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Este documento discute os canais reversos de distribuição de produtos pós-consumo e pós-venda, a importância da competitividade na adoção desses canais reversos de logística, e o papel da logística na integração de todas as funções existentes dentro de uma empresa. Além disso, o texto aborda a filosofia dos sistemas jit e a importância da logística reversa na redução do ciclo de compra, na reutilização de produtos e materiais, e na economia de embalagens retornáveis.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Trabalho de Curso apresentado ao Curso de Administração de Empresas da Fundação de Ensino “Eurípides Soares da Rocha”, mantenedora do Centro Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Dr. LUIZ EDUARDO ZAMAI
Banca Examinadora da monografia apresentada ao Curso de Administração de Empresas do UNIVEM/F.E.E.S.R., para obtenção do Grau de Bacharel em Administração de Empresas..
Resultado:
ORIENTADOR: _____________________________ Prof. Dr. Luiz Eduardo Zamai
1º EXAMINADOR: __________________________
2º EXAMINADOR: __________________________
Marília, 18 de Dezembro de 2009.
(Fernando Pessoa)
SOUZA, Monise Martins; MEDEIROS FILHO, Ronaldo C.; RODRIGUES, Vinícius Goveia. O processo de logística reversa em empresas. 2009. 53 f. Trabalho de Curso (Bacharelado em Administração de Empresas) – Centro Universitário Eurípides de Marília, Fundação de Ensino “Eurípides Soares da Rocha”. Marília, 2009.
RESUMO
No presente trabalho buscou-se traçar algumas linhas acerca da aplicação da logística e da logística reversa nas empresa. Buscou-se analisar as vantagens e desvantagens da introdução destes sistemas na cadeia produtiva, passando pela análise dos métodos Just in Time e Supply Chain Management e sobre a possibilidade de efetivação destes métodos, segundo as características do empreendedor brasileiro. Analisou-se, ademais, os diversos canais de distribuição reversos dos produtos de pós-consumo e pós-venda e de que modo a competitividade impõe às empresas a adoção destes canais reversos de distribuição, sempre tendo como pano de fundo a teoria do desenvolvimento sustentável.
Palavras-chave : Logística, Logística reversa, Canais de Distribuição.
Não se nega o caráter competitivo no emprego da logística reversa, pois, em algumas hipóteses, embora o empreendedor não esteja obrigado a utilizá-lo, o faz para mostrar aos consumidores a sua conscientização ambiental, haja vista que a consciência ecológica cresce a cada dia, e os consumidores começam a dar preferência a este tipo de produção. Atua, portanto, a logística reversa, como fator de especialização da produção, diminuindo a poluição urbana e agregando valor ao produto, tornando-o competitivo diante dos demais bens comercializados, e neste trabalho analisar-se-á toda esta cadeia de distribuição, sempre tendo em vista a questão ambiental.
É claro aos olhos da sociedade que a empresa é constituída com o objetivo de conseguir o maior lucro possível, sempre tentando diminuir os custos de sua produção e alcançar o maior número de clientes. Desse modo, a empresa é inserida no bojo da sociedade e nunca deve se descuidar dos fatores externos a ela, como fatores econômicos, populacionais e ambientais. Tendo isto em mente, observa-se que a empresa se desenvolve e muda os paradigmas vetores de suas escolhas conforme a própria sociedade desenvolve, e segundo o que esta espera dela. Outro fator importantíssimo para a especialização do processo produtivo é o sincronismo existente nas funções empresariais. Assim, a função de aquisição de matérias- primas não pode estar dissociada da função de produção, que, por sua vez, não pode ser separada da função de venda do produto final. Assim, para que uma empresa possa se especializar e desenvolver seu produto da melhor forma possível, é necessário que se faça a utilização da logística, que consiste no planejamento e controle do fluxo de abastecimento e integração entre as funções existentes no interior da empresa, desde a chegada da matéria-prima no interior do estabelecimento até o escoamento da produção, chegando ao consumo pela sociedade. A logística, então,
...trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis adequados aos clientes a um custo razoável. (BALLOU, 1993). A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. (BALLOU, 2009).
Para um estudioso da logística é bastante claro que os consumidores quase nunca estão alocados próximos ao centro de produção dos materiais, e, sendo toda a atividade produtiva destinada a eles, é necessário um estudo para diminuir os custos do escoamento de produção.
