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O Sistema Respiratório: Funções, Doenças e Tratamentos, Resumos de Anatomia

Este documento fornece uma visão abrangente do sistema respiratório, abordando suas principais funções, como a passagem do ar atmosférico pelos pulmões, a troca de gases entre o sangue e o ar alveolar, e o transporte de oxigênio e dióxido de carbono pelo sangue. Além disso, o documento detalha as principais doenças respiratórias, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (dpoc), bronquite crônica, enfisema pulmonar, tuberculose e pneumonia, destacando os fatores de risco, como poluição do ar, tabagismo, infecções virais e alérgenos. O texto também aborda os objetivos dos tratamentos para as doenças respiratórias crônicas, que visam aliviar ou eliminar gradualmente os sintomas. Com uma descrição abrangente do sistema respiratório e suas patologias, este documento pode ser útil para estudantes de áreas da saúde, como medicina, enfermagem e fisioterapia, bem como para profissionais da saúde interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre o tema.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 18/04/2024

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ana-paula-de-oliveira-77 🇧🇷

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SISTEMA RESPIRATÓRIO
SALINAS-MINAS GERAIS
ANO 2024
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SISTEMA RESPIRATÓRIO

SALINAS-MINAS GERAIS

ANO 2024

Alice Ferreira Silva Amanda Emanuelly Teixeira Batista Márcia Cristina Lima Barros

SISTEMA RESPIRATÓRIO

Trabalho apresentado durante a disciplina de Anatomia Humana, como parte da Avaliação referente ao primeiro módulo do curso Técnico em Enfermagem. Professor: Jarbas Santiago Félix SALINAS-MINAS GERAIS ANO 2024

Troca gasosa entre os alvéolos pulmonares e os capilares O ar que chega aos alvéolos pulmonares deve estar livre de partículas em suspensão e ter uma temperatura e umidade adequadas. Da mesma forma, a composição química do ar alveolar tem que permanecer constante. Do contrário se alteraria a constância do meio interno. Com efeito, o tortuoso caminho que o ar percorre no sistema respiratório até chegar aos sacos alveolares lhe permite ser filtrado de partículas estranhas ao mesmo tempo em que se umedece e aquece; as variações automáticas sofridas pelos movimentos da respiração ajudam a compensar qualquer anormalidade na composição do ar alveolar. A seguir, veremos os órgãos que compõe o sistema respiratório. 3.1 NARIZ O nariz se compõe fundamentalmente de osso, cartilagem e tecido mole. Os seios contíguos são cavidades dos ossos cranianos que se comunicam com o interior do nariz através de estreitos canais.

A membrana mucosa que forra a superfície interna das cavidades nasais é sumamente sensível e suscetível de invasão por germes e infecções. No sistema respiratório essas fossas nasais contem também pelos que contribuem para proteger o interior do nariz contra substancias estranhas, como germes e poeira, os quais de outro modo poderiam ter fácil acesso ao interior. Outra função do nariz no sistema respiratório é o de aquecer o ar até deixa-lo à temperatura do corpo: 36,6°C. A operação se efetua pela circulação do sangue através do revestimento do nariz, que contem inúmeros vasos sanguíneos pequenos. Os vasos sanguíneos, profusos na membrana que reveste o nariz, também fornecem o liquido necessário para umedecer o ar que penetra no corpo no processo de respiração. Cada inspiração introduz nos pulmões aproximadamente meio litro de ar; num só dia, o ar que atravessa o nariz, numa ou noutra direção, dá um total de mais ou menos 14.000.000 litros. 3.2 BRÔNQUIOS Os brônquios e bronquíolos, formados por sucessivas ramificações, são tubos de diâmetro cada vez menor, em cuja estrutura vai sendo cada vez maior a proporção de tecido elástico e de músculo liso. No sistema respiratório, os brônquios são responsáveis por levar o ar até os pulmões. Começam na laringe e terminam nos pulmões, enquanto os bronquíolos chegam aos alvéolos. 3.3 PULMÕES Os pulmões são órgãos fundamentais no sistema respiratório. Se encontram de ambos os lados do tórax e ocupam uma grande porção da cavidade torácica. O pulmão

