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Como sabemos a pedagogia é um processo de ensino e aprendizagem, e o brincar heurístico contribui diretamente para esse processo, as descobertas.
Tipologia: Esquemas
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Monografia elaborada para fins de avaliação parcial de Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Pedagogia, na Escola de Formação de Professores e Humanidades, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Professor Orientador: Ms. Mardônio Pereira da Silva
Especialmente a Deus, por estar sempre ser tão presente em minha vida, me orientando, me guiando e me fazendo entender que a sua essência em mim, me capacita a alcançar todos os meus objetivos;
À minha mãe, Dona Maria Zélia, por me conceber e ofertar seus cuidados maternos por toda minha vida, sempre me incentivando a buscar o caminho do conhecimento para viver uma vida digna e plena;
Aos meus familiares, pelo carinho e incentivo durante a minha formação.
Em especial a Deus, que nos capacita com a inteligência, nos permitindo caminhar nesta vida, acreditando que quando nos dedicamos e nos empenhamos, alcançamos nossos objetivos;
À minha família, que a todo instante se fez presente, me incentivando e encorajando quando minhas forças já não eram mais suficiente para seguir a caminhada;
Aos amigos que sempre me acompanharam em cada etapa, com palavras afetuosas, de incentivo e que sempre acreditaram que havia um grande potencial em mim;
Ao tutor Prof. Ms. Mardônio Pereira que foi aliado imprescindível em todo processo, não só com suas orientações e mediações para aquisição do conhecimento, mas também com seu exemplo de educador, professor humano e verdadeiramente engajado com o ato de educar, tornando-se assim grande referência para minha futura atuação docente;
À Pontifícia Universidade Católica de Goiás pela oportunidade que me foi dada de ingressarmos em um curso de Graduação e o comprometimento com a formação integral de seus Universitários, conduzindo sempre o nosso processo de ensino-aprendizagem de forma responsável e significativa;
A duas pessoas muito especiais: D. Jerônima Gonçalves dos Santos, Presidente do Grupo Fraterno Paulo de Tarso, por me incentivar a cursar Pedagogia e à Profª Dnda Rita de Cássia Carvalho que me inspirou na escolha do tema desta monografia.
Por fim, agradeço ao universo por nos proporcionar conhecimento capaz de mudar nossas vidas, e pela oportunidade de aplicar esse conhecimento para o enriquecimento da minha vida e para o bem comum, permitindo a realização de pesquisas e de descobertas que nos fazem profissionais realizados e capazes de fazer a diferença diante a sociedade.
Diante disso, valeu a pena... E como valeu!!!
Sonilda Pereira de Sousa Mardônio Pereira da Silva
RESUMO: Esta monografia é um estudo que tem por finalidade compreender o brincar heurístico e como este influencia o desenvolvimento da criança na Educação Infantil. Por meio de uma revisão bibliográfica, buscou-se compreender a brincadeira como fator de desenvolvimento e direito da criança, garantido por lei, e o brincar heurístico como uma nova abordagem diferenciada de organizar atividades lúdicas de crianças pequenas na primeira infância e que permite a criança desenvolver a imaginação e a criatividade, por meio de objetos não estruturados que a possibilita criar as suas próprias brincadeiras. Dessa forma, buscou-se entender a relevância pedagógica do brincar heurístico para a Educação Infantil, em contribuição ao desenvolvimento intergral de seus alunos. O dialogo entre as percepções de autores que já principiaram a abordagem sobre o tema no âmbito acadêmico, nos revela a importância da prática do brincar heurístico para a infância. Tal pesquisa nos possibilitou compreender que o brincar heurístico desenvolve a aprendizagem e o desenvolvimento infantil, quando permite aquisição de habilidades e competências cognitivas, emocionais e sociais que preparam a criança, por meio da imaginação e do mundo do faz de conta, de uma forma divertida e interativa para a vida e, na Educação Infantil, o brincar heurístico, possibilita esse desenvolvimento á toda e qualquer criança, independente de suas especificidades ou de sua condição social, sendo relevante não só para Educação Infantil, como para a criança, como sujeito histórico cultural, detentor do direito assistido pela Constituição Federal Brasileira de brincar.
Palavras-chave : Brincar Heurístico. Brincadeiras. Educação Infantil.
(^) Acadêmica do Curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. (^) Mestre. Professora da PUC Goiás. Orientador.
