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de uma nova cultura, focada na alta performance. PALAVRAS – CHAVE: empowerment; poder; autoridade; alta performance. 1 Graduanda em Administração com ênfase ...
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Aparecida Teixeira de Santana^1 Valdison André Conceição Santos^2
Em meio ao crescente desenvolvimento da sociedade contemporânea, encadeado pelas transformações oriundas da globalização, a forma de gerir pessoas e processos no ambiente organizacional passou por varias mudanças. Acompanhando a crescente evolução, surgiram novas formas de conduzir os negócios, apoiadas em tecnologias e instrumentos administrativos, com a finalidade de reduzir os custos, aumentar a qualidade e maximizar os resultados. O presente artigo discorre sobre o empowerment, entendido como a transferência de poder e autoridade da cúpula administrativa para os demais níveis da organização, favorecendo a disseminação de informações, a liberdade e a participação ativa das pessoas, não só na execução dos processos, como também nas definições de maior relevância, contribuindo na tomada de decisões e compreendendo a importância de sua colaboração para o resultado final. Esta pesquisa bibliográfica, fundamentada em publicações impressas e digitais, teve como finalidade analisar o empowerment e as relações de poder nas organizações, enfatizando como esses fatores contribuem para o desenvolvimento de uma nova cultura, focada na alta performance.
PALAVRAS – CHAVE: empowerment; poder; autoridade; alta performance.
(^1) Graduanda em Administração com ênfase em Recursos Humanos pela Faculdade de Sergipe – FaSe. Situada a Rua Teixeira de Freitas, 10 - Salgado Filho - Aracaju – Sergipe - Brasil CEP: 49020-
Amid the increasing development of the contemporary society, and chained by the arising changes from globalization, the way of leading people and processes in the organizational environment has changed in several ways. Following the growing evolution, new ways of leading business arose, based on technology and administrative tools, in order to reduce expenses, increase quality and results. This article is about empowerment, which is known as the transfer of power and authority from the management summit to other levels of the organization, benefitting the information sowing, freedom and people active participation, not just in the processes performance, but also in definitions of major relevance, contributing to the decision-making and comprehending the importance of its contribution to the final result. This bibliographic research, based on printed and digital productions, had the analysis of the empowerment and organization power intercourses, emphasizing how these factors contribute to the new culture development focused on high performance.
Key words : empowerment; power; authority; high performance.
INTRODUÇÃO
Seguindo a linha do tempo, o mundo em que vivemos vem sofrendo constantes transformações naturais, climáticas, sociais e comportamentais, uma em decorrência da outra. Para sobreviver o homem precisa se adaptar a esse ambiente mutável criando, inventando e reinventado novas situações e ferramentas que o auxiliem no dia a dia, pois o que diferencia o homem dos outros animais é sua crescente necessidade de motivação, e a capacidade de moldar o ambiente a sua volta de acordo com as suas necessidades. Da mesma maneira, a administração também precisou passar por reformulações, com o advindo da revolução industrial, e as conseqüências que esta trouxe. De Taylor até os dias de atuais, muitas foram as alterações sofridas nas formas de gestão, e na maneira de se conduzir o trabalho das pessoas. As organizações, que eram rígidas e centralizadas, hoje buscam instrumentos de gestão cada vez mais flexíveis, com o objetivo de se tornarem mais ágeis e dinâmicas. Porém, não pode haver flexibilidade sem que haja delegação de poder, descentralização da tomada de decisão, trabalho em equipe, participação dos
Diante do posicionamento dos autores citados acima, é possível inferir que, Poder é uma relação que se estende, entre influenciados e influenciadores, estando presente nas mais variadas culturas, sob as mais variadas formas, desde o inicio das civilizações. Caracterizando-se, como a capacidade de uma ou mais pessoas, exercerem influências sobre aqueles que estão a sua volta. French ; Raven ( apud Chiavenato 2005) distinguem cinco diferentes tipos de poder:
