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O papel do pâncreas na regulação da glicose sanguínea, Resumos de Fisiologia

Este documento aborda o papel fundamental do pâncreas na regulação da glicose sanguínea, através da produção dos hormônios insulina e glucagon pelas células beta e alfa das ilhotas de langerhans, respectivamente. Ele detalha os mecanismos de ação desses hormônios, como a insulina promove a captação de glicose pelas células e a formação de reservas de glicogênio e gordura, enquanto o glucagon estimula a liberação de glicose pelo fígado. Também são discutidas as implicações da deficiência de insulina no diabetes mellitus. O documento fornece uma compreensão abrangente do papel crucial do pâncreas no equilíbrio glicêmico, essencial para a manutenção da homeostase metabólica.

Tipologia: Resumos

2020

Compartilhado em 25/08/2024

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renata-reis-marques 🇧🇷

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HORMÔNIOS
INSULINA E GLUCAGON
O pâncreas é dividido em duas partes: a função exócrina que produz muitas
enzimas digestivas que quebram os alimentos, e hormônios a função endócrina
que regulam a glicose no sangue.
Os animais adquirem nutrientes essenciais como carboidratos, lipídios e
proteínas por meio de sua dieta, mas não consomem alimentos continuamente,
embora suas células necessitem de um fornecimento constante desses nutrientes.
O corpo deve gerenciar eficazmente o armazenamento, a mobilização e a
conversão desses nutrientes para atender às diversas demandas dos diferentes
tecidos. Os hormônios, especialmente a insulina e o glucagon, são cruciais na
regulação do metabolismo dos nutrientes, apoiados por influências hormonais
adicionais.
Esses dois hormônios são sintetizados por&células&que formam as chamadas
ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Lagerhans. Em cada ilhota é possível perceber
a presença de células alfa e beta. As células alfa secretam glucagon, enquanto as
células beta secretam insulina. Após sintetizados, os hormônios são lançados
diretamente na corrente sanguínea.
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HORMÔNIOS

INSULINA E GLUCAGON

 O pâncreas é dividido em duas partes: a função exócrina que produz muitas enzimas digestivas que quebram os alimentos, e hormônios a função endócrina que regulam a glicose no sangue.  Os animais adquirem nutrientes essenciais como carboidratos, lipídios e proteínas por meio de sua dieta, mas não consomem alimentos continuamente, embora suas células necessitem de um fornecimento constante desses nutrientes. O corpo deve gerenciar eficazmente o armazenamento, a mobilização e a conversão desses nutrientes para atender às diversas demandas dos diferentes tecidos. Os hormônios, especialmente a insulina e o glucagon, são cruciais na regulação do metabolismo dos nutrientes, apoiados por influências hormonais adicionais.  Esses dois hormônios são sintetizados por células que formam as chamadas ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Lagerhans. Em cada ilhota é possível perceber a presença de células alfa e beta. As células alfa secretam glucagon, enquanto as células beta secretam insulina. Após sintetizados, os hormônios são lançados diretamente na corrente sanguínea.

REGULACAO HORMONAL DO METABOLISMO ENERGETICO

Os ajustes feitos minuto a minuto que mantêm a concentração de glicose sanguínea em cerca de 4,5 mM envolvem as ações combinadas da insulina, do glucagon, da adrenalina e do cortisol sobre os processos metabólicos em muitos tecidos corporais, mas especialmente no fígado, no músculo e no tecido adiposo. A insulina sinaliza para esses tecidos que a glicose sanguínea está mais alta do que o necessário; como resultado, as células captam o excesso de glicose do sangue e o convertem em glicogênio e triacilgliceróis para armazenamento. O glucagon sinaliza que a glicose sanguínea está muito baixa, e os tecidos respondem produzindo glicose pela degradação do glicogênio, pela gliconeogênese (no fígado) e pela oxidação de gorduras para reduzir o uso da glicose. Hiperglicemia: Quando esses níveis de açúcar são maiores que 126 mg/dL. Hipoglicemia: é caracterizada por um nível anormalmente baixo de glicose no sangue, geralmente abaixo de 70 mg/dl.