Figura 1 - Cesto dos tesouros ................................................................................... 33 Figura 2 - Bandeja de experiências ........................................................................... 34
O presente Trabalho de Conclusão de Curso, do curso de Pedagogia da PUC-GO, teve início com a construção do projeto monográfico. A matriz curricular do referido curso prevê dois semestres consecutivos para monografia, sendo Monografia I e II, preferencialmente, com o mesmo orientador, como ocorreu com esta investigação. O trabalho monográfico que se realiza nos 7º e 8º períodos, deverá permitir aos acadêmicos incursões mais verticalizadas sobre o tema visando a sistematização dos estudos. Nos anos 80, a educação escolar era um privilégio para poucos, principalmente para pessoas de baixa renda. Devido a situação financeira precária de meus pais, só pude ter acesso a uma escola quando já tinha dez anos de idade. Lembro-me que a escola para mim era um sonho muito distante, uma realidade que não incluía filhos de trabalhadores rurais, que era como meus pais ganhavam o sustento para a sobrevivência de oito filhos. Fui matriculada em uma escola do Município de Araguaína no Estado do Tocantins onde passei então a viver as maravilhas que uma criança vive com as descobertas no “fantástico mundo” de aprendizagem. Queria muito concluir o Ensino Médio, mas nunca me passou pela cabeça em cursar em uma Universidade. Com o passar dos anos, imaginei que se um dia eu fosse ingressar em um Curso Superior seria com certeza no Curso de Direito. Nunca tinha pensado em cursar Pedagogia. Posso dizer que não escolhi Pedagogia, mas que a pedagogia me escolheu. Hoje sou apaixonada pelo curso e todo o conhecimento adquirido. O trabalho docente aguça a minha vontade de aprender e ensinar. Penso que Pedagogia não é só um curso de formação de professores, vejo como a formação de seres humanos, e como base para a preparação de sujeitos para viver em sociedade. Portanto, hoje tenho certeza de que eu não poderia ter optado por outro curso, a não ser este. Em 2015 tive a oportunidade de iniciar na área educacional como monitora em uma instituição localizada na região leste de Goiânia. As atividades desenvolvidas no projeto eram reforço escolar, atividades extracurriculares e as brincadeiras, dentre elas as com materiais não estruturados.
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Como sabemos a pedagogia é um processo de ensino e aprendizagem, e o brincar heurístico contribui diretamente para esse processo, as descobertas científicas mostram o quão importante são as experiências que temos na infância. Nos primeiros anos de vida as crianças estão ativas às descobertas e os brinquedos de largo alcance estimulam o interesse da criança dando possibilidades de explorar, investigar e descobrir o mundo de maneira lúdica. Portanto, o brincar heurístico é de suma importância para o desenvolvimento da motricidade, autonomia, emocional e cognitivo das crianças. A escolha do tema aconteceu por meio de observações minhas durante os quatro anos que estive no Projeto. Essas observações me levaram a refletir sobre o quanto o brincar ajuda na aprendizagem e no desenvolvimento infantil; e de que forma o brincar heurístico possibilita esse brincar para as crianças. Assim, a questão principal de pesquisa é: Como o brincar heurístico pode auxiliar no desenvolvimento das crianças da Educação Infantil? Esse tema tem a intenção de jogar luz as brincadeiras com materiais não estruturados, uma vez que a modernização dos brinquedos estruturados faz com que a criança tenha pouco acesso ao brincar heurístico e, é de suma importância que a criança nos três primeiros anos de vida explore objetos de largo alcance, desafiando suas possibilidades e melhorando-as. O estudo se desenvolveu por meio de pesquisas bibliográficas, considerando a literatura nacional e palestras documentadas, determinando o conhecimento atual sobre o tema estudado, de modo a possibilitar a identificação, análise crítica e síntese dos resultados verificados, e apontar eventuais lacunas e entraves teóricos existentes. O referencial teórico foi construído por meio da contextualização de todas as informações e estudos relevantes, a fim de qualificar a discussão dos resultados e responder de forma consistente o problema. Para o levantamento de dados na literatura, foi realizada uma busca Google Acadêmico, Revistas científicas, e Literatura Brasileira. Os descritores a serem utilizados: Brincar Heurístico, Educação Infantil e Brincadeira Livre. Esclarecer como o brincar heurístico pode auxiliar no desenvolvimento das crianças da Educação Infantil. A conclusão da pesquisa estruturou o trabalho monográfico em tres capítulos.
Ao se referir à criança, antes de tudo é preciso compreender as dimensões que permeiam o seu lugar na sociedade. Tratar da educação infantil, implica em conhecer como se dá o seu desenvolvimento e quais aspectos foram relevantes para sua constituição histórica como sujeito de direitos. De acordo com Gonçalves (2016),
A história dos direitos das crianças se encontra vinculada à história dos direitos do homem. Sua origem está pautada nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade que se propagaram com as correntes filosóficas da Revolução Francesa (1789-1799). Assim, compreender as tensões, debates e embates que caracterizam as relações entre modernidade e contemporaneidade é fundamental, pois, [...] com a modernidade mudam-se os fins e os meios da educação. (GONÇALVES, 2016, p. 1).
