmente, porque ainda há professores que acreditam na geração de sobrecarga de trabalho ao se fazer uso das tecnologias digitais, bem como porque eles se sentem inferiores aos alunos quando o assunto é a manipulação de equipamentos que envolvam tecnologias digitais e suas aplicações. Isso é impossível de não ocorrer, uma vez que os atuais alunos nasceram na era das tecnologias digitais, porém é necessário utilizar essa condição a favor do processo de ensino.
Em contrapartida a essa maior capacidade de utilização da tecnologia digital, há um detalhe importante a ser considerado: o aluno tecnológico, não sabe coordenar a informação, conectar os diversos assuntos de determinada disciplina. Isso quem sabe é o professor, que pela natureza de seu trabalho e formação, detém passar as competências para tal.
Ao passar horas na frente de um computador procurando aumentar o seu nível de co- nhecimento, conhecendo novas estratégias de aprendizagem, elencando sobre si novos sabe- res, o professor torna-se um guia para os alunos para promover a utilização da tecnologia de forma coordenada e precisa mostrar isso aos alunos de forma a garantir segurança em si mesmo na condução de suas atividades como educador.
Sobre a perspectiva educacional de união dos saberes, compreende-se que a tecnolo- gia une professores e alunos, uma vez que cada um traz consigo saberes diferentes e comple- mentares. Se não houvesse a constante percepção de que é necessário manter um domínio pela imposição de autoridade dentro da sala de aula, mas ao contrário, se houvesse uma visão mais ampla, para considerar a ideia de igualdade na junção de saberes, o trabalho se tornaria mais fácil. Contudo, ainda há educadores que confundem autoridade com autoritarismo, propagando o paradigma de distanciamento entre aluno e professor.
O professor/educador precisa acima de tudo ser “humano”, saber olhar o seu entorno e o entorno que envolve os seus educandos, uma vez que quem educa com afeto pode pro- porcionar a possibilidade de crescimento pessoal, de conseguir algo por si próprio e fazer com que o educando acredite nele mesmo, sinta e aja como o agente transformador na sociedade em que vive (CHALITA, 2001, p.37). Para Chalita (2001), as escolas com laboratórios não possuem equipamentos suficientes para suprir à necessidade de todos os alunos, mas se for levado em conta que de tudo é possível tirar proveito positivo para a aprendizagem significativa do aluno, seria cabível ao professor usar essa falta de equipamentos para dinamizar a aula e promover a interação social entre os alunos.
Para Pischelota (2015, p.17), o processo que induz para uma formação desejável requer que:
Deve se tratar não de técnicas, mas sim de metodologias de ensino – aprendizagem que incluem a aquisição do letramento digital, da autonomia e da criatividade do docente, res- gatando o perfil intelectual de cada professor, e o capital social existente na escola, (...) pensada e planejada com base nas necessidades locais de cada escola e fundamentada no desenvolvimento profissional. Pensar nessa rede estrutural para que o professor consiga integrar a sua rotina de for- mação continuada ou autoformação, paralelamente à preparação de aulas e à elaboração de mecanismos de avaliação, muitas vezes, é o principal desafio para quem está na escola. An- teriormente, acreditava-se que o professor, ao terminar sua formação inicial, estava preparado para a profissão pelo resto da vida. De acordo com Freire (1996), a educação é um processo per- manente e contínuo, uma vez que a pessoa será sempre “inconclusa” e por isso estará sempre buscando a complementação de seu saber. Esse educador mostra que a realidade é diferente para todos que atuam na escola, principalmente para o docente que deve conscientizar-se de que a formação é permanente e no seu cotidiano.
No mesmo sentido, Jordão (2009, p.12) enfatiza que:
A formação do professor deve ocorrer de forma permanente e para a vida toda. Sempre surgirão novos recursos, novas tecnologias e novas estratégias de ensino e aprendiza- gem. O professor precisa ser um pesquisador permanente, que busca novas formas de ensinar e apoiar alunos em seu processo de aprendizagem. Segundo Delors (2007), a evolução rápida do próprio mundo obriga a todos os profis- sionais das mais diversas áreas, a buscarem conhecimentos que lhes proporcionem estar atu- alizados. Essa atualização deve ser buscada de forma que os conhecimentos e técnicas sejam aperfeiçoados. Nesse contexto, é necessário que o professor tenha a consciência de que a sua formação inicial não é suficiente para acompanhar a evolução tecnológica.