Se hoje a logística é considerada imprescindível na cadeia de produção, importante é realizar uma análise de todo o seu desenvolvimento, segundo o desenvolvimento do processo industrial, pois no transcorrer da história é que a logística tomou força, e começou a desempenhar papel importante na atividade comercial e empresarial.
A logística, segundo Razzolini Filho (2008), existe desde os primórdios, posto que sempre houve, no interior da sociedade, a necessidade de gerir os materiais que seriam consumidos, de forma a nunca produzir menos do que o consumo necessita, e de forma a sempre disponibilizar as matérias no momento e lugares adequados. No entanto, é inegável, segundo este autor, que o seu desenvolvimento se deu na área militar. As primeiras Guerras, durante os períodos das civilizações antigas, duravam enorme período de tempo, e geralmente aconteciam em lugares distantes das cidades; assim, era necessário trabalho logístico para delimitar quais os recursos necessários para que a tropa sobrevivesse durante um determinado espaço de tempo, que era esboçado, também, segundo um estudo de logística. Não seria possível derrotar o adversário se o processo anterior à Guerra, que consistia num planejamento de recursos - tanto de alimentação, habitação como de armamentos, sempre com olhos para a expectativa de tempo - não fosse realizado de modo sério. Isto porque soldados mal alimentados e fracos, ou com poucos armamentos, seriam incapazes de afastar os concorrentes. Desse modo, diante da grande necessidade de elaborar os planos estratégicos de forma plena e quase que impecável, foi necessário o desenvolvimento de estudos que fossem capaz de suprir esta carência. Tal necessidade foi percebida com o passar dos séculos, sendo que somente com o fim da 1ª Guerra Mundial, ocorrida entre os anos de 1914 e 1918, e que mudou e barbarizou toda a Europa e Oriente Médio, foi que nasceu, de fato, as primeiras teorias sobre Logística Militar. Essas primeiras teorias não surgiram com o termo “Logística” ou mesmo “Logística Militar”, mas, durante esta época, reconhecia-se que a guerra necessitava de outros fatores que a sustentavam, e estas teorias estudavam justamente esses fatores.
Segundo Clausewitz:
Em nossos dias (século XIX) existe na guerra um grande número de atividades que lhe servem de sustentação: ainda que sejam diferentes da própria guerra. Todas tratam da manutenção das forças armadas e devem ser consideradas exclusivamente como uma preparação da guerra, muito próximas da ação, mas que devem ser excluídas da arte da guerra que se circunscreve a sua condução. (Carl Von Clausewitz)
Para Razzolini Filho (2008, p.21), “ O “pai” da Logística é o Coronel de Infantaria da Marinha dos Estados Unidos, George Cyrus Thorpe, que escreveu, em 1917, um livro intitulado: Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra.” Na área empresarial, a logística foi pouco aplicada até a década de 40, e isto porque, até então, a população era pouca e vivia dispersa, não constituindo um verdadeiro mercado consumidor que necessitasse de grandes consumos, ou que impulsionasse as empresas a investirem na sua produção. Convém mencionar, para esboçar o quão arcaico era o consumo nesse período, o desenvolvimento da atividade comercial, que era inexistente durante o período feudal e teve um leve crescimento após a Revolução burguesa do século XV. Durante este lapso, observava-se a desnecessidade de grandes estratégias de abastecimento, tendo em vista a pequena população – que era tão pequena quanto dispersa – como os poucos produtos consumíveis. Ademais disso, a indústria somente tomou força em meados da década de 20 e 30, sendo incipiente antes desse período. Assim, apenas na década de 40 é que começa a ser a logística preocupação para os empresários. Até a década de 40 a produção era iminentemente agrícola,
a preocupação central era com as questões relativas ao transporte para o escoamento da produção agrícola, pois a demanda existente, na maioria dos casos, ultrapassava a capacidade produtiva das empresas que se preocupavam unicamente em produzir nos maiores volumes possíveis. (Razzolini, 2008).
Com a década de 40, até a década de 60, aproximadamente, chega à sociedade o maior desenvolvimento industrial, marcado pela maior preocupação com a produção e com os lucros advindos de seu escoamento, e também pela necessidade de uma análise cuidadosa de todo o processo de produção.
