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Guias e Dicas
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Estudos sobre escovação dentária em crianças: Técnicas e resultados, Esquemas de Desenho

Estudos sobre a efetividade de diferentes técnicas de escovação dentária em crianças, incluindo a técnica de fones e suas variantes. O texto também discute os resultados obtidos em estudos realizados por ribeiro e outros autores, que investigaram o tempo de ensino necessário para aprender as técnicas e a efetividade de diferentes métodos de motivação. Além disso, o documento discute as observações de outros autores sobre a importância da orientação e estimulação para a prática correta da escovação dentária.

O que você vai aprender

  • Qual é a técnica de escovação dentária mais indicada em programas preventivos para crianças escolares?

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Garrincha
Garrincha 🇧🇷

4.1

(47)

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UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
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UMA
METODOLOGIA
PARA
UM
PROGRAMA
EDUCATIVO-
z
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EM
SAÚDE
BUCAL
PARA
ESCOLARES
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ELIANE
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DISSERTAÇAO
APRESENTADA
AO
CURSO
DE
POS-GRADUAÇAO
EM
ODONTOLOGIA,
DA
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE SANTA
CATARINA,
PARA
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no
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DE
MESTRE
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ÁREA
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CONCENTRAÇÃO
EM
ODONTOPEIHATRLA
FLoR1ANó1›oL1s,
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Baixe Estudos sobre escovação dentária em crianças: Técnicas e resultados e outras Esquemas em PDF para Desenho, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

¡ \

UMA METODOLOGIA PARA UM PROGRAMA EDUCATIVO- z

~O EM SAÚDE BUCAL PARA ESCOLARES

w

ELIANE GARCIA DA SILVEIRA

DISSERTAÇAO^ 4-^ nv^ APRESENTADA AO CURSO DE^ POS-GRADUAÇAOr^ ~^ EM

ODONTOLOGIA, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA,

PARA oBTENÇÃo no TÍTULQ DE MESTRE EM o1›oNToLoGm, ÁREA DE

CONCENTRAÇÃO EM ODONTOPEIHATRLA

FLoR1ANó1›oL1s, 1995

EsTA DISSERTAÇÃO FOI IULGADA ADEQUADA PARA OBTENÇÃO DO^ TÍTULO

DE “MESTRE^ EM ODONTOLOGIA”, ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM ODONTO-

PEDIATRIA, APRESENTADA PERANTE A^ BANCA EXAMINADORA COMPOSTA

POR.

PROF. DR. RO '^0 _^ z^ SILVA

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vv (^) ÊOR

PROFÊ (^) DRA. IZABE CRISTINA sANTOs ALMEIDA

PROP. DR sm~mO JÚNIOR

PROF. DR. PAULO NATO CORRÊAGLAVAN

_ COORDENADOR DO CURSO

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U QI;

Agradeço ao Prof. Dr.^ Rogério Henrique Hildebrand (^) da Silva, por seu apoio, disponibilidade (^) e hábil orientação (^) na realização deste trabalho.

À Deus agradeço, por me proporcionar saú- de e (^) força para (^) alcançar mais este objetivo. Agradeço ainda pelas oportunidades de

vida que tenho, e pelo meu engrandecimento como ser

humano.

AGRADECIMENTOS

Muitas pessoas participaram direta ou indiretamente para a concretização deste traba- lho. É dificil enumera-las sem correr o risco de omitir alguém, contudo expresso meus agra- decimentos. '

  • (^) Aos meus colegas de curso, pela oportunidade de aprendizado de vida.
  • (^) À Sra. Magda Lange Ramos, bibliotecária do Curso de Odontologia da UFSC, por sua solicitude.
  • (^) Aos amigos Neuza Hanauer, Eugênio Canova de Castro e Itamar Santos de Freitas

pelo apoio nas horas dificeis.

  • (^) Ao amigo André Luís Tannus Dutra que esteve presente com sua amizade.
  • (^) Aos professores (^) e fimcionários do curso de Odontologia da (^) UFSC, em especial aos do Curso de Pós-graduação em Odontologia, opção Odontopediatria.
  • (^) Aos alunos do Curso de Pós-graduação (^) em Odontologia, opção Odontopediatria
da UFSC, pelo auxilio na realização do exame clínico.
  • (^) Aos alunos da 1” (^) série do 1° (^) grau do Colégio Estadual de Demonstração Lauro

Müller, sem^ os quais não seria possivel a^ realização deste traballio.

