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Uma análise abrangente do processo saúde-doença, explorando sua evolução histórica e as diferentes concepções que marcaram o percurso da medicina. Inicia-se com uma perspectiva religiosa, passando pelos paradigmas socioambientais e a teoria microbiana, até chegar à visão holística da saúde proposta pela organização mundial da saúde. O texto destaca a importância de compreender a saúde como um direito fundamental, resultado de fatores sociais, econômicos e ambientais, e não apenas a ausência de doença. Essa abordagem ampla do processo saúde-doença é fundamental para entender as complexas relações que envolvem o bem-estar físico, mental e social dos indivíduos e comunidades. O documento também discute a evolução dos modelos de atenção à saúde, enfatizando a relevância da prevenção, promoção e reabilitação, além da necessidade de uma abordagem interdisciplinar e intersetorial para enfrentar os desafios da saúde pública.
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Salvador - BA 2020
Olá
Sou Larissa Santana, fundadora do curso preparatório para residência em Psicologia.
Estou muito feliz em compartilhar esse material com você, para contribuir em seu aprendizado, preparação e aprovação em processos seletivos de Residência.
Sou psicóloga desde 2016, formada pela Universidade do Estado da Bahia- UNEB. Ao finalizar a graduação, busquei minha inserção no mercado de trabalho e, após um ano de formada, em 2017, iniciei uma pós-graduação em Neuropsicologia.
Nesse mesmo ano que comecei, foi lançado o edital da SESAB do processo seletivo de Residências Multiprofissionais em Saúde do Estado da Bahia. Entre os diversos programas do edital, um chamou bastante minha atenção “Residência Multiprofissional em Neurologia”. Nesse momento, eu fiz uma escolha muito importante, parei de trabalhar e tranquei a pós-graduação para me dedicar ao processo seletivo.
Mas como assim? Bom, eu só tinha seis meses para me preparar até o dia da prova e precisava dar conta dos conteúdos cobrados no edital. O programa que eu desejava só tinha duas vagas e eu sabia o quanto a residência era concorrida, então, eu precisava me dedicar aos estudos para ser aprovada.
Comecei minha preparação mapeando o edital, buscando provas anteriores da banca para me familiarizar com os conteúdos. Fazia resumos, fichamentos, mapas mentais, simulados e comentava as questões de provas anteriores.
Valeu o esforço? Com certeza! Consegui me classificar na primeira etapa da prova e na segunda etapa, provas de títulos, consegui minha aprovação. Na lista de convocados, lá estava meu nome, fui a segunda colocada. Foi muita emoção!
A residência foi a experiência mais incrível que já vivenciei em meu processo de formação. Não é só uma especialização, é uma capacitação profissional e um aprendizado de vida, sabe?
Em 01 de março de 2020 finalizei essa pós-graduação, recebendo o título de Especialista em Psicologia Hospitalar com ênfase em Neurologia.
Eu sempre digo: super recomendo a residência para tod@s @s psicólog@s! Mas sei que há dificuldades em se preparar e para investir em cursos preparatórios. Assim, desenvolvi esse projeto para contribuir para sua aprovação, para você, também, vivenciar essa experiência maravilhosa que é a residência.
METODOLOGIA
Esse módulo é a esquematização dos conteúdos mais cobrados de provas de Residência em Psicologia.
Seu método consiste em esquematizar as principais teorias e conceitos sobre a área da Psicologia Hospitalar.
A esquematização contribui para melhor compreensão dos conteúdos, uma vez que direciona o foco para os assuntos que realmente são cobrados, permitindo com isso, a otimização do tempo e qualidade dos estudos.
Além disso, o método da esquematização auxilia na melhor visualização e fixação dos assuntos, uma vez que esmiúça os conteúdos abordados, de modo que o leitor tem melhor aproveitamento e, consequentemente, melhor aprendizado.
Ao final desse módulo são apresentadas as referências dos materiais que foram esquematizados, a fim de possibilitar o acesso, caso você deseje fazer a leitura.
Espero que você desfrute desses benefícios propostos por essa metodologia de ensino- aprendizagem.
Aproveite!
Bons estudos!!!!
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fatores que permitem ao homem viver (alimento, água, ar, clima, habitação, trabalho, tecnologia, relações familiares e sociais) podem causar doenças.
Importante
Essa relação, (com os fatores que permitem ao homem viver) é demarcada pela forma de vida dos seres humanos, pelos determinantes biológicos, psicológicos e sociais.
Tal constatação nos remete à reflexão de que o processo saúde-doença-adoecimento ocorre de maneira desigual entre os indivíduos, as classes e os povos, recebendo influência direta do local que os seres ocupam na sociedade.
Canguilhem (apud BRÊTAS e GAMBA, 2006) considera que:
Para a saúde, é necessário partir da dimensão do ser, pois é nele que ocorrem as definições do normal ou patológico.
O considerado normal em um indivíduo pode não ser em outro; não há rigidez no processo.
Dessa maneira, podemos deduzir que o ser humano precisa conhecer-se, necessita saber avaliar as transformações sofridas por seu corpo e identificar os sinais expressos por ele.
Esse processo é viável apenas na perspectiva relacional, pois o normal e o patológico só podem ser apreciados em uma relação.
Importante
Para Gadamer (apud BRÊTAS e GAMBA, 2006), saúde e doença não são duas faces de uma mesma moeda.
