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Uma Relação Inesperada no Lugar de Trabalho, Notas de estudo de Direito

Este texto descreve a evolução de uma relação inesperada e complexa entre uma secretária e seu chefe, bennet ryan, na empresa ryan media group. A história começa com a secretária, mills, refletindo sobre os maus tratos que recebeu de homens desagradáveis em seus últimos anos, incluindo namoros ruins no ensino médio e na faculdade. Ela se encontra com bennet ryan, que agora está de volta na empresa após a morte de seu pai, o fundador. A relação entre eles começa a se tornar mais física e complexa, com bennet ryan exibindo um comportamento dominante e mills se sentindo atraída por ele, apesar de sua posição subordinada. O texto descreve vários encontros íntimos entre eles, incluindo um incidente em que bennet ryan atraí-la para o gabinete dele e a força a se submeter a ele. A história termina com mills deixando bennet ryan desnudo na sala de conferências e correndo para o elevador, deixando-o lá.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gisele
Gisele 🇧🇷

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O meu pai costumava dizer que a melhor forma de apren-
der uma profissão é passar todos os segundos a ver alguém
exercê-la.
«Para chegares ao topo, tens de começar por baixo», disse-me
ele. «Torna-te a pessoa sem a qual o CEO não consegue viver. Sê o
seu braço-direito. Aprende tudo sobre o seu mundo, e ele contrata-
-te mal termines o curso.»
Tornei-me indispensável. E tornei-me sem dúvida o braço-
-direito. Acontece que, neste caso, eu era o braço-direito que tinha
quase sempre vontade de esbofetear o raio da cara.
O meu chefe, o senhor Bennet Ryan, um cretino irresistível.
Eu sentia um aperto no estômago de pensar nele: alto,
bonito e totalmente perverso. Era o idiota mais arrogante e mais
convencido que eu jamais conhecera. Ouvia as outras mulheres do
escritório cochicharem sobre as suas escapadelas e ficava a pensar se
tudo o que era preciso era um palminho de cara.
Mas o meu pai também dizia: «Apercebes-te cedo na vida de
que a beleza é superficial, enquanto o que é feio vai até ao osso.»
Eu tivera a minha dose de homens desagradáveis nos últimos anos,
namorara com alguns no liceu e na faculdade. Mas este bateu tudo.
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O

meu pai costumava dizer que a melhor forma de apren- der uma profissão é passar todos os segundos a ver alguém exercê-la. «Para chegares ao topo, tens de começar por baixo», disse-me ele. «Torna-te a pessoa sem a qual o CEO não consegue viver. Sê o seu braço-direito. Aprende tudo sobre o seu mundo, e ele contrata- -te mal termines o curso.» Tornei-me indispensável. E tornei-me sem dúvida o braço- -direito. Acontece que, neste caso, eu era o braço-direito que tinha quase sempre vontade de esbofetear o raio da cara. O meu chefe, o senhor Bennet Ryan, um cretino irresistível. Eu sentia um aperto no estômago só de pensar nele: alto, bonito e totalmente perverso. Era o idiota mais arrogante e mais convencido que eu jamais conhecera. Ouvia as outras mulheres do escritório cochicharem sobre as suas escapadelas e ficava a pensar se tudo o que era preciso era um palminho de cara. Mas o meu pai também dizia: «Apercebes-te cedo na vida de que a beleza é superficial, enquanto o que é feio vai até ao osso.» Eu tivera a minha dose de homens desagradáveis nos últimos anos, namorara com alguns no liceu e na faculdade. Mas este bateu tudo.

