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Guias e Dicas
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O Desenho da Comunicação como Conhecimento Rui Carlos ..., Notas de aula de Desenho

agradecimentos. Page 10. Page 11. Conhecimento, Cultura, Desenho, Design de Informação, Liberdade,. Linguagem, Metáfora, Poética, Representação. As últimas ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Marcela_Ba
Marcela_Ba 🇧🇷

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Universidade de Aveiro Departamento de Comunicação e Arte
2014
O Desenho da Comunicação como ConhecimentoRui Carlos Ferreira
Cavadas da Costa
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Universidade de Aveiro Departamento de Comunicação e Arte

Rui Carlos Ferreira O Desenho da Comunicação como Conhecimento

Cavadas da Costa

Doutor Helmuth Robert Malonek

Professor Catedrático, Universidade de Aveiro

Doutor António Modesto Nunes

Professor Associado, Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto

Doutor Jorge dos Reis

Professor Auxiliar, Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa

Doutora Katja Tschimmel

Professora Adjunta, Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos

Doutor Vasco Afonso da Silva Branco

Professor Associado, Universidade de Aveiro

Doutor Donato Ricci

Professor Auxiliar Convidado, Universidade de Aveiro (Orientador)

presidente

vogais

o júri

“O ponto mais alto da razão é confirmar este escorregar do solo sob os nossos passos, chamar pomposamente interrogação a um estado de estupor continuado, procura de um caminhar em círculo, Ser que nunca é completamente? § Mas esta decepção é a do falso imaginário, que reclama uma positividade que preencha exactamente o seu vazio. É o lamento de não ser tudo. (…) Se nenhuma pintura conclui a pintura, se mesmo nenhuma obra está absolutamente concluída, cada criação muda, altera, esclarece, confirma, exalta, recria ou cria de antemão todas as outras. Se as criações não são algo adquirido, não é apenas porque, como todas as coisas, passam, é também porque têm quase toda a vida à sua frente.”

Merleau-Ponty

Por opção do autor, esta dissertação está redigida segundo os instrumentos ortográficos anteriores ao acordo ortográfico.

Conhecimento, Cultura, Desenho, Design de Informação, Liberdade,

Linguagem, Metáfora, Poética, Representação.

As últimas décadas do séc. XX assistiram a um crescente protagonismo

do Design de Informação que, desde então, tem sofrido inúmeras formas

e designações, num processo de afirmação e auto descoberta.

A proliferação de dados disponíveis deu ao design e em particular a

este ramo do desenho para a compreensão, uma visibilidade crescente

e a responsabilidade de encontrar, a partir da informação, novos meios

para a construção de sentido. Do design à engenharia informática, são

várias as disciplinas que convergem hoje nesse desígnio ainda que sob

diferentes modelos e ferramentas.

Esta convergência promove uma comparação entre modelos, que

tendem a ser tanto mais valorizados quanto mais objectivas as

representações. De Playfair a Bertin, as representações gráficas dos

últimos duzentos anos têm-se situado no âmbito de disciplinas como

a Economia, Sociologia ou a Gestão, explorando metáforas funcionais

com vista à evidência da tradução numérica. O Design, enquanto

mediador cultural e através do Desenho, tende a acrescentar ao mesmo

exercício uma dimensão narrativa ou ilustrativa, convocando a própria

existência do autor na interpretação dos mesmos dados numéricos.

Com esta investigação, novos processos de semiose se oferecem,

associando à objectividade dos dados quantitativos, a subjectividade da

cultura formulada a partir do indivíduo enquanto intérprete. Na procura

do conhecimento, reconhece-se assim que o desenho da informação

ganha competências pela mediação da experiência, religando ética,

técnica e estética.

palavras-chave

resumo

Culture, Drawing, Freedom, Information Design, Knowledge,

Language, Metaphor, Poetics, Representation.

The last decades of the twentieth century witnessed the growing

importance of information design, which since then has been

characterised and named in many ways, through processes of

affirmation and self- discovery. The flood of available data gave design

  • and namely this field of design for understanding – an increased

visibility and a responsibility to find new ways of making sense through

information. From design to computer sciences, there are several

disciplines that converge in this endeavour, although different tools and

models are employed.

This convergence enables a comparison between models of

representation, which tend to be more respected when neutral and

rational. From Playfair to Bertin, graphical representations of the past

two hundred years have been produced mainly within disciplines such

as Economy, Sociology or Management, exploring functional metaphors

in pursuit of evidence through numerical translation. Design, as cultural

mediator and through Drawing, tends to add to the same exercise

a narrative or illustrative dimension, summoning the author’s own

existence in the interpretation of the same numerical data.

With this research, new processes of semiosis are offered, by adding to

the objectivity of quantitative data the subjectivity of culture, conveyed

through the individual as interpreter. In the search for knowledge,

information design gains skills through the mediation of experience,

reconnecting ethics, technics and aesthetics.

keywords

abstract

Nota prévia

“Seeing comes before words” John Berger (2008, capa)

Ao longo desta investigação, dedicada ao importante papel que a visualidade desempenha na obtenção e comunicação de conhecimento, as imagens adquirem um papel central na argumentação proposta. Desde os esquemas de composição, da paginação à tipografia, passando pela inserção das imagens, ora integradas na linearidade do texto ora como discurso paralelo, os vários elementos visuais que a par do

Fig. A Symbolic Head Arthur Merton, 1879

Introdução

O Desenho da Comunicação como Conhecimento. Rui Carlos Costa Introdução 19

texto vão construindo este trabalho serão conteúdo em si próprios e não apenas elementos ilustrativos do discurso verbal. Ou melhor, serão às vezes ilustrações e às vezes serão ilustradas por legendas, que por sua vez tornam de novo a imagem em ilustração dessa legenda. Não haverá dúvidas de que as imagens serão outras depois da sua legenda, e vice-versa. “Within it we could begin to define our experiences more precisely in areas where words are inadequate. “ (Berger 2008, 26).

Poderá por vezes acontecer que seja o texto a ilustrar ou legendar um discurso visual, sendo cada imagem argumento, ilustração, legenda ou citação.

Citações

“I quote others only to better express myself” Michel de Montaigne

As citações constituem-se como traves mestras nesta dissertação. Os pensamento materializados nesses parágrafos ou expressões surgem ora integrados no correr das nossas palavras ora autonomizados, mas sempre na sequência de uma linha argumentativa para onde essas palavras e autores são convocados.

“Traduttore, Traditore”

Uma outra questão prévia prende-se com os idiomas. Ao longo do trabalho, as citações serão inseridas no idioma original, salvo quando extraídas de uma obra já traduzida, ou se originários de um idioma pouco frequente e por isso ilegível por uma grande parte dos expectáveis leitores. Como refere Von Humboldt, uma linguagem não é apenas uma forma diferente de dizer a mesma coisa, mas uma forma diferente de a considerar. Salvo excepções, essas formas serão assim respeitadas.

“Language is, as it were, the external manifestation of the minds of peoples. Their language is their soul, and their soul is their language.” Wilhelm von Humboldt (1988 (1836)

20 Introdução O Desenho da Comunicação como Conhecimento. Rui Carlos Costa