De fato, se considerarmos um sistema de saúde, como, por exemplo, o SUS, é possível verificar que as ações voltadas para o diagnóstico e tratamento das doenças são apenas duas das suas atividades.
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Importante
Inclusão social, promoção de equidade ou de visibilidade e cidadania são consideradas ações de saúde.
O entendimento da saúde como um dispositivo social relativamente autônomo em relação à ideia de doença, e as repercussões que este novo entendimento traz para a vida social e para as práticas cotidianas em geral e dos serviços de saúde em particular, abre novas possibilidades na concepção do processo saúde e doença.
Na antiguidade , quando das religiões politeístas, acreditava-se que a saúde era dádiva e a doença castigo dos deuses, com o decorrer dos séculos e com o advento das religiões monoteístas a dádiva da saúde e o castigo da doença passou a ser da responsabilidade de um único Deus.
Importante
No entanto, 400 anos AC, Hipócrates desenvolve o tratado “Os Ares e os Lugares” onde relaciona os locais da moradia, a água para beber, os ventos, com a saúde e a doença.
Séculos mais tarde, as populações passam a viver em comunidade e a teoria miasmática toma lugar.
Tal teoria consiste:
Na crença de que a doença é transmitida pela inspiração de “gases” de animais e dejetos em decomposição (BUCK et al., 1988).
Tal teoria permanece até o século XIX; no entanto, “ao final do século XVIII, predominavam na Europa como forma de explicação para o adoecimento humano os paradigmas socioambientais, vinculados à concepção dinâmica, tendo se esboçado as primeiras evidências da determinação social do processo saúde-doença.
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Teoria Microbiana
Passa a ter, já nos fins do século XIX, algumas concepções que destacavam a multicausalidade das doenças ou que apontavam para os fatores de ordem socioeconômica, descritos por Hidden (1990).
Na atualidade, identifica-se o predomínio da multicausalidade, com ênfase nos condicionantes individuais.
Como alternativa para a sua superação, propõe-se a articulação das dimensões individual e coletiva do processo saúde-doença, que tudo tem a ver com a prática da Estratégia Saúde da Família.
Medicina preventiva:
A base conceitual do movimento da medicina preventiva foi sistematizada no livro de Leavell & Clark, “Medicina Preventiva” (1976), cuja primeira edição surge em 1958:
sobre a tríade ecológica que define o modelo de causalidade das doenças a partir das relações entre agente, hospedeiro e meio-ambiente.
Agente, do hospedeiro: afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar (pré-patogênese).
Passando pela resposta do homem ao estímulo , até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte (patogênese).
Conceito
“ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença”.
A prevenção apresenta-se em três fases:
Prevenção primária: é a realizada no período de pré-patogênese. O conceito de promoção da saúde aparece como um dos níveis da prevenção primária, definido como “medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima”.
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Um segundo nível da prevenção primária seria a proteção específica “contra agentes patológicos ou pelo estabelecimento de barreiras contra os agentes do meio ambiente”.
Prevenção secundária: a também se apresenta em dois níveis: o primeiro - diagnóstico e tratamento precoce e o segundo- limitação da invalidez.
Prevenção terciária: que diz respeito a ações de reabilitação.
Com o passar dos anos, as mudanças nas sociedades levaram à necessidade de uma ampliação do entendimento sobre saúde: é quando após a II Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU) cria a Organização Mundial de Saúde (OMS), composta por técnicos de vários países, com o objetivo de estudar e sugerir alternativas para melhorar a saúde mundial.
Importante
Entre 6 e 12 de setembro de 1978, a OMS e a Fundação das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) promoveram em Alma-Ata, ex-União Soviética, uma Conferência Internacional sobre cuidados primários de saúde.
Nesta conferência a OMS desenvolveu o conceito de saúde, sendo assim divulgado na carta de princípios de 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde), implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde , diz que:
Conceito de saúde:
“Saúde – estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente à ausência de doença ou enfermidade – é um direito fundamental, e que a consecução do mais alto nível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja realização requer a ação de muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor saúde” (OMS, 1976).
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Ou seja, deve-se considerar este bem e este direito como componente e exercício da cidadania, compreensão esta que é um referencial e um valor básico a serem assimiladas pelo poder público para o balizamento e orientação de sua conduta, decisões, estratégias e ações.
Pode-se dizer, em termos de sua determinação causal, que o processo saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Construir saber é compartilhar! Ah, por favor, vai na nossa página do instagram “@residencia_psicologia” e comenta sobre sua experiência com o nosso curso preparatório gratuito. Beijos da Lari ❤
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Vianna, Lucila Amaral Carneiro. Processo Saúde-Doença. UNA SUS UNIFESP, Acesso em: https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/1/modulo_politico_gestor/Unid ade_6.pdf
ALBUQUERQUE, C.M.S.; OLIVEIRA C.P.F. Saúde e doença: significações e perspectivas em mudança. Revista do ISP. 2002. Disponível em: http://www.ipv.pt/millenium/ Millenium25/25_27.htm.
BARROS, José Augusto C. Pensando o processo Saúde-Doença: a que responde o modelo biomédico? Saude soc. [online]. 2002, v. 11, n. 1, p. 67-84.
BRASIL Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. Distritos sanitários: concepção e organização o conceito de saúde e do processo saúde-doença. Brasília. Ministério da Saúde, 1986.