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Guias e Dicas
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O instinto Linguístico de Steven Pinker, Manuais, Projetos, Pesquisas de Psicologia

Livro sobre psicologia e o estudo da linguagem.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 01/06/2020

fabio-drneles
fabio-drneles 🇧🇷

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LEANDRO GORSKI
A LINGUAGEM COMO INSTINTO PARA STEVEN PINKER
CURITIBA
2007
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LEANDRO GORSKI

A LINGUAGEM COMO INSTINTO PARA STEVEN PINKER

CURITIBA

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Agradecimentos Ao Prof. Bortolo Valle , pela aposta, dedicação e incentivo. Ao Prof. Cleverson Leite Bastos , pela forte gestão de conhecimento. Aos companheiros de montanha, Cleverson , Edmílson , Kleber e Daniel , pelo aprendizado informal e tantas risadas. Ao amigo Felipe (Sadol) Millani , pelas trocas intelectuais. E principalmente a minha esposa Elaine , pela paciência, compreensão e amor. O meu sincero agradecimento e gratidão.

Alguns cognitivistas descreveram a linguagem como uma faculdade psicológica, um órgão mental, um sistema neural ou um módulo computacional. Mas prefiro o simples e banal termo “instinto”. Ele transmite a idéia de que as pessoas sabem falar mais ou menos da mesma maneira que as aranhas sabem tecer teias.

Steven Pinker

ABSTRACT

The language became philosophy’s main concern in the XX century, existing different types of approach such as, hermeneutics, phenomenology, analytic philosophy, structuralism among others. Another way to study it is by the relation with biological structures, and the researches in the fields of “mind theory”: neuroscience, behavioral genetics and evolutionist psychology. Among many others authors that work with this conception, one name is detached Steven Pinker. Among his many works, “ The Blank Slate” (2004) and “How the Mind Works” (2004), detaches “The Language Instinct” (2002), where the author defends the theory in favor of the development of the language as a evolutional adaptation, exhibiting a profound link between that what is called mind and the brain. To Steven Pinker language is not a cultural artifact which we learn in the way that we learn to tell the hours or how the government works. On the contrary, it is clearly a tool of the biological structure of our brain. The language is a complex and specialized ability, that develops in a child without conscious effort or formal instruction, revealing itself without the knowledge of its internal logic, which is qualitatively the same in every individual. For this reasons, cognovits described language as a psychological tool, a mental organ, a neural system or a computer module. Pinker prefers to use the term “instinct”. It gives the idea that people know more or less to speak in the same way that spiders know how to produce a web. The spiders know how to make produce a web not because a genius spider invented it or because they learned the process. They do because they have a spider brain, what drives and enable them to produce it. Think about language as an instinct changes the common sense, specially how it is seen in human and social sciences. To Pinker language isn’t a cultural invention, as walking stand isn’t. Pinker’s work was profoundly influenced by Noam Chomsky, one of the first linguistics to reveal the complexity of the system and maybe the biggest responsible for the modern revolution in cognitive science and in language science. But Chomsky is a bit skeptic about the possibility that natural selection can explain the origins of the language organ that he proposes. Pinker affirms that if the human eye is a product of adaptation – which means, it is a functional tool, that developed by the means of natural selection -, so the human mind, in essence, also is. Pinker uses this “Darwinism” expanding Chomsky’s theory in an adaptationist territory. It is clear in this work that the author defends the existence of a bound between that what is called “instincts” and “mind” once his book try to reflects about the way that the “mind” creates language. In this text we tried to reflect about the reality of the language structured in the notion of “instinct” as presented by Steven Pinker.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

