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O Deus da Idade Média: Conversas com Jean-Luc Pouthier - Análise da Obra de Jacques Le Gof, Resumos de História Medieval

Uma análise crítica da obra “o deus da idade média” de jacques le goff, explorando a concepção de deus na sociedade medieval através de um diálogo com jean-luc pouthier. O texto aborda temas como a representação de deus, a relação entre deus e o homem, a influência da igreja e a evolução da imagem de deus ao longo da idade média.

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 31/10/2024

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
Escola de Filosofia Letras e Ciências Sociais
Resumo do livro: “O Deus da Idade Média” de Jacques Le Goff
Estudante: Nycole Botelho dos Santos
Turno: vespertino. Prof. Dr. Dirceu Marchini Neto
UC: História Medieval
Guarulhos
2023
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

Escola de Filosofia Letras e Ciências Sociais Resumo do livro: “O Deus da Idade Média” de Jacques Le Goff Estudante: Nycole Botelho dos Santos Turno: vespertino. Prof. Dr. Dirceu Marchini Neto UC: História Medieval Guarulhos

“O Deus da Idade Média” de Jacques Le Goff Introdução O livro é dividido em quatro capítulos: “1. De que Deus se trata?”; “2. Duas figuras maiores, o Espírito Santo e a Virgem Maria”; “3. A sociedade medieval e Deus”; “4. Deus na cultura medieval”. Além desses capítulos, o livro conta com uma introdução e uma conclusão. A introdução nos mostra as principais ideias a serem abordadas ao longo do livro e seus principais objetivos. Le Goff deixa claro neste início que o assunto que lhe interessa tratar é Deus e não a religião no conjunto da cristandade. Cita a importância da virada na humanidade causada pela mudança de crenças e cultos a divindades plurais (paganismo antigo) para a crença em uma divindade. Outra especificidade do Deus cristão é que, diferente do Deus do judaísmo e do islam, ele pode ser representado. Não apenas isso, mas sua concepção está intrínseca às características humanas, ou seja, é antropomorfizado. Essa característica, segundo o autor, é adquirida por essa figura divina durante o medievo. A grande questão para Le Goff é como as pessoas da Idade Média concebiam Deus e como se relacionavam com ele, na prática e não apenas na teoria dos dogmas da religião. Haviam “diferentes ‘Deus””^1 , porque havia diferentes formas dos variados setores da sociedade de se relacionar com esta mesma divindade. Sendo assim, a ideia de monoteísmo, na oficialidade, fica um pouco mais complexa e deve ser entendida com outras formas de politeísmo. “O Deus concreto dos homens e das mulheres da Idade Média foi ora o Deus Pai, ora o Deus filho, ora o Espírito Santo”^2. Nesta introdução o autor também chama a atenção para um fato importante que é a inserção de uma figura feminina ao lado da Trindade divina: a Virgem Maria. O historiador termina dizendo que também se debruçará, de alguma forma, sobre a história de Deus, mantendo o respeito às crenças. Capítulo 1 - De que Deus se trata? O livro se dá em uma espécie de diálogo entre Le Goff, que responde e explica as observações de Jean-Luc Pouthier, seu interlocutor. (^2) Ibid., p.12. (^1) LE GOFF, Jacques. O Deus da Idade Média : conversas com Jean-Luc Pouthier. Tradução de Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007, p.11.

