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Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado à banca examinadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Pernambucana de Saúde – FPS, sob a orientação de ...
Tipologia: Slides
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Recife, 2020
Recife, 2020 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado à banca examinadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Pernambucana de Saúde – FPS, sob a orientação de Juliany Silveira Braglia César Vieira e coorientação de Renata Carneiro Firmo como requisito parcial para o título de Bacharel em Fisioterapia.
Juliany Silveira Braglia César Vieira (Orientador) Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 4861 - Imbiribeira, Recife-PE Faculdade Pernambucana de Saúde. Renata Carneiro Firmo (Coorientador) Av. Mal. Mascarenhas de Morais, 4861 - Imbiribeira, Recife-PE Faculdade Pernambucana de Saúde.
Objetivo: Verificar a importância da ventosaterapia como conduta fisioterapêutica nas disfunções musculoesqueléticas e dermatofuncionais, por meio da investigação de literatura disponível em bases de dados. Método: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura durante os meses de Agosto a Outubro de 2020, com consulta nas base de dados Bireme, Lilacs e Scielo utilizando os Descritores em Saúde (DeCS) Terapia de escavação, Ventosaterapia, Terapia de sucção, Ventosaterapia/Métodos e Terapia de ventosa e os operadores booleanos AND e OR. Resultados: Pela estratégia de busca foram encontrados 44 artigos nas bases de dados selecionadas, dos quais, após a leitura do título e resumo, 10 entraram na presente revisão. Os estudos analisados apontam que a ventosaterapia pode ser feita em 2 técnicas: Úmida (sangria) e Seca (bomba de vácuo) e a permanência sobre a pele do paciente varia de 5 a 10 minutos. Trazendo como efeito: aumento da circulação, neovascularização, vasodilatação e aumento da oxigenação local. O tratamento pode variar de 10 a 15 sessões. Conclusão: Os protocolos de ventosaterapia se repetiram na maioria dos artigos selecionados, onde a mesma deve ser feita de 5 a 10 minutos, durando em média de 10 a 15 sessões de tratamento. Apesar disso, novos estudos devem ser realizados a fim de aprimorar a técnica. Palavras-chave: Ventosaterapia, Fisioterapia, Amplitude de Movimento, Maleabilidade e Fáscia. ABSTRACT
Para garantir uma boa mobilidade, o corpo precisa ser flexível, com Amplitude De Movimento (ADM) sem nenhuma limitação osteomioarticular e livre de lesões que comprometam esse sistema.1,2,3^ A Liberação Miofascial (LMF), tem um papel fundamental na mobilização do tecido conjuntivo, promovendo qualidade funcional dos movimentos e recuperação da estrutura muscular e fascial.2,3,4^ Dentre os recursos fisioterapêuticos, a ventosaterapia tem sido descrita como um método eficaz, mantem a homeostase tecidual e fluidos corporais, aumentando a resistência do corpo às doenças.1, A terapia com copos de sucção, comumente chamada de ventosaterapia, é uma técnica milenar, utilizada no antigo Egito por curandeiros e pelos gregos no século IV a.C, segundo os escritos de Hipócrates, no intuito de sugar com a boca os venenos das picadas de animais.1,5,6^ Há mais de 4 mil anos os chineses utilizavam a ventosa em busca da cura e alívio da dor até os dias atuais.1,7^ Hoje, a técnica foi aperfeiçoada pela Medicina Tradicional Chinesa, que se baseia nos princípios da filosofia taoísta - equilíbrio da energia vital, praticada com copo de vidro, silicone, bambu ou acrílico.1, 5, O procedimento consiste na aplicação dos copos sobre a pele em pontos de acupuntura ou na musculatura tensionada gerando sucção através de uma pressão negativa executada pela bomba de vácuo, podendo ser realizado por meio de técnicas distintas, sendo uma estática ou pontual e outra móvel, também chamada de deslizante, realizada com óleos ou cremes.5,6,8^ Além dessas técnicas, ainda pode ser feita pelo técnica flash ou com massagem, repuxamento e vibração.^5 Existem algumas técnicas conjuntas que podem ser combinadas à ventosa, dependendo do objetivo da terapia, como o Gua Sha, água, fogo, agulhas, moxa, ervas, medicamentos ou até mesmo sangria que é a técnica molhada, onde um pequeno sangramento é expelido da pele para dentro do copo.^5 ,6,7,9^ Já a de cano seco, usa apenas a
pressão negativa na região de tratamento.6,9^ A estimulação dos pontos acupunturais e de escavação, fazem parte do mecanismo de ação do uso da ventosa, ativando o sistema imunológico pela teoria de imunomodulação, onde é realizada uma modulação celular, através da sucção da pressão subatmosférica.7,8,9^ Assim como a teoria genética que pode ativar ou inibir a expressão gênica devido ao estresse mecânico na pele causado pela ventosa.7,8,9^ Além disso, o mecanismo do controle da dor, inibe o estímulo nociceptivo do local aplicado.8, A ventosaterapia pode ser utilizada em várias condições, desde desequilíbrios musculoesqueléticos até disfunções dermatofuncionais, ajudando a reduzir celulites (não inflamadas), onde proporciona a regulação da circulação sanguínea e linfática nos fluidos corporais, e também no tratamento de gordura localizada, com melhor oxigenação do tecido adiposo removendo nódulos gordurosos.1,5,6^ Auxilia tanto em estrias, causando um processo inflamatório agudo, que age na replicação dos fibroblastos e regeneração do tecido, quanto na diminuição de rugas e acne pela ativação da produção de colágeno, aperfeiçoando o contorno facial.1,5, Dessa forma é realizada com deslizamento no sentido circulatório e massagens de vácuo sobre a pele de forma leve e rápida, assim apresenta resultados positivos, se executados de forma adequada, podendo atuar de forma individualizada ou complementar a outras terapias para beneficiar e acelerar o processo de tratamento.1,5,6^ A sucção da ventosa na pele e tecidos superficiais gerada pelo vácuo, tem sido muito utilizada, pois auxilia na intervenção fisioterapêutica de diversas patologias e afecções do corpo como lombalgias, enxaqueca, síndrome do túnel do carpo, fibromialgia, algumas síndromes miofasciais, síndrome da fadiga crônica, artrite reumatoide e até mesmo asma e diabetes proporcionando inúmeros benefícios.5,7,
método busca reunir as evidências, evitando obstáculos e possibilitando que o leitor veja o resultado de diversos estudos em um único artigo.^11 O presente estudo teve como pergunta norteadora: “Quais os principais benefícios e aplicações da ventosaterapia como recurso fisioterapêutico?" Após a definição da mesma, três bases de dados foram utilizadas como fonte de levantamento dos estudos: Bireme, Lilacs e Scielo. Os descritores em saúde (DeCS) utilizados foram: Terapia de escavação, Ventosaterapia, Terapia de sucção, Ventosaterapia/Métodos e Terapia de ventosa, tanto em português quanto em inglês, além dos operadores booleanos AND e OR. (FIGURA 1) Foram incluídos artigos sem restrição linguística, cronológica ou de tipo de estudo; participantes com idade superior a 18 anos pela maior incidência do uso da ventosaterapia; e que trouxessem como temática a ventosaterapia como intervenção fisioterapêutica para as diversas disfunções musculoesqueléticas e estéticas. (FIGURA 1) Os artigos foram selecionados e avaliados de forma independente por dois revisores de acordo com os critérios pré-selecionados. Após ler o título e resumo, foram excluídos aqueles que não eram comum com o tema proposto na revisão. Por fim o artigo científico foi lido na íntegra. Posteriormente, ambos os revisores se reuniram para entrar em consenso sobre a inclusão ou exclusão dos estudos na revisão (FIGURA 1). O levantamento dos artigos foi feito de Agosto a Outubro de 2020. A análise dos mesmos ocorreu de forma descritiva, de acordo com a forma de coleta citada anteriormente, permitindo avaliar as seguintes características de cada artigo: autor, ano, objetivos, metodologia, resultados e conclusão, visando identificar semelhanças e/ou diferenças encontradas. Os resultados estão apresentados por meio de fluxograma de captação dos artigos científicos, bem como em tabelas com os principais achados encontrados na busca para compor esta revisão.