CHRISTINA LAUREN

  • Olá, menina Mills! – O senhor Ryan ficou de pé à entrada do meu gabinete, que servia de antecâmara do dele. Tinha a voz melada, mas de uma doçura estranha… como mel congelado que começa a rachar. Depois de ter entornado água no meu telemóvel, deixado cair os brincos no caixote do lixo, terem batido na traseira do meu car- ro na autoestrada e esperado pela chegada da polícia para nos dizer o que ambos sabíamos – que a culpa era do outro tipo –, o que eu menos precisava era de um senhor Ryan de mau humor. Infelizmente para mim, esse era o seu único tipo de humor.
  • Bom dia, senhor Ryan – retorqui como de costume, espe- rando que ele me respondesse com o seu aceno seco habitual. Mas quando tentei passar por ele murmurou:
  • De certeza? Não será boa tarde, menina Mills? Que horas são no seu pequeno mundo? Parei e fixei-me no seu olhar gelado. Era uns bons vinte centí- metros mais alto do que eu, e antes de trabalhar para ele nunca me tinha sentido tão baixa. Havia seis anos que eu trabalhava na Ryan Media Group. Mas desde que ele voltara para o negócio da família, havia nove meses, comecei a usar saltos quase da altura dos que se veem no circo só para poder olhá-lo ao nível dos olhos. Mesmo assim, continuava a ter de inclinar a minha cabeça a fim de olhar para cima, o que claramente lhe dava uma certa satisfação, que ficava patente nos seus olhos cor de avelã.
  • Tive uma manhã um pouco desastrosa. Não voltará a aconte- cer – disse eu, aliviada por a minha voz ter saído firme. Nunca antes chegara atrasada, nem uma só vez, mas ele tinha de fazer uma cena logo no primeiro dia em que isso sucedia. Consegui passar por ele, guardar a minha carteira e o casaco no armário e ligar o computa- dor. Tentei agir como se ele não estivesse perto da porta, a observar cada movimento que eu fazia.
  • «Manhã desastrosa» é uma boa descrição para o que tive de passar na sua ausência. Falei com Alex Schaffer pessoalmente para atenuar o facto de ele não ter recebido os contratos assinados na altura combinada: nove da manhã, horas da Costa Leste. Tive

CHRISTINA LAUREN

Schaffer, Colton e Beaumont na minha secretária até às cinco. De- pois, às seis, vai compensar a hora perdida esta manhã com uma simulação para mim de apresentação da conta da Papadakis, na sala de conferências. Para gerir essa conta, terá de me provar que sabe que raio está a fazer. Os meus olhos arregalaram-se enquanto o via a afastar-se e a bater com a porta do seu gabinete. Ele sabia muito bem que eu estava numa fase inicial do projeto, que seria também a tese do meu mestrado.Teria meses para concluir os meus slides depois de os con- tratos terem sido assinados… o que ainda não acontecera – ainda nem estavam completamente delineados. Agora, com tudo o resto que eu tinha para fazer, queria que eu preparasse uma simulação de apresentação em… olhei para o relógio. Fantástico, sete horas e meia, se saltasse o almoço. Abri o ficheiro Papadakis e comecei a trabalhar.

Enquanto todos saíam para almoçar, fiquei colada à secretária com o meu café e um pacote de frutos secos que comprei na má- quina de venda automática. Normalmente, trazia comida de casa ou saía para almoçar com outros estagiários, mas hoje o tempo não corria a meu favor. Ouvi a porta do escritório abrir-se e olhei para cima, a sorrir, enquanto a Sara Dillon entrava. Sara estava no mes- mo programa de estágio para mestrado da Ryan Media Group que eu, mas trabalhava na área da contabilidade.

  • Pronta para almoçar? – perguntou.
  • Não vou poder ir. Está a ser um dia infernal. – Olhei para ela como se pedisse desculpa, e ela fez um sorriso malicioso.
  • Dia infernal, ou chefe infernal? – sentou-se na ponta da mi- nha secretária. – Ouvi dizer que estava muito agitado esta manhã. Respondi com um olhar afirmativo. Sara não trabalhava com ele, mas sabia tudo sobre Bennett Ryan. Como filho mais novo do fundador da empresa, Elliot Ryan, e conhecido por ferver em pouca água, era uma lenda viva no edifício.
  • Mesmo que existissem duas de mim, não seria capaz de ter- minar tudo a tempo.