A insulina é uma proteína pequena (Mr 5.800) com duas cadeias polipeptídicas, A e B, unidas por duas ligações dissulfeto. Ela é sintetizada no pâncreas como um precursor inativo de uma só cadeia, a pré-pró-insulina (Figura 23-4), com uma “sequência sinalizadora” aminoterminal que direciona sua passagem para as vesículas de secreção. (As sequências sinalizadoras são apresentadas no Capítulo 27; ver a Figura 27-38.) A

remoção proteolítica da sequência sinalizadora e a formação de três ligações dissulfeto produzem a pró-insulina, que é armazenada em grânulos secretores (vesículas envoltas por membrana, repletas da proteína sintetizada no retículo endoplasmático) nas células b pancreáticas. Quando a glicose sanguínea estiver suficientemente elevada para desencadear a secreção da insulina, a pró-insulina é convertida em insulina ativa por proteases específicas, que hidrolisam duas ligações peptídicas e formam a molécula de insulina madura e o peptídeo C, que são liberados por exocitose no sangue. MECANISMO DE AÇÃO  A insulina se liga ao receptor na membrana das células-alvo.  A ligação na subunidade do receptor causa mudança conformacional e ativa a tirocinase da subunidade, que se autofosforila.  A tirocinase fosforila proteínas ou enzimas envolvidas nas ações fisiológicas.  O complexo insulina-receptor é endocitado pela célula-alvo e a insulina faz feedback negativo em seu próprio receptor.

As células b pancreáticas secretam insulina em resposta A ALTERAÇÕES NA GLICOSE SANGUÍNEA Quando a glicose entra na corrente sanguínea a partir do intestino após uma refeição rica em carboidratos, a quantidade aumentada de glicose no sangue provoca um aumento na secreção de insulina (e uma redução na secreção do glucagon) pelo pâncreas. A liberação de insulina é regulada basicamente pelo nível de glicose no sangue que irriga o pâncreas. Os hormônios peptídicos insulina, glucagon e somatostatina são produzidos por agrupamentos de células pancreáticas especializadas, as ilhotas de Langerhans (Figura 23-26). Cada tipo celular das ilhotas produz um único hormônio: as células a produzem glucagon; as células b, insulina; as células d,

somatostatina. Conforme mostrado na Figura 23-27, quando a glicose sanguínea aumenta, ➊ os transportadores GLUT2 carregam a glicose para dentro das células b, onde é ime diatamente convertida em glicose-6-fosfato pela hexocinase IV (glicocinase) e entra na glicólise. Com a taxa de catabolismo da glicose mais alta, ➋ a [ATP] aumenta, causando o fechamento dos canais de K1 controlados por ATP na membrana plasmática. ➌ O efluxo reduzido de K1 despolariza a membrana. (Lembre, da Seção 12.6, que a saída deste íon por um canal de K1 aberto hiperpolariza a membrana; por essa razão, o fechamento do canal despolariza a membrana.) A despolarização abre canais de Ca21 controlados por voltagem, e ➍ o aumento resultante na [Ca21] citosólica desencadeia ➎ a liberação da insulina por exocitose. O cérebro integra o suprimento e a demanda de energia, e os sinais dos sistemas nervosos parassimpático e simpático também afetam (estimulam e inibem, respectivamente) a liberação da insulina. Um circuito simples de retroalimentação limita a liberação do hormônio: a insulina reduz a glicose sanguínea estimulando sua captação pelos tecidos; a redução na glicose sanguínea é detectada pelas células b pelo fluxo diminuído na reação da hexocinase; isto reduz ou interrompe a liberação da insulina. Essa regulação por retroalimentação mantém a concentração da glicose sanguínea praticamente constante apesar da grande variação na captação dietética.

FISIOPATOLOGIA DA INSULINA

O principal distúrbio que envolve a insulina é o diabetes mellitus. Na forma do diabetes mellitus (tipo I), ocorre secreção inadequada de insulina; na outra forma (tipo II), existe resistência à insulina nos tecidos-alvo.  O tipo I de diabetes mellitus está associado a perda da massa de células pancreáticas beta, que causa diminuição de produção e secreção da insulina (i. e., deficiência de insulina absoluta). É causado pela destruição das células β, frequentemente, como resultado de processo autoimune (produção de anticorpos contra as células beta).  O tipo II de diabetes mellitus, por outro lado, está associado a receptores de insulina defeituosos (i. e., deficiência de insulina relativa). É, frequentemente, associado à obesidade. O diabetes mellitus tipo II é causado pela regulação para baixo da própria insulina aos seus receptores nos tecidos-alvo e resistência à insulina.  Qualquer que seja a causa, a deficiência de insulina resulta em hiperglicemia (altos níveis de glicose sanguínea), glicosúria (perda de excesso de glicose na urina, que ocorre quando os níveis de glicose sanguínea excedem o limiar renal para glicose) e capacidade reduzida de sintetizar lipídeo e proteína, que são degradados para suprir de energia as células que são deficientes em glicose.  Além disso, partículas de gordura mobilizadas que não podem ser rapidamente metabolizadas acumulam-se no sangue como corpos cetônicos. Estes são excretados na urina, mas também podem interferir na função hepática. Esses distúrbios no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas também produzem grande número de complicações em vários órgãos (p. ex., catarata e doenças cardiovasculares). GLUCAGON  O glucagon é um hormônio peptídico secretado pelas células alfa das ilhotas pancreáticas.  Os principais estímulos para a sua liberação são níveis baixos de glicose no sangue, estimulação simpática das células alfa e altos níveis de aminoácidos no sangue.  O seu principal efeito é aumentar a produção de glicose e sua liberação no sangue.  Como resultado do aumento dos níveis de glicose no sangue, diz-se que o glucagon tem um efeito hiperglicêmico, exatamente o oposto ao efeito hipoglicêmico da insulina.  Estimula as células do fígado a quebrarem o glicogênio em um processo denominado glicogenólise, liberando a glicose resultante no sangue.  Exerce efeitos opostos aos da insulina no que diz respeito às gorduras.  Ele inibe a síntese de triacilglicerol (lipídeo) e estimula a hidrólise dos triacilgliceróis em ácidos graxos e glicerol nas células adiposas, com esses produtos sendo liberados no sangue.

