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O BÁSICO

DO VIOLÃO

Vol.

RODRIGO CANELLAS

ÍNDICE

• A Origem do Violão...........................................................................................................................
• Nomenclatura do Violão...................................................................................................................
• Postura: Onde e como sentar..........................................................................................................
• Tipos de toque: Com apoio e sem apoio........................................................................................
• Generalidade da Mão Direita............................................................................................................
• Conceitos Básicos da Música........................................................................................................
• Localização da Notas no Braço do Violão....................................................................................
• Afinação...........................................................................................................................................
• Divisão Rítmica e Escrita................................................................................................................
• Tablatura..........................................................................................................................................
• Exercícios Preliminares..................................................................................................................
• Exercícios para Mão direita............................................................................................................
• Intervalos..........................................................................................................................................
• Formação dos Acordes: Tríades....................................................................................................
• Acordes Maiores e Menores...........................................................................................................
• Estudos com Acordes.....................................................................................................................
• Tabela de Levadas e Dedilhados...................................................................................................
• Progressão de Acordes..................................................................................................................
• O Acorde Dominante.......................................................................................................................
• Progressão com Acordes Dominantes.........................................................................................
• Parabéns pra você : Melodia e Acompanhamento.......................................................................
• A Escala Maior.................................................................................................................................
• Duetos..............................................................................................................................................
• 5 Estudos Selecionados.................................................................................................................

POSTURA: ONDE E COMO SENTAR

• Sentar para frente e do lado direito de uma cadeira normal.
• Colocar o pé esquerdo num banquinho de mais ou menos 14 cm de altura.
• A altura do banquinho é variável, conforme a constituição física do executante, para que haja um equilíbrio exato entre tronco, membros e instrumento.
• A coluna vertebral deve estar sempre numa posição que não venha forçá-la.
• Desde o início, o aluno deverá ter a sensação de relaxamento.

Postura Popular Postura Clássica

MÃO DIREITA

• Antebraço colocado no aro do violão.
• Deixar que caia numa posição normal, sem esforço.
• Assim, haverá uma pequena distância entre o pulso e o tampo do violão.
• O polegar deverá ficar separado dos dedos indicador, médio e anular, para que todos tenham trabalhos independentes.

Generalidades sobre a Mão Direita

Todo o complexo sonoro que sucede-se ao longo de uma obra musical, desde a gama de timbres aos problemas de dinâmica, é um trabalho exclusivo de mão direita. Os timbres são caracterizados pelos vários ângulos de ataque ou pulsações, como o toque frontal, o lateral, ou deixando-se os dedos recurvados, com e sem apoio.

Ataque frontal: a polpa do dedo faz vibrar a corda (A) antes da unha (B)

Ataque lateral : a polpa do dedo faz vibrar a corda (A) junto com da unha (B)

1) Ataque com Apoio

2) Ataque sem Apoio

O elemento sobre o qual recai quase toda a responsabilidade sonora é a unha. O comprimento da unha deve ser tal que, ao olharmos para a palma da mão, vamos enxergar o mínimo da unha. O lixamento é o processo pelo qual se consegue o comprimento e o formato, mas sua fase final, polimento, é a que requer um cuidado especial, requerendo uma lixa de número 400 da marca 3M, ou outra similar.

Exemplos de unhas adequadas ao dedilhado da mão direita

Os 12 sons encontrados são:

Dó Dó# Ré Ré# Mi Fá Fá# Sol Sol# Lá Lá# Si Réb Mib Solb Láb Sib

Obs. Note que no semitom entre o Dó para o Ré temos o Dó# e o Réb, quando a mesma nota possui nomes diferentes e a mesma altura damos o nome de nota enarmônica.

INTERVALOS, TOM E SEMITOM

Intervalo – É a distância entre dois sons.

Semitom – É o menor intervalo entre duas notas musicais. No violão ou na guitarra equivale a ir de uma casa a outra no braço do instrumento.

Tom – É o intervalo equivalente a dois semitons. No violão ou na guitarra deve-se pular uma casa no braço do instrumento.

Vejamos agora os como encontrar os acidentes:

b ( bemol ) – baixa a altura da nota em um semitom. bb ( dobrado bemol ) – baixa a altura da nota em um tom.