Reservar um espaço fixo na rotina dos professores tem trazido bons resultados para que estes recebam a sua formação, recebendo instruções para o desenvolvimento de suas práticas metodológicas e mesmo para troca de experiência de vivência entre professores. A necessidade das formações para os professores é de grande necessidade, dado o fato de que o conhecimen- to ali construído aprimora o seu fazer em sala de aula e, mais do que isto, esses professores potencialmente serão capacitados e atualizados nas questões relacionadas com a docência.
Ser um professor é muito mais do que cursos e certificados. Exige uma postura dentro da sala de aula, com as práticas pedagógicas e com o envolvimento de seu próprio processo formativo.
A escola, por sua vez, deve se adaptar a todas as condições para que o processo de aprendizagem seja efetivo, com uma visão mais humanista, com ações mais educativas, funda- mentadas no respeito mútuo e também na solidariedade, tendo a participação do corpo docente e pedagógico, que direta ou indiretamente, possam estar comprometidos com o processo edu- cacional, conforme salienta Mantoan (2006, p.45):
As escolas de qualidade são espaços educativos de construção de personalidades hu- manas autônomas, críticas, onde crianças e jovens aprendem a ser pessoas. Nesses am- bientes educativos, os alunos são orientados a valorizar a diferença pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo
clima socioafetivo das relações estabelecidas em toda comunidade escolar, sem tensões competitivas, mas com espírito solidário, participativo. Escolas assim concebidas não ex- cluem nenhum aluno de suas classes, de seus programas, de suas salas, das atividades e do convívio escolar mais amplo. São contextos educacionais em que todos os alunos têm a possibilidade de aprender, frequentando uma mesma e única turma. A partir do momento em que as escolas reconhecem e valorizam o diferente, a diversi- dade, e buscam por inovações dentro do atual modelo educativo com projetos inclusivos, há um salto, e o ensino se torna diferente dentro da escola tradicional, se comparada com as dificulda- des que os alunos trazem arraigados consigo. Diante desse cenário, pode-se inferir que a principal dificuldade para a inclusão digital do professor é a falta de formação continuada que contemple as mudanças do cenário escolar em consonância com a evolução tecnológica. Mesmo existindo programas que contemplem a disponibilização de espaços e equipamentos e instruções básicas de utilização, ainda falta pro- porcionar os meios para que o professor possa utilizar essas ferramentas de forma consciente do ponto de vista social em congruência com o processo de ensinar.
Assim, a formação do professor precisa ser contínua a fim de que ele adquira autono- mia, principalmente com relação à utilização de novas tecnologias que possam ser aplicadas à educação, para que ele se adeque como um novo profissional dentro da vida cotidiana dele. O ser humano aprende ao longo da vida em um processo contínuo, daí a necessidade do professor continuar estudando além dos conteúdos cognitivos, fortalecendo o seu desenvolvimento profis- sional, ou seja, ser um profissional atualizado no cenário educacional. Todos esses valores e dúvidas perpassam pela mente dos professores e ficam mais latentes quando eles expõem o que possuem de forma questionadora, se o que possuem é me- lhor do que o que o outro tem, porque o mundo diz que é assim que deve ser. Assim, apesar de haver esplendorosos professores com uma bagagem significativa de conhecimento na sua área de formação, a maioria deles, simplesmente, não consegue adaptar-se às tecnologias digitais e delas fazer a sua aliada maior.
Então, resgatar os valores do conhecimento para si torna-se o primeiro desafio do pro- fessor antes de entrar na sala de aula. Sob essa perspectiva, será mais fácil proporcionar aos alunos a noção de que o conhecimento enquanto um bem necessário é um bem prazeroso, um bem que merece ser adquirido.
O que o professor ensina e o que deveria ensinar, mostra o quanto a sociedade mudou, com toda a sua evolução tecnológica. Alguns professores relatam que surgiu deles tanta preo- cupação com o ensino, em ensinar de modo adequado, que eles se aprisionaram no tempo. E que há uma linguagem de um mundo que não valoriza a escola, e de uma escola que não fala a linguagem deste mundo.
Há aqui dois pontos significativos, ou seja, a escola que é diferente da vida, e a escola que se opõe a vida. E por outro lado a aprendizagem como algo tão fechado em si mesmo, que não pressupõe o uso e qualidade de apreensão desse conhecimento, no contexto da sociedade, isto é, temos uma escola que não se aparelhou ao longo do tempo, mesmo estando bem inten- cionada, mesmo querendo ensinar.
