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Uma análise abrangente do ciclo reprodutivo humano, explorando em detalhes os processos de espermatogênese e ovogênese. Aborda os hormônios envolvidos, as etapas de desenvolvimento das células sexuais, as funções dos órgãos reprodutivos e as alterações hormonais cíclicas que caracterizam o ciclo menstrual. O texto é rico em informações e ilustrações, tornando-o um recurso valioso para estudantes de biologia e áreas afins.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
**OBJETIVOS *DESCREVER A GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA E IDENTIFICAR AS MITOSES E MEIOSES *DESCREVER O CICLO MENSTRUAL E RELACIONAR SEUS EFEITOS FISIOLÓGICOS E HORMONAIS *DESCREVER O DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO COM OS HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS CONCEITUAR A PUBERDADE (ESTADIAMENTO DE TANNER) EXPLICAR A DETERMINAÇÃO E EXPRESSÃO GONADAL NO FETO
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos durante a vida sexual ativa, sendo estimulada por hormônios gonadotróficos. Este processo se inicia na puberdade, aproximadamente aos 13 anos, e dura cerca de 74 dias, dividindo-se em várias etapas:
1. Proliferação das espermatogônias : as espermatogônias migram entre as células de Sertoli (células de suporte) em direção ao lúmen dos túbulos seminíferos , onde sofrem mitoses e aumentam em tamanho , tornando- se **espermatócitos primários.
Cromossomos sexuais: Em cada espermatogônia, um dos 23 pares de cromossomos carrega a informação genética que determina o sexo do possível concepto. Esse par é composto por um cromossomo X, chamado de cromossomo feminino, e por um cromossomo Y, o cromossomo masculino. Durante a divisão meiótica, o cromossomo Y masculino vai para uma espermátide, que então se torna um espermatozoide masculino, e o cromossomo X feminino vai para outra espermátide, que se torna um espermatozoide feminino. O sexo do concepto é determinado por qual desses dois tipos de espermatozoides fertiliza o óvulo. A espermatogênese é estimulada por uma série de hormônios essenciais: Testosterona: Secretada pelas células de Leydig nos testículos, é crucial para o crescimento e divisão das células germinativas, dando início à formação dos espermatozoides. Hormônio luteinizante (LH): Produzido pela adeno-hipófise, estimula as células de Leydig a produzirem testosterona. Hormônio foliculoestimulante (FSH): Também produzido pela adeno-hipófise, age nas células de Sertoli para promover a conversão de espermátides em espermatozoides. Estrogênios: Produzidos pelas células de Sertoli a partir da testosterona quando estimuladas pelo FSH, são importantes para a progressão da espermatogênese. Hormônio de crescimento (GH): Necessário para o controle metabólico dos testículos, ele facilita a divisão das espermatogônias. A deficiência de GH pode levar à infertilidade por reduzir drasticamente a produção de espermatozoides. Nos testículos, os espermatozoides são produzidos em alta quantidade, com até 120 milhões por dia, e armazenados principalmente no epidídimo, onde podem permanecer viáveis por até um mês em estado inativo, mantidos por substâncias inibitórias que impedem a motilidade precoce. Após a ejaculação, o espermatozoide torna-se móvel e apto a fertilizar, passando pelo processo de capacitação, auxiliado por um fluido nutritivo das células de Sertoli e do epitélio epididimário, que contém hormônios, enzimas e nutrientes essenciais. Em meio líquido, os espermatozoides móveis se deslocam a uma velocidade de 1-4 mm/min, sendo mais ativos em pH neutro ou ligeiramente alcalino, como no sêmen, enquanto ambientes ácidos reduzem sua atividade e podem ser letais. A alta temperatura aumenta sua atividade, mas reduz sua vida útil. Em estado reprimido, o espermatozoide pode viver semanas nos ductos testiculares, enquanto no trato genital feminino, sobrevive por apenas 1 a 2 dias após a ejaculação.
O sistema hormonal feminino regula o ciclo sexual mensal por meio de uma interação em três níveis:
O ciclo reprodutivo feminino é caracterizado por mudanças hormonais cíclicas e alterações estruturais nos ovários e útero, conhecidas como ciclo sexual feminino ou ciclo menstrual, que dura em média 28 dias. O ciclo tem dois principais objetivos: a liberação de um óvulo por mês, visando um único feto por gestação, e a preparação do endométrio para implantação, caso haja fertilização. Regulação Hormonal: FSH e LH A função dos ovários no ciclo sexual depende dos hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), liberados pela hipófise. Esses hormônios iniciam a puberdade ao estimular o crescimento dos folículos ovarianos, culminando na menarca, o primeiro ciclo menstrual. A cada ciclo, variações nos níveis de FSH e LH promovem o desenvolvimento de alguns folículos ovarianos, embora geralmente apenas um amadureça completamente. Fase Folicular O ciclo inicia com a fase folicular, onde o FSH estimula o crescimento dos folículos ovarianos. Cada folículo é composto por células da granulosa que secretam hormônios sexuais e nutrem o óvulo em desenvolvimento. O estrogênio, produzido pelos folículos em crescimento, cria um ciclo de retroalimentação, aumentando ainda mais a sensibilidade das células ao FSH e preparando os receptores para o LH, que será essencial para a ovulação. Ovulação A ovulação ocorre aproximadamente no 14º dia de um ciclo regular, quando um pico de LH causa a liberação do óvulo maduro. Esse processo envolve o rompimento do folículo e liberação do óvulo com células protetoras, conhecidas como coroa radiada.