Inicialmente na busca pelas bases de dados com os descritores pré-selecionados, foram encontrados 44 artigos cujos títulos se assemelhavam com o tema proposto. Após a leitura do título e resumo, 21 foram selecionados para leitura na íntegra, restando apenas 10 estudos que estavam dentro dos critérios de inclusão e compuseram este trabalho. Conforme o ano de publicação houve uma variação de 2011 até 2020. Os tipos de artigos que obtiveram maior prevalência foram: revisão de literatura (5), ensaio clínico randomizado (4) e relato de caso (1). Além disso, os estudos foram realizados no Brasil (7), EUA (1), China (1) e Arábia Saudita (1). Dos artigos avaliados, 4 foram trabalhados em centros de pesquisa, 3 em âmbito universitário, 1 em instituições hospitalares e 1 em ambiente laboratorial. Todas as pesquisas foram realizadas em instituições privadas. Foi visto que Oliveira^1 , Nasb^8 , Calogero^5 , Aboushanab^7 , Campos^10 e Silveira^6 trazem em seus estudos que os principais objetivos e benefícios da ventosaterapia são estimular a circulação sanguínea, liberar toxinas, manter o equilíbrio acidobásico do sangue (visando a homeostase corporal), aumento de ADM e manipulação de tecidos moles. Que ambos os achados, a ventosaterapia pode ser feita em suas 2 técnicas: Úmidas (sangria) e Secas (bomba de vácuo) e a permanência sobre a pele do paciente varia de cinco a dez minutos sendo suficientes para se obter os resultados desejados. A frequência do tratamento pode variar de 10 a 15 sessões. Stanek^2 , Lins^3 e Rêgo^4 abordam sobre o aumento da ADM através das técnicas de LMF. Os objetivos foram a mobilização dos tecidos moles, diminuir a dor, aumentar a ADM e a flexibilidade. A ventosaterapia foi usada na fase aguda por ambos os autores e Stanek^2 relatou acerca da atuação da técnica durante a fase crônica da patologia
mais se adequaria para a patologia e tipo do paciente. Por sua vez, a ventosaterapia acaba sendo mais usada por ser bastante conhecida e apresentar resultados benéficos, como melhora da oxigenação tecidual, relaxamento e eliminação da muscular, além do ganho de ADM aos seus usuários.
A ventosaterapia, dentro dos estudos selecionados, para compor a presente revisão, mostrou-se uma técnica inovadora e de alta utilização para tratamentos fisioterapêuticos com enfoque na área da dermatofuncional, PG e disfunções musculoesqueléticas, trazendo eficácia na melhora clínica do paciente após sua aplicação. Os objetivos e benefícios da ventosaterapia foram vistos em 6 dos estudos selecionados. Corroborando com o estudo, Ibarra et al^12 , os quais relataram que os efeitos da ventosaterapia são importantes para o sistema corporal através da sua aplicação pois promove relaxamento muscular, analgesia, regulação do sistema nervoso, hiperemia local, aumento das células de defesa e eliminação dos patógenos externos.^12 Dessa forma, promove drenagem e movimentação dos fluídos, liberar o tecido aderido, sedação do sistema nervoso, alongar os músculos e o tecido conjuntivo, além de fornecer sangue a pele e limpar as toxinas.^12 Em 6 artigos, foi descrito que o tratamento com a ventosaterapia pode ser feito em 2 tipos: úmida e seca, com duração entre 5 a 10 minutos, variando de 10 a 15 sessões. Em contrapartida, Moura et al^13 , em sua revisão sistemática, relata que apesar da variabilidade na forma de aplicação da intervenção, foi possível identificar que, em média, a ventosaterapia foi aplicada em 5 sessões, com retenção dos copos na pele em torno de 8 minutos, e intervalo de três a quatro dias entre as aplicações, aproximadamente.^13 Segundo alguns pesquisadores, são necessárias, ao menos, cinco sessões para demonstrar
quaisquer efeitos significativos do tratamento de ventosaterapia.^13 Além disso, autores dizem que se os copos forem deixados sobre a pele entre 5 e 10 minutos ou mais, culmina no aparecimento de marcas residuais, após o tratamento, em decorrência da ruptura de pequenos vasos sanguíneos, que são indolores e desaparecem entre 1 a 10 dias.^13 O tipo de técnica preferível é a ventosaterapia seca através da bomba de sucção, criando um vácuo manual, permitindo mensurar a quantidade de pressão negativa colocada no paciente.^13 Esse método permite que a microcirculação aumente em maior eficácia quando em comparação com fogo.^13 Farhadi et al^14 mostram que a ventosa úmida foi associada à melhora da dor de ambos os tipos (aguda e crônica), através da maior oxigenação local, no acompanhamento de 3 meses dos indivíduos que a usaram.