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prevalência de doenças crônicas como a hipertensão arterial, ... sódio em idosos hipertensos. ... TCC (Graduação em Enfermagem) - Área de Ciências.
Tipologia: Resumos
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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, para obtenção do Certificado de Especialista. Orientadora: Dr.ª Lúcia Aparecida Ferreira
O envelhecimento populacional rápido e intenso são razões para a crescente prevalência de doenças crônicas como a hipertensão arterial, que é uma das causas de morbimortalidade prematura pela grande prevalência e por como objetivos conhecer o estado nutricional e verificar o consumo de alimentos/bebida ricos em sódio em idosos hipertensos. Estudos mostram que pessoas do gênero feminino se cuidam mais. Sendo que a maioria apresenta, excesso de peso, principalmente no gênero masculino. Quanto à frequência do consumo de alimentos/bebida ricos em sódio geralmente há predomínio de uma à três vezes com/sem em ambos os gêneros. Diante do alto índice de distúrbios nutricionais encontrados ressalta-se a necessidade de medidas educativas que influenciem em mudanças de hábitos alimentares tanto para o controle de fatores de risco da hipertensão arterial, quanto para a prevenção de futuras complicações e para promoção de uma melhor qualidade de vida para estes indivíduos.
Palavras-chave : Idosos. Estado Nutricional. Hipertensão Arterial. Consumo de Sódio.
The rapid and intense population aging are reasons for the growing prevalence of chronic diseases such as hypertension, which is one of the causes of premature morbidity and mortality by the great prevalence and how objectives meet the nutritional status and verify the consumption of food/drink rich in sodium in elderly hypertensive. Studies show that people of the female gender care more. Most features, overweight, mainly in the masculine gender. As for the frequency of consumption of food/drink rich in sodium usually there is a predominance of one to three times with/without in both genders. Given the high rate of nutritional disorders found emphasized the need for educational measures which affect on changes of eating habits for both the control of risk factors of hypertension and for preventing future complications and to promote a better quality of life for these individuals.
Keywords: elderly. Nutritional Status. Arterial Hypertension. Sodium consumption.
Tabela 1 – Classificação da pressão arterial de acordo com a medida casual no consultório (> 18 anos)................................................................................... 20 Tabela 2 – Peculiaridades na medida da pressão arterial e no diagnóstico da hipertensão no idoso....................................................................................... 21 Tabela 3 – Classes de anti-hipertensivos disponíveis para uso clínico................. 25
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dos vasos. A HA é uma pressão sistólica superior a 140 mmHg e uma pressão diastólica maior de 90 mmHg durante um período sustentado, com base na média de duas ou mais mensurações da PA, obtidas em dois ou mais contatos com o profissional de saúde, depois de uma triagem inicial. A HAS é classificada de acordo com a causa, a gravidade e o tipo, além das elevações típicas da PA. Os dois tipos básicos são: hipertensão idiopática, também conhecida como primária ou essencial que é a mais comum (90 a 95% dos casos) e a hipertensão secundária, causada por uma doença renal ou alguma outra coisa detectável (BOUNDY et al., 2004). O agente exato na maior parte dos casos de HAS não é identificado, contudo sabe-se que é uma condição multifatorial. Vários são os agentes de risco que associados entre si e a outras condições favorecem o aparecimento desta patologia, sendo eles: idade, sexo, hereditariedade, raça, obesidade, estresse, anticoncepcionais orais, dieta rica em sódio e gorduras e diabetes mellitus (TRINDADE et al., 2007). As medidas não farmacológicas são experimentadas em primeiro lugar, especialmente nos casos brandos recém-detectados. Se essas medidas forem inúteis, o tratamento evolui de maneira progressiva para incluir vários tipos de agentes anti-hipertensivos (BOUNDY et al., 2004). Após o diagnóstico de HAS faz - se indispensável a mudança no estilo de vida do indivíduo. A HAS ocasiona mudanças significativas na vida dos pacientes, sejam elas na esfera psicológica (sensação de impotência, de medo), familiar (deixar de viajar com a família), social (isolamento, perda das atividades de lazer) ou econômica (deixar de trabalhar, aposentadoria) pela possibilidade de agravos em longo prazo (MANTOVANI et al., 2008). Socialmente, a doença crônica afeta a função ou o papel que o indivíduo desempenha perante os demais, de acordo com os valores, crenças e a cultura de cada um e, consequentemente, afeta os demais setores sociais como economia, educação, trabalho e lazer (BLACK et al., 1996). Para Ximenez e Melo (2010), o controle adequado da HAS não é suficiente apenas às medidas de orientação, mas também, estratégias que auxiliem os
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indivíduos na mudança de atitude, exigindo ações de prevenção e promoção da saúde. As mudanças de hábitos devem ser esclarecidas ao paciente através da administração de palestras explicativas e distribuição de folhetos sobre os fatores de riscos e sobre sua atuação na HAS, de acordo com a faixa etária dos hipertensos (CONVERSO; LEOCÁDIO, 2005). Assim, é fundamental o acompanhamento sistemático dos indivíduos acometidos por este agravo, especialmente no nível da atenção básica à saúde, mais próximo e acessível a essa população (COELI et al., 2009).