A faringe se divide em:  Nasofaringe: Estende-se até o nariz, serve de passagem de ar até a garganta;  Orofaringe: Conduz a laringe e à traqueia;  Laringofaringe: Extensão da faringe média, conecta o esôfago com a laringe. 3.5 LARINGE Porção da extremidade superior do sistema respiratório que contém as cordas vocais e constitui o órgão da voz. Consiste em 9 cartilagens unidas entre si por músculos e ligamentos. Na extremidade da laringe encontra-se a epiglote, cartilagem que impede os alimentos de penetrarem na laringe e no dueto respiratório, conduzindo-os diretamente ao esôfago e ao estômago. No processo de fonação as cordas vocais se juntam, deixando só uma estreita passagem. Quando o ar se choca contra as cordas, essas vibram e com a ajuda complementar da língua, dos dentes, do palato e dos lábios, produz-se a voz, cujo tom varia conforme o espaço deixado entre as cordas e o grau de tensão em que se acham. O tipo de voz é determinado por diferenças de constituição e a disposição de tais órgãos.

No homem adulto a voz possui mais profundidade que na mulher, graças ao maior tamanho da laringe e, consequentemente, do maior comprimento das cordas vocais. A voz de registros baixos (grave) é produzida com a vibração lenta das cordas e a de registros altos (aguda), com vibrações de maior frequência. 3.6 TRAQUEIA A traqueia é um tubo cartilaginoso de cerca de 11,5 cm, que vai desde a laringe até os brônquios. Sua função no sistema respiratório é aquecer, filtrar e filtrar o ar que será encaminhado até os pulmões. No sistema respiratório, a penetração de ar nos pulmões é consequência do aumento de volume do tórax. A caixa torácica é formada pelas costelas, o esterno, os músculos intercostais e urna lâmina musculotendinosa (o diafragma) que a limita pela parte inferior. O primeiro par de costelas é fixo, mas a articulação das demais com a coluna vertebral permite um certo grau de rotação. Ao se contraírem, os músculos intercostais externos elevam as costelas e, devido à sua forma e a sua disposição em repouso, aumentam as distâncias antero-posterior e lateral do tórax. No sistema respiratório o diafragma em repouso é convexo para cima e se achata ao contrair-se, o que também faz aumentar a capacidade torácica. Estes movimentos que determinam a entrada de ar nos pulmões constituem a inspiração. O retorno à posição de repouso é geralmente um processo passivo, que se efetua ao se relaxarem os músculos mencionados: expiração.

No sistema respiratório a ventilação pulmonar máxima que se pode alcançar combinando intensidade e frequência de respiração é da ordem de 100 litros por minuto. Controle nervoso do sistema respiratório Os músculos torácicos e o diafragma são estriados e, portanto, voluntários. Com efeito, podemos alterar à vontade a função respiratória. Esta, porém, normalmente se desenrola de maneira automática, havendo também um perfeito ajuste automático do sistema respiratório entre as necessidades de oxigênio do organismo em cada momento e a ventilação pulmonar. A atividade do sistema respiratório é controlada por um conjunto de neurônios situados no bulbo espinhal, que constituem o centro respiratório. Estes neurônios estão em contato com os que inervam 05 músculos intercostais e o diafragma. O ritmo de descarga do centro respiratório determina a frequência e intensidade da respiração. A atividade do centro está sujeita a diversas influências que se exercem sobre ele, algumas químicas e outras de natureza reflexa.

5. CONTROLE NERVOSO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO A mais importante das primeiras é o aumento de CO 2 no sangue: quando a pressão parcial deste gás aumenta em 6 % a ventilação pulmonar se eleva ao dobro. Assim fica assegurada a eliminação deste metabólito pelo sistema respiratório quando é produzido em excesso. Embora menos sensíveis ao CO 2 que o próprio centro respiratório, existem também quimiorreceptores no arco aórtico e nos seios carotídeos que informam

o centro, por via reflexa, de um aumento de CO 2 no sangue, estimulando assim sua atividade. Maior importância têm os receptores sensíveis à diminuição do O 2 no sangue; estão localizados nos mesmos lugares e estimulam, também por via reflexa, o centro respiratório.

