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este trabalho, visa abordar sobre o planejamento escolar, e refletindo na sua execução.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Pascoal da Graça Marcelo Arapane O Planeamento Escolar. Academia Militar “Marechal Samora Machel” Nampula, Maio de 2025
Pascoal da Graça Marcelo Arapane O Planeamento Escolar. Trabalho científico a ser submetido para avaliação ao Departamento de Extensão e Pós-graduação, curso de licenciatura em Psicopedagogia, 2º ano, orientado pelo docente: MA. Isac Chauque. Academia Militar “Marechal Samora Machel” Nampula, Maio de 2025
Introdução O planeamento escolar é uma prática essencial no contexto educacional, pois organiza e orienta o processo de ensino e aprendizagem, garantindo coerência entre os objetivos pedagógicos e as estratégias adotadas no cotidiano escolar. No âmbito da psicopedagogia, compreender a importância do planeamento escolar torna-se ainda mais relevante, já que ele permite uma intervenção mais eficaz diante das dificuldades de aprendizagem, contribuindo para um ambiente educativo mais inclusivo e adaptado às necessidades dos alunos. A ausência de um planejamento estruturado é um problema recorrente em muitas instituições de ensino, o que pode resultar em falhas na condução do processo educativo, na descontinuidade de conteúdos e na dificuldade de atender às diferenças individuais dos alunos. Diante desse cenário, torna-se necessário refletir sobre os elementos que compõem um planejamento eficiente e sua aplicação prática na escola, no ensino e nas aulas. Objetivos Geral : ➢ Analisar a importância do planeamento escolar no contexto educacional, considerando seus diferentes níveis (plano da escola, plano de ensino e plano de aula) e sua contribuição para a organização e eficácia do processo pedagógico. Específicos : ➢ Identificar os principais requisitos para a construção de um planeamento escolar eficaz; ➢ Compreender a função de cada tipo de plano dentro da estrutura pedagógica; ➢ Refletir sobre o papel do psicopedagogo na construção e acompanhamento do planejamento escolar.
Capítulo I: Planeamento Escolar Falar de planeamento não diz respeito apenas à educação, é algo presente em praticamente todas as áreas da vida. Basta pensar na construção de uma casa: se for feita sem qualquer tipo de planeamento, os problemas logo aparecem. Pode faltar dinheiro no meio da obra, os espaços podem ficar mal divididos, e muita coisa pode sair diferente do que se esperava. O mesmo acontece na escola. Sem um bom planeamento, o trabalho pedagógico se perde, os objetivos deixam de ser claros e a aprendizagem dos alunos pode ser comprometida. Planejar é, antes de tudo, pensar com antecedência no que se quer alcançar e como chegar lá, de forma organizada e consciente. Dai que, realizar o planeamento não só é prever as atividades que se pretende realizar, mas também organiza las, de forma logica e sistemática, para que se consiga atingir os objectivos almejados e estudar a sua importância permite nos compreender melhor na actuação dentro do campo da psicopedagogia. Importância do planeamento escolar De acordo com Bule (2025), “O planeamento escolar é o processo de tomada de decisões em relação aos aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos, no âmbito da escola. Realizado de maneira a propiciar a participação coletiva e democrática de todos os segmentos (professores, servidores e alunos), está voltado à melhoria da qualidade do ensino” (p.52). Para o autor, a importância reside no facto de que no planeamento escolar deve-se exprimir os anseios, desejos, isto é, cumprir com os objectivos que a escola busca, além disso, deve exprimir a busca de uma nova direção e de um novo sentido, mediatizado por forças internas e externas, deve servir também de reflexão para compreender a escola que temos e o que devemos ter para alcançar a escola que queremos. Para Pilleti (2004), “planear é estudar”, e sua importância reside na reflexão sobre as decisões que devemos tomar para alcançar os nossos objectivos. O planeamento em qualquer área ou assunto que seja, deve ser feito para responder as questões que segundo Pilleti (2004) precisamos responder ao fazer-mos um plano, sendo elas: o que pretendemos alcançar? Em quanto tempo? Como? Quais são os recursos? Como verificar se meu objectivo foi alcançado? (Pilleti, 2004).
