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Informações sobre fraturas ósseas, incluindo sua definição, causas, sintomas, classificação e processo de consolidação. São descritos os principais sintomas das fraturas ósseas, como dor, aumento de volume, crepitação, deformidades e mobilidade anormal. Além disso, são apresentados os estágios da consolidação óssea, que incluem inflamação, calo mole e calo duro. O documento também descreve diferentes tipos de fraturas ósseas, como fratura em Greenstick, fratura cominutiva, fratura impactada e fratura de colles.
Tipologia: Resumos
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As fraturas ósseas são resultadas de sobrecargas no osso, que podem ser únicas ou múltiplas, com uma magnitude que excede o limite suportado. Ocorrem em uma fração de milissegundo e se originam através de um processo de ruptura, danos visíveis nas partes moles com características de implosão. O efeito mecânico de uma fratura consiste numa perda de continuidade óssea, que leva a uma mobilidade patológica, perda da função de suporte ósseo e dor. As forças deformantes atingem o osso por meio de traumatismos e as fraturas ósseas podem se localizar no local de aplicação da força (traumatismo direto) ou à distância dela (traumatismo indireto). Como exemplo de traumatismo direto temos um indivíduo que recebe um golpe na perna e tem fratura na tíbia. O trauma foi exatamente no local da fratura, por isso é considerado como traumatismo direto. Um exemplo de traumatismo indireto é quando um indivíduo cai e se apoia com a mão durante a queda, fraturando o antebraço, cotovelo, ombro ou clavícula. O impacto foi aplicado na mão, mas foi transmitido para o membro superior.
Sinais e sintomas As fraturas ósseas têm, na maioria das vezes, toda uma sintomatologia que se inicia logo com a aplicação do trauma. Porém na fratura por fadiga, em que não existe um trauma precipitante, os sintomas se desenvolvem lentamente resultando em dor crônica: Os principais sintomas das fraturas ósseas são:
Classificação por lesão Simples ou fechada Tipo de fratura onde o osso não atravessa a pele. Exposta ou aberta Nessa fratura o osso fraturado se projeta através da pele. Completa Esse tipo de fratura ocorre de forma completa, quando acontece o corte e separação das partes fraturadas. As principais formas de fraturas ósseas completas são:
Classificação por exteriorização Fratura em Greenstick (galho verde) Fratura típica que ocorre na criança, onde há extrema elasticidade do osso. Um dos córtices quebra e o outro fica “amassado”. Fratura cominutiva Nesse tipo de fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto, resultando em dois ou mais fragmentos. Existem três tipos de fraturas ósseas cominutivas:
Calo duro Quando as extremidades da fratura estão unidas pelo calo mole, se inicia o estágio do calo duro. Nessa fase os fragmentos estão firmemente unidos por uma neoformação óssea, que termina 3 ou 4 meses após a fratura. O calo mole é convertido em um tecido calcificado e rígido por meio de ossificação intramembranosa e da ossificação endocondral de aparecimento mais tardio, na fase final de formação do calo ósseo a partir de condrócitos que se diferenciam das células indiferenciadas. A ação dos osteoblastos (células responsáveis pela produção de tecido ósseo) é muito importante nessa fase, já que produzem uma nova matriz óssea. Inicialmente essa matriz é desornada e irregular, provocando a formação de um calo ósseo calcificado. Remodelação Se inicia a partir da 8ª semana após a lesão, quando a fratura já está solidamente unida. Essa fase tem duração de alguns meses ou até anos. O estágio termina quando o osso retoma completamente à sua morfologia original, incluído a restauração do canal medular.