  • (^) À Selma Carmem Lago diretora do Colégio Estadual de Demonstração Lauro

Müller, que permitiu o desenvolvimento do trabalho.

  • (^) À (^) Irene Aparecida Moraes de Cordova, Proi' (^) da 1” (^) série do 1° (^) grau, que cedeu

periodos de (^) aula, para possibilitar a (^) aplicação do trabalho.

  • (^) À Dalvani Hanauer e Juarez de Oliveira Chagas pela edição deste trabalho.
  • (^) À Indústria CONDOR.-SA, pela doação das escovas dentárias.
  • (^) À Coordenadoria (^) de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior -^ CAPES, pela

concessão de^ bolsa^ durante^ o^ Curso^ de^ Pós-graduação.

RESUMO

Foi desenvolvido um trabalho educativo-preventivo, com o objetivo de propor uma metodologia, descrevê-la em detalhes e testá-la quanto à sua eficácia, para possíveis reproduções. O trabalho foi realizado com escolares da lã^ série do 19 grau do Colégio Esta-

dual de Demonstração Lauro Müller, de Florianópolis^ (SC), com^ idades^ entre^6 e^7 anos,

distribuídos em dois grupos. Do grupo Experimental participaram alunos do tumo matutino e do grupo Controle alunos do turno vespertino. O período de aplicação do programa^ edu-

cativo-preventivo foi de ll semanas, com encontros semanais de até 60 minutos^ com^ cada

grupo. O grupo Experimental foi^ submetido à ministração de^ palestras^ educativo- preventivas, atividades lúdicas intercaladas entre as palestras e^ orientação direta^ de^ escova- ção dentária realizada a cada encontro semanal. O grupo Controle^ assistiu^ apenas^ à^ exibição de uma fita de video versando sobre prevenção em Odontopediatria^ e^ recebeu^ uma^ orienta- ção indireta^ de escovação dentária, ambas^ as^ atividades realizadas^ na^ segunda^ semana. Este grupo não recebeu qualquer outro tipo de instrução até o final^ do^ experimento.^ O^ índice P.H.P. era medido semanalmente para ambos os grupos. O autor concluiu que foi^ possivel propor uma metodologia para um programa educativo-preventivo de saúde bucal dirigido^ a escolares, descrevê-la detalhadamente em todas as etapas e que o programa proposto^ foi

eficaz, uma vez que houve diferença estatisticamente significativa^ entre^ os^ índices^ de^ higie-

ne (^) bucal levantados para os (^) dois grupos, favorecendo o grupo Experimental.

su|v|ÁR|O

RESUMO ............................................................................................. .. ABSTRACT ......................................................................................... ..

..................... .. 08 ..................... .. 09 LISTA DE TABELAS ................................................................................................. ..^11 CAPÍTULO I (^1) INTRODUÇÃO ....................................................................................................... .. 12 CAPÍTULO n

2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ .. 15

CAPÍTULO III (^3) PROPOSIÇÃO ................................................................................. _. CAPÍTULO Iv 4 MATERIAL E (^) MÉTODO ................ ..

..................... .. 28

..................... .. 29 4.1 Critérios de (^) seleção ............................................................................................ .. 29 4.2 Desenvolvimento da pesquisa ............................................................................. .. 29 4.2.1 Grupo Experimental ......... .. 4.2.2 Grupo de Controle ............ .. 4.3 Índice de higiene bucal ............................. .. 4.4 (^) Técnica de Fones ....... ............... ..

4.5 Método estatístico ...................... ..
CAPÍTULO v

s RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................... .. CAPÍTULO VI ó CONCLUSÕES ............................... .. CAPÍTULO VII (^7) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................. .. ANEXOS ............................................................................................. ..

..................... .. 29 ..................... ._ 36 .................... _. 37 .................... .. 39 ..................... .. 40