2. Exigências dos planos e programas oficias: De acordo o disposto nº 1 do artigo 88 da Constituição da República de Moçambique, “…. a educação constitui direito e dever de cada cidadão”. Libâneo (1990) frisa que os governos devem garantir a educação de seus cidadãos, prover recursos humanos matérias afins que o sistema educacional funcione de forma qualitativa. Embora pareça um sonho a citação do autor para a realidade nossa, importante referir que os planos devem estar alinhados com o Sistema Nacional de Educação. O cumprimento dos programas oficiais é um dos requisitos a considerar no planeamento, sendo da responsabilidade do governo elaborá-lo e das escolas fazer cumprir através do plano da escola, planos analíticos ou de aulas, desse modo, as directrizes gerais estabelecidas pelos órgãos governamentais se alinham as necessidades do povo. 3. Condições prévias para a aprendizagem A elaboração do plano da escola de acordo com o autor, deve se refletir sobre as condições prévias para a aprendizagem, é importante que este plano valorize os conhecimentos prévios que os alunos possuem como pré-requisitos para a introdução de cada matéria (Libâneo, 1990). 4. Princípios e condições de transmissão/assimilação ativa Este requisito diz respeito as habilidades e técnicas que o professor deve possuir e utilizar no processo da aula afim de, conduzir uma aula onde a assimilação da matéria seja ativa por parte dos alunos. Dai que, Libâneo (1990) julga necessário que as actividades do professor e dos alunos sejam previamente anunciadas no plano de ensino, pois, pode servir como meio de autoavaliação do docente, afim de se verificar se esse plano se efectivará em uma aprendizagem significativa ou não. Portanto, cumprir com esses requisitos é um passo largo para um planeamento escolar eficaz, capaz de atender não só os programas oficiais, mas também, as necessidades da comunidade escolar, permitindo assim que a escola assuma o seu papel para com a sociedade e a comunidade escolar promovendo inclusão e um ambiente escolar participativo cujo os objectivos espelham-se nas exigências da realidade dos alunos, da escola e da sociedade no geral.
Capítulo II: Tipos de plano Compreender alguns tipos de plano usados no processo educativo, permite aos profissionais de educação uma boa actuação na sua área, em particular aos psicopedagogos, esses planos servem de guia para compreender as dinâmicas e dificuldades que se apresentam no processo de ensino e aprendizagem. A seguir apresenta-se os tipos de plano usado no campo educacional. Plano da Escola O plano da escola é um documento funcional redigido pela escola, afim de expressar os seus objectivos a longo prazo, para que todos estejam alinhados na mesma direcção. Para Haydt (201 0 ) o plano da escola “é o processo de tomada de decisão quanto aos objetivos a serem atingidos e a previsão das ações, tanto pedagógicas como administrativas que devem ser executadas por toda a equipe escolar, para o bom funcionamento da escola.” (p.71). Para o autor, este plano deve ser participativo, devendo incluir todos os traços que fazem parte da escola (professores, alunos, pais e/ou encarregados de educação, líderes comunitários, etc.). Para Bule (2025), Ao realizar o processo de planeamento geral de suas actividades, cada escola segue um esquema de acção, mas, em geral, as etapas são as seguintes:
