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O Modernismo no Brasil – 2ª fase, Provas de Poesia

A seca nordestina foi uma das temáticas regionais de autores da “Geração de 1930”. Características da segunda fase do modernismo. Na prosa: •. Nacionalismo,.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pernambuco
Pernambuco 🇧🇷

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Material de apoio + Atividades
3º Anos A, B, C, D
Período: Matutino
O Modernismo no
Brasil 2ª fase
Representa o segundo momento do
movimento modernista no Brasil que se
estende de 1930 a 1945. Chamada de
Geração de 30”, essa fase foi marcada
pela consolidação dos ideais modernistas,
apresentados na Semana de 1922.
A publicação Alguma Poesia (1930) de
Carlos Drummond de Andrade marcou o
início da intensa produção literária poética
desse período. Na prosa, temos a
publicação do romance regionalista A
Bagaceira (1928) do escritor José Américo
de Almeida.
Contexto histórico
A segunda fase do modernismo no Brasil
surgiu num contexto conturbado. Após a
crise de 1929 em Nova York, (depressão
econômica) muitos países estavam
mergulhados numa crise econômica, social e
política. Isso fez surgir diversos governos
totalitários e ditatoriais na Europa, os
quais levariam ao início da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945).
Além do aumento do desemprego, a
falência de fábricas, a fome e miséria, no
Brasil a Revolução de 30 representou um
golpe de estado. O presidente da República
Washington Luís foi deposto, impedindo
assim, a posse do presidente eleito Júlio
Prestes.
Foi o início da Era Vargas e o fim das
Oligarquias de Minas Gerais e São Paulo,
denominado de "política do café com leite".
Com a chegada de Getúlio ao poder, a
ditadura no país também se aproximava
com o Estado Novo (1937-1945).
Objetivos:
A literatura quase sempre privilegia
o romance quando quer retratar a
realidade, analisando ou denunciando-a. Na
prosa, foi evidente o interesse por temas
nacionais, uma linguagem mais brasileira,
com um enfoque mais direto dos fatos
marcados pelo Realismo Naturalismo do
século XIX. O romance focou o
regionalismo, principalmente o nordestino,
onde problemas como a seca, a migração, os
problemas do trabalhador rural, a miséria e
a ignorância foram ressaltados. Além do
regionalismo, destacaram-se também
Língua Portuguesa
Profa. Mestra Edna Lima
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Material de apoio + Atividades 3º Anos A, B, C, D – Período: Matutino

O Modernismo no

Brasil – 2ª fase

Representa o segundo momento do

movimento modernista no Brasil que se

estende de 1930 a 1945. Chamada de

Geração de 30 ”, essa fase foi marcada

pela consolidação dos ideais modernistas,

apresentados na Semana de 1922.

A publicação Alguma Poesia (1930) de

Carlos Drummond de Andrade marcou o

início da intensa produção literária poética

desse período. Na prosa, temos a

publicação do romance regionalista A

Bagaceira (1928) do escritor José Américo

de Almeida.

Contexto histórico

A segunda fase do modernismo no Brasil

surgiu num contexto conturbado. Após a

crise de 1929 em Nova York, (depressão

econômica) muitos países estavam

mergulhados numa crise econômica, social e

política. Isso fez surgir diversos governos

totalitários e ditatoriais na Europa, os

quais levariam ao início da Segunda Guerra

Mundial (1939-1945).

Além do aumento do desemprego, a falência de fábricas, a fome e miséria, no Brasil a Revolução de 30 representou um golpe de estado. O presidente da República Washington Luís foi deposto, impedindo assim, a posse do presidente eleito Júlio Prestes. Foi o início da Era Vargas e o fim das Oligarquias de Minas Gerais e São Paulo, denominado de "política do café com leite". Com a chegada de Getúlio ao poder, a ditadura no país também se aproximava com o Estado Novo (1937-1945).