CRETINO IRRESISTÍVEL

  • Tens a certeza de que não queres que te traga alguma coi- sa? – Os seus olhos moveram-se na direção do escritório dele. – Um assassino contratado? Um pouco de água benta? Ri-me.
  • Estou bem. Sara sorriu e saiu do escritório. Acabara de beber o meu café quando me inclinei e notei que tinha uma malha nas meias.
  • Ainda para mais – comecei a dizer quando ouvi a Sara vol- tar –, rasguei estas. Afinal, se fores a algum sítio que venda chocolate, traz-me uns vinte quilos para poder mais tarde afogar as minhas mágoas. Olhei para cima e vi que não era a Sara quem estava ali de pé. Corei e puxei a saia para baixo.
  • Peço desculpa, senhor Ryan, eu…
  • Menina Mills, uma vez que tem tempo de comentar ques- tões de lingerie com as outras secretárias, além de preparar a apre- sentação Papadakis, preciso que vá até ao gabinete do Willis e traga as análises de mercado e segmentação da Beaumont – disse. Ajeitou a gravata, a olhar para o seu reflexo na minha janela. – Acha que consegue dar conta do recado? Ele acabara de me chamar «secretária»? Claro que fazia parte do meu estágio realizar com alguma frequência tarefas de assisten- te, mas ele sabia perfeitamente que eu trabalhara naquela empresa durante vários anos antes de receber uma bolsa da JT Miller para a Universidade Northwestern. Faltavam-me quatro meses para ter o meu diploma na área de gestão de empresas. ter o meu diploma e sair daqui de uma vez por todas , pensei. Olhei para cima, para encontrar os seus olhos incendiados.
  • Posso perguntar à Sam se ela…
  • Não era uma sugestão – interrompeu-me – Quero que vá buscá-las. Fitou-me por instantes, com o queixo cerrado, antes de dar meia volta e entrar no seu gabinete, batendo a porta com brus- quidão. Mas afinal qual era a dele? Era mesmo preciso andar a bater portas como um adolescente? Peguei no meu blazer , que estava nas

CRETINO IRRESISTÍVEL

chão ao teto e proporcionavam uma vista maravilhosa da cidade de Chicago, a partir do décimo oitavo piso. Lá fora, o céu escurecia e os arranha-céus pintavam o horizonte com as suas janelas ilumina- das. No centro da sala encontrava-se uma mesa de madeira enorme e pesada, e a olhar para mim, a partir da cabeceira da mesa, estava o senhor Ryan. Sentara-se ali, com o casaco do fato pendurado nas costas da cadeira, a gravata desapertada, as mangas da camisa branca arregaça- das até aos cotovelos, o queixo apoiado na ponta dos dedos. Os seus olhos pareciam furar os meus, mas não disse nada.

  • Peço desculpa, senhor Ryan – disse eu, com a voz a tremer devido à falta de fôlego que ainda sentia. – O trabalho de impressão demorou… – parei. Desculpas não serviriam de nada. Além disso, não o deixaria culpar-me de uma coisa sobre a qual eu não tinha qualquer controlo. Ele que se lixasse. Com a minha coragem reen- contrada, levantei o queixo e aproximei-me dele. Sem o encarar, arrumei os meus papéis e pus uma cópia da apresentação na mesa.
  • Posso começar? Não respondeu, observando a minha ousadia com um olhar penetrante. Tudo seria bem mais fácil se ele não fosse tão atraente. Em vez de falar, fez um gesto em direção aos papéis que estavam à sua frente, indicando-me que continuasse. Aclarei a voz e iniciei a apresentação. Enquanto eu avançava nos diferentes aspetos da proposta, ele ficou em silêncio, a olhar fixamente para a sua cópia. Porque estava tão calmo? Com as suas birras, eu sabia lidar. Mas aquele silêncio estranho? Era perturbante. Estava inclinada sobre a mesa, a apontar para um conjunto de gráficos quando aconteceu.
  • O calendário deles para a primeira fase é um pouco ambi… – Parei a meio da frase, com a respiração presa na garganta. A sua mão pressionou ligeiramente a parte de baixo das minhas costas antes de deslizar mais para baixo, parando na curva do meu rabo. Nos nove meses que trabalháramos juntos ele nunca me tocara intencional- mente.

CHRISTINA LAUREN

Mas aquilo fora seguramente intencional. O calor da sua mão queimava através da minha saia e na mi- nha pele. Os músculos do meu corpo ficaram tensos e senti que as minhas entranhas se liquidificavam. Mas que raio estava ele a fazer? O meu cérebro gritou para que eu tirasse a sua mão dali e lhe dis- sesse que nunca mais voltasse a tocar-me, mas o meu corpo tinha outras ideias. Os meus mamilos endureceram e respondi cerrando os dentes. Mamilos traidores. Enquanto o meu coração batia forte no peito, passou pelo me- nos meio minuto, e nenhum disse nada quando a mão dele desceu até à minha coxa, acariciando-a. A nossa respiração e o barulho abafado da cidade lá em baixo eram os únicos sons no ar calmo da sala de conferências.

