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oportunidade de escolher entre ter um recreio orientado com brincadeiras ou continuar brincando livre, a resposta foi unânime: todos queriam o intervalo ...
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Dedico mais esta conquista ao meu filho Bruno, que entendeu, mesmo com lágrimas, minhas ausências e falta de tempo. Dedico também, à minha mãe que sempre me incentivou a estudar, me apoiando de todas as formas possíveis. E aos meus queridos amigos que sempre estiveram ao meu lado, não me deixando desistir nunca.
Agradeço a Deus por mais esta oportunidade de crescimento profissional e ao meu orientador, professor Frederico, pela dedicação e carinho, sempre de bom humor e com palavras certas me auxiliando e direcionando para que concluísse com êxito mais esta etapa.
Monografia de Pós-Graduação Centro de Educação Física e Desportos Programa de Pós-Graduação em Educação Física Infantil e Anos Iniciais Universidade Federal de Santa Maria O RECREIO DIRIGIDO E O RECREIO LIVRE EM DUAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DE PAULA/RS AUTORA: Mírian Castelo Santos ORIENTADOR: Frederico Diniz Lima Data e Local da Defesa: Sapiranga, 21 de fevereiro de 2015
Esta pesquisa pretende ampliar a visão da Educação Física, do lúdico e do espaço do recreio na escola, através de um questionário aplicado para analisar o recreio em duas escolas distintas do município de São Francisco de Paula. Uma Municipal, onde o recreio é apenas assistido por monitores, pois as crianças ficam brincando livremente e outro em uma escola Estadual, onde o recreio é dirigido, orientado pelas alunas do Curso Normal, que aplicam atividades planejadas nestes intervalos. Scott (2009) diz que o recreio é a hora do lazer, da livre escolha, do brincar livremente, quase sempre, sem acompanhamento do professor. É o momento mais esperado pelas crianças. No Colégio Estadual José de Alencar foi perguntado aos alunos se eles preferiam aulas orientadas pelas professoras do recreio ou quando elas deixavam livre. Setenta e cinco por cento das crianças optaram pelo recreio livre e o número de brincadeiras e jogos citados ficou em torno de quinze, sendo que Futebol, Vôlei e Basquete estavam em quase todas as respostas. Surgiram também Esconde-esconde, pega-pega, pular corda, corrida do saco, ovo choco, elefante colorido, casinha, pé de lata, pega paralítico, polícia e ladrão e Newcon. Na Escola Municipal Presidente Castelo Branco, foi questionado aos alunos se eles tivessem a oportunidade de escolher entre ter um recreio orientado com brincadeiras ou continuar brincando livre, a resposta foi unânime: todos queriam o intervalo orientado e nas brincadeiras preferidas, Futebol e Vôlei foram os mais lembrados, mas outras também foram citadas como pega-pega, esconde-esconde, corrida, caçador, pular corda, boneca ficando apenas em torno de oito os jogos e brincadeiras citados. Para as professoras que organizam e aplicam as brincadeiras na hora do recreio, a questão era dirigida para avaliar qual momento os alunos demonstravam um melhor comportamento, quando o recreio era orientado ou livre. Em torno de setenta por cento, respondeu que era quando o recreio é orientado. Scott (2009) afirma que o recreio é um tempo importante e as escolas precisam entender isso, organizando este momento de forma planejada, oferecendo escolhas diversificadas, respeitando a faixa etária dos alunos e valorizando as experiências corporais e interpessoais. Toda criança tem direito ao brincar e o recreio é, sem dúvida, o espaço em que ela pode fazer isso. Brown(2006) sugere que a capacidade de relacionamento de uma criança está diretamente ligada a capacidade dela de se integrar numa brincadeira. Durante o recreio, a criança absorve e troca conhecimentos lúdicos e trabalha os valores culturais. Elas criam e recriam o significado de suas experiências.
Palavras-chave : Lúdico , recreio dirigido, recreio livre.