Dessa forma, para a compreensão da importância do Brincar Heurístico em contribuição ao desenvolvimento integral da criança, este estudo, por meio deste capítulo, principia seus objetivos, apresentando uma breve historia da criança e sua constituição como sujeito de direitos assegurados por Leis e documentos de âmbito nacional e internacional, a fim de propiciar reflexão sobre o que era ser criança na antiguidade e o que é ser criança na atualidade.
1.1 A criança e a infância do passado
Para se conceber a criança e a infância na atualidade, é preciso conhecer como vivia e era tratada a criança no passado. O pesquisador francês Philippe Ariès, em sua obra História Social da Criança e da Família, publicada em 1960, aponta que o conceito ou a ideia que se tem da infância foi sendo historicamente construído e que a criança, por muito tempo, não foi vista como um ser em desenvolvimento, com características e necessidades próprias, e sim como um adulto em miniatura. Os estudos de Ariès (1981), considerado o precursor da História da Criança, realizados com base em iconografia religiosa e leiga, diários de família, dossiês familiares, cartas, registros de batismo e inscrições em túmulos, foram a mola
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propulsora para os primeiros trabalhos de história centrado no lugar e representação da criança na sociedade dos séculos XII ao XVII. A história da criança contada por Ariès (1981) nos revela que na Idade Média, esta era tratada como adulto em miniatura. Eram vestidas como adultos e participavam de reuniões, festas e danças adultas, onde estes, sem discriminação alguma, falavam vulgaridades, realizavam brincadeiras grosseiras e todos os tipos de assuntos eram discutidos na frente da criança, inclusive a participação em jogos sexuais. Isso acontecia porque no mundo adulto não se acreditava na existência de uma inocência pueril, ou na diferença de características entre adultos e crianças. “[...] no mundo das fórmulas românticas, e até o fim do século XIII, não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido [...]” (ARIÈS, 1981, p. 51). As crianças eram preparadas para funções dentro da organização social. O desenvolvimento das suas capacidades ocorriam a partir das relações que mantinham com os mais velhos. Na relação adulto/criança, não havia sentimento, preocupação ou qualquer outro tipo de atitude que valorasse a criança. Quando adoeciam, ou se esperava morrer por si própria ou se levava a criança à morte, pois entendia-se que esta não serviria pra mais nada, estado doente. O sentimento materno não existia, e a criança era facilmente substituída por outra que atendesse as necessidades sociais da família e aos sete anos, se ainda estivesse viva, era inserida no trabalho. Somente por volta do sec. XVII essa percepção de criança e a inexistência da infância começaram a tomar rumos diferentes, por meio dos poderes públicos e com a preocupação da Igreja que não aceitava a passividade do infanticídio, antes tolerado secretamente. Os cuidados com as crianças passaram a ser um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres, no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras dos bebês, criando uma nova concepção sobre a manutenção da vida infantil. A esse período Ariés se refere que acontecera “[...]..como se a consciência comum só então descobrisse que a alma da criança também era imortal. É certo que essa importância dada à personalidade da criança se ligava a uma cristianização mais profunda dos costumes.[...]” (ARIÈS, 1981, p. 61). Conforme Santos e Rosa (2019)
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1.2 A criança na contemporaneidade
A criança contemporânea goza de direitos adquiridos por meio de muita luta social e política. Desde então, a infância passou a ser reconhecida como longos e importantes anos da vida de um homem. Tais lutas encontraram muitos desafios em seus percursos. Segundo Gonçalves (2016)
São muitos os desafios para que os direitos das crianças, no âmbito internacional e nacional, proclamados, respectivamente, pela: Declaração de Genebra (1924), Declaração dos Direitos da Criança (1959), Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (1989), Constituição Federal Brasileira (1988), Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) e Lei 11.525 (2007), realmente sejam efetivados, a fim de garantir à criança os seus direitos e sua prioridade absoluta. (GONÇALVES, 2016, p. 1).