..................... (^) .. 41

..................... .. 55

..................... ._ 56 ..................... .. 62

ILIISTA [E IlAIEILÂ$

1 -^ Resultados do índice (^) P.H.P., para o grupo Experimental, dentro do período analisado de ll semanas .......................................................................... ..^42 2 -^ Resultados do índice P.H.P., para o grupo Controle, dentro^ do período^ analisado de 11 semanas .............................................................................................. ..^44 3 -^ Resultados comparativos (^) do índice P.H.P. dos grupos Experimental e Controle, obtidos (^) na 2š^ semana, após as orientações sobre (^) escovação .......................... .. 46 4 -^ Comparação das médias (^) do indice P.H.P. dos grupos Experimental e Controle dentro do período^ de 11 semanas .................................................................^ ..^47 5 -^ Resultados do teste de Kruskal-Wallis para o grupo Experimental ............ ..^48 6 -^ Comparações individuais do teste de Kruskal-Wallis, entre os períodos analisados do grupo Experimental ................................................................................... ..^49 7 -^ Resultados do teste de Kruskal-Wallis para o grupo Controle ................... ..^50 8 -^ Comparações individuais do teste de Kiuskal-Wallis, entre os períodos^ analisados do grupo Controle ................................................................................ .........^ ..^51 9 -^ Teste de Mann-Whitney, para comparação entre os (^) grupos, dos resultados do ín- dice P.H.P. no início do experimento (lã semana .............................................. .. 52 10 -^ Teste de Mann-Whitney, para comparação entre^ os grupos, dos^ resultados^ do índice P.H.P. na segunda avaliação da 2*^ semana ............................................. .. 53 ll -^ Teste de Mann-Whitney, para comparação entre^ os^ grupos, dos^ resultados^ do índice P.H.P. no final do experimento (^) (l lê^ semana) ........................................ .. 54

Vários estudos têm combinado as diversas técnicas de motivação, com a finali-

dade de esclarecer os pacientes sobre as doenças bucais e para mudar seus hábitos de higie- nel3,30, 44, 64,^65. MASSLER et al”^ avaliaram os efeitos de uma escovação não^ controlada^ em^ um grupo de 154 jovens do sexo masculino, com idades variando entre 17 e 22 anos. Ao final de 15 semanas, somente 17,5% dos jovens conseguiram manter seus dentes limpos, ao pas-

so que 9,7% apresentaram melhora visual de suas gengivas. Os autores concluíram^ que,

embora se possa instruir pessoas sobre higiene dentária e controle de placa^ bacteriana, esses conhecirnentos não modificam seus hábitos a longo prazo. PARFITT, JAMES, DAVIS44^ descreveram um programa educacional em rela- ção à higiene bucal e à dieta aplicado à escolares de ll a 15 anos de idade, divididas^ em^2 grupos. O (^) grupo experimental (^) recebeu instruções de higiene bucal durante os 3 meses, pas- sando 4 meses sem recebê-las. O grupo controle não recebeu^ qualquer^ instrução. Ao^ final do (^) programa, os autores observaram pequena mudança nos hábitos de higiene do primeiro grupo, constatando^ que^ um^ programa^ motivacional^ influi^ muito^ pouco^ nos^ hábitos,^ quando já muito arraigados.

Muitos dos trabalhos citados na literatura foram desenvolvidos a partir de uma

faixa etária em que os hábitos alimentares e de higiene já se instalaram e são dificeis de^ se- rem (^) modificados. A faixa etária de 4 a 7 anos é a época mais opomma para que a (^) criança desenvolva hábitos alimentares e de higiene (^) corretos, porque os modelos de comportamento aprendidos nessa idade são profundamente fixados e resistentes a alterações 24'26"”^ ' GUEDES -^ PINTO, R1zzATo, CALHEIROS” sziiemzram z irnporzânziz do ensino sobre higiene dentária ser iniciado o mais breve possível, assim que a criança comece a desenvolver coordenação motora. De acordo com FLANDERSI9^ o maior e mais importante grupo que deve receber educação em saúde é encontrado nas escolas. As (^) crianças, não só aprendem rápido e têm ansiedade em adquirir novas informações, como também estão em idade de^ risco de^ desenvolver^ pro- blemas de saúde bucal. Por isso, elas devem continuar a ser alvo de programas de educação em saúde bucal e os mesmos devem ser cada vez melhores, para que elas^ possam^ deles^ se beneficiar. '

CAPÍTULQ 1 -^ 1NrRoDUÇÃo 13

Atualmente, a técnica de escovação dentária^ mais^ indicada^ nos^ programas^ pre- ventivos para crianças em idade escolar é a de Fones 16”^ 28' 34'^ 4*^ 45'. RIBEIRO” (^) realizou uma pesquisa na (^) qual ensinou, para dois grupos de escola- res de 6 a 7^ anos de idade, a técnica de escovação dentária de Fones^ (segundo a^ descrição original do próprio (^) Fones) para um grupo de crianças e a técnica de escovação de Fones modificada (segundo a descrição de vários autores e/ou modificada através dos tempos) para um segundo grupo. Concluiu que as crianças que escovaram seus dentes^ seguindo^ a técnica original de Fones apresentaram melhor desempenho do que^ as^ que^ seguiram^ a^ técni- ca (^) modificada. SILVA” (^) estudou o tempo de ensino necessário para (^) o aprendizado das técnicas de (^) escovação dentária de Fones e de Stillman (^) modificada, em 200 escolares com idades entre 7 e ll canos.^ O autor concluiu que os escolares^ estudados^ estavam^ aptos^ a^ aprender