Tratamento para as fraturas ósseas Com a história clínica, exame físico e radiografias é possível avaliar e caracterizar as fraturas ósseas. Em termos de tratamento, geralmente, são utilizados dois grandes caminhos: o conservador e o cirúrgico. Ao considerar o tratamento de uma fratura, devem ser levadas em consideração as características clínicas do paciente como risco cirúrgico, profissão, idade e lado dominante. Como exemplo, uma fratura de tíbia consolidada com algum encurtamento pode ser imperceptível para a maioria das pessoas, mas pode interferir com o desempenho de um atleta ou carteiro. A idade é outro fator muito importante, pois em crianças há uma capacidade muito maior de remodelação dos desvios, que não ocorre no adulto. Já um idoso não tolera grandes períodos de imobilização ou restrição nos leitos, então nesses casos o tratamento cirúrgico pode ser preferido. Pode também acontecer o contrário: quando uma fratura apresenta indicação cirúrgica, mas não pode ser operada por falta de condições clínicas no paciente. A maior vantagem do tratamento conservador é a segurança, porém apresenta como desvantagem os períodos longos de imobilização, necessidade de aparelhos gessados e alinhamentos nem sempre perfeitos. Já o tratamento cirúrgico traz consigo os riscos de uma cirurgia, mas tem o grande mérito de oferecer um alinhamento anatômico e estabilização adequada dos fragmentos, permitindo reconstituições adequadas e reabilitação precoce.
Alguns tipos de fraturas ósseas são tratados em um sistema de tração. Esse sistema submete o membro a uma ação permanente de força para obter e manter o alinhamento dos fragmentos. Esse tipo de tração é indicado quando o período de imobilização é curto e não há necessidade de aplicação de muito peso, sendo mais usada nas crianças e pouco em adultos. Deve ser aplicada com muito cuidado, pois pode provocar garroteamento do membro, úlceras por pressão ou compressão de nervos superficiais como o ciático poplíteo externo. A tração esquelética é indicada quando há necessidade de aplicação de grande peso (maior que 2kg) e/ou ser mantida por tempo prolongado (mais que duas semanas). O maior inconveniente desse tipo de tração é a infecção do trajeto do fio. É mais usada em adultos. Indicações típicas de tratamento conservador:
Tratamento cirúrgico É necessário um estudo prévio e planejamento de cada caso, com opção pela técnica mais adequada. A assepsia e a antissepsia devem ser rigorosas, assim como trato com as partes moles e o osso não deve acrescentar traumas que possam comprometer o resultado final. O alinhamento anatômico deve ser restabelecido e a fixação interna estável sempre que possível, para permitir a realização de fisioterapia precoce. Geralmente são utilizados como meio de fixação parafusos, fios de aço, placas metálicas e hastes intramedulares. Para preencher falhas ósseas são utilizados enxertos ósseos retirados geralmente do osso ilíaco do próprio indivíduo. Algumas fraturas ósseas precisam ser tratadas através de fixação externa. A fixação externa é um meio termo entre os tratamentos conservador e cirúrgico. Nesse tipo de sistema de fixação são utilizados pinos metálicos aplicados no osso, estabilizados por meio de um sistema colocado externamente no membro. É indicado nos casos de fratura exposta. Indicações típicas de tratamento cirúrgico:
Cuidados
Conclusão As fraturas ósseas ocorrem quando uma força excessiva é aplicada no local, gerando uma situação de perda de continuidade óssea, com ou sem separação do osso em dois ou mais fragmentos. As forças deformantes atingem o osso por meio de traumatismos e a fratura pode se localizar no local da força, (traumatismo direto) ou à distância dela (traumatismo indireto). As fraturas ósseas possuem várias classificações, que variam de acordo com o local, gravidade e número de fragmentos. O tratamento pode ser conservador, com imobilização e fisioterapia ou cirúrgico, dependendo do caso e do local da fratura. A fisioterapia age nos dois casos, tanto no tratamento conservador como no pós-operatório do tratamento cirúrgico, com o objetivo de diminuir as sequelas causadas pelo imobilismo, manter e recuperar a amplitude de movimento, manter e recuperar a força muscular e permitir que o paciente volte a realizar suas atividades de vida diária sem dificuldades.