A presente dissertação busca analisar como o neurolingüista canadense Steven Pinker estabelece as bases biológicas para a linguagem. O autor propõe a linguagem como um instinto, o qual é produzido pela evolução, mais precisamente pela seleção natural. Analisando a linguagem a partir desta perspectiva, veremos que a linguagem é produzida pela mente, e a mente é produzida pelo cérebro. A obra que será utilizada como referência é O instinto da Linguagem de Steven Pinker, produzido originalmente em 1998, e a primeira tradução em 2002. Além desta obra, serão utilizados outros textos, principalmente da psicologia evolutiva, apoiando a idéia do autor sobre o tema. O problema da pesquisa em questão reside em que tal posição defendida pelo autor se opõe às posições clássicas denominadas culturalistas, fundamentadas nos três principais dogmas da filosofia moderna, que seriam o dogma da tábula rasa, o dogma do bom selvagem e o dogma do fantasma na máquina. Na obra que servirá como base para o nosso trabalho o autor focaliza o tema da linguagem, mas em sua obra mais recente, publicada em 2004, intitulada de Tábula Rasa – A negação contemporânea da natureza humana, o autor trabalha diferentes temas vinculados a aspectos biológicos, buscando estabelecer uma nova forma de interpretação dos processos comportamentais humanos baseado na teoria sintética da evolução, que seria a teoria da seleção natural do naturalista inglês Charles Darwin unida aos enunciados e descobertas da genética feitos por diversos pesquisadores. A relevância desta abordagem estará fundamentada no aporte do início da década de 1980, principalmente na contribuição de Edward O. Wilson com a teoria da sociobiologia exposta em seu livro Sociobiologia: A nova síntese , lançado em 1975. Sociobiologia seria um ramo da biologia que estuda o comportamento social dos animais, usando conceitos da etologia, evolução, sociologia e genética de populações. Essa disciplina científica propõe que comportamentos e sentimentos animais, também existente nos seres humanos,

como o altruísmo e a agressividade, por exemplo, são em parte derivados da genética, e não são apenas culturais ou socialmente adquiridos. Esse tipo de afirmação causou grande controvérsia no cenário intelectual, e ainda hoje divide os pesquisadores. Entretanto, boa parte das críticas são interpretações errôneas da teoria, muito confundida com o darwinismo social. Além da contribuição de Wilson, os temas desenvolvidos por Richard Dawkins sobre a evolução e a genética também são de grande relevância. Dawkins é conhecido principalmente pela sua visão evolucionista centrada no gene, exposta em seu livro O Gene Egoísta , publicado em 1976. O livro introduz o termo “meme”, o que ajudou na criação da memética (o estudo formal dos memes). Em 1982, ele realizou uma grande contribuição à ciência da evolução com a teoria, apresentada em seu livro O Fenótipo Estendido , de que o efeito fenotípico não se limita ao corpo de um organismo, mas sim de que o efeito influência no ambiente em que vive este organismo. Desde então escreveu outros livros sobre evolução e apareceu em vários programas de televisão e rádio para falar de temas como biologia evolutiva, criacionismo e religião. Posteriormente, no início dos anos 1990, um novo campo de pesquisa é formado, denominado de psicologia evolutiva que visa desvendar os comportamentos e funcionamento da mente humana alicerçados nas ciências biológicas e suas descobertas. A psicologia evolutiva é influenciada de forma significativa pelos textos de Wilson e Dawkins. Atualmente, o autor Steven Pinker é um dos poentes desse campo. O que pretendemos com esse trabalho é demonstrar que o fundamento último da linguagem é de caráter genético-evolutivo. No primeiro capítulo tentaremos localizar historicamente o surgimento das Ciências Cognitivas, uma ciência formada pela junção de vários campos como matemática, filosofia, neurociência, psicologia, ciência da computação e lingüística. Um dos fundadores desse campo é o lingüista Noam Chomsky, com sua contribuição no estudo da linguagem. Chomsky faz um aporte novo no estudo da linguagem, indicando que a gramática é inata na espécie humana, e não algo formado somente pelo aspecto do meio onde a linguagem se desenvolve, ou seja, na cultura. Esse posicionamento mantido por Chomsky vai contra a doutrina

a fixação da linguagem na espécie humana. Por fim, abordaremos os modelos propostos pelo autor sobre as implicações de um instinto da linguagem, principalmente para as humanidades.

CAPÍTULO I

1. O NASCIMENTO DAS CIÊNCIAS COGNITIVAS

Em 1948, o campus do Instituto Tecnológico da Califórnia sediou um congresso que reunia eminentes cientistas de diferentes disciplinas, cujo tema de apresentação era: A forma pela qual o sistema nervoso controla o comportamento. Este congresso ficou conhecido como Simpósio de Hixon, por ser patrocinado pelo Fundo Hixon. As discussões se estenderam além do tópico oficial. O primeiro palestrante, John Von Neumann, estabeleceu uma comparação entre computador eletrônico e o cérebro. O segundo palestrante, Warren McCulloch, lançou uma discussão intitulada “Porque a mente está na cabeça”, explorando alguns paralelos entre neurônios e “máquinas lógicas” fazendo uma comparação como Von Neumann, de como o cérebro processa informação. Com menos ligação com as inovações tecnológicas da época, mas relacionando com o tema para explicar os problemas do comportamento humano, o terceiro palestrante, o psicólogo Karl Lashley desafia a doutrina ou dogma vigente na psicologia e estabelece um programa de pesquisa novo. A doutrina que Lashley desafia é o behaviorismo. Os behavioristas haviam derrubado o clima científico preferido pelos pesquisadores da época: a introspecção. A introspecção é uma auto-reflexão por parte de um observador treinado sobre a natureza e sobre os padrões do próprio pensamento. Os behavioristas apresentam duas propostas relacionadas entre si.