qualquer uma das técnicas de escovação focalizadas e que o^ tempo^ de^ ensino^ para^ o^ apren-

dizado da técnica de Fones foi significativamente menor^ em^ todos^ os^ grupos^ estudados. A falta de detalhamento no relato dos procedimentos utilizados nos programas de (^) educação em saúde e (^) prevenção das (^) doenças bucais citados na literatura especializada impossibilita que as experiências sejam reproduzidas, fato que, obviamente,^ dificulta^ a^ apli- cação dos^ procedimentos^ considerados^ exitosos^ nos^ programas^ que^ visem^ melhorar^ as condições de higiene bucal e controle da dieta da população. Em razão do que foi exposto, desenvolveu-se um trabalho^ educativo- preventivo, no qual foi^ proposta^ uma^ metodologia,^ descrevendo-a^ em^ detalhes^ e^ testando-a quanto à sua eficácia, visando possíveis reproduções.

CAPÍTULO 1 -^ 1NTRoDUÇÃo 14

York (^) (USA). Em uma escola o instrutor demonstrou em modelo de gesso um método de escovação aprovado pela Americam Dental Association. Na segunda escola, cada estudante recebeu uma escova para repetir em sua própria boca a demonstração dada sobre o modelo. Na terceira (^) escola, o mesmo método da segunda foi (^) usado, mas o instrutor acrescentou um livro de ilustrações, ilustrando as 6 áreas bucais, as 4 oclusais e as 6 linguais. O grupo con-

trole, na quarta escola, não recebeu instruções. Um higienista dental instruiu cada um dos

três grupos experimentais e reforços eram dados antes e após as instruções. Avaliadores observaram os movimentos das crianças no espelho ao executarem o método^ de^ escovação e registraram quais das dezesseis áreas as crianças esforçaram-se em lirnpar.^ Os^ resultados obtidos foram: ' (a) o^ uso^ de^ escovação^ individual^ aumentou^ a^ efetividade^ da^ instrução^ em^ 53%; (b) o^ uso^ de^ outros^ meios^ de^ demonstração^ não^ ajudou^ a^ instrução^ e; (c) uma^ sessão^ de^ vinte^ minutos^ de^ instrução^ em^ modelo^ de^ gesso^ não^ foi signi- ficativa nas mudanças da prática de escovação. WEVER, AVERILLÕ3^ avaliaram^ instruções^ de^ escovação, aplicadas^ em^3 esco- las públicas (^) de Webster, New York (^) (USA), para três grupos, consistindo cada grupo de 2 primeiras séries e uma segunda série primárias. Uma higienista dental ministrava 3 sessões de (^) instruções de vinte minutos por semana para cada classe, nos grupos A^ e B.^ As crianças do grupo B também escovavam seus dentes após o lanche escolar, sob^ a^ supervisão^ dos professores da classe. O grupo C não recebeu instruções nem^ orientação^ prática.^ Dois^ ob- servadores analisavam o método de escovação utilizado pelas crianças, sendo^ cada^ criança observada individualmente no inicio do estudo, após a última sessão^ de^ instrução^ e^ três^ me-

ses após. Os resultados foram:

(a) 75%^ dos^ alunos^ do^ grupo^ A^ e^ 85%^ do^ grupo^ B^ escovaram^ seus dentes^ pelo método ensinado; (b) ambos^ os^ grupos^ aumentaram^ em^ 85%^ o^ número^ das^ áreas^ linguais^ escova- das;

i

(c) três^ meses^ após,^ os^ mesmos^ resultados^ provaram^ uma^ excelente^ memoriza-