A Constituição Federal Brasileira, expressa o reconhecimento e a necessidade de proteção à infância, o direito de atendimento em creches e pré- escolas às crianças, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de proteção de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, direitos esses confirmados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei 8069/1990, o qual considera a criança como sujeita de direitos, no artigo 100, parágrafo único: “[...] da condição da criança e do adolescente como sujeito de direitos: crianças e adolescentes são titulares dos direitos previstos nesta e em outras leis, bem como na constituição federal” (BRASIL, 1990). Amparadas por Lei, a criança e a infância, dispensam lugares de destaque no que se refere à garantia de ensino, ao desenvolvimento social e ao futuro de uma nação, pois compreende-se que a criança, vivenciando uma infância plena, se tornará um adulto feliz e completo o que contribuirá para uma sociedade mais realizada. Na atualidade a criança é vista como um sujeito de natureza singular, que a caracteriza como ser que sente e pensa o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelece desde o nascimento, com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, a criança revela seu esforço para compreender o mundo em que vive, as relações contraditórias que presencia e, por
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meio das brincadeiras, explicita a condição de vida a que está submetida, bem como seus anseios e desejos. No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva as crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O conhecimento para elas, não se constitui em cópia da realidade, mas sim, como fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação. Dessa forma, na atualidade a criança é concebida como sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura. Compreender, conhecer e reconhecer as peculiaridades das crianças é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais.
1.3 Concepções de infância
Embora as concepções de criança e de infância estejam atreladas, ambas possuem significados distintos. A infância está vinculada a condição social e a criança é o sujeito. De acordo com Mello (2007, p. 90 apud GONÇALVES, 2016, p. 10), a “[..] infância é o tempo em que criança deve se introduzir na riqueza da cultura humana histórica e socialmente criada, reproduzindo para si qualidades especificamente humanas” Diante disso, pode-se conceber a infância como o período de vida, inerente ao homem, em que a criança, por meio das interações e relações com o mundo, realiza importantes descobertas sobre si, e sobre tudo que está a sua volta. Historicamente, essa visão de infância surge na Idade Média, através do conceito de Airés (1981) em “Idades da Vida”, que separava a vida em seis etapas e/ou fases. Dentre essas fases, a primeira correspondia ao período que vai do nascimento aos 7 anos de idade. A palavra infância é originaria do latim infantia, e significa “incapacidade de falar”. Acreditava-se que a criança, antes dos 7 anos, não
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O filósofo Huizinga (1991) citado por Monteiro e Delgado (2014),
fala do brincar como sendo a ação pela qual a civilização surgiu e se desenvolveu. [...] afirmando que este constitui uma autêntica escola de disciplina, que expõe e organiza emoções e afetos, um espaço de liberdade que a criança livremente aceita e exercita, pondo à prova as qualidades daquele que brinca, que deve sempre obedecer às regras do jogo. (HUIZINGA, 1991 apud MONTEIRO; DELGADO, 2014, p. 109),
Segundo Navarro (2009),
O brincar é atividade fundamental para crianças pequenas, é brincando que elas descobrem o mundo, se comunicam e se inserem em um contexto social. Brincar é um direito da criança, além de ser de suma importância para seu desenvolvimento, e, por isso as escolas de ensino infantil devem dar a devida atenção a essa atividade. (NAVARRO, 2009, p. 1).
Diante disso, pode-se perceber que brincar é inerentemente responsável pelo desenvolvimento da criança na infância e, portanto uma importante estratégia de ensino para a Educação Infantil. Não considerar a sua importância para o desenvolvimento infantil, é negligenciar a própria condição social da infância e se opor aos objetivos educacionais da Educação Infantil que visa a promoção do desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psíquico, emocional, moral e social. Dada à importância do brincar e das brincadeiras na infância e desse modo, a relevância para o processo de ensino-aprendizagem na educação infantil, é que no próximo capítulo buscamos a legalidade do ato de brincar como direito assegurados pelas leis que regem a educação no Brasil.
Neste capítulo nossa investigação se volta para analisar a legislação que estabelece os parâmetros legais para a educação infantil no nosso país. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, a Educação Infantil passou a integrar a Educação Básica, equiparando-se às etapas dos Ensinos Fundamental e Médio. Em 1998, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, estruturou melhor as diretrizes da Educação Infantil. Plano Nacional de Educação, em 2001, previu um Programa Nacional de Formação dos Profissionais de Educação Infantil. Em 2006, e em função da escolarização de 9 anos, a Educação Infantil passou a atender crianças de zero a cinco anos e a Lei 12.796/ estabeleceu obrigatoriedade da Educação Infantil, exigindo frequência e carga horária mínima, e com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em 2017, ganhou orientação para o currículo formal a fim de desenvolver habilidades e competências desse público alvo. Vejamos então a seguir o aprofundamento das legislações em tela.
2.1 A Legislação para a Educação Infantil
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (BRASIL, 1996).
Sendo assim, o fazer pedagógico, nesta etapa de ensino. Deve propiciar todas as condições para que a criança se desenvolva, conforme lhe assegura o texto da Lei. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) foi concebido em 1988, de maneira a servir como um guia de reflexão de cunho educacional sobre objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais que atuam diretamente com crianças de zero a seis anos, respeitando seus estilos