Em primeiro lugar, aqueles pesquisadores interessados em uma ciência do comportamento deveriam limitar-se estritamente a métodos públicos de observação, que qualquer cientista pudesse aplicar e quantificar. Nada de reflexão subjetiva ou introspecção particular: para que uma disciplina fosse ciência, seus elementos deveriam ser tão observáveis quanto a câmara de névoa do físico ou o frasco do químico. Em segundo lugar, os interessados em uma ciência do comportamento deveriam concentrar-se exclusivamente no comportamento: os pesquisadores deveriam constantemente evitar tópicos como mente, pensamento ou imaginação, e conceitos como planos, desejos ou intenções. Tampouco deveriam eles tolerar

simpósio Hixon – de que talvez fosse o momento de uma nova investida científica, focalizando agora a mente humana. O psicólogo George A. Miller propõe que o início oficial da ciência cognitiva deu-se por volta de 1956. Por que esta data? Miller focaliza as datas de 10 a 12/09/1956, quando ocorre o simpósio sobre teoria da informação no MIT, ao qual comparecem figuras proeminentes das ciências humanas. O segundo dia do simpósio é destacado por Miller por causa de dois artigos.

O primeiro apresentado por Allen Newell e Herbert Simon, descrevia a “Máquina de Teoria Lógica” (“Logic Theory Machine”), a primeira prova completa de um teorema executada em uma máquina computadora. O segundo artigo do jovem lingüista Noam Chomsky, descrevia “Três modelos de Linguagem”. Chomsky mostrou que um modelo de produção de linguagem derivado da visão da teoria da informação de Claude Shannon não poderia de forma alguma ser aplicada com êxito à “linguagem natural”, e em seguida expôs a sua própria visão da gramática, baseada em transformações lingüísticas. (GARDNER, 1985, p.43) Com a iniciativa da Fundação Sloan, que no início dos anos de 1970 financiaram um programa particular nas neurociências: um conjunto de disciplinas que exploram o sistema nervoso – indo da neuropsicologia e da neurofisiologia à neuroanatomia e à neuroquímica. Pesquisadores provenientes de campos diversos foram incentivados por este financiamento a explorar conceitos comuns e estruturas organizacionais comuns. “Agora a Sloan estava à procura de um campo análogo de preferência dentro das ciências, no qual pudesse investir uma quantia semelhante.” (GARDNER, 1985, p.50) Em 1975, um programa particular injetou financiamento da fundação Sloan na Ciência Cognitiva. Com a declaração do nascimento de um campo, com patrocínio, o efeito tonificante sobre aqueles que descobriram que faziam parte dele, foi considerável, mas de forma alguma assegurou consenso. O relatório feito, em 1978 (abreviado de SOAP), apresentado por uma equipe de estudiosos do campo, apresentava uma relação entre seis campos constituintes: filosofia, psicologia, lingüística, inteligência artificial, antropologia e neurociências. Este relatório gerou uma recepção negativa, provavelmente porque

pesquisadores destas áreas não chegam a nenhum consenso, achando que o trabalho individual de cada uma dessas áreas era menosprezado pelo trabalho das outras áreas. Seria interessante um consenso na área, mas a tentativa de uma magnitude da Fundação Sloan e uma esperança de um Newton ou Darwin moderno colocando ordem no campo, não foram suficientes. Porém, “na ausência destes dois acontecimentos miraculosos, só resta àqueles de nós que desejam entender a ciência cognitiva criar a sua própria tentativa de formulação do campo” (GARDNER, 1985, p.53) De acordo com o nosso propósito, cabe uma análise mais profunda da contribuição de Noam Chomsky.