Plano de aula O plano de aula é a previsão de todas atividades do professor e seus alunos, a decorrer durante o período lectivo de uma aula. No entender de Araújo (s.d) o plano de aula é, “a previsão do desenvolvimento do conteúdo para aula ou conjunto de aulas, tendo em conta um carácter bastante específico em termos do tema (conteúdo), métodos e técnicas de ensino, objectivos, meios, isto é, das condições concretas em que se realizará o ensino-aprendizagem” (p.90). Fonseca & Fonseca (2016) reforçam essa ideia dizendo que o plano de aula é a especificação e operacionalização das actividades do professor, de forma a concretizar os planos a longo e médio prazo. Haydt entende que ao planejar uma aula o professor: “— prevê os objetivos imediatos a serem alcançados (conhecimentos, habilidades, atitudes); — especifica os itens e subitens do conteúdo que serão trabalhados durante a aula; — define os procedimentos de ensino e organiza as atividades de aprendizagem de seus alunos (individuais e em grupo); — indica os recursos (cartazes, mapas, jornais, livros, objetos variados) que vão ser usados durante a aula para despertar o interesse, facilitar a compreensão e estimular a participação dos alunos; — estabelece como será feita a avaliação das atividades.” (Haydt, 201 0 , p.75). O autor reforça ainda, que a planificação deve ser redigida em um documento, que o professor deve considerar as características de seus alunos e os conhecimentos prévios que trazem. Embora o professor tenha capacidades cognitivas de elaborar o plano mentalmente, Haydt (201 0 ) frisa que deve anotar em um documento, caso não, corre o risco de falha da sua memoria, o que levaria ao esquecimento das previsões dos passos metodológicos e a improvisação dentro da sala de aula. Portanto, a planificação das aulas em um aspecto importante, e deve trazer as aspirações pessoais do professor, se por ventura o professor tiver que usar um plano elaborado por outro professor para leccionar, ele deve adapta-lo e não copiá-lo pois o plano de aula exprime a personalidade do professor diante de seus alunos.
Metodologia A presente pesquisa caracteriza-se como qualitativa, descritiva e de natureza bibliográfica. A abordagem qualitativa permite compreender fenômenos a partir da perspectiva dos sujeitos envolvidos, valorizando a interpretação dos significados e contextos sociais (Minayo, 2001). Esse tipo de pesquisa é especialmente útil quando se busca aprofundar a compreensão de práticas, experiências ou processos educacionais, sem recorrer à quantificação de dados. Do ponto de vista do seu objetivo, a pesquisa é descritiva, uma vez que procura observar, registrar e analisar fenômenos sem manipulá-los, buscando descrever suas características, relações e implicações (Gil, 2008). Assim, o estudo visa apresentar uma análise sistemática sobre o tema em questão, contribuindo para o entendimento mais amplo de suas dimensões e implicações no campo educacional. Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, baseada na análise de obras, artigos científicos, documentos oficiais e outras fontes secundárias. De acordo com Lakatos e Marconi (2010), a pesquisa bibliográfica é fundamental para fundamentar teoricamente um estudo, permitindo ao pesquisador explorar diferentes visões, conceitos e abordagens sobre o objeto de investigação. Dessa forma, a metodologia adotada proporciona uma base sólida para a construção do conhecimento, permitindo refletir criticamente sobre o tema à luz de autores relevantes da área.
Referências Araújo, Estevão Alculete L.. (s.d). Didáctica Geral. Beira: Universidade Católica de Moçambique- CED. Bule, Eugénio Luís. (2025). Módulo de Didáctica Geral (ensino à distância). Nampula: DEPG- Academia Militar Marechal Samora Machel. Fonseca, João José Saraiva & Fonseca, Sónia. (2016). Didática Geral. Sobral: INTA Gil, Antônio Carlos. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6ª ed.). São Paulo, SP: Atlas. Haydt, Regina Célia Cazaux. (2010). Curso de didática geral. São Paulo: Ática. Lakatos, Eva Maria, & Marconi, Marina de Andrade. (2010). Fundamentos de metodologia científica (7ª ed.). São Paulo, SP: Atlas. Libâneo, José Carlos. (1990). Didática. São Paulo: Cortez Editora. Minayo, Maria Cecília de Souza. (2001). Pesquisa social: Teoria, método e criatividade (19ª ed.). Petrópolis, RJ: Vozes. Pilleti, Claudino. (2004). DIDÁTICA GERAL (23ª ed.). São Paulo: Ática.