  • Vire-se, menina Mills. – A sua voz calma quebrou o silêncio e eu endireitei as costas, sempre a olhar em frente. Voltei-me de- vagar, ao mesmo tempo que a mão dele deslizava pelo meu corpo até à anca. Podia sentir a forma como a sua mão se estendia desde a ponta dos dedos na parte mais baixa das minhas costas até onde o seu polegar tocava a pele suave da minha anca. Olhei para baixo, para ver os seus olhos, que me fitavam intensamente. Podia ver o seu peito subir e descer, cada respiração mais pro- funda do que a anterior. Um músculo contraiu-se no seu queixo definido e o seu polegar começou a mover-se, a deslizar devagar de um lado para o outro, sem que os seus olhos se desviassem dos meus. Estava à espera que eu o travasse; tive muito tempo para o afastar, ou simplesmente dar meia volta e sair. Mas eu tinha dema- siadas sensações para resolver antes de reagir. Jamais me sentira assim e nunca esperei sentir-me assim em relação a ele. Quis esbofeteá-lo, e depois puxá-lo pela camisa e lamber-lhe o pescoço.
  • Em que está a pensar? – sussurrou, com um olhar de gozo e ao mesmo tempo ansioso.
  • Estou a tentar descobrir. Com os olhos ainda presos aos meus, começou a deslizar a mão. Os seus dedos percorreram a minha coxa até à bainha da saia. Levantou-a para descobrir com a ponta dos dedos a fita do

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sabiam tão bem quanto deixavam adivinhar: firmes e suaves. Nunca fora beijada por alguém que conhecia claramente cada ângulo e re- canto e movimento provocante capaz de me levar à loucura quase completa. Mordi o seu lábio inferior enquanto as minhas mãos se di- rigiam rapidamente para a parte de cima das suas calças, pronta a livrar o seu cinto das presilhas.

  • É bom que esteja preparado para terminar o que começou. Soltou um som zangado que vinha do fundo da garganta e agarrou na minha blusa, rasgando-a e fazendo com que os botões prateados se espalhassem pela mesa de conferências. Depois, per- correu as minhas costas e os meus seios com as mãos, puxando os meus mamilos duros com os polegares, e mantendo o tempo todo o olhar sombrio fixo na minha expressão. As suas mãos eram gran- des e tão ásperas que quase me magoava, mas, em vez de recuar ou afastá-lo, puxei-lhe a palma das mãos, querendo mais e com mais força. Ele rosnou enquanto me apertava ainda mais com os dedos. Ocorreu-me que poderia ficar muito dorida e, por um momento doentio, desejei ficar. Queria guardar uma forma de recordar aquela sensação de ter a certeza absoluta do que o meu corpo desejava, completamente solta. Inclinou-se o suficiente para me morder o ombro e sussurrou:
  • Gosta de provocar. Incapaz de me aproximar o suficiente, apressei-me a desaper- tar-lhe o fecho e puxei-lhe as calças e os boxers até ao chão. Em seguida, apertei com força o seu pénis, que senti pulsar na palma da minha mão. A forma como soprou o meu apelido – «Mills» – deve ter-me provocado um ataque de fúria, mas eu só sentia uma coisa: um desejo puro, completo. Puxou-me a saia até à cintura e empurrou- -me para trás, sobre a mesa de conferências. Antes que eu pudesse pronunciar uma palavra, segurou os meus tornozelos, agarrou no próprio pénis e deu um passo para a frente, penetrando-me pro- fundamente.

CRETINO IRRESISTÍVEL

Não fiquei sequer horrorizada com o forte gemido que soltei – era melhor do que tudo.

  • O que é isso? – sussurrou entre os dentes cerrados enquanto as suas ancas batiam nas minhas coxas, num movimento que o levava até bem fundo.
  • Nunca a foderam assim antes, pois não? Não seria tão pro- vocadora se tivesse sido fodida como deve ser. Quem pensava ele que era? E por que raio me excitava tanto o facto de ele estar certo? Nunca fizera sexo noutro sítio que não uma cama e nunca me sentira assim.
  • Já tive melhor – provoquei. Ele riu-se. Um riso de gozo abafado.
  • Olhe para mim.
  • Não. Saiu de dentro de mim no momento em que eu estava prestes a vir-me. No início, pensei que ia mesmo deixar-me assim, até que me agarrou pelos braços e me puxou para fora da mesa, com a lín- gua e os lábios colados aos meus.
  • Olhe para mim – repetiu. Por fim, sem o ter dentro de mim, consegui fazer o que me pedia. Pestanejou uma vez, calmamente, com as pestanas longas e escuras a roçarem nas maçãs do rosto, e disse:
  • Peça-me que a faça vir-se. O seu tom de voz estava estranho. Era quase uma pergunta, mas as palavras eram como ele: todas retorcidas. Eu queria que ele me fizesse vir. Mais do que tudo. Mas estava muito enganado se pensava que lhe pediria o que quer que fosse. Baixei a voz e fitei-o.
  • É um imbecil, senhor Ryan. O seu sorriso mostrou-me que conseguira de mim o que queria. Tive vontade de lhe dar uma joelhada mesmo no meio das pernas, mas se o fizesse não me daria o que eu realmente queria.
  • Peça por favor, menina Mills.
  • Por favor , vá-se foder.