1.1. NOAM CHOMSKY

Avram Noam Chomsky nasceu em 7 de dezembro de 1928, e é professor de Lingüística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (M.I.T., das iniciais em inglês). Entre suas obras destaca-se:

  • Three Models for the Description of Language, 1956
  • Syntactic Structures, 1957
  • Aspects of the Theory of Syntax, 1965
  • Language and Mind, 1972
  • Rules and Representations, 1980
  • Lectures on Government and Binding, 1981
  • Knowledge of Language. Its Nature, Origin and Use, 1986
  • Language and Thought, 1993
  • The Minimalist Program, 1995
  • New Horizons in the Study of Language and Mind, 2000

epistemologicamente escolhido. Como outros empiristas do período, Skinner recomendava aos investigadores que se ativessem aos dados e rejeitassem a teoria abstrata. Chomsky, pelo contrário, julgava que os dados nunca falariam por si só, que era necessário assumir uma posição teórica e explorar as conseqüências dessa teoria. Além disto, “revelou a sua suspeita de que os tipos de teoria necessários para explicar a linguagem, e outros aspectos do pensamento e comportamento humanos, teriam de ser abstratos e, na verdade, francamente mentalistas.” (GARDNER, 1985, p.207) Ainda na mesma crítica, Chomsky revela também sua impaciência com a maioria das abordagens psicológicas. Um dos psicólogos a quem Chomsky elogiou por trazer uma abordagem diferenciada foi Karl Lashley. Em seus estudos sobre comportamento ordenado serialmente, Lashley concluíra que uma expressão…

… não é produzida simplesmente pelo encadeamento de uma seqüência de respostas sobre o controle de estimulação externa e associação interverbal, e que a organização sintática de uma expressão não é algo representado diretamente na estrutura física da expressão. (GARDNER, 1985, p.208)

Baseando-se em Lashley, Chomsky concluiu que deve haver vários processos integrativos, que só podem ser inferidos dos resultados finais de sua atividade. Nos anos que seguiram, Chomsky sugere que o indivíduo nasce com uma forte inclinação para aprender uma língua, e que as formas possíveis da língua que se pode aprender são rigidamente limitadas pela espécie a que se pertence. Chomsky estaria impressionado com o caráter abstrato da tarefa que toda a criança que deve aprender uma língua enfrenta, e com a rapidez com que a língua é aprendida, apesar da ausência de um mentor específico. Chomsky afirma que “o indivíduo nasce com uma forte inclinação para aprender uma língua, e que as formas possíveis da língua que se pode aprender são rigidamente limitadas pela espécie a que se pertence, com sua herança genética peculiar” (GARDNER, 1985, p.208)

A gramática transformacional de Chomsky foi desenvolvida para proporcionar precisa descrição matemática de alguns dos mais notáveis traços da linguagem. De particular importância a esse propósito, é a capacidade que têm as crianças de derivar regularidades estruturais de sua língua materna – as regras de gramática dessa língua – a partir da fala de seus pais e das pessoas que as rodeiam, “fazendo uso dessas mesmas regularidades na construção de expressões orais nunca antes ouvidas.” (LYONS, 1970, p.13) A mensagem fundamental era que o aprendizado teórico ou o associacionismo, extremamente difundido por Skinner não poderia explicar como a linguagem era presa a regras. Como Gazzaniga menciona “A complexidade da linguagem era própria do cérebro e seguia regras e princípios que transcendiam todos os povos e todos os idiomas. Era universal” (GAZZANIGA, 2006, p.36) A crítica feita por Chomsky ao behaviorismo, quando afirmou que:

… a impressionante massa de terminologia científica e de estatísticas empregadas pelos behavioristas não passava de camuflagem a esconder a incapacidade que tinham de explicar o fato de a linguagem não ser simplesmente um conjunto de “hábitos” e diferir radicalmente da comunicação entre animais” (LYONS, 1970, p.16)

A marcação biológica da linguagem, quando Chomsky assume que deve haver uma “programação” cientificamente determinada é uma hipótese produtiva e interessante, especialmente quando se investiga a estrutura biológica dos órgãos vocais. Afirma-se, muitas vezes, que nenhum dos “órgãos vocais” tem como função única ou principal o papel que desempenha na produção da fala – que os pulmões atendem à respiração, os dentes à mastigação e assim por diante – e que esses “órgãos vocais” não constituem um sistema fisiológico, no sentido normal dessa expressão. Não deve ser esquecido, entretanto, que a faculdade de falar é tão característica dos seres humanos e tão natural e importante para ele quanto andar com dois pés e mesmo comer. Qualquer que possa ter sido sua causa em algum remoto período do desenvolvimento evolutivo do homem, cabe sublinhar