Monografia de Pós-Graduação Programa de Pós-Graduação em Educação Física Infantil e Anos Iniciais Universidade Federal de Santa Maria O RECREIO DIRIGIDO E O RECREIO LIVRE EM DUAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DE PAULA/RS Author: Mírian Castelo Santos Advisor: Frederico Diniz Lima Data e Local da Defesa: Sapiranga, 21 de fevereiro de 2015
A presente monografia, pretende ampliar a visão da Educação Física, do lúdico e do espaço do recreio na escola, através de um questionário aplicado para analisar o recreio em duas escolas distintas do município de São Francisco de Paula. Uma Municipal, onde o recreio é apenas assistido por monitores, pois as crianças ficam brincando livremente e outro em uma escola Estadual, onde o recreio é dirigido, orientado pelas alunas do Curso Normal, que aplicam atividades planejadas nestes intervalos. Como Machado e Nunes (2012) citam em um de seus trabalhos, nosso papel como educador é de proporcionar o maior número de experiências possíveis para que as crianças possam se desenvolver com mais qualidade, criando, descobrindo movimentos e suas ações. Enfatizam a importância da vida escolar, onde os estímulos se traduzem em aprendizados tanto positivos e negativos, para a vida inteira. Nos primeiros anos na escola, a Educação Física é primordial, pois deve fazer com que a criança domine o seu corpo, que é base para aprendizados motores posteriores e também para um desenvolvimento cognitivo normal, reforçando, aqui, o brincar. Seguindo a linha de pensamento de Machado e Nunes (2012), em se tratando de lúdico, nunca devemos esquecer que criança deve ser tratada como criança. Ela convive com adultos e outras crianças e este contato faz com que ela nomeie objetos, imite pessoas e elementos que observou, traça desenhos e elabora respostas criativas, significando o mundo a sua volta, pois é no brincar que não se vê que se tem o verdadeiro sentido do lúdico. Valorizando a cultura lúdica que a criança traz consigo e relacionando com as diferentes situações do cotidiano escolar, o aprendizado se faz muito mais significativo, principalmente se houver interação entre as crianças para a prática de atividades de socialização, trabalhando, inclusive, o egocentrismo que nesta fase da vida é bastante acentuado em muitas crianças. Souza (2011) acredita que o brincar deve estar no cotidiano da escola como fonte de aprendizagem, pois a criança se inter-relaciona e se apropria do mundo a sua volta brincando. Nesse sentido, percebe-se a importância das brincadeiras na hora do recreio, que o tornam mais atraente e a aprendizagem, natural.
Esta pesquisa é necessária para demonstrar o quanto o momento do recreio, sendo ele dirigido ou livre, é importante para a aprendizagem que se dá de forma lúdica, tornando este espaço mais atrativo, de acordo com Souza (2011).
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Analisar o recreio em duas escolas distintas do município de São Francisco de Paula.
1.1.2 Objetivos específicos
Descobrir se as crianças da Escola Municipal, que possui recreio livre, gostariam de ter um intervalo com monitores que aplicassem brincadeiras; Descobrir se as crianças da Escola Estadual, que possui recreio dirigido, gostam mais quando as professoras aplicam brincadeiras ou preferem o dia livre deles. Identificar os jogos e brincadeiras preferidos do grupo da amostra nas duas escolas; Averiguar em que momento as crianças demonstram um bom comportamento durante o recreio na Escola Estadual, que aplica os dois tipos, de forma planejada.
porque a motivação da brincadeira é sempre individual e depende dos recursos emocionais de cada criança que são compartilhados em situações de interação social.
Brown (2006) considera o brincar como uma necessidade funcional para a criança e para compreender o desenvolvimento social da criança é preciso um bom entendimento deste tema.
Machado e Nunes (2012) citam a importância do movimento corporal para o desenvolvimento do ser humano, enfatizando a relevância de fomentar a prática da recreação e dos jogos no processo educacional de forma a funcionar como elementos facilitadores de um desenvolvimento integral do aluno.
As brincadeiras e os jogos infantis são elementos essenciais na formação de uma criança. É por meio do lúdico que ela vai incorporando certos valores à sua personalidade e ampliando o seu conhecimento de mundo. “Enquanto a criança brinca, aprende incessantemente” (FREIRE, 2009, p. 108).