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3.1. Geral
Dar a definição de HAS, seu diagnóstico e sua prevenção.
3.2. Específicos
3.2.1. Descrever, de acordo com a literatura bibliográfica, a HAS em idosos.
3.2.2. Conhecer as consequências da HAS.
3.2.3. Saber a melhor forma de preveni-la e trata-la.
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Para efetivação deste trabalho, escolheu se pesquisa bibliográfica abordando a HAS em idosos. A pesquisa bibliográfica é abrangida com o levantamento da bibliografia publicada sobre a HAS, para levar conhecimento ao pesquisador com o material escrito sobre o tema escolhido. Busca-se a solução de problemas, exploração e aprofundamento de novas áreas, constituindo-se no primeiro passo da pesquisa científica. (MARCONI e LAKATOS, 2006) A análise bibliográfica foi realizada entre os períodos de Setembro a Dezembro de 2013, sendo utilizados os descritores: HAS em idosos. Foi composta por uma busca intensa na: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Base de dados de enfermagem (BDENF); Literatura internacional em ciências da saúde (MEDLINE) e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Obteve-se 114 artigos publicados nos anos de 1996 a 2014, dos quais 55 foram escolhidos por serem pertinentes ao assunto. Foram utilizados artigos que continham conteúdos que se enquadravam dentro do tema HAS e os quais se completavam objetivando levar informações relevantes a quem os lessem.
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A principal fonte alimentar de sódio é o cloreto de sódio, o sal comum utilizado na cozinha, nos temperos e no processamento de alimentos (CUPPARI, 2005). O sódio é um dos minerais mais abundantes no organismo e é o cátion predominante do líquido extracelular, regulando o volume do plasma sanguíneo e também ajuda na condução de impulsos nervosos, no controle da contração muscular, nos equilíbrios hídrico, acidobásico e na permeabilidade celular, através da bomba sódio-potássio. O sódio é absorvido ligeiramente no intestino e transportado para os rins, onde é filtrado e, para manter os níveis de sangue adequados, retorna em quantidades necessárias para o sangue. A perda normal de sódio corpóreo, cerca de 90 a 95%, é eliminado através da urina e o resto na transpiração e nas fezes (WILLIAMS, 1997; KRUMMEL, 2000). Algumas mudanças nos hábitos de vida como diminuir a quantidade de sal na preparação dos alimentos, evitar o saleiro à mesa, reduzir o consumo de alimentos industrializados como: enlatados, conservas, frios, embutidos, temperos, molhos prontos e salgadinhos; incluir frutas, verduras e cereais integrais na dieta diária; consumir alimentos com teor de gordura reduzido, moderar o consumo de álcool e cigarro e praticar exercícios físicos podem prevenir ou reduzir a evolução da PA (ZAITUNE et al, 2006). Outro fator de risco importante que contribui para o aumento da PA é o excesso de peso (sobrepeso e obesidade), sendo detectados através da avaliação do estado nutricional (SAMPAIO, 2004). O aumento da adiposidade corporal e sua relação com a HAS não estão totalmente definidos (Ferreira et al, 2000). Carneiro et al (2003) sugerem que a resistência à insulina e à hiperinsulinemia estimula a elevação da atividade do sistema nervoso simpático e da reabsorção de sódio, o que contribui para o aumento da PA. Nos indivíduos com resistência à insulina, que é um hormônio vasodilatador e induz a aumentos do fluxo sanguíneo para a musculatura esquelética, estes efeitos são reduzidos, pois, compromete a vasodilatação o que aumenta a PA (GALVÃO et al, 2002). Entretanto, torna-se importante a monitorização do estado nutricional destes indivíduos, pois, pode-se prevenir e/ou melhorar o aumento da PA, já que através da avaliação nutricional é possível identificar os indivíduos em risco nutricional (SAMPAIO et al, 2005). O método universalmente aplicável para a avaliação do
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estado nutricional, não evasivo e de baixo custo é a antropometria e os métodos antropométricos mais utilizados são o peso, a altura e as pregas cutâneas. O indicador mais usado para identificar riscos nutricionais é o índice de massa corporal (IMC) onde através do padrão de referência para a idade mostra se o peso é apropriado para a altura (ACUÑA et al, 2004). Porém, em idosos seu emprego têm algumas dificuldades em função da diminuição da altura, acúmulo da massa magra e água no organismo (SANTOS et al, 2005), entretanto Deuremberg et al (1989) preconiza que para idosos o IMC seja adaptado, indicando assim um percentual de gordura corporal muito maior do que para indivíduos jovens. Em estudos epidemiológicos onde se correlacionam a dieta com a ocorrência