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o indígena em 1500, como se comportavam e como aceitaram os europeus. O indígena nos dias de hoje, com a tecnologia e a socialização.
Tipologia: Trabalhos
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Andréa Freitas Ferreira – Matrícula nº 1830411003 Laert da Silva Junior – Matrícula nº 18104110126 Lícia Passos Pinna Loubach – Matrícula nº 1810411062 Luiz Fabiano do Nascimento – Matrícula nº 1810411077 Simone Gonçalves de Assunção – Matrícula nº 1810411047
Andréa Freitas Ferreira – Matrícula nº 1830411003 Laert da Silva Junior – Matrícula nº 18104110126 Lícia Passos Pinna Loubach – Matrícula nº 1810411062 Luiz Fabiano do Nascimento – Matrícula nº 1810411077 Simone Gonçalves de Assunção – Matrícula nº 1810411047
Trabalho apresentado em cumprimento de exigências da disciplina Estudos das Relações Étnicos Raciais, do curso de Medicina Veterinária.
Orientador Professor Luiz Otávio Felgueiras RIO DE JANEIRO MAIO DE 2019
Neste trabalho veremos um pouco da migração dos primeiros povos denominados indígenas, seu estabelecimento no continente americano e em especial no Brasil. Falaremos sobre a população indígena na época do descobrimento, primeiro encontro com os europeus, as novidades trazidas para os nativos, seus hábitos culturais. Quais doenças surgiram apartir do encontro destes povos, e quais foram as conseqüências destas doenças para os índios e os europeus que se estabeleceram no novo mundo. Abordaremos também os conflitos entre os povos, desmatamento, religiosidade, agricultura. Incluindo os conflitos culturais nos dias de hoje, infanticídio, o direito a vida e a proteção dos povos nativos.
É bem comum a divulgação do descobrimento do Brasil com uma gravura de portugueses com caravelas ao fundo sendo amigavelmente recebido por indígenas curiosos saindo de densas florestas. Embora não seja plenamente verdade de certa forma também não está errada. Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota liderada por Pedro Álvares Cabral, relata em sua carta que, antes de toda a tripulação desembarcar na praia, dois índios foram recebidos “com muitos agrados e festa” no navio principal. Provaram bolos, fogos e mel e ficaram espantados ao conhecerem pela primeira vez uma galinha. “Quase tiveram medo dela – não lhe queriam tocar, para depois tomá-la, com grande espanto nos olhos” , escreveu Caminha. Essa imagem sugere que, naquela tarde de abril, índios e portugueses fizeram uma grande descoberta pois a chegada dos europeus revelara muitas novidades jamais vistas em território que hoje chamamos de Brasil, como tecnologias, plantas, animais bem como modos de pensar. Antes da chegada dos europeus, os índios não conheciam a domesticação de animais, a escrita, a tecelagem, a arquitetura em pedra e outros. Eles, os índios, não tinham chegado ainda à Idade do Ferro, na verdade não tinham chegado nem na Idade do Bronze. Suas armas e ferramentas eram feitas de galhos, madeira, barro ou pedra, e o fogo era essencial nas guerras e caçadas. A
agricultura que conheciam baseava se em plantação de mandioca e amendoim. Dependiam da sorte na caça e na coleta, passavam por períodos de fome, não tinham tecnologias de transporte e nem mesmo conheciam a roda.
A razão desse atraso é que esses verdadeiros heróis do povoamento humano
do Novo Mundo ficaram isolados do Velho Continente.
Esse isolamento na América os deixou de fora da mistura cultural entre europeus, africanos e asiáticos. Esses povos, ao contrário daqueles, entraram em contato uns com os outros já na Antiguidade. E esse choque de civilizações fez a tecnologia se espalhar, seja através de guerras, conquistas, comércios e outros. Aos sul-americanos só restou aprenderem por si mesmo.
DA CULTURA INDÍGENA Antropólogos e cientistas sociais não cansam de repetir que é preciso valorizar a cultura indígena. Mas a verdade é que os próprios indígenas que encontraram os portugueses no século XVI não tinham a menor preocupação com nada disso. Não sabiam nada de antropologia ou migração humana. Eram curiosos e queriam fazer amizades e ter posse de seus objetos inéditos. A história tradicional ensina que os “maliciosos” portugueses se aproveitaram dos “inocentes” indígenas. Porém, isso seria tomá-los por tolos. Ambos trocaram inicialmente coisas sem grande valor para cada qual. Ressaltando-se sempre que tudo era novidade para ambos. “ As facas e machados de aço dos europeus eram ferramentas que reduziriam e muito seu trabalho, porque eliminavam a faina extenuante de lascar pedra e lavrar madeira, e encurtavam em até oito vezes o tempo gasto para derrubar árvores e esculpir canoas” e “ É difícil imaginar o quanto deve ter sido gratificante seu súbito ingresso na Idade do Ferro.” Escreveu o historiador americano Warren Dean. Inúmeras outras novidades foram introduzidas aqui pelos portugueses como frutas cereais e até mesmo o coco. Não que faltasse nas matas brasileiras, mas muitas eram espinhosas ou difíceis de abrir como a castanha-do-pará. Quando os jesuítas implantaram a agricultura intensiva perto das aldeias, obter comida deixou de ser um estorvo. Outras novidades foram os implementos de animais domésticos como galinhas, porcos, bois, cavalos e cães. Em
purupuru, bouba, sífilis venérea, doenças infecciosas causadas por treponemas, novas cepas de tuberculose entre outras. Essas doenças até então desconhecidas causaram crises e mortalidade na população de Portugal. É muito comum também atribuir o vício do alcoolismo entre os índios aos brancos. Não é mentira que em diversas tribos homens se tornaram alcoólatras com facilidade, coisa que de fato desestruturou algumas sociedades indígenas, porém ninguém culpa os índios por um hábito tão trágico quanto o álcool; fumar tabaco. Até então, não havia cigarros na Europa nem o costume de tragar fumaça. Já os índios fumavam, cheiravam, mascaravam tabaco a vontade pois para eles a planta significava ligação espiritual em duas cerimônias religiosas. Mas também podia ser para relaxar antes de uma guerra, aliviar dores ou por prazer mesmo.