Pouthier comenta que isso era um absurdo para os filósofos críticos do cristianismo. Le Goff prossegue dizendo que de fato o cristianismo era um escândalo aos gregos e romanos cultos, parte do establishment. Pouthier questiona como esse escândalo se tornou referência como religião a partir dos séculos V e VI e em que Deus eles acreditavam neste momento. Le Goff começa relembrando esse Deus da Idade Média era o Deus oficial, sem concorrência. No entanto, essa passagem para o monoteísmo não deve ser vista como algo homogêneo. As pessoas ainda mantinham em suas vidas os personagens sobrenaturais. Mas isso não era incompatível ao monoteísmo, pois esses personagens não eram divinos como Deus. Uma outra questão que o autor aborda é o caráter de Deus, que era justo, mas também podia ser terrível. Procurava-se explicações para o que parecia maldoso em Deus. Mas também foi a Idade Média que criou “Bom Deus”, que por sua vez suscitou heróis: os santos. Eram eles pagãos que através do martírio se aproximavam da divindade e tornavam-se intermédios de Deus e fiéis. As relíquias dos santos passaram a definir os lugares de reza, materializando a onipresença de Deus. Pouthier denota um paradoxo nisso e Le Goff afirma que isso se dá, santos e anjos, porque eles não estão no mesmo nível de Deus. Mas há também o processo importante de “deslocalização”^3 , que consiste da não necessidade de estar nesses espaços para as rezas e surge a figura do anjo da guarda, que acompanha e protege os indivíduos. Entrando em outro assunto, Le Goff fala sobre o dogma da trindade (três pessoas em um). É das noções dessa trindade que nasce as heresias. Le Goff mostra diferentes concepções dessa trindade, entre elas a estabelecida em Nicéia, em que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. Já o clero oriental em sua maioria considerava que ele procedia apenas do Pai. O autor também cita o arianismo, o monofisismo e o pelagianismo, como diferentes concepções dessas figuras sagradas (tratam também da natureza humana e sagrada de Cristo). Aponta que essas discussões interessavam a poucos setores da sociedade e não às multidões ocidentais. Para a maioria dos cristãos cada uma das três pessoas da Trindade eram pensadas de formas diferentes e na prática cotidiana os cristãos se dirigiam mais a um ou a outro desta trindade. Le Goff aponta que as imagens são importantes para entender isso. A partir do período carolíngio as imagens que privilegiam o Deus Pai eram mais abundantes. Em seguida o Filho passa a ser mais presente e segundo o autor, não apenas o Deus dos homens, mas um deus que também homem que se sacrifica para a salvação de cada um. Um exemplo disso é a pobreza e humildade assumida por São Francisco de Assis, que imitava a Jesus. Essa devoção (^3) Ibid., p.32.

de Cristo também correspondia ao contexto vivido, já que os séculos XIII e XIV foram de epidemias, guerras e crises. Mas as representações de devoção de Cristo também trazem um reequilíbrio de Deus, em que o Pai carrega seu Filho e sobre ele a pomba do Espírito Santo. Capítulo 2 - Duas figuras maiores, o Espírito Santo e Virgem Maria O segundo capítulo dá continuidade ao diálogo e Pouthier comenta sobre a figura abstrata do Espírito Santo, ao que Le Goff explica que a partir do século XIII, o Espírito Santo era algo como “Deus ex machina”^4. Afirma que nesse momento há uma maior importância e intervenção do Espírito Santo e que os homens da Idade Média, clérigos (principalmente) e leigos, discutiam dentro da teologia qual o lugar que o Espírito Santo ocupava. A partir daí surge o tema dos sete dons do Espírito Santo, muito importante no período e que é responsável pela penetração deste membro da trindade na vida social. Ao ser questionado de que maneira isso acontece, Le Goff explica que o Espírito Santo se adequa às atividades da sociedade feudal urbana e artesanal. Têm maior ressonância nas atividades coletivas: ordens mendicantes, confrarias e também nos hospitais. Esse Espírito Santo agora estava dentro do acolhimento ao público e não mais se limitava a “descer sobre os reis convertidos”^5. Pouthier questiona se houve mudança no discurso religioso e teológico neste período e Le Goff responde que esse interesse pelo Espírito Santo aparece também nos sermões. Em meados do século XIII o tema desta figura sagrada era moda, muito por causa dos debates em torno de seus dons e virtudes. Discutia-se se os dons do Espírito Santo seriam fonte ou efeitos da virtude. Ao ser indagado sobre quais seriam esses dons, Le Goff diz que eles estão na bíblia, enumerados por Isaías: o temor; a piedade; a ciência; a força; o conselho; a inteligência e a sabedoria. Santo Agostinho adota os dons e faz um intermédio entre as passagens da bíblia e o cristianismo. Em sua interpretação o dom do temor, último, passa a ser o primeiro. Outra característica é que o homem solicita à Deus os dons para obtê-los. Os dons do Espírito Santo é algo que se fixa na relação entre Deus e os Homens e a partir de Sto. Agostinho a ciência ganha maior foco. Assim, não é absurdo pensar nessa relação entre o Espírito Santo e a democratização do saber neste período, que passa a ocupar espaços das escolas urbanas e universidades. Ao afirmar que a escolástica de Tomás de Aquino traz uma solução para os debates em torno do Espírito Santo, Le Goff é questionado sobre qual solução seria. Explica que para (^5) Ibid., p.45. (^4) Ibid., p.43.

