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Uma análise crítica do capítulo 'o psiquismo e a subjetividade' de odair furtado, explorando as principais ideias da psicologia sócio-histórica. O autor discute a formação do psiquismo humano a partir das perspectivas de luria, leontiev e vigotski, destacando a influência do trabalho social, da linguagem e da subjetividade social na construção da consciência individual. O texto aborda temas como a crítica ao individualismo, a influência do capitalismo na subjetividade e a importância da interação social no desenvolvimento humano.
Tipologia: Transcrições
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Universidade Federal do Sul da Bahia - Campus Paulo Freire Docente: Rebeca Valadão Bussinger Discente: Gustavo Pessoa Ferreira Componente: Fundamentos e Perspectivas da Psicologia Social
Atividade de Leitura e Fichamento
Capítulo/Livro: O psiquismo e a subjetividade social Assunto: Psicologia Sócio-Histórica, crítica ao fenômeno psicológico abstrato e a ideologização. Autor(a): Odair Furtado Ano de publicação: 2007
O psiquismo e a subjetividade Este texto visa analisar de forma sucinta as principais ideias contidas no capítulo "O psiquismo e a subjetividade" de autoria de Odair Furtado. Vale ressaltar que o capítulo faz parte do livro "Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia", organizado por Bock, Gonçalves e Furtado. Como o próprio título indica, a ideia inicial de Furtado (2007) é refletir sobre como o psiquismo é estruturado na visão da Psicologia Sócio-Histórica. Para isso, o autor explora as noções de racionalismo, indivíduo e os processos de construção da subjetividade. Assim, autores como Luria, Leontiev e Vigotski fornecem o arcabouço teórico para sustentar essa parte da obra. Dessa forma, Furtado (2007) irá apresentar os pensamentos de Luria (1987), com o objetivo de compreender e atribuir sentido às atividades sociais do indivíduo, especialmente a formação do psiquismo sob a perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica. Para Luria (1987), seria necessário buscar no mundo externo os significados para a consciência e o comportamento humano historicamente desenvolvido. Portanto, de acordo com Furtado (2007, p. 76), "a conduta já não é determinada por objetivos instintivos diretos - a atividade social complexa, o trabalho social e a divisão do trabalho provocam o surgimento de motivos sociais para o comportamento". Nesse sentido, o desenvolvimento das sociedades e das maneiras de se viver no mundo geraram novos comportamentos para os indivíduos. Essas aprendizagens não dependem mais
do instinto ou da sobrevivência para serem acionadas nos diversos contextos de vida do sujeito. Assim, alinhada a essas mudanças sociais e culturais, a linguagem desempenha um papel fundamental na consolidação do psiquismo humano (FURTADO, 2007). Com base no pensamento de Luria (1987), o autor apresenta algumas particularidades que fundamentam a atividade consciente do ser humano. Primeiramente, a psique do homem não é enraizada em motivações biológicas, ou seja, o mundo externo também oferece muitas explicações para essa atividade. Em segundo lugar, a atividade consciente não se limita aos meios e experiências individuais vividas pelo sujeito, mas também ao que será abstraído e transformado em conhecimento a partir desses meios. Por fim, outra particularidade do ser humano é a capacidade de aprendizagem. Os conhecimentos e tradições também são aprendidos em um processo tanto interno quanto externo, e, em alguns casos, acabam se transformando em artes e produções intelectuais. Diante disso, é possível prever que as singularidades do processo psíquico humano devem ser buscadas, na perspectiva sócio-histórica, por meio do trabalho social, das atividades essenciais e do surgimento da linguagem (FURTADO, 2007). Como o texto coloca, a linguagem assume um papel muito importante no desenvolvimento da consciência humana. O processo de linguagem garante nossa comunicação, alimentando a criatividade imaginativa existente em cada indivíduo. Agora, ele consegue racionalmente imaginar objetos, ferramentas e palavras. Um processo de dar nomes e significados às coisas que vai nos diferenciar dos animais. Nesse momento, Furtado (2007) procura respostas em outro autor da Psicologia russa, Alex Leontiev. Semelhante a Luria, Leontiev acreditava que o desenvolvimento humano caminhou através das modificações sócio-históricas, não se limitando apenas à evolução biológica. Dessa maneira, segundo Furtado (2007, p. 79), "isso significa dizer que a própria biologia passa a ter caráter sócio-histórico, na medida em que a adaptação caminhou apoiada nos caminhos escolhidos pelo próprio homem". Assim, Leontiev irá pensar sobre os processos criadores dos seres humanos com o trabalho social. A necessidade como algo que também impulsionará uma série de modificações, as ideias de progresso irão refletir as demandas, o consumo e os interesses dos indivíduos ao longo do tempo. Diante disso, as confecções de produtos materiais, intelectuais e aqueles considerados ideias vão forjar a psique humana. Nesse sentido, para Furtado (2007), apenas as bagagens biológicas e naturais não dariam conta o suficiente para as vivências em sociedade. Em concordância com Luria, a importância da linguagem no percurso humano também vai ser fundamental. As comunicações coletivas e atividades em grupos vão sustentar a passagem de descobertas entre as pessoas. O conhecimento individual é passado e o saber passa
o capítulo discorre sobre como a perspectiva sócio-histórica também é importante para pensarmos a ideia de indivíduo e sua subjetividade social.
FURTADO, O. O psiquismo e a subjetividade social. In: ________. BOCK, AMM.M., GONÇALVES, M.G.M., FURTADO, O. (Orgs.).Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica em Psicologia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2007. pp. 75-94.