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O Propiciatório: A Arca do Testemunho e o Cordeiro de Deus, Notas de estudo de Cálculo

Este texto discute o propiciatório, uma caixa feita de madeira revestida de ouro, local onde a santidade de deus se encontrava para tratar do pecado do homem. O autor aborda a importância do propiciatório na bíblia hebraica e o papel do cordeiro de deus na solução permanente do pecado. O texto também discute a relação entre o propiciatório terrestre e o celestial.

O que você vai aprender

  • Qual é a função do Propiciatório na Arca do Testemunho?
  • O que representa cada um dos itens contidos na Arca do Testemunho?
  • Como o Cordeiro de Deus resolveu o problema do pecado do homem?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Brasilia80
Brasilia80 🇧🇷

4.5

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O Propiciatório
A Arca do Testemunho era uma caixa feita de madeira de acácia, revestida de ouro puro,
por dentro e por fora. Tinha um metro e 15 centímetros de comprimento, e 70 centímetros
de largura e 70 centímetros de altura. A caixa tinha uma tampa, do mesmo comprimento e
a mesma largura, feita de ouro puro. Essa tampa leva o nome de propiciatório; em cada
extremidade dela tinha um querub olhando para dentro, também de ouro puro, de uma só
peça com a tampa (Êxodo 25.10-11).
Aquela tampa era o lugar onde propiciação se efetuava, o lugar onde a santidade de Deus,
bem como Sua justiça, Seu amor e Sua misericórdia se encontravam para tratar do pecado
do homem. Mas bem no começo, Deus disse a Moisés, “Ali virei a ti, e falarei contigo de
cima do propiciatório, do meio dos dois querubim, que estão sobre a arca do testemunho”
(Êxodo 25.22). Parece que esse foi um privilégio que somente Moisés tinha, porque após
ele unicamente o sumo sacerdote poderia adentrar o Lugar Mais Santo, e mesmo assim, só
uma vez por ano. O capítulo 16 de Levítico, por inteiro, detalha o procedimento exigido,
cujo propósito era fazer expiação por todos os pecados do povo. O procedimento
detalhado enfatizou a dificuldade que atendia satisfazer o caráter ultrajado de Deus,
ultrajado pelo pecado do homem. O acesso ao propiciatório era protegido por várias
barreiras; a última era o véu pesado que separava o Lugar Santo do Lugar mais Santo.
Qualquer que procurasse entrar de maneira não autorizada morreria no ato.
Aquelas regras não foram alteradas até quando o Cordeiro de Deus levou a cabo a
propiciação final – foi necessário um Ser infinito para pagar uma conta infinita. P próprio
Deus rasgou aquele véu em dois, de cima para baixo, simbolizando de forma dramática que
o acesso a Deus havia se tornado disponível a todos, pelo menos em potencial. Mas vamos
rever o que era necessário acontecer para chegar a esse ponto. Hebreus 9.22 afirma, “sem
derramamento de sangue, não há remissão”. Essa declaração nos leva de volta a Levítico
17.11: “Porque a vida da carne está no sangue, e eu o tenho dado a vocês, sobre o altar,
para fazer expiação pelas vossas almas; porque é o sangue que faz expiação pela alma.”
Notar que para sangue estar sobre o altar, terá de ser derramado – alguém, ou algum
animal, tem de morrer. Lembrar que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). No
começo, o sangue usado era de animais, mas aquilo não passou de uma medida
temporária, provisória, “porque é impossível que o sangue de touro e bodes tire pecados”
(Hebreus 10.4). Pois então, como fica?
Para um Ser Eterno, o tempo é irrelevante, porque Ele conhece o fim desde o começo.1 Se
o próprio Deus bolou e decretou um procedimento provisório, foi porque Ele tinha uma
solução permanente aguardando o momento certo. Aliás, isso é expressamente dito em 1
Pedro 1.18-21: “vocês foram redimidos . . . pelo precioso sangue de Cristo, como de um
1 O Jesus glorificado disse em Apocalipse 22.13, “Eu sou o Alfa e o Ômega, princípio e fim, o
Primeiro e o Último”. Como poderia Ele saber que era o ‘fim’ e o ‘último’, se não já estivesse lá?
Desconfio que tempo e espaço talvez existam somente no nosso sistema solar, sendo de
relevância especial para o nosso planeta, por ser o domicílio do ser humano. Sem tempo e espaço
é impossível medir o universo.
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O Propiciatório

