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Trata-se de uma análise introdutória do Nordeste Açucareiro do Brasil Colonial (Pontos mais importantes, processos de formação e como esse ciclo se encerrou).
Tipologia: Resumos
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Na década de 1530, a introdução da cana-de-açúcar (uma especiaria que veio originalmente da Índia e foi implantada nas ilhas do Atlântico) e o início de uma indústria açucareira tinham começado a transformar o Brasil, especialmente o litoral nordeste, numa colônia de assentamento (permitiu a fixação dos portugueses no Brasil) na qual os engenhos, por sua própria natureza e por suas populações social e “racialmente” sedimentadas, determinavam boa parte da estrutura da colônia e sua sociedade. Grandes cidades foram fundadas como portos e centros administrativos para o comércio açucareiro.
O açúcar no Brasil holandês A conquista dos holandeses no litoral nordestino desequilibrou a indústria açucareira na região (por exemplo, os holandeses e os britânicos levaram mudas de cana-de-açúcar para Barbados e entorno, gerando concorrência para o Brasil). Vários engenhos foram destruídos, fechados ou abandonados. A Companhia das Índias Ocidentais voltara-se para o Nordeste brasileiro em virtude da atraente economia açucareira e ficou ressentida com os espanhóis e suas restrições. Dessa forma, o Brasil tornou-se um interessante alvo militar e econômico. A CIO buscou adquirir uma atividade lucrativa, tentando a atividade açucareira e o tráfico de escravos. “Os holandeses nunca aprenderam realmente a administrar os engenhos por conta própria, mantendo-se dependentes dos portugueses mais bem especializados”; A CIO holandesa procurou estimular a recuperação da indústria através de uma política de créditos e empréstimos para a aquisição de equipamentos e escravos. A situação política se agrava em 1644 com revoltas de portugueses endividados com a CIO, provocando ainda mais destruição. Os holandeses acabaram sendo forçados a abandonar as capitanias. Na segunda metade do século XVII, a economia açucareira brasileira enfrentava 3 concorrentes (eficientes, com maior concentração e controle de escravos e com o uso de fertilizantes) que aumentavam a oferta de açúcar (levando à queda dos preços) no mercado do Atlântico e criavam novas demandas de trabalho escravo (que ficavam mais caros). O problema do Brasil não era a produção, mas sim as condições políticas e econômicas internacionais e seus efeitos nas políticas fiscais de Portugal (e aumento de impostos sobre o açúcar para financiar guerras). Além disso, a natureza não ajudava. A partir disso, tudo desanda. A economia começa a deslocar-se para o setor mineral, embora o açúcar tenha mantido sua importância regional. O comércio açucareiro brasileiro O açúcar brasileiro abriu o comércio português, quebrando a barreira do sistema comercial estatal que se desenvolveu no século XVI em torno do comércio de especiarias provenientes do oceano Índico; Os riscos eram altos, mas a principal característica do comércio açucareiro brasileiro era seu caráter privado; Com a partida da primeira frota em 1650, chegava ao fim a época do comércio açucareiro privado e da predominância da caravela. O papel dos comerciantes de açúcar provavelmente foi crucial para o financiamento dos primeiros estágios da indústria, se pudermos tomar como referência os padrões posteriores. A disponibilidade de crédito de comerciantes para produtores foi um elemento essencial do desenvolvimento inicial da indústria. A arte de fazer açúcar no Brasil Cultivo, moagem, cozimento, depuração e embalagem, cada etapa com suas exigências específicas em matéria de emprego da mão de obra. Um “amplo teatro da engenhosidade humana com máquinas maravilhosas que requerem muita arte e muita despesa”; A longa duração da safra conferia ao Brasil considerável vantagem sobre os concorrentes caribenhos, cuja temporada de colheita durava em média apenas 120-180 dias. Os escravos podiam ser utilizados quase continuamente em alguma etapa da produção de açúcar.
irmandades caritativas e outras instituições religiosas as principais fontes de dinheiro emprestado a 6,25%, muitas vezes de longo prazo. Os retornos de capital dos plantadores não parecem ter sido tão extraordinariamente altos quanto em certas estimativas modernas. Uma parte considerável dos gastos era a mão de obra, área na qual os plantadores de açúcar procuram cortar gastos. Boa parte dos ganhos iniciais da indústria podem ter assumido a forma de criação de capital (até porque havia captura de indígenas e terras), à medida que o valor dos bens se elevava mais rapidamente que a renda, o que parece dar a entender um alto nível de poupança. Esses elementos estão relacionados à falta de capital nas primeiras etapas da indústria, o que contribuiu para padrões de organização e prática no Brasil. As colheitas de subsistência, a criação de gado, a guerra contra os povos nativos e sua captura e o desmatamento da Floresta Atlântica foram em certa medida resultado das necessidades da economia açucareira do Nordeste. Os engenhos foram ao mesmo tempo geradores e espelhos da sociedade brasileira durante a grande época açucareira.