crises da época e principalmente da peste, pois a peste seria o castigo de deus para os pecados dos homens. Capítulo 3 - A sociedade medieval e Deus O capítulo começa com Pouthier comentando sobre o caráter pessoal e coletivo de Deus e perguntando quais eram as características dessa sociedade. Le Goff explica que esta sociedade sai da Antiguidade tardia e entra no sistema feudal, que é ao mesmo tempo econômico, ideológico e político. Explica brevemente esse sistema feudal, caracterizado por uma hierarquia social que também era hierarquia de poderes. Diz que na base dessa hierarquia haviam escravos e servos principalmente. Depois deles vem os senhores: proprietários, exploradores e beneficiários. O principal poder dominante da Idade Média e dessa sociedade eram os clérigos que formavam a Igreja. A estrutura hierárquica política poderia ser de dois tipos, os governos urbanos, que tinham magistrados urbanos. Mas também os governos com aspecto estatal e que geram monarquias. Essa organização social era diferente no caso do Império, explica Le Goff. No sacro Império Romano-Germânico, a figura do imperador era superior a de reis e príncipes da cristandade. Ele possuía relações especiais com Deus. Pouthier questiona sobre o lugar de Deus neste sistema, ao que Le Goff começa respondendo que Deus é um senhor. É o senhor dos senhores e seu poder está ligado ao fato dele ser um rei. Aparece como uma continuação dos reis do Antigo Testamento, até mesmo na iconografia. Deus é frequentemente representado com uma aparência monárquica. Le Goff diz que diferentemente do Deus muçulmano e judaico, o Deus cristão é representado por imagens. Essas imagens mostram um Deus sob a forma humana. Mas por muito tempo o Deus Pai foi representado por um símbolo: a imagem de uma mão que saia das nuvens. Essa imagem tem a função de comando, que caracteriza o Deus cristão. É uma mão que ordena, pune e protege. Pouthier questiona se o Deus pai ocupa um lugar superior na Trindade. Le Goff responde falando sobre as funções das pessoas da Trindade. O Deus Pai exerce a função de dominação no estilo monárquico ou até imperial. Lembra que o imperador estava no ponto inicial de modelo terrestre de Deus. O tema da Majestade serve para pôr em funcionamento a dominação. Esse tema tem início na prática imperial, - da antiguidade tardia - a “majestas”^6 carrega um caráter sagrado. Na iconografia cristã, os personagens sentados estereotipicamente reforçam essa ideia de majestade. Essa representação apenas será atribuída a Deus. Assim, o Deus Pais é representado com mais frequência na Idade Média. (^6) Ibid., p.73.

Neste sentido o Filho também se beneficia, pois cabe a ele julgar o juízo final. Diz que o Cristo do fim da Idade Média era tanto Deus na majestade do juízo final, como Deus crucificado da Paixão. Pouthier pergunta sobre qual relação havia entre a justiça dos homens e a divina. Le Goff diz que a justiça e a paz são dois atributos de Deus aos homens e mulheres. Os príncipes e sobretudo os reis, levarão essa necessidade de fazer reinar a paz. No entanto, a principal intervenção divina do que diz respeito à justiça é o “julgamento de Deus”^7. Trata-se de submeter o acusado à provas, como por exemplo um objeto de metal incandescente, que se o acusado pegasse e não se queimasse seria inocente. Esse tipo de justiça, aos poucos causou uma reação hostil na população, mas tinha a simpatia da aristocracia vulgar. Deus se fazia presente nas batalhas também, que por vezes tinha como finalidade períodos de paz, que ficou conhecido como Paz de Deus. Quando os príncipes e reis tomam o lugar de Deus nesta política, fica-se conhecido como paz do príncipe ou paz do rei. Deus então, interferia nos negócios terrestres julgando pelo princípio de justiça que leve à paz. Pouthier pergunta se o poder político se utilizava das representações de Deus para se auto legitimar. Le Goff responde que não era raro que as pessoas confundissem os reis do Antigo Testamento, com personagens da realidade. Isso lhes permitia serem vistos como associados ao sistema divino e sagrado. Diz que o rei era a imagem de Deus. Pouthier então questiona se houve resistências diante dessa sacralização do poder político, ao que Le Goff responde que sim. As contestações da sacralização da monarquia e do poder feudal existiam e poderiam ser expressas, por exemplo, nos sermões dos sacerdotes. Le Goff cita um que se refere ao primeiro livro de Samuel, dizendo que era preciso desconfiar dos reis e que os reis criavam dissabores. Essas críticas tinham implicações políticas. Pouthier ainda questiona como a igreja estava presente nessa resistência e Le Goff responde com a necessidade de olhar o ponto de vista econômico e social. Fala dos impostos: o dízimo cobrado pela igreja era justificado como algo dado a Deus ou a São Pedro. Já o foro, cobrado pelos senhores também era justificado pela igreja como um ato de fazer a vontade de Deus, pois ele havia confiado poder aos senhores. Para Le Goff, nada de importante no mundo feudal se passa sem estar relacionado a Deus. O regime feudal e a Igreja possuíam uma ligação forte e assim não era possível que um fosse destruído sem ao menos abalar o outro. Capítulo 4 - Deus na cultura medieval (^7) Ibid., p.76.