A Arca do Testemunho era uma caixa feita de madeira de acácia, revestida de ouro puro, por dentro e por fora. Tinha um metro e 15 centímetros de comprimento, e 70 centímetros de largura e 70 centímetros de altura. A caixa tinha uma tampa, do mesmo comprimento e a mesma largura, feita de ouro puro. Essa tampa leva o nome de propiciatório ; em cada extremidade dela tinha um querub olhando para dentro, também de ouro puro, de uma só peça com a tampa (Êxodo 25.10-11).

Aquela tampa era o lugar onde propiciação se efetuava, o lugar onde a santidade de Deus, bem como Sua justiça, Seu amor e Sua misericórdia se encontravam para tratar do pecado do homem. Mas bem no começo, Deus disse a Moisés, “Ali virei a ti, e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubim, que estão sobre a arca do testemunho” (Êxodo 25.22). Parece que esse foi um privilégio que somente Moisés tinha, porque após ele unicamente o sumo sacerdote poderia adentrar o Lugar Mais Santo, e mesmo assim, só uma vez por ano. O capítulo 16 de Levítico, por inteiro, detalha o procedimento exigido, cujo propósito era fazer expiação por todos os pecados do povo. O procedimento detalhado enfatizou a dificuldade que atendia satisfazer o caráter ultrajado de Deus, ultrajado pelo pecado do homem. O acesso ao propiciatório era protegido por várias barreiras; a última era o véu pesado que separava o Lugar Santo do Lugar mais Santo. Qualquer que procurasse entrar de maneira não autorizada morreria no ato.

Aquelas regras não foram alteradas até quando o Cordeiro de Deus levou a cabo a propiciação final – foi necessário um Ser infinito para pagar uma conta infinita. P próprio Deus rasgou aquele véu em dois, de cima para baixo, simbolizando de forma dramática que o acesso a Deus havia se tornado disponível a todos, pelo menos em potencial. Mas vamos rever o que era necessário acontecer para chegar a esse ponto. Hebreus 9.22 afirma, “sem derramamento de sangue, não há remissão”. Essa declaração nos leva de volta a Levítico 17.11: “Porque a vida da carne está no sangue, e eu o tenho dado a vocês, sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porque é o sangue que faz expiação pela alma.” Notar que para sangue estar sobre o altar, terá de ser derramado – alguém, ou algum animal, tem de morrer. Lembrar que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23). No começo, o sangue usado era de animais, mas aquilo não passou de uma medida temporária, provisória, “porque é impossível que o sangue de touro e bodes tire pecados” (Hebreus 10.4). Pois então, como fica?

Para um Ser Eterno, o tempo é irrelevante, porque Ele conhece o fim desde o começo.^1 Se o próprio Deus bolou e decretou um procedimento provisório, foi porque Ele tinha uma solução permanente aguardando o momento certo. Aliás, isso é expressamente dito em 1 Pedro 1.18-21: “vocês foram redimidos... pelo precioso sangue de Cristo, como de um

(^1) O Jesus glorificado disse em Apocalipse 22.13, “Eu sou o Alfa e o Ômega, princípio e fim, o Primeiro e o Último”. Como poderia Ele saber que era o ‘fim’ e o ‘último’, se não já estivesse lá? Desconfio que tempo e espaço talvez existam somente no nosso sistema solar, sendo de relevância especial para o nosso planeta, por ser o domicílio do ser humano. Sem tempo e espaço é impossível medir o universo.