Uma boa pedagogia para o ensino de jogos é parecida com a brincadeira de pega-pega, na qual, ao mesmo tempo em que o aluno busca equilibrar-se diante do novo conteúdo, o professor intervém, provocando nossos desafios e ajustamentos, afirma Freire (2009).
Freire (2009) cita a importância da qualidade dos movimentos básicos no desenvolvimento infantil, em cada uma de suas fases. Para isso, não precisa ser seguido modelos de exercícios prescritos por alguns autores e sim, utilizando-se de jogos como amarelinha, pegador, cantigas de roda. Assim, o aprendizado não se torna monótono e sem graça, pois leva-se em conta ainda, o que a criança traz consigo em relação a cultura corporal.
Castellani Filho (2009) tem a mesma opinião frisando o quão importante é considerar as diversas culturas lúdicas do nosso e de outros países, sempre priorizando a cultura lúdica do aluno.
Santos (2011) afirma que na escola, precisamos trabalhar todos os sentimentos de forma lúdica, não só o de prazer, amor, alegria, mas também a raiva, o medo, a tristeza. Estas e outras emoções são importantes para construir a
personalidade, pois se vivenciarem no jogo, na fantasia e no faz de conta, provavelmente a criança vai aprender a conviver com elas, e assim, aceitando melhor as situações vividas na realidade.
2.2 O Recreio
Scott (2009) diz que o recreio é a hora do lazer, da livre escolha, do brincar livremente, quase sempre, sem acompanhamento do professor. É o momento mais esperado pelas crianças.
Soecki (2013) tem a mesma opinião de Scott, quando afirmam que o recreio é o momento mais esperado pelas crianças, pois, para ela, é o momento em que liberam as energias acumuladas.
Soecki (2013) ainda enfatiza que neste intervalo, quando for organizado e planejado, a escola deve estimular a elaboração de normas de moralidade e justiça, pois todo momento é tempo de educar o aluno.
Ainda sobre a influência de Soecki (2013) constata-se que um ambiente mais desafiador e estimulante, gera mais possibilidades de ampliar os conhecimentos. O brincar na hora do recreio não é uma forma de ocupar o tempo e sim uma ferramenta para facilitar a socialização, pois no momento da interação com o grupo a criança busca cumplicidade e companheirismo, agindo espontaneamente.
O momento do recreio deve ser considerado dentro da Proposta Pedagógica da escola, com atividades livres ou dirigidas, pois possui um enorme potencial educativo, conforme Soecki (2013). Completando este pensamento, Brown (2006) afirma que a cultura lúdica da criança, influencia diretamente no comportamento durante o recreio.
Brown (2006) afirma que a área externa da escola é, em muitos casos, o único ambiente social que a criança interage que também não possui. Há evidências de que o tempo no qual as crianças passam brincando em grupo vem diminuindo
Smith (2006) argumenta que os educadores podem ajudar a desenvolver o brincar das crianças estimulando, encorajando ou desafiando a brincar de forma mais desenvolvida e madura. Para Vygotsky (1988) o jogo é fundamental para a formação do sujeito. O autor diz ainda que o jogo nasce das relações sociais e considera muito importante existir a mediação do professor.
Rossetto Jr. (2010) afirma que uma intervenção qualificada deve respeitar e valorizar os conhecimentos prévios dos alunos; seus interesses e necessidades e, principalmente, diagnosticar o que já sabem sobre o jogo, para planejar as estratégias e tipos de jogos mais adequados a cada grupo. Assim, a aprendizagem se torna mais significativa, pois o alunos consegue estabelecer relações com sentido entre o que já conhece e o novo conteúdo.
2.2.2 Recreio convencional ou recreio livre
Para Gaelzer (1979) o termo recreio convencional se refere ao intervalo onde as atividades são de livre escolha dos alunos e eles as lideram, usufruindo de muita liberdade, nem sempre da forma mais adequada. Para Soecki (2013) num recreio dito normal, encontraremos muitos problemas. Isso acontece quando as escolas não organizam seus recreios com atividades adequadas.