Objetivos: A literatura quase sempre privilegia o romance quando quer retratar a realidade, analisando ou denunciando-a. Na prosa, foi evidente o interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira, com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo – Naturalismo do século XIX. O romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os problemas do trabalhador rural, a miséria e a ignorância foram ressaltados. Além do regionalismo, destacaram-se também

Língua Portuguesa

Profa. Mestra Edna Lima

outras temáticas, surgiu o romance urbano

e psicológico, o romance poético-metafísico

e a narrativa surrealista.

A poesia da 2ª fase modernista

percorreu um caminho de amadurecimento.

No aspecto formal, o verso livre foi o

melhor recurso para exprimir sensibilidade

do novo tempo. Caracterizou-se como uma

poesia de questionamento: da existência

humana, do sentimento de “estar-no-

mundo”, inquietação social, religiosa,

filosófica e amorosa.

Vale destacar que a

chamada segunda geração do

modernismo (1930- 1945 ) não necessita

mais da agressividade colocada na primeira

geração que era um momento de renovação

da literatura. A primeira geração já tinha

alcançado o seu intuito (renovar a língua,

descontruir a forma da poesia etc). Por

isso, para os escritores da segunda

geração, não havia mais a necessidade de

ruptura com escolas literárias do passado.

Inclusive, alguns escritores dessa fase,

retomam temas/formas das escolas

anteriores (simbolismo). É o caso, por

exemplo de Cecília Meireles e Vinícius de

Moraes.

O romance de 1930 faz uma

retomada do regionalismo romântico;

porém, a partir de uma perspectiva

realista, e não mais idealizadora.

Nesse neorrealismo , além de rejeitar a

idealização romântica, os autores também

deixaram de lado a impessoalidade

realista do século XIX. Os romances

desse período resultaram de

um engajamento político ; portanto,

trazem a visão pessoal do autor ou autora sobre a realidade brasileira.

A seca nordestina foi uma das temáticas regionais de autores da “Geração de 1930”.

Características da segunda fase do modernismo Na prosa:  Nacionalismo, universalismo e regionalismo;  Influência da psicanálise de Freud;  Temática cotidiana e linguagem coloquial;  Uso de versos livres e brancos;  Neorrealismo – caráter documental da paisagem, costumes, falas e tipos populares;  Marxismo – a arte só tem valor se for engajada ou participativa: denunciar a opressão política, a desigualdade e atraso sociais, a crise econômica;  Neorregionalismo – sem o pitoresco e exótico do Romantismo; foco no Nordeste;

Na poesia:  Poesia surrealista, espiritualista, católica, neossimbolista: exceto Drummond;

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Leia o poema abaixo para responder as questões 4, 5 e 6

Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:

  • Em que espelho ficou perdida a minha face? Cecília Meireles

**Questão 4 Sobre o que diz o eu lírico nesse poema? Comente.





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**Questão 5 Comumente a poetisa retomava temas e formas do Simbolismo. Quais características simbolistas aparecem nele?









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Questão 6 Aprendemos que em um texto pode aparecer mais de uma Função da Linguagem na construção textual. Esse poema, ademais da Função Poética, que consiste no uso criativa das palavras e elaboração estética, qual a outra Função da Linguagem inerente nele? Justifique.

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Questão 7 ( (ENEM) No romance Vidas Secas , de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena:

Não se conformou: devia haver engano. (…) Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria?

O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2003.)

No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence à variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho: a) “Não se conformou: devia haver engano.” b) “e Fabiano perdeu os estribos.” c) “Passar a vida inteira assim no toco.” d) “entregando o que era dele de mão beijada!” e) “Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou.”

Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos

  • exclamações, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Rio de Janeiro: Record, 2003.)

Questão 8 Que Tipologia Textual predominou no fragmento textual acima? Justifique.





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Bom trabalho! Qualquer dúvida, entre em contato comigo. Terei muito gosto em ajudá-lo (a).