ONDE ESTÃO OS ÍNDIOS? Muitos historiadores apontam números desoladores sobre genocídio que os índios sofreram depois da conquista portuguesa. Dizem que a população diminuiu de dez a vinte vezes. Ocorre que as tribos passaram por um esvaziamento, mas não só por doenças e conflitos. Não levam em conta o índio colonial, aquele que largou a tribo e adotou um nome português e foi compor a nossa famigerada miscigenação brasileira ao lado de brancos, negros e pardos, cujos filhos já não se identificam mais como índios. Em 2006, o historiador Marcio Machioro encontrou documentos com nome, idade, cargo, profissão, números de filhos dos chefes indígenas na virada do século 18 para o 19. São todos nomes portugueses, todos antecedidos de índio. Muitos descendentes indígenas que desde 1500 estão presente em todo litoral, plantam mandioca, usam cestas flexíveis, pescam em canoas de tronco escavado, no entanto, não entram na conta de população indígena atual pois assim não se consideram. Até na Amazônia isso acontece, se ofendem se forem chamadas de índio. Em última análise, no Brasil em 2008, uma pesquisa envolveu 594 voluntários que se consideravam brancos ou pardos com o intuito de se conhecer a ancestralidade genômica. A ancestralidade média dos voluntários era de 68,65% europeia, 17,81% africana, 8,64 ameríndia e 4,87 de outras origens.
Atualizando os cálculos para a população de hoje mantendo-se as porcentagens, 8% de 209 milhões dá 16,7 milhões de pessoas. Mais de quatro vezes a população indígena de 1500. Se considerarmos como descendente de índio qualquer pessoa que tem o menor toque de sangue nativo esse número aumenta muito mais. Em 2000, um estudo do laboratório de gene da UFMG, causou espanto a mostrar que 33% que se consideram brancos têm DNA mitocondrial vindo de mães índias. Sendo assim, embora de 1500 até os dias de hoje os nativos tenha se reduzido a 10% do original, o número de pessoas com DNA mitocondrial ameríndio aumentou cerca de 10 vezes.
Respondendo onde estão os índios, eles estão no meio de nós, seus
descendentes estão em cinemas, andam de avião, ônibus, em bibliotecas, largaram
as aldeias e hoje fazem parte da sociedade moderna.
O infanticídio é um termo popularmente usado para se referir ao assassinato de crianças recém nascidas ou mortas logo após o parto. Embora juridicamente esse ato seja classificado como homicídio art.121 do Código Penal. O infanticídio está classificado no art.123 do Código Penal. A cada ano, centenas de crianças são assassinadas pela própria tribo, das mais diversas formas como ser enterrada viva, envenenada, abandonadas na floresta entre outras. As razões são as mais diversas, desde portadores de deficiência física ou mental, gêmeos, nascidos de relações extraconjugais, de mãe solteira, o bebê não é do sexo desejado, chegando até mesmo no caso de o bebê trazer “má sorte” para a tribo. Outro dado importante, é que crianças de 3, 4, 11, e até 15 anos, são mortos pelos mais diversos motivos. O infanticídio entre indígenas é um tema que já gerou documentários, como HAKANI/Quebrando o silêncio, projetos de lei como MUWAJI, e muita polêmica sobre saúde pública, cultura, religião e legislação. Há quem argumente que o infanticídio faz parte da cultura indígena. Outros afirmam que o direito à vida previsto art.5º no da Carta Magna
https://www.revistaimpacto.com.br/o-infanticidio-indigena-e-o-silencio-quebrado/ Acesso em 05/05/
Guia politicamente incorreto da história do Brasil. Leandro Narloch. Editora Leya.
Código Penal Brasileiro, Art. 121 e 123
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF. Senado federal. Centro Gráfico, 1988.
Pacto de San Jose da Costa Rica (Tratado Internacional)
http://books.scielo.org/id/kbxjh/pdf/malheiros-9788579820724.pdf Acesso em 26/04/
MALHEIROS, AMP. A escravidão no Brasil: ensaio histórico-jurídico-social [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 1866, vol.1. 230 p. ISBN: 978-85-7982-072-4. Available from SciELO Books
O 20 de Novembro... https://jornal.usp.br/artigos/o-20-de-novembro-e-o-negro-no- brasil-de-hoje/ acesso em 23/04/
A DINÂMICA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL http://www.scielo.br/pdf/nec/ n74/29642.pdf Acesso em 25/04/
A ESCRAVIDÃO MODERNA NO BRASIL: ANÁLISE SOB O ASPECTO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA http://uniesp.edu.br/sites/ _biblioteca/revistas/20171006092120.pdf