6. EXPANSÃO DO TÓRAX NA RESPIRAÇÃO Um mecanismo importante do sistema respiratório é o que limita o grau de expansão do tórax em cada inspiração: existem receptores sensíveis – à distensão nos pulmões, que descarregam à medida que progride o movimento inspiratório; estes impulsos chegam, por meio dos nervos vagos, ao centro respiratório e o inibem; com isso fica interrompida a inspiração e sobrevém passivamente a expiração. Seccionando-se os nervos vagos a respiração se torna mais profunda e menos frequente. Existem outros mecanismos do sistema respiratório, principalmente o chamado reflexopneumotáxico, que substituem o reflexo que havia sido destruído e impedem a paralisia da respiração no momento da inspiração. 7. INTERCÂMBIO GASOSO NOS PULMÕES No sistema respiratório, o deslocamento de um gás através de uma membrana depende da permeabilidade desta e da pressão parcial do gás em ambos os lados da membrana. Duas membranas muito finas presentes no sistema respiratório, o epitélio alveolar e o endotélio capilar, separam o ar alveolar do sangue que chega aos pulmões: sua permeabilidade aos gases é suficientemente grande em condições normais e não constitui nenhum fator que limite os intercâmbios gasosos. No ar atmosférico, a pressão parcial do O₂, é, à pressão normal de uma atmosfera (21% de 760 mm Hg), de 160 mm Hg: mas ao entrar no sistema respiratório se mistura com o ar, já viciado, das vias respiratórias, de modo que quando chega aos alvéolos sua pressão parcial se reduziu a 100 mm Hg. Da mesma forma, embora a quantidade de CO₂ no ar atmosférico seja insignificante (pressão parcial = 0,3 mm Hg), no ar alveolar se encontra na proporção de 5,5% (p.p. = 40 mm Hg).

A intensidade destas trocas depende do tecido em questão e de seu estado funcional; em todo caso, posto que a membrana capilar é permeável a eles, difunde os gases obedecendo aos gradientes de pressão até alcançar o equilíbrio com uma perda de O₂ do sangue e um aumento de sua concentração de CO₂.

9. TRANSPORTE DE O₂ PELO SANGUE PELO SISTEMA RESPIRATÓRIO A quantidade de O₂ que um volume de sangue é capaz de fixar é cem vezes superior à que se deveria esperar da solubilidade deste gás no plasma. A causa disto é a particular afinidade da hemoglobina (Hb) pelo oxigênio. A Hb é uma cromoproteína, cujo peso molecular é de 67.000, que se encontra no interior das hemácias. Combina-se reversivelmente com o O₂ e dá a oxi-hemoglobina (HbO₂). A percentagem de Hb que passa a HbO₂ depende da pressão parcial do O₂ em contato com o sangue. A função que liga ambas variáveis não é linear; sua representação gráfica é uma curva sigmóide: a curva de dissociação da oxi-hemoglobina. 9.1 OXIGENAÇÃO DE HBO₂ O sangue humano normal contém 15 g de Hb por 100 ml, e como cada grama de Hb se combina com 1,34 mg de O₂, resulta que 100 ml de sangue são capazes de transportar 20 ml de O₂. Se, efetivamente, contém 20 volumes de O₂ por cento, diz-se que sua percentagem de saturação é 100. É costume expressar desta forma o conteúdo de O₂ no sangue. Quando a pressão parcial de oxigênio em contato com o sangue é de 100 mm Hg ou mais, toda a Hb passa a HbO₂; assim, no sistema respiratório, em sua passagem pelos pulmões o sangue se satura de O₂ ao máximo.

9.2 TRANSPORTE DE CO₂ PELO SANGUE

No sistema respiratório, o CO₂ dissolvido no sangue forma CO₃H₂ com a água, que se dissocia em CO₃H e H+. Segundo a lei da ação das massas, a reação progredirá para a direita (e se fixará, portanto, maior quantidade de C O₂) quando algum dos produtos finais for retirado da solução. Isto é o que fazem as substâncias “tampão” com a concentração de íons hidrogênio. Assim se comportam as proteínas do plasma e a hemoglobina dos eritrócitos.

10. DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Doenças respiratórias são doenças que podem afetar estruturas do sistema respiratório como boca, nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmão, podendo acontecer em pessoas de todas as idades. As doenças respiratórias podem ser desencadeadas pela exposição frequente por agentes poluentes, produtos químicos, cigarro e infecções por vírus fungos ou bactérias, podendo ser classificadas em agudas ou crônicas dependendo do início e duração dos sintomas. Algumas pessoas podem nascer com uma doença respiratória crônica, que para além das causas externas, podem ser genéticas, como por exemplo asma. Enquanto que as doenças respiratórias agudas surgem mais frequentemente a partir de infecções do sistema respiratório. 10.1 TIPOS DE DOENÇA RESPIRATÓRIA As doenças respiratórias são classificadas como:  Agudas: têm início rápido, duram menos de três meses e o tratamento curto.  Crônicas: têm início gradual, duram mais de três meses e muitas vezes é necessária utilização de remédios por longos períodos. De forma geral, as doenças crônicas afetam as estruturas dos pulmões e podem estar ligadas a algum tipo de inflamação de longa duração, sendo mais comum em pessoas que fumam, estão mais expostas a poluição do ar e poeira ou são muito alérgicas. 10.2 PRINCIPAIS DOENÇAS As principais doenças do sistema respiratório são:

 Ambiente ou tempo seco: que causam ressecamento, dificuldade para respirar e inclusive favorecem a proliferação de bactérias;  Outras patologias: algumas doenças em outras regiões do corpo podem acabar atingindo o sistema respiratório e desencadeando problemas na área;  Fatores genéticos: certas doenças respiratórias são genéticas e podem ser passadas entre descendentes da mesma família. 10.4 DIAGNÓSTICO Durante a primeira consulta, o especialista realizará uma investigação clínica. Isso inclui a avaliação sobre os hábitos e o histórico do paciente. O médico irá verificar se outros familiares têm doenças respiratórias, se o paciente é fumante, se já teve outros episódios de falta de ar ou sintomas relacionados, se possui tosse persistente, se já tomou medicamentos broncodilatadores, entre outros pontos semelhantes. Depois dessa primeira análise, alguns exames laboratoriais, físicos e de imagem são importantes para determinar o diagnóstico e reconhecer o nível de gravidade da possível patologia.  Os mais comuns de serem solicitados são:  Teste de função pulmonar;  Broncoscopia;  Raio-X do peito;  Cultura de microrganismos de secreções;  Testes alérgicos;  Tomografia;  Ultrassonografia para detecção de fluidos;  Espirometria;  Biópsia do pulmão;  Polissonografia. A partir dessas avaliações, o especialista poderá determinar o tratamento mais adequado para o paciente. 10.5 TRATAMENTO

Muitos são os possíveis tratamentos para as doenças respiratórias. Como cada caso conta com características muito próprias, a intervenção depende diretamente do diagnóstico, das condições físicas do paciente e da gravidade da patologia. Sendo assim, a orientação médica é imprescindível para o uso dos medicamentos e para os meios certos de tratamento. Eles podem incluir:  Inalação com oxigênio e soro fisiológico;  Fisioterapia respiratória;  Ventilação líquida e mecânica;  Vacinação;  Radioterapia;  Intervenção cirúrgica para casos de maior gravidade. Nas doenças respiratórias crônicas, o principal objetivo dos tratamentos é aliviar os sintomas ou eliminá-los gradualmente. Portanto, as intervenções são mais prolongadas nessas situações. Em casos em que a cura não é possível, a finalidade é evitar crises e agravamentos, dando mais qualidade de vida ao paciente. CONCLUSÃO As doenças respiratórias podem ter diferentes origens, causas, características e padrões de gravidade. Em todos os casos, é fundamental ficar atento aos sintomas e buscar o devido auxílio clínico, tanto para evitar os problemas relacionados aos sintomas, quanto para impedir que o quadro evolua ou que crises severas surjam. Cuidados como evitar o fumo, manter ambientes bem ventilados e praticar exercícios físicos regularmente podem ajudar a manter o sistema respiratório saudável.

SILVERTHORN DU. Fisiologia Humana - Uma Abordagem Integrada. 2 ed., Editora Manole, São Paulo: 2003.