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Ele estendeu a mão, movendo a ponta dos dedos no meu clíto- ris com a pressão perfeita, o ritmo perfeito. Conseguia sentir o seu sorriso encostado à minha nuca e, quando abriu a boca e pressio- nou os dentes na minha pele, vim-me. Um calor espalhou-se pela minha coluna, à volta das minhas ancas e entre as minhas pernas, levando-me de volta para ele. As minhas mãos bateram na jane- la, enquanto todo o meu corpo tremia devido ao orgasmo que me percorria e me deixava sem fôlego. Quando as coisas finalmente acalmaram, saiu de mim e virou-me, curvando a cabeça para me chupar o pescoço, o rosto, o lábio superior.

  • Agradeça – murmurou. Enfiei as mãos no seu cabelo e puxei-o com força, na esperan- ça de obter uma reação, para saber se ele estava bem ou a alucinar. O que estamos a fazer? Gemeu, inclinando-se para as minhas mãos. Beijou-me o pes- coço de cima a baixo, enquanto pressionava a sua ereção na minha barriga.
  • Agora é a sua vez de me fazer sentir bem. Soltei uma mão, agarrei no seu pénis e comecei a masturbá-lo. Era comprido, pesado e perfeito para a palma da minha mão. Quis dizer-lho, mas nem morta o deixaria perceber como era bom. Em vez disso, desviei-me dos seus lábios e olhei para ele de forma pro- vocante.
  • Vou fazê-lo vir-se tão intensamente que se vai esquecer de que é o maior imbecil à face da Terra – disse eu, em voz baixa e por entre os dentes, escorregando pelo vidro antes de enfiar todo o seu pénis na minha boca e até o encostar à garganta. Ele ficou tenso e gemeu profundamente. Olhei para cima e vi que tinha a testa e as mãos apoiadas no vidro, os olhos cerrados. Parecia vulnerável e ficava fantástico naquele abandono. Mas ele não estava vulnerável. Era o maior parvalhão do planeta e eu estava de joelhos à sua frente. Nem pensar. Por isso, em vez de lhe dar o que ele queria, levantei-me, desci a saia e olhei-o nos olhos. Agora era mais fácil, sem ele me tocar ou me fazer sentir coisas que não devia.

CHRISTINA LAUREN

Passaram-se segundos sem que um de nós desviasse o olhar.

  • Mas que raio pensa que está a fazer? – rosnou. – Ponha-se de joelhos e abra a boca.
  • Nem pensar. Ajeitei a blusa e saí a rezar para que as minhas pernas trémulas não me traíssem. Peguei na minha carteira, que se encontrava em cima da se- cretária, e cobri-me com o meu blazer , tentando desesperadamente abotoá-lo com os dedos também trémulos. O senhor Ryan ainda não saíra da sala de conferências e eu corri para o elevador, a pedir a Deus que chegasse antes de ter de voltar a encará-lo. Não consegui sequer pensar no que acontecera antes de sair daquele lugar. Deixara-o foder-me, dar-me o melhor orgasmo da minha vida, e depois largara-o com as calças pelos tornozelos na sala de conferências da empresa, com o pior caso de dor por absti- nência que um tipo podia ter. Se esta fosse a vida de outra pessoa qualquer, estaria a felicitá-la com o maior entusiasmo. Mas infeliz- mente não era. Merda. As portas do elevador abriram-se e eu entrei, carreguei rapida- mente no botão e fiquei a ver cada piso passar. Assim que cheguei ao rés do chão, corri pelo hall. Ouvi o segurança dizer qualquer coisa sobre trabalhar até tarde, mas limitei-me a acenar e continuei apressada. A cada passo, a dor entre as minhas pernas fazia-me lembrar os acontecimentos da última hora. Quando cheguei ao carro, destran- quei-o com o comando, abri a porta e deixei-me cair na segurança dos estofos de pele. Olhei-me no espelho retrovisor. Mas que raio era aquilo?