Fase Lútea Após a ovulação, o folículo vazio se transforma em corpo-lúteo, uma estrutura que secreta progesterona e estrogênio. Estes hormônios preparam o útero para uma possível gravidez, inibindo, ao mesmo tempo, a liberação de FSH e LH pela hipófise. Caso não ocorra fertilização, o corpo-lúteo involui após cerca de 12 dias, reduzindo drasticamente os níveis hormonais e provocando o início da menstruação. Esse sistema de regulação hormonal permite um ciclo reprodutivo eficiente e contínuo, onde os hormônios hipofisários e ovarianos se alternam para garantir a liberação de óvulos e a preparação uterina cíclica, essenciais para a fertilidade feminina. FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS OVARIANOS Os hormônios sexuais ovarianos principais são os estrogênios e os progestágenos. O estrogênio mais relevante é o estradiol (E2), e o principal progestágeno é a progesterona. Estrogênios estimulam o desenvolvimento de características sexuais secundárias femininas, enquanto progestágenos preparam o útero para a gravidez e as mamas para a lactação. Química e síntese: Os estrogênios incluem estradiol, estrona e estriol, com o estradiol sendo o mais potente. Eles são sintetizados nos ovários, a partir do colesterol, com a aromatase convertendo androgênios em estrogênios durante a fase folicular. A progesterona é sintetizada em maiores quantidades na fase lútea e também é secretada pela placenta durante a gravidez. Transporte e degradação: Estrogênios e progesterona viajam no sangue ligados a proteínas plasmáticas. No fígado, os estrogênios são conjugados e eliminados pela urina ou bile, enquanto a progesterona é rapidamente metabolizada. O fígado também
O mecanismo rítmico do ciclo sexual feminino envolve a secreção pulsátil de LHRH (hormônio liberador de hormônio luteinizante) pelo hipotálamo, que estimula a adeno-hipófise a liberar LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo-estimulante). A secreção de LHRH ocorre em pulsos a cada 1 a 2 horas, e é essencial que não seja contínua, pois isso inibe a liberação de LH e FSH. Os hormônios estrogênio e progesterona atuam em feedback negativo, reduzindo a produção de LH e FSH. A inibina, secretada pelo corpo-lúteo, também desempenha um papel inibidor, principalmente na secreção de FSH. Antes da ovulação, um aumento nos níveis de estrogênio resulta em um feedback positivo, provocando um pico de LH 24 a 48 horas antes da ovulação. Isso ocorre devido à liberação de progesterona pelas células da granulosa, que pode estimular ainda mais a secreção de LH. O ciclo pode ser descrito em três fases principais:
Os hormônios sexuais masculinos, principalmente a testosterona, desempenham um papel crucial no desenvolvimento e manutenção das características masculinas e da função reprodutiva. Estes hormônios, conhecidos como androgênios, incluem a testosterona, a di- hidrotestosterona (DHT) e a androstenediona , sendo a testosterona a mais abundante. A testosterona é produzida pelas células de Leydig, localizadas nos testículos, em resposta ao hormônio luteinizante (LH) , que é liberado pela adeno-hipófise, estimulada pelo GnRH do hipotálamo. Esse processo hormonal é regulado por feedback negativo, no qual altos níveis de testosterona inibem a secreção de LH e GnRH para evitar uma produção excessiva. A testosterona é um hormônio esteroide derivado do colesterol. Nas células-alvo, a testosterona pode ser convertida em DHT pela enzima 5α- redutase, sendo a DHT mais potente e atuando em tecidos como a próstata e a pele. Durante o desenvolvimento fetal, a testosterona é responsável pela formação dos órgãos genitais masculinos e pela descida dos testículos. Na puberdade, ela promove o aumento do pênis, testículos e desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, como a distribuição de pelos, aprofundamento da voz, aumento da musculatura e espessamento ósseo. Na idade adulta, a testosterona continua a influenciar o metabolismo basal, a produção de hemácias e a retenção de cálcio nos ossos, além de desempenhar um papel no controle da espermatogênese com o FSH. A testosterona atua principalmente ao se ligar a receptores celulares, promovendo a transcrição de genes responsáveis pela síntese de proteínas específicas, o que resulta em alterações estruturais e funcionais dos tecidos.
A determinação gonadal refere-se ao processo pelo qual as células precursoras se diferenciam em gônadas masculinas ou femininas. Este processo é influenciado principalmente por fatores genéticos. Fatores Genéticos: Cromossomos Sexuais : A determinação do sexo começa com a fertilização, onde o zigoto recebe um par de cromossomos sexuais (XX para fêmeas e XY para machos). Gene SRY (Sex-determining Region Y) : Localizado no cromossomo Y, o gene SRY é crucial para a determinação do sexo masculino. Sua expressão ativa a diferenciação das gônadas em testículos. *O produto do gene SRY, a proteína SRY, atua como um fator de transcrição que inicia a cascata de eventos que levam à formação dos testículos. Desenvolvimento das Gônadas: Gônadas Indiferenciadas : No início do desenvolvimento fetal, as gônadas são indiferenciadas e podem se desenvolver em testículos ou ovários. Formação dos Testículos : Se o gene SRY estiver presente e ativo, as células da crista gonadal se diferenciam em células de Sertoli e células de Leydig, levando à formação dos testículos. Formação dos Ovários : Na ausência do gene SRY (cromossomos XX), as gônadas se desenvolvem em ovários, com a ativação de genes como WNT e RSPO1, que promovem a diferenciação das células foliculares. Após a determinação gonadal, a expressão gonadal refere-se à produção de hormônios pelas gônadas em desenvolvimento, que influenciam a formação dos órgãos sexuais internos e externos. Hormônios Produzidos: