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17.2 A avaliação escolar. 17.3 Pedagogia do exame e pedagogia do ensino e da aprendizagem. 17.4 Avaliações para além da sala de aula. Referências.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Lúcia Helena Sasseron
17.1 Introdução 17.2 A avaliação escolar 17.3 Pedagogia do exame e pedagogia do ensino e da aprendizagem 17.4 Avaliações para além da sala de aula Referências
Fundamentos Teórico-Metodológico para o Ensino de Ciências: a Sala de Aula
Fundamentos Teórico-Metodológico para o Ensino de Ciências: a Sala de Aula Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 7 17.1 Introdução Tema de nosso cotidiano, presente em inúmeras e diversas situações de nossas vidas, a avaliação costuma ser um tema controverso. Esta controvérsia reside não apenas na compreensão que tenhamos sobre ela, mas, sobretudo, ancora-se nas associações e percepções advindas dos resultados por ela obtidos e divulgados. Dicionários definem avaliação como apreciação, análise; como estimativa de merecimento, de valia; como um valor determinado pelos avaliadores. Estas definições apontam que avaliação presume julgamento. Uma avaliação classifica algo como bom ou ruim, suficiente ou insu- ficiente, adequado ou inadequado. Mas, entre esses extremos, é possível haver classificações intermediárias que, do mesmo modo, exprimem o julgamento realizado. Pode-se dizer, portanto, que a avaliação parametriza dicotomias, no sentido de que ela nos oferece resultados em termos de comparação, podendo oferecer um espectro escalonado de conceitos. Considerando isso, torna-se também óbvia a necessidade de que uma avaliação seja planejada e organizada para que os dados obtidos estejam de fato relacionados àquilo que se pretende colocar em exame e que, portanto, as decisões que se possa tomar a partir da avaliação sejam condizentes com o estudo realizado. O diagnóstico surgirá, portanto, do desenho construído para a obtenção desses dados e dependerá não apenas da coleta das informações, mas também dos instrumentos para a avaliação e do uso deles. É importante observar o fato de que, por trás da avaliação, há razões que a sustentam e que a garantem. Uma avaliação não é feita sem propósitos e, como resultado, tem-se o diagnóstico da situação em análise. Claramente, o diagnóstico apontará dados relacionados ao propósito da avaliação. Havendo esses dados, a qualificação torna-se viável e surge a possibilidade de tomar decisões.
Fundamentos Teórico-Metodológico para o Ensino de Ciências: a Sala de Aula Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 7 17.3 Pedagogia do exame e pedagogia do ensino e da aprendizagem É bastante comum encontrarmos situações em que o ensino é planejado e realizado, tendo como finalidade principal a realização de uma prova. Os resultados dessa prova não são adotados como ponto de análise para futuras alterações da didática ou do planejamento, mas servem para o propósito de classificar e ranquear. Neste caso, abre-se a possibilidade de entender a avaliação como centrada e finalizada em si própria. Mas há, por outro lado, situações em que as avaliações são utilizadas como balizadores e parâmetros para a investigação do ensino oferecido e da aprendizagem alcançada. Neste caso, a avaliação encontra respaldo no planejamento, ao mesmo tempo que fornece informações e permite balizar a preparação de propostas didáticas e abordagens para elas. Ciente da possibilidade de que a avaliação possa ser entendida como encerrada em si mesma, Luckesi (1997) propõe a ideia de pedagogia do exame versus a pedagogia do ensino e da apren- dizagem: enquanto a primeira estaria vinculada à abordagem de temas e conteúdos em sala de aula com o propósito da realização de exames e provas pelos estudantes, a segunda concepção pauta o ensino para a aprendizagem em que a avaliação é concebida como uma forma de acompanhar o desenvolvimento desses processos. Luckesi ainda afirma haver três principais funções para a avaliação: a seleção, a informação e a formação. A avaliação voltada para a seleção encontra seus exemplares mais comuns nas provas de vestibulares e concursos. Tornam-se necessárias para selecionar, dentre os candidatos, aqueles que estariam mais aptos a ingressar na carreira ou no cargo para o qual concorrem. É, portanto, um tipo de avaliação que ranqueia e estabelece uma lista de aprovados e de reprovados para a vaga a que concorrem. A avaliação que fornece informação pode ser concebida como um diagnóstico de uma situação e, em princípio, não demandaria um ranqueamento (a menos que este seja uma das informações que se pretende obter).A informação pode estar vinculada a um episódio e situação isolados ou a um processo longitudinal. A avaliação para a formação está diretamente associada ao que Luckesi chama de pedagogia do ensino e da aprendizagem, pois esta forma de avaliação se preocupa com a aprendizagem construída pelos sujeitos envolvidos no processo. É possível, por exemplo, encontrar exemplos de
17 O que é avaliação? Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 7 situações de avaliação para a formação quando um professor procura, em sala de aula, perceber o que os seus alunos estão compreendendo sobre suas abordagens e como o fazem; um outro exemplo são listas de exercícios e propostas de atividades em grupo ou individuais,solicitadas aos estudantes para acompanhar o seu envolvimento e desenvolvimento ante um tema estudado. Considerando os referenciais atuais que pautam a educação básica nacional, a Lei nº 9. − Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em vigor desde 20 de dezembro de 1996, em seu artigo 24, inciso V, dispõe sobre a avaliação do rendimento escolar: V − A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a. Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b. Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c. Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d. Aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e. Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. Uma primeira observação importante que surge do exame destes pontos encontra-se na responsabilidade sobre a avaliação do rendimento: não há menção a respeito de quem seria esta responsabilidade, não estando, portanto, destinada tal tarefa apenas aos estabelecimentos de ensino. Mas o trecho do Parecer do Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica 05/1997, que versa sobre a referida LDB, menciona que a verificação do rendimento escolar permanece, como nem poderia deixar de ser, sob a responsabilidade da escola. No mesmo texto, há ainda informações que tornam claro que a avaliação, pela legis- lação vigente, não deve mais ser pautada apenas na verificação do rendimento e do controle de frequência. Estas ideias sinalizam que a função da avaliação destacada nos documentos é o acompanhamento do desempenho escolar do aluno, sendo, portanto, vinculada ao seu progresso.
17 O que é avaliação? Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 7 não apenas os conteúdos disciplinares avaliáveis em provas e testes, mas também os conteúdos relacionados a procedimentos e atitudes que são colocadas em pauta e em execução quando atividades são realizadas em sala de aula. A escola é um lugar de formação. Como tal, é espaço de avaliação. Mas a escola faz mais do que avaliar: ela forma; e, portanto, há de oferecer condições para que o processo de desenvolvi- mento cognitivo, afetivo e moral dos estudantes seja favorecido. Referências Bonamino, a.; SouSa, S. Z. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola, Educação e Pesquisa , v. 38, n. 2, p. 373-388, abr./jun. 2012. LuckeSi, c. c. Avaliação da aprendizagem escolar. 6.ed. São Paulo: Cortez, 1997. Agora é sua vez... Finalizada a leitura do texto, realize as atividades on-line propostas para esta aula. Bons estudos!