ção do^ método^ de^ escovaçao; ç^ (d)^ o^ tempo^ total^ de^ instrução necessário^ para^ que^ as^ crianças^ das^ 1*^ e^ 2ã^ séries

cA1>Í'mLo 2 -^ REvrsÃo DA LITERATURA 16

aprendessem a executar corretamente um método de escovação foi de 1 hora. LINDI-IE, KOCH36^ desenvolveram um estudo para investigar se a escovação supervisionada poderia diminuir ou inibir^ a^ progressão^ da gengivite.^ O^ estudo^ foi^ realizado

com 64 escolares com idades entre 12 e 13 anos, do sul da Suécia. Os escolares foram di-

vididos em grupo experimental e controle. O grupo experimental realizava diariamente es- covação dental^ supervisionada.^ O^ grupo^ controle^ não^ recebeu^ nenhuma^ orientação^ ou^ su-

pervisão na realização de higiene dental. Os níveis de gengivite e higiene bucal^ foram verifi-

cados através dos indices propostos por Loë e Silness (^) (1963) e Silness e Loë^ (1964) res-

pectivamente. -Os^ dados obtidos no lg exame (1965) foram comparados com os dados ob-

tidos no 22 exame (^) (1966), isto (^) é, após decorrido um ano de escovação supervisionada.^ Os autores observaram que em (^) relação ao grupo controle, no qual a gengivite aumentou 75% nas áreas examinadas, as condições gengivais, no grupo experimental, melhoraram^ em^ cerca de 56%. LINDHE, KOCH35,^ em um segundo trabalho, com os^ mesmos^ pacientes^ de pesquisa anterior, investigaram se a escovação supervisionada obtinha^ prolongada^ efetivi- dade sobre a higiene dental e gengivite. A escovação supervisionada^ realizada^ com^ o^ grupo experimental foi cessada, e após um ano, foram realizados^ novos^ levantamentos^ de^ índice

gengival e de placa com os grupos experimental^ e^ controle.^ Os^ resultados^ demonstraram

que, sem^ a supervisão^ da^ escovação,^ o^ grupo^ experimental e^ o^ grupo^ controle^ apresentaram saúde gengival semelhante. Segundo os autores, embora^ as^ instruções preliminares^ de^ higie- nei (^) dental sejam (^) significativas, elas não possuem efeito duradouro, porque é dificil modificar

o comportamento de pacientes, no que se refere à higiene dental.

gd FERRIS,^ WILSLOW"^ enumeraram^ os^ princípios^ a^ serem^ seguidos^ para^ que^ a

educação do paciente seja bem sucedida. Dentre^ os^ princípios^ enumerados,^ temos:^ o^ pacien-

te deve compreender os objetivos do tratamento, principalmente a importância^ da^ remoção da placa bacteriana, deve participar diretamente do tratamento, o^ que^ lhe^ dará^ melhor aprendizagem que progredirá mais rapidarnente quanto maior motivação lhe^ for propiciada. Em correlação com seu progresso, deve receber novas^ instruções^ e^ ser^ elogiado^ sempre que se (^) apresentar oportunidadel

CAPÍTULO 2 -^ REVISÃO DA LITERATURA 17

dos (^) pacientes, puderam verificar que: (a) o^ resultado^ da^ motivação dos^ pacientes^ e^ seus^ pais^ foi^ considerado^ signifi- cante;

A

(b) a^ técnica^ de^ escovação^ de^ Fones^ foi^ aplicavel^ com^ resultados^ satisfatórios,

devendo-se (^) insistir na escovação da face lingual dos dentes, onde houve maior (^) incorreção da (^) técnica; - (c) o^ indice^ de^ higiene^ oral^ sirnplificado^ não^ diminuiu^ constantemente,^ porém,

os dados evidenciaram diminuição do primeiro para o último exame. Os autores enfatizaram
que uma divulgação maior do significado da escovação dentaria deveria^ ser^ recomendada

para melhorar as condições de saúde bucal. CUNHA, TINOCO14^ realizaram^ um^ trabalho^ a^ fim^ de^ comprovar^ a^ viabilidade de controlar mecanicamente a placa, através da escovação correta.^ A^ amostra^ era^ composta

por 14 escolares de 10 a 13 anos, divididos em grupos experimental e controle.^ As^ crianças

do (^) grupo experimental receberam instrução sobre métodos de higiene bucal, receberam es- covas infantis macias e instruções sobre as técnicas^ de^ escovação^ de^ Bass.^ O^ grupo^ controle

foi instruído a não alterar seus hábitos de higiene. Os índices periodontal de Russel e^ de

higiene (^) oral de Green e Verrnellion foram anotados em fichas e foram tiradas fotografias coloridas. Após (^8) semanas, foram registrados novos indices e novas fotografias foram^ tira-

das. As crianças do grupo experimental tiveram uma melhora clínica, enquanto^ as^ crianças