Pouthier diz que Le Goff falou sobre a teologia, mas também havia mencionado os sacramentos como instrumentos de dominação da Igreja. Le Goff diz que para satisfazer o desejo de contato direto com Deus - sem renunciar sua dominação - a Igreja evoluiu o sistema de sacramentos. Entre eles estava a obrigatoriedade do batismo, que além de salvação funcionava como um credenciamento do indivíduo junto a Deus. Também havia a confissão, a obrigatoriedade de falar o latim com Deus e a oração. O desejo de contato direto com Deus foi apenas parcialmente satisfeito com a oração. Pouthier questiona em que se baseia a crença dessas pessoas, ao que Le Goff responde que é a fé. Junto à fé, estavam as manifestações terrestres de Deus: os milagres. Eram sinais naturais ou não naturais extraordinários ou excepcionais que manifestaram a existência de Deus. Eram monopolizados por Deus, mas também podiam ser feitas pelos santos. Pouthier comenta que a Igreja sempre teve uma dificuldade de admitir os milagres que não os feitos por Jesus ou Deus. Le Goff fala sobre a relação de Deus com as leis da natureza e as manifestações dos milagres por ela. Le Goff fala sobre uma nova noção que aparece: o mágico. Trata-se de neutralizar racionalmente as manifestações pagãs sob a direção de Satã. A Igreja também introduz a categoria do maravilhoso, que era algo excepcional e se parecia com um milagre, mas não era. Pouthier pergunta se o homem ainda tinha lugar em uma sociedade tão impregnada por Deus e Le Goff trata sobre a questão de como o homem se define diante de Deus. Fala, a partir da bíblia, que a primeira imagem do homem é como criação paternal de Deus e depois do pecado original a bíblia passa a insistir na imagem do homem pecador. É no coração da Idade Média que a primeira imagem do homem sobressai, o homem à imagem de Deus. Cita também que a imagem do homem no velho testamento é a de Jó, com sua insignificância e obediência. Pouthier questiona se era possível falar em um humanismo medieval. Le Goff fala sobre duas profundas novidades na imagem do homem: o homem que é objeto da salvação e o homem que é fonte de nenhum valor. Diz que o homem da Antiguidade Tardia à Idade Média é objeto de um humanismo ambivalente. Afirma que é possível falar de humanismo medieval que combina o valor do homem na criação e cultura da civilização antiga. Fala sobre um importante renascimento na humanidade medieval no século XII que traz uma valorização do homem cristão, combinando ideias de Sócrates. Já a partir do século XVIII, a figura de Cristo ganha mais espaço e o homem pela primeira vez passa a receber os estigmas de Cristo. O fim da Idade Média é marcado pelo tema da imitação de Jesus Cristo.

Conclusão Le Goff retoma falando que a substituição do politeísmo pagão pelo monoteísmo foi um grande acontecimento da Antiguidade tardia, pelo ponto de vista religioso. Só existia um Deus, mesmo que na realidade material seja perceptível algumas diferenças entre as pessoas da Trindade e o acontecimento da promoção da Virgem. Questiona onde vive o Deus dos cristãos da Idade Média e passa a tratar da mudança de paisagem desde o fim do Império romano. Fala da fragmentação e recomposição ocorrida: Cristianismo romano (Ocidente); cristianismo ortodoxo grego (Oriente); islã (Irã à Espanha); judaísmo (diáspora). O autor afirma que essa transformação é o triunfo do monoteísmo. Trata das origens em comum desse monoteísmo, mas que o Deus dos cristãos ignorava Javé, apesar do parentesco entre os dois se manter na Idade Média. Os cristãs tinham consciência de ter em comum com os judeus o antigo testamento. Sabiam que Jesus era judeu. A dificuldade de afastar Javé do Deus Cristão, pesou na Idade Média. Javé podia ser confundido com o Deus Pai, identificado mais com o Deus Cólera. A encarnação aparece como uma necessidade de ultrapassar o Deus judeu. O Deus cristão se orientava em duas direções: o protetor (Bom Deus) e o sofredor (da Paixão). Termina dizendo que à medida que o antijudaísmo se desenvolvia, pouco a pouco os cristãos rejeitavam o Deus dos judeus, assim como falsos deuses e o Deus dos muçulmanos. Referências bibliográficas LE GOFF, Jacques. O Deus da Idade Média : conversas com Jean-Luc Pouthier. Tradução de Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.