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ANALISE DO FILME O QUARTO DE JACK, FOCANDO NO PERFIL COGNITIVO DO PROTAGONISTA
Tipologia: Trabalhos
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Não perca as partes importantes!
Trabalho apresentado como requisito parcial para a aprovação da disciplina Psicologia do Desenvolvimento I: psicologia infantil ao curso de graduação em Psicologia, do Centro Universitário Sudoeste Paulista – UniFSP. Orientador (a): Prof.. Flávio Henrique Firmino. ITAPETININGA – SP 2021
Para a elaboração deste trabalho foi escolhido como material áudio visual o filme “Room”, tradução “O Quarto de Jack”. Inicialmente “o quarto de Jack”, foi escrito pela irlandesa Emma Donoghue e lançado em 2010 inspirado em um caso real. Posteriormente filmado e dirigido pelo irlandês Lenny Abrahamson , seu lançamento mundial foi em 2015. Todas as informações inclusas estão relacionadas à síntese do filme e foram retiradas do site Adoro Cinema. O longa metragem foi lançado mundialmente em 4 de setembro de 2015, sendo classificado no gênero drama; é recomendado a maiores de 14 anos, a duração da trama é de 117 minutos, o filme traz um elenco grandioso como Brie Larson (Joy - Ma ), Jacob Tremblay (Jack) , Joan Allen (avó), Willian H. Macy (avô), Sean Bridgers (velho Nick), Amanda Brugel (policial Parker), Cas Anvar (Dr. Mittal) e Joe Pingue (policial Grabowski). O filme traz uma perspectiva do desenvolvimento cognitivo da criança que nasceu e foi criada em um quarto fechado, remetendo a sensação de vivenciar os acontecimentos dramáticos que os protagonistas são expostos. A obra cinematográfica conta a história de uma mãe e do seu filho de 5 anos que vivem em cativeiro, a mãe, Joy foi raptada aos 17 anos de idade pelo “velho Nick” e foi mantida por sete anos enclausurada e sendo regularmente estuprada pelo sequestrador. O pequeno Jack é o fruto dos estupros que ela sofria, ambos eram confinados em um quarto com apenas uma claraboia e uma porta fechada com senha, que os separavam do mundo real, porém recebiam visitas regulares do sequestrador. No decorrer das visitas o pequeno Jack é orientado a se esconder. Joy, na tentativa de poupar o filho da realidade cruel que eles vivem, cria uma realidade superficial, levando-o a acreditar que eles moram no espaço; e o mundo que é transmitido na televisão é imaginário. Eles sobrevivem somente com o necessário que o “velho Nick” fornece. Jack, não tinha consciência da situação em que viviam, pois ele só tinha convívio com a sua mãe; a trama discorre sobre o plano de Joy para fugirem do cativeiro. No filme, Jack acredita que exista somente o quarto e além de suas paredes o espaço sideral, pois para o garoto tudo é magico, desde esquentar a comida no micro-ondas até a televisão. Dentro das possiblidades, Joy criou um mundo lúdico através de atividades educativas e brincadeiras. No entanto, ao completar cinco anos de idade, a mãe decide revelar a verdade a Jack, ou seja, que existe um mundo além daquelas paredes, imediatamente ele reluta
em aceitar, porém a jovem explica que precisam fugir do quarto e ele tomado pela sua curiosidade, aceita ajudar a mãe com o plano. Ela o explica como irão enganar o “velho Nick” para fugir, então o colocam em prática sendo bem-sucedido. O garoto consegue escapar e buscar ajuda para libertar sua mãe. Partindo disso, ao serem restabelecido seu convivo com a sociedade tanto Jack quanto Joy acabam passando por desafios em se adaptar a liberdade e em se relacionar com os seus familiares. Joy tem uma dificuldade maior, pelos traumas e violências sofridas, porém Jack por ter vivido a sua primeira fase da infância em mundo lúdico acaba tendo uma abertura maior para a sua nova realidade. Acolhidos pela avó materna de Jack, eles iniciam uma nova fase em suas vidas.