 Além disso, o glucagon estimula a gliconeogênese hepática. Na gliconeogênese, novas moléculas de glicose são formadas a partir de moléculas que não são carboidratos, principalmente aminoácidos e glicerol.  Na maioria dos aspectos, o glucagon produz efeitos contrários ao da insulina. Assim, enquanto a insulina é o hormônio da “abundância”, o glucagon é o hormônio da “fome”. Ao contrário da insulina, que promove o armazenamento de combustíveis metabólicos, o glucagon promove sua mobilização e utilização. ESTRUTURA E SINTESE DO GLUCAGON  O glucagon é um polipeptídeo de cadeia linear simples com 29 aminoácidos.  Como acontece com outros hormônios peptídicos, o glucagon é sintetizado como pré e pró-glucagon e depois é armazenado em vesículas secretoras que são liberadas quando as células α pancreáticas são estimuladas. MECANISMO DE AÇÃO:  O mecanismo de ação do glucagon sobre as células-alvo começa com o hormônio se ligando a receptor da membrana celular, acoplado a adenililato ciclase por uma proteína Gs.  Há aumento de AMPc (segundo mensageiro), que ativa proteinocinases que fosforilam várias enzimas; as enzimas fosforiladas, então, medeiam as ações fisiológicas do glucagon.  A cascata de atividade enzimática resulta na ativação/inibição de enzimas reguladoras.  Como o hormônio da fome, o glucagon promove a mobilização e a utilização dos nutrientes armazenados, para manter a glicemia em jejum. As principais ações do glucagon são no fígado (em contraste com a insulina, que age sobre o fígado, tecido adiposo e tecido muscular). O glucagon tem os seguintes efeitos sobre os níveis sanguíneos:  Aumenta a concentração de glicose no sangue: o glucagon aumenta a concentração de glicose no sangue, por meio das seguintes ações coordenadas:  Estimula a glicogenólise e, simultaneamente, inibe a formação de glicogênio, a partir da glicose;  Aumenta a gliconeogênese, desviando substratos para a formação de glicose. Os aminoácidos são utilizados para a gliconeogênese, e os grupos amino resultantes são incorporados à ureia.  Aumenta a concentração de ácidos graxos e dos cetoácidos no sangue: o glucagon aumenta a lipólise e inibe a síntese dos ácidos graxos, o que também desvia substratos para a gliconeogênese. Os cetoácidos são produzidos a partir dos ácidos graxos. AÇÕES DO GLUCAGON: O glucagon tem como principais ações:  Inativar a enzima glicogênio sintase no fígado

REFERÊNCIAS

NELSON, David L;Cox, Michael M.; Lehninger-Princípios de Bioquímica, 4 ed. São Paulo: Savier, 2006. EFEITO Metabólicos da Insulina e do Glucagon. Studocu, 2017. Disponível em: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-nilton-lins/bioquimica-celular-e- metabolica/efeitos-metabolicos-da-insulina-e-do-glucagon/11798524?origin=search- results AMARANTE, Leticia. Fisiologia endócrina. Studocu, 2021. Disponível em: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-itauna/fisiologia-humana/ fisiologia-endocrina-parte-3/ PÂNCREAS ENDÓCRINO: INSULINA | SÍNTESE E SECREÇÃO DE INSULINA | MK Fisiologia. Realização de Mirian Kurauti. 2022. (15 min.), P&B