Na organização, as pessoas que detêm dados ou conhecimentos necessários para os outros podem fazer com que estes se tornem dependentes delas. Os gerentes, por exemplos, que têm acesso a informações privilegiadas sobre vendas, custos, salários, lucros e dados similares podem usar essas informações para controlar o comportamento de seus subordinados.” (ROBBINS,2005, p.304)
A forma como se apresenta os tipos de poder nas organizações é representado por táticas ou fontes, exercidas através de suas bases de sustentação, que representam a maneira como os lideres influenciam seus liderados, seja ela decorrente da posição (baseado no que o líder pode oferecer aos outros) ou decorrente da pessoa (maneira como é visto pelos seus subordinados). Robbins (2002, p.342) seguindo uma dinâmica coerente em seus trabalhos, apresenta como táticas de poder:
Robbins (2005, p.304) também classifica o poder em termos pessoais, ou seja, o poder que provem das características únicas do indivíduo. Segundo o autor as bases de poder pessoal são:
possuem na riqueza de seus conhecimentos úteis e na motivação interna” (RANDOLPH, 1995, p. 20). Empowerment é um conjunto de procedimentos que buscam a interação e o envolvimento das pessoas com o trabalho e que as impulsionam a tomar iniciativas e a interferir com ações no processo produtivo (HERRENKOHL; JUDSON; HEFFNER, 1999, p. 375). Segundo Chiavenato (2005), o empowerment parte da idéia de dar as pessoas o poder, a liberdade e a informação para tomarem decisões e participarem ativamente da organização. De acordo com o autor o empowerment está firmado em quatro bases:
A autoridade confere a uma pessoa o direito de tomar decisões. Sem tomada de decisão não pode haver crescimento por parte do indivíduo ou da empresa. Quando uma pessoa toma uma decisão deve utilizar a mente para raciocinar e analisar. (TRACY, 1994, p.25)
A autora destaca que ao conferir ao indivíduo a autoridade para a tomada de decisão, a organização está oportunizando o seu desenvolvimento, pois tal processo exige raciocínio e análise, o que vai permitir que amplie sua capacidade avaliativa. A idéia desses autores é apresentar o empowerment como uma ferramenta de gestão voltada à prática da democracia participativa. Percebe-se ainda que se trata de uma ferramenta de gestão de pessoas que visa otimizar a execução dos processos, bem como promover um clima estável entre os lideres e seus colaboradores, a fim de promoverem vantagem competitiva. Assim, pode-se compreendê-lo como um recurso inovador que democratiza o poder e o controle e garante maior agilidade e dinamicidade organizacional. Discorrendo sobre os objetivos do empowerment , SANTO (2007) afirma que é uma ferramenta cujo propósito é “desenvolver as estratégias de negócios, a gestão participativa, utilizando-se da inteligência coletiva”. Como o próprio conceito diz o empowerment trata da questão da disseminação do poder entre os vários níveis organizacionais, através da delegação de responsabilidade, autonomia e participação dos funcionários. Essa descentralização faz com que os funcionários se tornem mais comprometidos com as atividades e possam contribuir para as decisões estratégicas da empresa, objetivando melhorias do desempenho organizacional quanto ao aumento da produtividade, redução dos custos e aumento da qualidade. Segundo Rodrigues ; Santos (2004, p.263) “o empowerment torna-se uma abordagem de trabalho que objetiva a delegação de poder de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas”. Para Scott ; Jaffe ( apud Biral, 2000, p.35) o empowerment “é uma forma diferente de trabalho conjunto no qual os empregados sentem-se responsáveis não apenas por realizar uma tarefa, mas também por fazer toda a organização funcionar melhor”.Diante dessa ótica, o funcionário surge como um solucionador de problemas, que ajuda a planejar as atividades antes de executá-las na organização.
trabalhos interdependentes e são coletivamente responsáveis pelos resultados.” (KATZENBACK ; SMITH, 2001). Segundo Robbins (2005) uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por meio do esforço coordenado, e o esforço grupal resulta em um nível de desempenho maior do que a soma daquelas contribuições individuais. O autor afirma ainda que: “As equipes eficazes têm confiança nelas mesmas. Acreditam que alcançarão o sucesso. Chamamos isso de eficácia de equipe” (ROBBINS, 2005). Sobre o posicionamento do autor pode-se acrescentar que para se atingir este patamar é necessário que seja implementada na organização a cultura da delegação de poder e autoridade, pois desta forma se permite que as equipes tenham a oportunidade de se desenvolver e agregar valor real à organização.