de doenças crônicas, o método de avaliação mais utilizado por ser fácil, prático e econômico é o Questionário de Frequência Alimentar (QFA), onde é possível obter informações qualitativas sobre a frequência e o consumo de alimentos e nutrientes específicos, registrados em unidades de tempo: dias, semanas, mês e sua relação com a prevenção ou com o risco de desenvolver doenças (CUPPARI, 2005; SLATER, 2003). HAS é uma síndrome clínica caracterizada pela elevação da PA a níveis iguais ou superiores à 140 mmHg de pressão sistólica e/ou 90mmHg de diastólica – em pelo menos duas aferições subsequentes – obtidas em dias diferentes ou em condições de repouso e ambiente tranquilo (SILVA E SOUZA, 2004). Acima deste nível, é maior o risco de agressões a órgãos nobres como, coração, cérebro e rins, além de acelerar o processo de endurecimento das artérias e facilitar o deposito de gordura nos vasos (aterosclerose), (SOCERJ, 2007). A HAS é chamada de “assassina silenciosa”, esta condição vai exercendo seus estragos silenciosamente sem que o paciente se aperceba. Sintomas geralmente atribuídos à pressão alta como dor de cabeça, vertigens, visão borrada, são raros. A única maneira de diagnosticar HAS é aferindo a pressão e tratando-a a tempo, antes que as consequências sobre os vasos e órgãos nobres se manifestem. Por isso é importante uma conscientização sobre a necessidade de avaliar periodicamente a pressão, e mais ainda, se houver história familiar de HAS (SOCERJ, 2007).
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Entre os fatores que podem influenciar a medida da PA, incluem-se aqueles relativos ao ambiente, ao equipamento, ao observador e ao paciente. O ambiente adequado a mediada da PA deve ser tranquilo, silencioso e com temperatura agradável (SCHMIDT; PAZIN FILHO; MACIEL, 2004). O esfigmomanômetro, seja aneroide ou de coluna de mercúrio, deve estar adequadamente calibrado. De maneira geral os aneroides devem ser calibrados semestralmente enquanto que os de coluna de mercúrio, anualmente. O tamanho do manguito é de vital importância na qualidade e validade do método. Deve, nos adultos, envolver, pelo menos, 80% da circunferência braquial. Além disso, sua largura deve cobrir, pelo menos, 40% do braço (SCHMIDT; PAZIN FILHO; MACIEL, 2004). Deve-se, ainda, evitar que o esfigmomanômetro e o estetoscópio estejam muito frios, o que pode estimular variações nos níveis de pressão (SCHMIDT; PAZIN FILHO; MACIEL, 2004). Outra imprecisão muito frequente na determinação da PAS é a aproximação para valores médios terminados em 0 ou 5. Por exemplo, pressões arteriais de 98 mmHg são aproximadas para 95 ou 100mmHg (SCHMIDT; PAZIN FILHO; MACIEL, 2004). O paciente deve estar, também, em posição confortável e permanecer em repouso por 5 a 10 minutos antes do início do procedimento. Ao realizar a medição na posição sentada, o tronco deve estar encostado e os braços relaxados. É ainda desejável que as pernas não estejam cruzadas. Deve-se também a ser instruído a não conversar durante a medida. Qualquer duvida deve ser esclarecida antes ou após o procedimento. Certificar-se de que o paciente não esta com a bexiga cheia, de que não praticou exercícios físicos à pelo menos 60 minutos, a não ingestão de estimulantes (café, chá, chocolate, etc.) por pelo menos, 30 minutos antes da medida, e de que não fumou à pelo menos 30 minutos (SCHMIDT; PAZIN FILHO; MACIEL, 2004). Alterações próprias do envelhecimento determinam aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante defração do manguito, geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de Korotkoff, resultando em valores
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falsamente baixos para à sistólica ou falsamente altos para a diastólica. A grande variação da PA nos idosos, ao longo das 24 horas, torna a Monitoração Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA), útil. (SCHMIDT; PAZIN FILHO; MACIEL, 2004). O valor médio da PA é considerado 120/80 mmHg. Entretanto, como muitos valores fisiológicos médios estes números estão sujeitos a grande variabilidade entre pessoas ou mesmo em um único indivíduo de momento a momento. Uma PAS que é repetidamente maior que 140 mmHg em repouso ou uma PAD que é cronicamente maior que 90 mmHg é considerada como um sinal de hipertensão (SILVERTHORN, 2003).
A “pseudo-hipertensão”, que esta associada ao processo aterosclerótico, pode ser detectada pela manobra de Osler, ou seja, quando a artéria radial permanecer ainda palpável, após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial (MESSERLI; VENTURA; AMODEO, 1985). Segundo Miranda et al (2008), existem algumas peculiaridade na medida da PA e no diagnóstico da HAS no idoso, como verificamos na tabela a seguir: