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Definição e formulação de problemas de pesquisa, Slides de Construção

Este documento aborda a definição de problema de pesquisa na acepção científica, que é uma situação não resolvida e objeto de discussão em qualquer domínio do conhecimento. Além disso, discute como formular um problema de pesquisa, incluindo a importância de verificar se o problema está na categoria científica, envolve variáveis que podem ser testadas, observadas ou manipuladas, e é claro e preciso. O documento também aborda a delimitação do problema e do tema de pesquisa.

O que você vai aprender

  • Como formular um problema de pesquisa?
  • O que é um problema de pesquisa na acepção científica?
  • Por que é importante delimitar o problema e o tema de pesquisa?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pamela87
Pamela87 🇧🇷

4.5

(98)

226 documentos

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Não perca as partes importantes!

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O que é um problema de pesquisa
Definindo os objetivos do trabalho
Definição de Problema
Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. Entretanto, ao se
afirmar isto, torna-se conveniente esclarecer o significado desse termo. Uma acepção bastante
corrente identifica problema com questão, o que margem a uma série de desencontros e
equívocos sobre a natureza dos problemas verdadeiros e dos falsos problemas. Outra acepção
identifica problema como algo que provoca desequilíbrio, mal-estar, constrangimento às pessoas.
Contudo, na acepção científica, problema é qualquer situação não solvida e que é objeto de
discussão, em qualquer domínio do conhecimento.
Quando se trata de conceituar o que é um problema de pesquisa, é preciso levar em conta de
antemão que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que, para realizar
uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se enquadra na
categoria de científico.
Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas,
observadas, manipuladas.
Um problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem prática ou de ordem
intelectual.
São inúmeras as razões de ordem prática e intelectual que conduzem à formulação de
problemas de pesquisa. Apenas com o objetivo de ilustrar o universo de possibildades que pode se
descortinar em relação a este tema, apresenta-se abaixo algumas definições e exemplos de
problemas de ordem prática e de ordem intelectual.
Problemas de ordem prática
Direcionados para respostas que ajudem a subsidiar ações.
Exemplo: empresa do ramo de cosméticos deseja saber o perfil de seus consumidores, com vistas a
lançamento de um novo produto.
Direcionados para a avaliação de certas ações ou programas.
Exemplo: efeito de uma determinada campanha de esclarecimento sobre os perigos do cólera.
Direcionados a verificar as consqüências de várias alternativas possíveis.
Exemplo: professor está interessado em identificar que sistema de aula seria o mais adequado para
determinada disciplina.
Direcionados à predição de acontecimentos, com vistas a planejar uma ação adequada.
Exemplo: Petrobrás está interessada em verificar em que medida a construção de uma planta de
gasolina poderá concorrer para a deterioração ambiental de uma determinada área.
É possível ainda considerar como problemas de interesse prático, embora mais próximos
dos problemas de interesse intelectual, aqueles referentes a muitas pesquisas que são realizadas no
âmbito dos cursos universitários de graduação. Esses problemas servem, normalmente, para um
treinamento do aluno na elaboração de projetos de pesquisa.
Problemas de ordem intelectual
Direcionados para a exploração de um objeto pouco conhecido.
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O que é um problema de pesquisa

Definindo os objetivos do trabalho

Definição de Problema

Toda pesquisa se inicia com algum tipo de problema ou indagação. Entretanto, ao se afirmar isto, torna-se conveniente esclarecer o significado desse termo. Uma acepção bastante corrente identifica problema com questão, o que dá margem a uma série de desencontros e equívocos sobre a natureza dos problemas verdadeiros e dos falsos problemas. Outra acepção identifica problema como algo que provoca desequilíbrio, mal-estar, constrangimento às pessoas. Contudo, na acepção científica, problema é qualquer situação não solvida e que é objeto de discussão, em qualquer domínio do conhecimento. Quando se trata de conceituar o que é um problema de pesquisa, é preciso levar em conta de antemão que nem todo problema é passível de tratamento científico. Isto significa que, para realizar uma pesquisa é necessário, em primeiro lugar, verificar se o problema cogitado se enquadra na categoria de científico. Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser testadas, observadas, manipuladas. Um problema de pesquisa pode ser determinado por razões de ordem prática ou de ordem intelectual. São inúmeras as razões de ordem prática e intelectual que conduzem à formulação de problemas de pesquisa. Apenas com o objetivo de ilustrar o universo de possibildades que pode se descortinar em relação a este tema, apresenta-se abaixo algumas definições e exemplos de problemas de ordem prática e de ordem intelectual.

Problemas de ordem prática

Direcionados para respostas que ajudem a subsidiar ações. Exemplo: empresa do ramo de cosméticos deseja saber o perfil de seus consumidores, com vistas a lançamento de um novo produto. Direcionados para a avaliação de certas ações ou programas. Exemplo: efeito de uma determinada campanha de esclarecimento sobre os perigos do cólera.

Direcionados a verificar as consqüências de várias alternativas possíveis. Exemplo: professor está interessado em identificar que sistema de aula seria o mais adequado para determinada disciplina.

Direcionados à predição de acontecimentos, com vistas a planejar uma ação adequada. Exemplo: Petrobrás está interessada em verificar em que medida a construção de uma planta de gasolina poderá concorrer para a deterioração ambiental de uma determinada área.

É possível ainda considerar como problemas de interesse prático, embora mais próximos dos problemas de interesse intelectual, aqueles referentes a muitas pesquisas que são realizadas no âmbito dos cursos universitários de graduação. Esses problemas servem, normalmente, para um treinamento do aluno na elaboração de projetos de pesquisa.

Problemas de ordem intelectual

Direcionados para a exploração de um objeto pouco conhecido.

Exemplo: o Design Social na PUC-Rio

Direcionados para áreas já exploradas, com o objetivo de determinar com maior precisão e apuro as condições em que certos fenômenos ocorrem e como podem ser influenciados por outros. Exemplo: a violência nos grandes centros urbanos.

Direcionados para a testar alguma teoria específica. Exemplo: pesquisador, a partir de um grupo de crianças de faixa etária entre 0 a 14 anos, dispõe-se a verificar até que ponto a teoria piagetiana sobre os estádios de desenvolvimento infantil pode ser ou não comprovada.

Direcionados para descrição de um determinado fenômeno. Exemplo: traçar o perfil dos alunos do Departamento de Artes da PUC-Rio.

Como formular um problema de pesquisa

Formular um problema científico não constitui uma tarefa fácil e, por isso, o treinamento desempenha um papel fundamental nesse processo. Por estar estreitamente vinculado ao processo criativo, a formulação de problemas não se faz mediante a observação de procedimentos rígidos e sistemáticos. Contudo, existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais como:

Imersão sistemática no objeto; Estudo da literatura existente e discussão com pessoas que já tenham experiência prática no campo de estudo em questão.

A experiência acumulada dos pesquisadores possibilita ainda o desenvolvimento de certas regras práticas para a formulação de problemas científicos. Entretanto, vale ressaltar que, em alguns casos, o problema proposto não se adequa a essas regras. Isto não significa, porém, que ele deva ser abandonado. Muitas vezes, o melhor será proceder à sua reformulação ou esclarecimento.

O problema deve ser formulado como pergunta

Esta é a maneira mais fácil e direta de formular um problema e contribui substancialmente para delimitarmos o que é o tema da pesquisa e o problema da pesquisa. Tomemos por exemplo uma pesquisa sobre a disciplina de Questão Metodológica. Se eu disser que vou pesquisar sobre esta disciplina, pouco estarei dizendo (este é, provavelmente o meu tema). Mas, se propuser: "que fatores provocam o sono nas aulas de Questão Metodológica?" ou "quais as características dos alunos que frequentam a disciplina de Questão Metodológica?", estarei efetivamente propondo problemas de pesquisa.

O problema deve ser claro e preciso

O problema não pode ser solucionado se não for apresentado de maneira clara e precisa. Com freqüência, problemas apresentados de forma desestruturada e com erros de formulação acarretam em dificuldades para resolvê-los. Por exemplo, "como funciona a mente do designer?". Este problema está inadequadamente proposto orque não está claro a que se refere. Para solucionar o impasse, deve-se partir para uma das muitas e possíveis reformulações à pergunta inicial: "Que mecanismos psicológicos podem ser identificados no processo de projetar, vivido pelo designer?". etc.

Delimitação do Tema

Dotado necessariamente de um sujeito e de um objeto, o tema passa por um processo de especificação. O processo de delimitação do tema só é dado como concluído qunado se faz a limitação geográfica e espacial do mesmo, com vistas à realização da pesquisa.

Objetivo Geral

Está relacionado a uma visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas. Vincula-se diretamente à própria significação da tese proposta pelo projeto.