criou um mundo real de acordo com suas percepções e simbologias, outro aspecto relevante é que seu conhecimento foi construindo através de informações restritas. Embasado nestas afirmações, questiona-se o quanto seu desenvolvimento foi prejudicado, pois o estágio pré- operacional, é notado por eventos do pensamento simbólico ou a capacidade representacional, integrando a fala, que auxilia no processo de socialização. Seu universo cognitivo, foi estimulado através das brincadeiras, atividades com objetos espalhados pelo quarto, desenhos e histórias. Em consonância com estes aspectos, a imaginação depende da vivência do meio ambiente, do processo de contradição, tradição, influência, estímulo à criatividade e ao desenvolvimento, que está intimamente relacionado às várias experiências acumuladas pelo ser humano. Em outras palavras, a imaginação é composta pela combinação de dois elementos: o primeiro é composto por fragmentos de memória, que são incorporados na imitação. O segundo é o ambiente externo no qual o sujeito reconstrói essa imagem. O resultado desses dois elementos será a criação de uma nova imagem, e estas influências com a interação do organismo com o meio, aponta também “que a linguagem capacita as crianças a procurarem instrumentos que auxiliam na solução de tarefas difíceis. ” (VYGOTSKY, 1987). Desta forma, a “formação humana sofre influências sociais, e que este social tem implicações na construção da experiência humana e subjetividade” Com ambas as falas, se entende que haja possíveis déficit no desenvolvimento de uma criança ao nascer e crescer em um cativeiro, pois o ambiente influencia diretamente no desenvolvimento cognitivo, social e histórico do indivíduo. Segundo Vygostsky esse desenvolvimento tem mais ligação com o ambiente em que a criança está situada do que com a questão do desenvolvimento e maturação biológica. No caso de Jack, além de não ter um convívio social amplo, pois a única pessoa com quem tinha contato era sua mãe, ele também tinha a questão de falta de espaço físico para desenvolver, por exemplo suas funções motoras, como correr, subir em arvores, brincar, etc. Notamos em uma cena do filme onde ele coloca em ação a ideia de sua mãe de entregar o bilhete de socorro a alguém, a dificuldade que ele apresenta em correr, dificuldade essa que outra criança da mesma idade criada em outro ambiente, não apresentaria, e na mesma cena, é notório também a falha na comunicação verbal do garoto ao ser questionado por essa mesma
pessoa se estava tudo bem com ele. Fatos que de acordo com Piaget relacionado aos estágios do desenvolvimento, nessa idade ele já seria capaz de fazer. No decorrer da trama, o garoto é resgatado primeiro que sua mãe, e já em contato com outras pessoas, ele apresenta dificuldades em interagir, falar e expressar suas necessidades. O que dificulta na busca de sua mãe, mas com poucas pistas que ele dá a polícia, sua mãe é encontrada e ambos vão para casa de sua avó materna. Com o passar do tempo, já inserido em um outro ambiente (esse mais saudável e adequada para um melhor desenvolvimento) Jack começa a apresentar melhoras em seu desenvolvimento, mesmo que um tanto atrasado, ele já começa a socializar de forma mais adequada a seu estágio. Vemos a partir do filme, que há possibilidade de superar atrasos do desenvolvimento, desde que a criança não tenha algum transtorno mais sério como uma patologia, e que o ambiente proporcione condições para tal. Desta forma, compreendemos que tanto Piaget como Vygost nos ajudam a compreender como se dá o processo de desenvolvimento biológico, cognitivo e social por meio de uma relação inextrincável entre indivíduo e meio.
CAVICCHIA, Durlei de Carvalho. “O Desenvolvimento da Criança nos Primeiros Anos de Vida”. Departamento de Psicologia da Educação da UNESP-Araraquara. Disponível em: https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/224/1/01d11t01.pdf acessado em 12 nov.
SILVA, Edvânia dos Santos; SANTOS, Stefanny Alves dos E JESUS, Vanessa Matias de. “O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO INFANTIL SOB A ÓTICA DE JEAN PIAGET”. Disponível em: https://portal.fslf.edu.br/wpcontent/uploads/2016/12/tcc9- 6.pdf. Acessado em: 12 nov. 2021. VYGOTSKI, Lev Semionovitch. “A formação social da mente”. – 4ª Ed., São Paulo, Livraria Martins Fontes Editora Ltda, 1999. VYGOTSKY, L. S. “O desenvolvimento psicológico na infância”. Rio de Janeiro, Martins Fontes, 1998. MOREIRA, Márcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. “PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO”. – 12ª Ed., Porto Alegre; Artmed, 2007. VYGOTSKY, L. S. (1987) “PENSAMENTO E LINGUAGEM”. Ed. Ridendo Castigat Mores; Versão eBooksBrasil. Disponível em: www.jahr.org. Acessado em: 14 nov. 2021.