Hoje os professores precisam buscar a sintonia com o mundo para ensinar os alunos, na tentativa de evitar que a sua didática fique retrógrada, ultrapassada, porém não consegue
caráter histórico e conceitual.
O levantamento das bibliografias se deu a partir pesquisas em artigos recentes sobre o tema em foco, os mesmos proporcionaram embasamento para desenvolver argumentação diante dos dados coletados por meio dos instrumentos de coleta direta, também proporcionou diferenciar conceitos que, por vezes, possam parecer a mesma coisa sob o ponto de vista geral, mas que apresentam particularidades que, essencialmente, os tornam diferentes. Da mesma forma o levantamento possibilitou organizar as informações em ordem cronológica retratando a evolução de acordo com o objetivo proposto.
Em analise constatou-se que as escolas pesquisadas possuíam infraestrutura para aces- so à internet, impressoras e outros equipamentos relacionados à tecnologia digital que poderiam ser utilizados para as aulas remotas. Entretanto, considerando que a recomendação era fechar totalmente a escola, ou liberar acesso controlado de acordo com o número limitado de pessoas a acessar, só foi utilizada a infraestrutura dos prédios.
Os professores preparavam material, imprimiam e disponibilizavam na secretaria da es- cola para que os alunos que não dispunham de equipamento ou acesso à internet fizessem a retirada desse material para acompanhar às aulas e participar das atividades, sem prejuízo de seus estudos.
A partir das informações coletadas foi possível identificar que a adaptação das aulas de matemática da forma presencial para o modelo remoto com uso de tecnologias digitais foi uma das dificuldades encontradas pelos professores. Segundo eles, se já é difícil conseguir que o aluno entenda os conteúdos matemáticos, mesmo quando o professor está ao lado dele na sala de aula, passar esse tipo de conteúdo de forma remota é muito mais complicado.
Mesmo que a aplicação utilizada para isso, no caso o WhatsApp, possua ferramentas que permitem uma interação quase presencial, o resultado obtido não é o mesmo das aulas pre- senciais. Em consequência dessa percepção, os professores passaram a dedicar mais tempo do que o comumente dispensado para a preparação das aulas. A infraestrutura disponível defi- ciente, associada à falta de treinamento tornou ainda mais difícil para os professores adaptarem as aulas ao formato remoto.
Isso demonstra que houve muita dificuldade entre o planejamento e execução das au- las, tendo em vista as particularidades do ensino da matemática, o qual requer uma dedicação especial por parte do professor para que o aluno consiga entender os conceitos e aplicações apresentadas a ele.
Ficou comprovado que os professores encontraram muita dificuldade de cumprir o pro- grama previsto, principalmente os docentes da disciplina de matemática, pois partes dos educa- dores tiveram que ficar disponível para atender aos alunos em horário fora do horário das aulas. Isso se deu porque o tempo disponibilizado para as aulas remotas foi o mesmo disponível para
as aulas no modelo presencial, sendo que as aulas remotas apresentam uma dinâmica bem dife- rente das aulas presenciais. Assim, para que os alunos não fossem prejudicados os professores precisaram aumentar o esforço e ficar disponível mesmo fora do horário regular de trabalho.
Da mesma forma, este estudo conclui que uma das dificuldades encontradas pelos pro- fessores durante o emprego das tecnologias digitais foi o baixo índice de participação dos alunos nas interações previstas dentro das aulas remotas. Para as aulas de matemática a participação do aluno é indispensável para esclarecer todas as dúvidas, principalmente porque os conhe- cimentos são encadeados de forma que o assunto anterior vai estar relacionado ao seguinte, sendo necessário aprender um para poder aprender o outro.
Outro fator encontrado foi a deficiência na infraestrutura disponível tanto para os alunos quanto para os professores. De um lado professores com equipamentos obsoletos e acesso defi- ciente à internet; de outro, alunos com as mesmas deficiências de infraestrutura ou nenhuma. As ações governamentais adotadas para promover a inclusão digital de professores e alunos não foram eficazes na realização desse processo.
Precisa-se desenvolver capacitação aos docentes no que se refere a tecnologias, afim de se viabilizar maior rendimento no ensino aprendizagem. Essa falta de treinamento, associada aos demais problemas evidenciados pela falha na implantação de políticas públicas, fez que com que os métodos de ensino usado em época pandêmica não tivessem maiores resultados.
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