Objetivos específicos

Apresentam caráter mais concreto. Têm função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro, aplicar este a situações particulares.

Referência Bibliográfica

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Editora Atlas, 1988.

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Atlas Editora, 1990.

BOMFIM, G. et allii. Fundamentos de uma Metodologia para Desenvolvimento de Produtos. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, Programa de Engenharia de Produção, 1977. BONSIEPE, Gui et allii. Metodologia Experimental: Desenho Industrial. Brasília: CNPq/Coordenação Editorial, 1984.

BONSIEPE, Gui. Vivissecação do Desenho Industrial. (tradução de Nicolau A. Guida Neto, Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, Departamento de Produto, s/d).

COUTO, Rita Maria de Souza. O Ensino da Disciplina de Projeto Básico Sob o Enfoque do Design Social. Rio de Janeiro: Departamento de Educação - PUC-Rio,

Algumas reflexões

Pesquisadores do comportamento, tanto animal como humano, concordam em interpretar um problema ou uma situação problemática como situação de estímulo negativo, de privação, de conflito. A este respeito o psicólogo Skinner diz que na verdadeira situação problemática o organismo não dispõe imediatamente de um comportamento que diminua a privação ou ofereça uma possibilidade de saída para o estímulo negativo.

Dermeval Saviani, educador e filósofo, preocupado com a questão dos significados da palavra problema, analisou os seus significados mais frequentes, tais como: questão, obstáculo, mistério, dificuldade, dúvida, coisa de difícil explicação, entre outros. Diz o autor que, apesar do desgaste determinado pelo uso excessivo do termo, a palavra problema possui um sentido profundamente vital e altamente dramático para a existência humana, pois indica uma situação de desarmonia. O conceito de problema implica tanto a conscientização de uma situação de necessidade, o aspecto subjetivo, como uma situação conscientizadora da necessidade, o aspecto objetivo.

Saviani lembra que o homem, no processo de produção da sua própria existência, enfrenta necessidades de cuja satisfação depende a continuidade mesma da existência. Este conceito de necessidade é fundamental para se entender o significado primordial da palavra problema. A essência do problema é, pois, a necessidade.

Diante do exposto, acredito que uma boa maneira de resolver o problema da palavra "problema" é definir adequadamente o seu conceito, como o fez Saviani. É levar o assunto para discussão em sala de aula e fazer com que o aluno entenda a verdadeira natureza da situação que se denomina "problema" e da importância de superá-la para satisfazer uma necessidade.

É típico de uma situação problemática que o indivíduo deseje um resultado que não sabe ainda como conseguir. A verdadeira problematicidade está em não conhecer perfeitamente como deveria proceder.

A grande variedade dos tipos de problema pode ser ordenada com o auxílio do critério: bem definido ou mal definido. Um problema está bem definido ou estruturado quando as variáveis que o compõe estão fechadas. Está mal definido quando as suas variáves estão abertas. Reitman (In Bonfim,1977) propôs dividir o problema em três fases: estados iniciais; estados finais e processos de transformação dos primeiros nos últimos. A metodologia se refere precisamente a esses porcessos de transformação.

Os estados iniciais e finais podem ser mais ou menos definidos, isto é, as possibilidades de escolha com respeito às finalidades e aos meios podem ser mais ou menos grandes. Daremos alguns exemplos condicionantes (materiais, processos, preços), incluindo uma estimativa de tempo para as diversas etapas e dos recursos humanos necessários.

1.6. Operação: SUBDIVIDIR O PROBLEMA EM SUB-PROBLEMA Procurar "pacotes" identificáveis de problemas que sejam relativamente independentes entre si. Estabelecer uma árvore de funções, isto é, uma divisão visualizada de funções. Desmontar um problema nos seus componentes siginifica descobrir os seus sub-problemas. Cada sub-problema tem uma solução ótima que pode porém contrastar com outras soluções de outros sub-problemas.

1.7. Operação: HIERARQUIZAR OS SUB-PROBLEMAS Procurar funções chaves ou nevrálgicas. Estabelecer uma matriz de interação entre sub- sistemas. Analisar a mútua dependência. A valorização do "peso" ou matriz de interação serve para estabelecer prioridades no atendimento dos requisitos. Quase sempre os requisitos são antagônicos (a otimização de um fator implica a subotimização de outro fator). A interação dos fatores pode ser representada em forma de matrizes, indicando uma interação positiva, neutra ou negativa.