(...) Kirkman; Rosen (2000) estudaram 100 equipes e concluíram que diretamente associado ao máximo desempenho da equipe está a sensação de empowerment. Segundo os pesquisadores equipes de alta performance têm liberdade para atuar e estabelecer métodos de trabalho e são capazes de executar suas metas, sentem que contribuem com sua existência e possuem um entendimento comum de sua razão de existir. (BEJARANO ET AL , 2006, p.6)
Sendo assim pode-se afirmar que equipes de trabalhos, alta performance e empowerment são três conceitos que estão intimamente ligados, pois as equipes providas de empowerment possuem os subsídios necessários para o desenvolvimento de uma cultura empresarial baseada em altos padrões de excelência, o que pode transformar uma empresa mediana em uma organização voltada para os mais altos níveis possíveis de qualidade. Assim, compreendemos o empowerment como uma ferramenta que promove na empresa uma mudança de ordem cultural, inserindo valores como respeito, confiança e aceitação de erros, e que fundamenta-se numa nova postura gerencial que confere às pessoas e às equipes maior poder e autonomia,levando os colaboradores a novas experiências de aprendizado,onde os mesmos desenvolvem suas aptidões , podendo, colocar em prática novas formas e processos de trabalho, vemos que esse ambiente é propicio a formação de equipes que promovem o alto desempenho da organização. Referindo-se aos ganhos obtidos com o empowerment Tracy assim se pronuncia:
A melhor coisa que você pode fazer pelas pessoas que trabalham para você é conferir-lhes empowerment...A questão é que quando você trata as pessoas com respeito,quando luta para atender às suas necessidades,você conquista o direito de exigir um desempenho superior.Você cria o tipo de ambiente em que elas têm condições de atender aos padrões de excelência. ( TRACY, 1994, p.38)
Pode-se então inferir que através da prática do empowerment, processos são agilizados, pessoas são desenvolvidas, e incentivadas a contribuírem mais e mais, utilizando de todo seu potencial criativo, todavia, merece destaque o papel decisivo do líder na implementação do empowerment na organização, pois é ele que concederá à equipe os instrumentos necessários para que essa ferramenta administrativa possa ser utilizada eficazmente. Será o líder que concederá autoridade, são suas atitudes que consolidarão o empowerment. Sobre o papel do líder Maximiano comenta:
Nessa forma de trabalho o líder tem como principal responsabilidade a missão de desenvolver seus liderados e apoiá-los nas decisões e nas soluções de problemas favorecendo o enriquecimento do cargo...melhorando a qualidade dos trabalhos através de um excelente canal de comunicação e informação.(1995, p.90)
Ao delegar autoridade, conferindo empowerment cria-se na organização o sentimento de responsabilidade e o compromisso com o sucesso das metas estabelecidas. As equipes se sentem responsáveis pelo sucesso e o buscam com diligência. Elas sabem que podem avançar, pois tem o apoio da alta administração, e de todos os seus membros. O ambiente criado com o uso da ferramenta é reduzido em termos de pressão e fortalecido nas relações interpessoais. Dessa forma pode-se afirmar que as organizações que possuem liberdade, criatividade, inovação, respeito, eficiência, colaboração, transparência e delegação de poder e autoridade criam um ambiente que as conduz à alta performance organizacional.
Dentro do que foi apresentado pelos autores estudados, percebe-se que o poder é um tema amplo, analisado por diversos ângulos e discutido longamente
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral de Administração. Rio de Janeiro. Elsevier, 2003.
FARIAS, Luiz Alberto B. Poder e Cultura nas Organizações Contemporâneas. Disponível em: www.comunicacaoempresarial.com.br. Acesso em: junho 2004.
KATZENBACK, J. R. & SMITH, D. K. E. Equipes de Alta performance : conceitos , princípios, e técnicas para potencializar o desempenho das equipes. Rio de Janeiro: campus, 2001.
LACOMBE, Francisco José Masset. Recursos Humanos : principios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005.
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Além da Hierarquia: como implantar estratégias participativas para administrar a empresa enxuta. São Paulo : Atlas,
MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração : da Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo, Atlas, 2002.
ROBBINS, Stephen. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
SANTOS, F.C.A. Estratégia de Recursos Humanos : dimensões competitivas. São Paulo, Atlas, 1999.
TRACY, Diane. 10 Passos para o Empowerment : uma guia para a gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 1994.