( sustenido ) – eleva a altura da nota em um semitom.

( dobrado sustenido ) – eleva a altura da nota em um tom.

Ex. A nota Ré quando elevada em um semitom é chamada de Ré #, a mesma nota Ré quando baixada um semitom é chamada Ré b.

CIFRA

Cifras são símbolos criados para representar o acorde de uma maneira prática. Na cifragem as primeiras 7 letras do alfabeto, maiúsculas, representam as 7 notas naturais, de Lá a Sol, respectivamente:

LÁ = A SI = B DÓ = C RÉ = D MI = E FÁ = F SOL = G

AFINAÇÃO

Basicamente, a afinação serve para que o instrumento produza as mesmas notas que outro instrumento de referência, seja ele outro violão ou guitarra, ou teclado, um instrumento de sopro etc. A afinação é feita soltando ou apertando as tensões das cordas, na movimentação das tarraxas.

Há uma freqüência sonora (uma nota musical) padrão usada geralmente para afinar todos os instrumentos, que é a nota LA vibrando 440 vezes por segundo (LA 440 Hertz, ou A440Hz). Há também um acessório especial que produz esta freqüência de referência, o diapasão , de percussão ou de sopro (como um apito). .

O método de afinação é a princípio bastante simples, bastando comparar as notas iguais de cordas diferentes. O esquema mais tradicional é o das cordas vizinhas:

● De o LÁ do diapasão ( 440Hz ) e iguale a ele o som da 5ª corda solta que é a LÁ.

● Toque a 5ª corda na casa 5 e obterá o som de RÉ, afine a ele o som da 4ª corda solta que é RÉ.

● Toque a 4ª corda na casa 5 e obterá o som de SOL, afine a ele o som da 3ª corda solta que é SOL.

● Prenda a 3ª corda na casa 4 e obterá o som da nota SI, afine a ele o som da 2ª corda solta que é SI.

● Toque a 2ª corda na casa 5 e obterá o som de MI, iguale a ele o som da 1ª corda solta que é MI

● A 6ª corda ( MI bordão ) será afinada em MI, toque a 5ª corda na casa 7 e iguale a ele o som da 6ª corda solta, ou com o som da 1ª corda ( Mizinha ) afine a 6ª corda duas oitavas abaixo.

DIVISÃO RÍTMICA & ESCRITA

1 ) PROPRIEDADES DO SOM

Sons são freqüências , medidas em Hertz ( o som do diapasão – nota A – por exemplo, é 440 Hz ) e contém as propriedades abaixo:

● DURAÇÃO - é o tempo de produção do som. Pode ser mais longo ou mais curto. ● INTENSIDADE - é a propriedade do som ser mais forte ou mais fraco. ● ALTURA - é a propriedade do som ser mais grave ou mais agudo. ● TIMBRE -é a qualidade do som que permite reconhecer sua origem. É pelo timbre que sabemos se o som vem de um violão com cordas de nylon ou aço, um baixo acústico ou elétrico e etc. No meio musical, usamos o termo timbre para distinguir os diversos sons que um mesmo instrumento pode produzir, por exemplo: existem vários tipos de “timbres” de guitarra limpa (clean), guitarra com distorção(drive), e etc.

Todo e qualquer som musical tem, simultaneamente, as quatro propriedades. Na escrita musical, as propriedades do som são representadas da sequinte maneira:

● DURAÇÃO- pelas figuras rítmicas ( semínima, colcheia, fusa, etc) ● INTENSIDADE - pelos sinais de dinâmica ● ALTURA - pela posição da nota no pentagrama e pelas claves ● TIMBRE - pela indicação da voz ou instrumento que deve executar a música

2) NOTAS-PENTAGRAMAS-CLAVES

O som musical é representado no papel por um sinal que chamamos de nota. As figuras das notas variam de acordo com a duração do som, como veremos adiante em figuras rítmicas.