^14 O grupo experimental que recebeu cuidados com a ventosa úmida teve níveis significativamente mais baixos de intensidade da dor, devido a liberação de sangue congestionado preso na região da dor, tendo como foco principal o alívio da dor.^14 Os mecanismos fisiológicos através dos quais a ventosa pode funcionar são desconhecidos.^14 O mecanismo de ''supressão da dor'' da ventosa úmida pode ser através da influência em três sistemas neurológicos: (a) o sistema de ''analgesia'' no cérebro e medula espinhal (incluindo nas áreas cinza periaquedutal e periventricular), o núcleo do magmus Rapha e o Núcleo reticularis.^14 Por outro lado Moura et al^13 , ressalta que a ventosaterapia seca através da bomba de sucção, cria um vácuo manual, permitindo mensurar a quantidade de pressão negativa colocada no paciente, permitindo a microcirculação.^13 O aumento da ADM através de técnicas de LMF, como a ventosaterapia, além do alongamento, relaxamento muscular e eliminação de PG foi averiguado em 3 achados que compuseram a presente revisão. Corroborando com os achados, Santos et al^15 , afirmam que o ganho da ADM através da aplicação da ventosaterapia que corresponde a uma das
Os PG são disfunções musculoesqueléticas que acometem grande parte da população, 2 autores relataram que a terapia com copos de sucção é uma técnica eficaz para dissolução dos mesmos. Semelhante aos achados do presente estudo, Faria et al^17 relataram que durante a palpação da região cervical e do músculo trapézio, observou-se presença de PG na região cervical e no músculo trapézio que foram liberados com ventosaterapia.^17 A permanência dos copos sobre a pele do paciente varia de 5 a 10 minutos sendo suficientes para se obtiver os resultados desejados.^17 Quando aplicada de forma leve, causam o efeito de expelir o sangue estagnado (sangue parado em determinada região com toxinas maléficas para o corpo) dos vasos capilares, aumentando a circulação, na forma forte de pressão de sucção, causando vermelhidão e até hematomas.^17 Normalmente são usadas em pacientes com mais tônus muscular, com o propósito de aumentar a circulação.^17 O tratamento com ventosas pode variar em média de 10 a 15 sessões, sendo aconselhável entre cada ciclo do tratamento haver uma semana de descanso.^17 Stanek^2 e Lins^3 apresentam em seu ensaio clínico randomizado, a comparação da LMF instrumental, descrita como a Ventosaterapia, com outras técnicas Fisioterapêuticas, demonstrando não haver diferenças significativas entre as intervenções em relação ao ganho de flexibilidade e ADM. No entanto, Faria et al^1^7 referem que na doença de parkinson, quando compara-se a cinesioterapia com a ventosaterapia observa-se que os exercícios cinesioterapêuticos adequados e acessíveis as necessidades do paciente, irão promover uma maior demanda na atividade muscular que o beneficiará na melhora dos sintomas motores, ganho de força e ADM, além de reduzir problemas musculoesqueléticos, promovendo maior estabilidade diminuindo assim o medo de possíveis quedas.^17
Neste estudo, na análise dos artigos selecionados, a técnica de ventosaterapia mostrou-se eficaz, trazendo consigo diversos objetivos e benefícios como relaxamento muscular, aumento de oxigenação local, neovascularização, vasodilatação, além de auxiliar no aumento da ADM (flexibilidade), disfunções dermatofuncionais e eliminação de PG. A técnica parece demonstrar melhora clínica na intensidade dos sintomas, sendo um eles, a diminuição da dor, ganho de ADM e flexibilidade, relatados pelo paciente. Observou-se ainda que a ventosaterapia, quando comparada a outros tipos de intervenção tem se mostrado um método bastante promissor, apresentando respostas positivas diante das evidências em saúde. Assim, cabe ao terapeuta escolher o que mais se adequa com o paciente que está sendo tratado, a fim de melhorar a qualidade de vida e bem estar clínico. Além disso, os protocolos com a técnica de ventosaterapia se repetiram na maioria dos artigos selecionados, onde a mesma deve ser feita de 5 a 10 minutos, promovendo os ganhos necessários para determinado intuito e em 10 a 15 sessões de tratamento. Através dessa revisão integrativa da literatura, conclui-se que a técnica descrita é pouco explorada, apesar de apresentar um resultado eficaz. Dessa forma, sugere-se a elaboração de mais estudos sobre a ventosaterapia nas principais disfunções teciduais com níveis altos de evidência científica, para uma melhor e mais segura execução da técnica.
FIGURA 1 – Fluxograma de captação nas bases de dados