Há um preconceito culturalmente estabelecido, de que os jogos só servem para as aulas de Educação Física e Arte. O brincar só é aceito quando é para descansar, ou seja, na hora do recreio, de acordo com Santos (2011).
3.1 População e Amostra
3.1.1 População Na Escola Municipal Presidente Castelo Branco, a população caracterizou-se pelos alunos do Ensino Fundamental Séries Iniciais do turno da tarde, totalizando 122 crianças. No Colégio Estadual José de Alencar, a população contou com alunos de Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, num total de 113 crianças e também seis alunas do segundo ano do Curso Normal, responsáveis pela hora do recreio dirigido dos alunos.
3.1.2 Amostra A amostra foi escolhida de forma aleatória, respeitando apenas, o critério de gênero. Foram sorteados dois alunos de cada ano para que respondessem ao questionário de duas perguntas, totalizando 22 crianças de uma população de 235.
3.2 Instrumento e procedimentos da coleta de dados
3.2.1 Instrumento O instrumento utilizado foi um pequeno questionário elaborado exclusivamente para esta pesquisa, com duas questões para os alunos, sendo que a número um foi adaptada a realidade de cada escola de acordo com o tipo de recreio e a número dois, igual em ambos. Já para as monitoras do recreio, foi aplicada apenas uma questão. Em ambas as escolas, as questões foram realizadas em uma sala de aula separada dos demais, para haver veracidade das informações. O tempo de realização variou de criança para criança, sendo reservada uma tarde para cada escola para sua aplicação.
3.2.2 Procedimentos da coleta de dados
De acordo com a classificação de Gil (2007) de natureza qualitativa, quanto ao seu objetivo, esta pesquisa é descritiva. Na escola que possuía o recreio dirigido,
Após a realização dos questionários nas duas escolas, com ênfase diferente em uma das perguntas, os resultados obtidos foram descritos abaixo. No Colégio Estadual José de Alencar foi perguntado aos alunos se eles preferiam aulas orientadas pelas professoras do recreio ou quando elas deixavam livre. Das doze crianças entrevistadas, nove optaram pelo recreio livre e três pelo orientado.
75%
25% LIVRE ORIENTADO
A segunda questão aplicada na mesma escola, se referia às brincadeiras favoritas deles. O número de brincadeiras e jogos citados ficou em torno de quinze. Sendo que Futebol, Vôlei e Basquete estavam em quase todas as respostas. Surgiram também Esconde-esconde, pega-pega, pular corda, corrida do saco, ovo choco, elefante colorido, casinha, pé de lata, pega paralítico, polícia e ladrão e Newcon.
17% 13%
9%^ 11%
50%
FUTEBOL PEGA-PEGA VÔLEI ESCONDE OUTROS
Ainda na primeira escola, foi aplicada uma questão para as professoras do recreio, para saber se elas observavam um melhor comportamento quando o recreio era orientado ou livre. Das seis entrevistadas, quatro responderam que claramente o recreio orientado era muito mais tranquilo e duas responderam que isso acontecia quando eles estavam livres, fazendo o que queriam.
67%
33% ORIENTADO LIVRE
Na Escola Municipal Presidente Castelo Branco, foi questionado aos alunos se eles tivessem a oportunidade de escolher entre ter um recreio orientado com brincadeiras e materiais ou continuar brincando livre, dos dez alunos entrevistados, a resposta foi unânime: todos queria o intervalo orientado.
100%
0% SIM NÃO
A segunda pergunta foi a mesma aplicada na outra escola, a qual pedia aos alunos que falassem quais eram as suas brincadeiras favoritas. Futebol e Vôlei foram os mais lembrados, mas outras também foram citadas como pega-pega, esconde-esconde, corrida, caçador, pular corda, boneca.
25%
19%^ 22%
15%
19% (^) PEGA-PEGA FUTEBOL VÔLEI ESCONDE OUTROS