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Nas estradas que ligavam Niani à região nordeste, se formaram importantes cidades africanas, como Djenné, Gao e Tombuctu.. Economia malinesa. O Império do Mali ...
Tipologia: Esquemas
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ESCOLA MUNICIPAL ABELARDO DE LAMARE
MÊS: outubro DATA: 29/10/
ANO: 7º SEMANA 35 TURMA: 702
COMPONENTE CURRICULAR: História CARGA HORÁRIA: 3 tempos
PROFESSOR: Marcelo Duarte
HABILIDADES: EF06HI
FONTES: História sociedade & cidadania: 7° ano: ensino fundamental: anos finais / Alfredo Boulos Júnior. — 4. ed.
— São Paulo: FTD, 2018;
ALUNO:
Foi justamente no Sudão ocidental, entre os rios Senegal e Níger, nas terras habitadas pelos mandingas, que se formou o Império do Mali, um dos maiores e mais duradouros da história da África. Boa parte do que sabemos sobre o Império Mandinga (ou do Mali) chegou até nós através dos griôs. BER MAIS No passado, quando um griô falecia, o seu corpo era enterrado dentro de um baobá, árvore considerada sagrada e cujos troncos são ocos. Acreditava-se que, ao enterrar o corpo de um griô nessas árvores, suas histórias e canções continuariam sendo divulgadas e conhecidas por uitos. Império: Unidade política que congrega várias outras unidades, que podem ser compostas por povos diferentes entre si que mantêm suas formas de governar locais, mas prestam obediência ao poder central, controlado pelo chefe de todos os chefes. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 16. Um ditado dos griôs africanos que chegou aos nossos dias é: “Cada dia se aprende algo novo; basta saber ouvir”. Você concorda com esse ditado? Por quê?
Os griôs eram indivíduos encarregados de preservar e transmitir as histórias, conhecimentos e canções de seu povo. No passado, os griôs eram procurados por muitos reis africanos para trabalharem como professores particulares de seus filhos. Eles ensinavam arte, conhecimento sobre as plantas, tradições, história e davam conselhos aos jovens príncipes. Além dos griôs contadores de histórias , havia também os griôs músicos e os cantores , que interpretavam e conservavam canções.
Contam os griôs que tudo começou com o príncipe de etnia mandinga chamado Sundiata Keita. Ele e seus guerreiros venceram os sossos, seus opressores, na batalha de Kirina, em 1235. E, depois de vencer também outros povos vizinhos, fundaram o Império do Mali. Etnia: grupo com modo de vida próprio, com uma história comum, falante da mesma língua e que partilha os mesmos valores, mitos e crenças. Império do No poder, Sundiata Keita converteu-se ao islamismo, religião criada por Maomé e cujo princípio fundamental é a crença num único Deus. Segundo alguns historiadores, ele se converteu movido pela ideia de poder participar do comércio que, na época, era controlado pelos árabes islâmicos. No Mali, o imperador era a maior autoridade, mas ele ouvia seus auxiliares (o conselho); e,
sempre que precisava tomar uma decisão importante, ouvia também dois altos funcionários: o chefe das forças armadas e o senhor do tesouro, que era responsável pela guarda dos depósitos de ouro, marfim, cobre e pedras preciosas. O imperador do Mali ouvia as queixas de seus súditos em audiências públicas realizadas tanto no seu palá cio quanto em uma praça próxima. Ele comparecia a essas audiências em trajes requintados, tendo seus conselheiros ao lado e, atrás deles, um grupo de soldados; as sessões eram abertas pelos griôs. Sundiata Keita preocupou-se também em proteger o império dos ataques dos berberes; por isso, deslocou sua capital para Niani, ao sul do Mali. Nas estradas que ligavam Niani à região nordeste, se formaram importantes cidades africanas, como Djenné, Gao e Tombuctu..
O Império do Mali era o maior produtor de ouro da África ocidental, mas sua população praticava também a agropecuária, o artesanato e o comércio. No vale do rio Níger, os malineses cultivavam arroz, milhete , inhame, algodão e feijão; e, além disso, criavam bovinos, ovinos e caprinos. Os artesãos malineses eram habilidosos no trabalho em metal e em madeira. Os mercadores malineses (conhecidos como wangara ) comercializavam sobretudo ouro, cobre, sal e noz-de-cola. No Mali, o cobre era muito apreciado, e o sal, quase tão valioso quanto o ouro. Na África cidental, os malineses são conhecidos até hoje como bons comerciantes.
Leia o texto com atenção.
A noz-de-cola é um produto da floresta [...]. No interior desse fruto de diversas variedades, ficam os gomos, com um sumo extremamente amargo, que, ao ser consumido nas regiões áridas do deserto [...], sacia a sede e produz uma sensação de bem-estar graças ao seu alto teor de cafeína. De conservação delicada, era transportado com cuidado, envolto em folhas verdes e largas, tendo de ser constantemente reembalado para que seu frescor fosse mantido. Oferecido aos visitantes ilustres, não podia faltar entre os bens das pessoas de maior distinção. [...] Tinha alto valor de troca, o que compensava as longas distâncias e os cuidados especiais relacionados ao seu comércio. No Brasil a noz-de-cola, conhecida como obi e orobo, tem lugar de destaque na realização de alguns cultos religiosos afro-brasileiros. SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2006. p. 18.
Pense e Responda:
a) A noz-de-cola é uma planta nativa da África. Para que serve o seu fruto?
b) A noz-de-cola exigia cuidados especiais no seu transporte e na sua conservação. Apesar disso, era muito vendida nos mercados de Tombuctu. Como você explica isso?