Figura 1- Evolução da Logística Período Visão Organizacional Ênfase Foco Industrial Foco Logístico Até anos 40 Do campo ao mercado Economia Agrária Volume deProdução Transporte Anos 40 até anos 60 Especialização^
Desempenhos Funcionais Custo^ Inventário Anos 60 até anos 70 Integração Interna^
Integração das funções Serviço^ Distribuição Anos 70 até anos 80 Foco no cliente^ Busca por eficiência^ Lucratividade^ Produção Anos 80 até anos 90 Foco no mercado^
Integração da Logística Qualidade^
Compra/Venda/ Produção Anos 90 até final do século XX
Supply Chain Management
Logística como Diferencial Competitivo Tempo^
Processo Gerencial
Período Atual Supply ChainManagement
Logística como Diferencial Competitivo Tempo e Espaço
Flexibilidade / Agilidade Fonte: RAZZOLINI (2008. pág. 22)
Conclui-se da análise histórica, que, assim como as empresas, a logística é tão desenvolvida e levada a sério no planejamento de uma empresa quanto desenvolvida for uma sociedade, em termos de comércio e produção.
Expressão inglesa para denominar a gestão na cadeia de fornecimento, cuidando do fornecimento dos produtos para o mercado consumidor, tentando diminuir os estoques no interior das empresas, mas sem que isto cause problemas no fornecimento dos produtos necessários. Esta gestão é a que cuida especialmente da colocação pela empresa do produto no mercado de forma rápida, econômica e eficaz, de modo que o produto seja colocado à disposição do cliente no momento em que ele deseja e no local adequado, para garantir a sua satisfação. Embora o SCM seja um conceito ainda em evolução, sua importância é indiscutível por permitir que as organizações enxerguem a cadeia de valor genérica, de forma interdependente ou relacionada, pois o ocorrido numa das partes de um sistema afeta o custo ou a lucratividade de outra. Estes enlaces implicam a necessidade de uma correta coordenação
entre atividades, o qual, sendo atingido, é uma fonte de vantagens competitivas. (RAZZOLINI, 2008) Quando se analisa a evolução histórica da Logística, observa-se a gradativa preocupação com o ambiente externo em que a empresa está inserida. Iniciando-se o processo da evolução com uma preocupação quase que nula, chegando-se aos dias atuais, em que o ambiente externo é levado em consideração para que o processo produtivo seja o melhor possível. A partir desta concepção, preocupa-se com as funções integradas da empresa, mas também leva-se em consideração o todo comercial. Analisa-se os fornecedores e toda a questão do mercado consumidor. Para esta gestão, não basta a integração das funções no interior da empresa, é necessário a preocupação com fatores externos, assim
a administração dos canais de suprimentos é uma forma de gestão integrada do planejamento e controle do fluxo de mercadorias, informações e recursos, iniciando-se nos fornecedores e encerrando-se com o cliente final. (RAZZOLINI, 2008)
Para esta gestão, a empresa somente conseguirá alcançar seus objetivos, se atentar para o problema da oferta e procura, cuidando para que uma nunca se sobreponha a outra de forma a prejudicar o processo produtivo e consumo.
Para este método de gerenciamento da manufatura a preocupação primordial é com a questão tempo e perfeição do produto final. Nenhuma matéria-prima é adquirida pela empresa e nenhum produto é posto à disposição do cliente senão na hora exata de sua necessidade. De outra ponta, preocupa-se com a perfeição técnica, sendo que os produtos são produzidos de modo a não apresentarem defeitos, ou, se o defeito acontecer, que a troca por um produto substituto seja feita da forma mais rápida. Percebe-se disto que, o sistema Just in Time está intimamente ligado à Logística, por ser esta preocupada com a questão de escoamento da produção de forma impecável, tentando sempre reduzir os custos na produção e traduzir ao máximo o aperfeiçoamento produtivo. Ocorre que a filosofia dos sistemas JIT exige da logística a entrega de pequenas quantidades de matérias-primas, produtos em processo ou produtos acabados numa freqüência maior, o mais próximo possível do momento exato da sua necessidade. (RAZZOLINI, 2007)