do (^) grupo controle não tiveram melhora alguma. SILVA52 (^) estudou o tempo de ensino necessário para o aprendizado das técnicas de escovação de Fones e de Stillman Modificada, em^ duzentos^ escolares^ do^ município^ de São José, Santa Catarina, com idades^ entre^7 e^11 anos.^ As^ crianças^ foram^ separadas^ em

grupos de acordo com a idade, sexo e técnica de escovação ensinada e receberam^ instru-
ções sobre a^ importância^ da^ prevenção^ para^ a^ saúde^ buco-dental^ e^ geral,^ como^ também^ so-

bre escovação dos dentes. Foram ministradas aulas teóricas, teórico-práticas^ e^ práticas^ diá-

rias, no máximo^ de 9^ aulas^ por^ criança, até^ que^ todos^ os^ escolares^ dos^ diferentes^ grupos

fossem considerados aptos. Foram efetuadas avaliações do^ aprendizado,^ a^ partir^ da^ 4°^ aula, ocasião em que se iniciaram^ os reforços de^ aprendizado,^ realizados^ através^ de^ exercícios supervisionados sobre a técnica de escovação ensinada. Cada^ período^ de^ ensino^ foi^ crono-

CAPÍTULO 2 -^ REVISÃO DAÍLIIERATURA^19

metrado e anotado. O autor concluiu que os escolares estudados estavam aptos a aprender

qualquer uma das duas técnicas de escovação focalizadas, que o tempo de ensino necessário

para o aprendizado da técnica de Fones foi menor em^ todos os grupos, com exceção do

grupo de ll anos, onde observou uma tendência para resultados inversos; que^ não houve

diferença estatisticamente significante entre^ os^ sexos, quanto ao^ tempo^ de^ aprendizado;^ que

o tempo^ médio de aprendizado diminuiu com o^ aumento^ da^ idade.^.

Q GUEDES-Primo,^ RrzzATo,^ CALHEIROS”^ zswdmm^ duas^ récniezs^ de^ es- covação em^120 crianças de^ 7 a 11 anos, alunos^ de^19 grau^ de^ escolas^ municipais^ de^ São Paulo (^) (SP), divididas em dois grupos. As técnicas de Stillman e de Fones foram ensinadas, uma para cada (^) grupo, durante um período de 5 dias, com aulas teóricas e práticas, seguin- do-se (^) um período de constantes avaliações e reforços de ensino. Foi feita a evidenciação da placa (^) bacteriana e levantado o índice de Greene e Vemiillion simplificado (II-IO-S). Segun- do o desempenho na (^) execução das técnicas, as crianças foram classificadas em^ grupos A (bom), B^ (regular) e^ C^ (mau). Os^ resultados^ demonstraram^ que^ um^ maior^ número^ de^ crian-

ças que^ seguiram^ a^ técnica^ de^ Fones^ foi^ incluído^ no^ grupo^ A, quando comparado^ com^ o^ de

crianças que seguiram a técnica de Stillman; o II-IO-S^ diminuiu em 26,6% das crianças que escovaram os dentes seguindo a técnica de Fones, e em 13,6% das que^ escovaram^ seguindo a de Stillman; o IHO-S^ aumentou em 51,6% das crianças que escovaram^ os^ dentes^ de^ acor- do com Stillrnan, e em (^) 41,5% das que escovaram de acordo com Fones.

5 ALBINO,^ JULIANO,^ SLAKTER2^ realizaram^ um^ trabalho^ para^ determinar^ se

métodos de instrução combinados com motivação poderiam^ influir^ positivamente,^ nos^ hábi-

tos de (^) escovação dentária e uso do fio (^) dental, de jovens estudantes. Essa pesquisa foi feita durante 3 anos, em 1500 estudantes de 33 escolas diferentes de Buffalo^ (U SA)Í Os^ autores observaram que quanto mais ativo o método maior foi a alteração do comportamento^ e^ que houve diminuição significativa do índice de placa^ para^ o^ grupo^ que^ recebeu^ atividades^ ins- trucional (^) e motivacional, mas não houve mudanças significativas no índice^ de^ gengivite. Este aspecto levou-os^ a^ sugerir^ a^ necessidade^ de^ serem^ pesquisadas^ combinações^ de^ técni- cas mais capazes de motivar do que transmitir informações. (^) ¡,›¿

CAPÍTULO 2 -^ REVISÃO DA^ LITERATURA^20