cordeiro sem mancha e sem defeito; deveras pre-conhecido antes da criação do mundo,^2 mas revelado nestes últimos tempos em favor de vocês.” O Cordeiro de Deus foi a solução permanente. Mas essa solução permanente não se prendia à Arca do Testemunho, com o seu propiciatório, que foi preparado por Moisés.^3

Repetidas vezes Deus insistiu junto a Moisés de cuidar de fazer tudo “segundo o modelo” que ele tinha recebido no monte (Êxodo 25.40). E por que insistiu Deus tanto? Porque o tabernáculo, com o seu equipamento, era uma “cópia e sombra das coisas celestiais” (Hebreus 8.5).^4 Isto parece significar que existe um ‘propiciatório’ no Céu! Bem, não é isso que Hebreus 9.11-12 nos leva a entender? “Cristo entrou, vez por todas, nos Santos Lugares verdadeiros, havendo obtido redenção eterna – Ele tinha vindo como Sumo Sacerdote das coisas boas que estão para vir, através do maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, e pelo Seu próprio sangue, não o de bodes e bezerros.” ‘Santos Lugares’ sendo plural, a frase certamente inclui o Lugar Mais Santo, que contém só uma peça de mobília, cujo componente principal é o propiciatório. Cristo entrou no Lugar Mais Santo celestial, na condição de Sumo Sacerdote eterno, levando Seu próprio sangue. E que fez Ele com esse sangue? Ele o aplicou ao propiciatório celestial, “havendo obtido redenção eterna”, e “para que os que são chamados possam receber a herança eterna prometida” (Hebreus 9.11).

Mas o assunto não está esgotado; tem mais. O sangue derramado do Cordeiro de Deus serviu também para outra coisa; serviu para purificar as coisas celestiais (Hebreus 9.23)! Mas como poderia qualquer coisa no Céu precisar de purificação? Bem, não é Satanás um contaminante, onde quer que vá? Jó 1.6 e 2.1 dizem claramente que Satanás se apresentou perante o SENHOR no Céu, junto com outros anjos de alta patente. Se entendo Apocalipse 12.7-12 corretamente, Satanás ainda tem acesso ao trono de Deus. [ler Fiel; ver notas em inglês]

Uma vez que Satanás é expulso do Céu, a purificação final será efetuada. Dentro do nosso cálculo de tempo, o Cordeiro já providenciou a propiciação, ao passo que a expulsão de Satanás ainda está no futuro. Mas para um Ser Eterno, o nosso cálculo de tempo é irrelevante. As coisas celestiais estão purificadas.

(^2) Isto me deixa estarrecido – o Texto declara que o Cordeiro, com sangue derramado, foi assim conhecido antes da criação da nossa raça e do nosso planeta; o que significa que o Criador sabia, antes de criar, o que iria acontecer e o terrível preço de redenção que Ele próprio teria de pagar, e mesmo assim ele o fez!!! (^3) De passagem, lembrar que a ‘caixa’ continha três itens: 1) as tábuas de pedra, 2) o vaso de ouro

contendo maná e 3) a vara de Aarão que floresceu – todos eram cobertos pela ‘tampa’, o propiciatório. Você já parou para pensar alguma vez sobre o que representavam aqueles três itens? Permitam-me sugerir uma possibilidade: 1) as tábuas de pedra representam a Revelação escrita de Deus dada à humanidade, com o propósito de orientar a nossa conduta; 2) o maná representa a provisão de Deus para as nossas necessidades físicas; 3) a vara de Aarão representa a autenticação que Deus deu a Seu plano de salvação, ou de redenção – a Sua provisão para a nossa necessidade espiritual. No fim, todos os três dependem da propiciação definitiva que o Cordeiro de Deus proporcionou. (^4) Apocalipse 15.5 fala “do santuário do Tabernáculo do Testemunho no Céu”.