O Básico do Violão – Rodrigo Canellas

Na guitarra e no violão utilizamos a clave de SOL , e a nota SOL de referência, corresponde à 3ª corda solta ou 10ª casa na 5ª corda ou 5ª casa na 4ªcorda. No baixo utilizamos a clave de FÁ , a nota FÁ de referência do desenho acima corresponde à 3ª casa na 2ª corda ou 8ª casa na 4ª corda( ou ainda 13ª casa na 4ª corda). Veja os exemplos abaixo:

Referência das notas encontradas no braço da guitarra ou violão

Referência das notas encontradas no braço do contrabaixo.

O Básico do Violão – Rodrigo Canellas

Vejamos algumas outras referências na partitura para guitarra e violão:

1. Mi na 6ªcorda solta
2. Sol na 3ªcasa na 6ª corda
3. Lá na 5ª casa na 6ª corda ou 5ªcorda solta
4. Dó na 3ªcasa da 5ª corda ou 8ªcasa da 6ªcorda
5. Ré na 5ªcasa da 5ª corda , 4ªcorda solta ou 10ªcasa da 6ªcorda
6. Lá na 7ªcasa da 4ª corda, 12ªcasa da 5ªcorda ou 2ªcasa da 3ªcorda
7. Dó na 5ªcasa da 3ªcorda,10ªcasa da 4ª corda ou 1ªcasa da 2ªcorda
8. Mi na 9ªcasa da 3ªcorda, 5ªcasa da 2ª corda ou 1ª corda solta
9. Sol na 8ª casa da 2ª corda,ou 3ªcasa da 1ªcorda
10. Lá na 10ªcasa da 2ªcorda ou 5ªcasa da 1ªcorda
11. Dó na 10ªcasa da 1ªcorda ou 13ªcasa da 2ªcorda
12. Mi na 12ªcasa da 1ªcorda

Para se anotar o som do piano se faz necessário o uso das 2 claves. A clave de Fá para os sons graves(mão esquerda) e a de Sol para os agudos ( mão direita). Exemplo de utilização de clave por instrumentos:

• Agudos (clave de Sol
  ) – violino , trompete , oboé , gaita , violão , guitarra,

clarineta , cavaquinho e bandolim.

• Graves (clave de Fá
  ) - contrabaixo , trombone , violoncelo , fagote e tuba.

4) LIGADURA E PONTO DE AUMENTO

a) Ligadura

É a linha curva usada para unir duas ou mais notas, prolongando seu valor. Somente o primeiro som é emitido, os demais serão apenas uma prolongação do primeiro.

b) Ponto de aumento

Um ponto colocado à direita de uma figura serve para aumentar a metade do valor de duração dessa figura.

Dois ou mais pontos podem ser colocados à direita da nota ou da pausa, tendo neste caso, o primeiro, o valor já conhecido e os seguinte, cada qual a metade do valor do antecedente.

5) COMPASSOS

As figuras que representam o valor das notas tem duração indeterminada, isto é, não tem valor fixo. Assim, se estabelecermos que a semínima tem a duração de 1 tempo, veremos que a mínima valerá 2 tempos, visto o seu valor ser o dobro da semínima; e assim por diante. Os compassos são determinados de acordo com o número de tempos.

Os compassos de 2 tempos são chamados binários. Os compassos de 3 tempos são chamados ternários. Os compassos de 4 tempos são chamados quaternários.

Cada grupo de compassos, é separado do seguinte por uma linha vertical de travessão ou barra simples.

6) COMPASSOS SIMPLES

São aqueles cuja unidade de tempo é representado por uma figura divisível por dois ( quatro, oito etc.) Analisemos os termos das frações que representam os compassos simples. O numerador determina o número de tempos do compasso. Os algarismos que servem para numerador dos compassos simples são: 2 (para binário), 3 (para ternário ) e 4 (para quaternário). O denominador indica a figura que representa a unidade de tempo.

NOME

NÚMERO

REPRESENTATIVO

DURAÇÃO

Semibreve 1 Considerada como unidade

Mínima 2 metade da duração da semibreve

Semínima 4 4ª parte da semibreve

Colcheia 8 8ª parte da semibreve

Semicolcheia 16 16ª parte da semibreve

Fusa 32 32ª parte da semibreve

Semifusa 64 64ª parte da semibreve