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Nutrição na gestação, Resumos de Nutrição

Esse resumo é baseado no livro da Marcia Regina Vitolo, abordando os principais pontos.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 18/06/2025

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Gestação
Márcia Regina Vitolo
Principais hormônios e suas funções na gestação:
Ganodrofina Crônica Humana (GCH): Apresenta papel fundamental no início da gravidez,
enquanto a placenta não consegue produzir progesterona e estrogênio em quantidades
suficientes.
Progesterona: sua principal função e relaxar a musculatura lisa do útero, mas interfere no
intestino possibilitando maior tempo de absorção dos nutrientes, porém desencadeia
constipação.
Estrogênio: sua principal função é aumentar a elasticidade da parede uterina e do canal
cervical.
Hormônio lactogênio placentário: tem ação semelhante ao hormônio do crescimento por fazer
deposição de proteína nos tecidos inicia o processo de produção do leite (lactogênese).
Insulina: tende a ficar aumentada na gravidez.
Tiroxina (tireoide): regula as ações oxidativas envolvida na produção de energia.
Fatores de risco na gestação:
Gestação na adolescência;
Baixo peso;
Gestante com mais de 35 anos;
Sobrepeso ou obesidade;
Tabagismo;
Paridade (associado a outro fator de risco com peso ou idade);
Álcool.
Avaliação nutricional da gestante:
Inclui:
1. Avaliação antropométrica;
2. Alimentar;
3. Bioquímica e;
4. Clínica.
Sendo o diagnóstico nutricional o conjunto de todos esses aspectos.
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Baixe Nutrição na gestação e outras Resumos em PDF para Nutrição, somente na Docsity!

Gestação

Márcia Regina Vitolo

Principais hormônios e suas funções na gestação: → Ganodrofina Crônica Humana (GCH): Apresenta papel fundamental no início da gravidez, enquanto a placenta não consegue produzir progesterona e estrogênio em quantidades suficientes. → Progesterona: sua principal função e relaxar a musculatura lisa do útero, mas interfere no intestino possibilitando maior tempo de absorção dos nutrientes, porém desencadeia constipação. → Estrogênio: sua principal função é aumentar a elasticidade da parede uterina e do canal cervical. → Hormônio lactogênio placentário: tem ação semelhante ao hormônio do crescimento por fazer deposição de proteína nos tecidos inicia o processo de produção do leite (lactogênese). → Insulina: tende a ficar aumentada na gravidez. → Tiroxina (tireoide): regula as ações oxidativas envolvida na produção de energia. Fatores de risco na gestação:

  • Gestação na adolescência;
  • Baixo peso;
  • Gestante com mais de 35 anos;
  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Tabagismo;
  • Paridade (associado a outro fator de risco com peso ou idade);
  • Álcool. Avaliação nutricional da gestante: Inclui:
  1. Avaliação antropométrica;
  2. Alimentar;
  3. Bioquímica e;
  4. Clínica. Sendo o diagnóstico nutricional o conjunto de todos esses aspectos.

A avaliação antropométrica é o meio mais acessível, não-invasivo, rápido e recomendado para avaliar o estado nutricional durante a gestação: → Peso; → altura; → circunferência braquial e; (avaliar as modificações que ocorrem durante o período gestacional) → dobra cutânea tricipital. (avaliar as modificações que ocorrem durante o período gestacional) +

  • adequação percentual de peso por estatura (P/E), índice de massa corporal (IMC) e circunferência muscular do braço. = Indicadores antropométricos indispensáveis para o diagnóstico nutricional da gestante. → Altura uterina e circunferência da panturrilha são citadas, também, como bons indicadores de nutrição materna e fetal. Recomendações nutricionais: Acréscimo energético: No primeiro trimestre, a gestante deve manter sua ingestão energética semelhante ao período pré- gestacional, considerando-se que não há acréscimos nesse período. No entanto, sintomas comuns durante esse período, tais como enjoo e vômitos, limitam a capacidade de manter a ingestão energética mais elevada e o adicional energético é gradativo até o final da gestação, levando em consideração seu ganho de peso e atividade física. Gestantes durante o último trimestre que necessitam de repouso absoluto ou estão internados em hospitais para tratamento devem receber a recomendação para consumir a quantidade de energia necessária ao metabolismo basal, considerando-se o peso real. Ganho de peso gestacional: Classificação Ganho de peso recomendado até 40 semanas de gestação Baixo peso (IMC < 18,5 kg/m2) 9,7 - 12,2 kg Eutrofia (IMC ≥ 18,5 kg/m2 e < 25,0 kg/m2) 8 - 12 kg Sobrepeso (IMC ≥ 25,0 kg/m2 e < 30,0 kg/m2) 7 - 9 kg Obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) 5 - 7,2 kg Atualização caderneta da gestante, 2022 Vitaminas e minerais: B
  • Níveis baixos séricos de vitamina b12 são um fator de risco independente para defeitos do tubo neural (DTN), a deficiência de B12 reduz a captação de ácido fólico pelas células,
  • Prematuridade;
  • Baixo peso do bebe ao nascer e;
  • Hipertensão da gravidez. → Devido ao papel do folato na síntese de DNA e RNA, a suplementação de ácido fólico é recomendada a fim de reduzir os riscos de defeitos no tubo neural. → Segundo as recomendações dietéticas as mulheres em período fértil devem consumir 400ug/dia de ácido fólico proveniente de suplementos e/ou alimentos fortificados além de uma dieta com fontes naturais de ácido fólico, mulheres grávidas devem consumir 600ug/dia, valores difíceis de ser atingindo com alimentação básica. → Em situações especificas como mulheres que tiveram filhos com defeito no tubo neural ou que apresentam casos na família, recomenda-se 4 a 5mg/dia de folato sob supervisão medica por pelo menos 1 mês antes do inicio da gestação e nas primeiras 8 semanas gestacionais. (risco de mortalidade por câncer em mulheres que fez essa suplementação aumentou em 70%). Vitamina A A recomendação para gestantes é semelhante as mulheres não gravidas, apesar da sua importância na gravidez, essa vitamina pode ser toxica quando ingerida em grandes quantidades e parece ser teratogênica, quando utilizada em grandes quantidades nos primeiros meses de gestação, principalmente se a dose ultrapassar 25.000UI (7.000ug).
  • A função antioxidante da vit A é de grande importância ao nascimento, período no qual o recém nascido produz grande quantidade radicais livres. Suplementação de vitamina A:

Ministério da saúde. Portaria n 729, de 13 de maio de 2005. Vitamina D A deficiência de vitamina D durante a gestação reflete:

  • Ganho de peso insuficiente;
  • Além disso, evidências bioquímicas mostram distúrbios da homeostase óssea na criança;
  • Em situações estremas a tal deficiência reduz a mineração óssea e aumento o risco de fraturas. Zinco Deficiência é associada a má formação congênita, a suplementação foi associada a maior peso ao nascer dos recém-nascidos. → Recomenda-se que na deficiência, suplementação de ferro acompanhe a suplementação de zinco. Situações comuns/condutas: Náuseas e vômitos: Conduta:
  • Refeições pequenas e mais frequentes (8 vezes ao dia)
  • Alimentos com baixo teor de gordura e abrandados (tipo purê)
  • A literatura cientifica recomenda o consumo de gengibre ou biscoitos e bolos que o contenham para diminuir os sintomas Pica: Ingestão de substancias não alimentícias. Riscos:
  • Contaminação por substâncias toxicas;
  • Diminuição no aporte de nutrientes saudáveis e;
  • Infecção por parasitas intestinais. Pirose: Sensação de queimação ou azia após as refeições. Conduta:
  • Pequenas refeições;
  • Comer devagar;
  • Mastigar bem os alimentos e;
  • Evitar estresse durante a alimentação. A restrição de frutas cítricas pode comprometer a ingestão de vitaminas sem necessidade.
  • vitamina A;
  • Cálcio e;
  • Ácido fólico. → Investigar o consumo de alimentos de baixo valor nutricional, os quais podem fazer parte do dia a dia, mas de forma racionalizada. → Verificar o consumo de água, e substituição desta por outras fontes de líquidos (chá, suco, refrigerantes, etc.) As necessidades de B1, B2, B3 e Vit D, cálcio e ácido fólico são MAIORES do que para as gestantes adultas. → Não há diferença importante para ferro, magnésio, iodo e zinco. Baixo peso: Gestantes que iniciam a gestação com baixo peso ou que se desnutre no período gestacional devido a ganho de peso insuficiente, e a avaliação nutricional indica aporte energético deficiente necessita de intervenção que altere rapidamente sua curva de ganho de peso. É comum:
  • Inapetência (ausência de apetite);
  • Volume gástrico reduzido e;
  • Anemia. Que limitam a intervenção dietética, nesse sentido a intervenção é aumentar a densidade energética das refeições sem aumentar o volume com 6 refeições ao dia, evitando comer fora dos horários. Em hospitais gestantes desnutridas com queixa de inapetência, priorizar o uso de dietas leves ou brandas, mesmo que se tenha capacite para dieta geral, acréscimo de suplemento alimentar (caseiros ou industrializados), dependo do caso 1 ou 2 vezes ao dia, para não piorar o estado nutricional. Anemia Carenciais: Quando inicia no inicio da gravidez:
  • Inadequado ganho de peso pela gestante e;
  • Aumento de duas vezes ou mais a incidência de parto prematuro de recém nascidos de baixo peso. Anemia ferropriva: Principais causas:
  • Baixa condição socioeconômica;
  • Maior número de partos;
  • Baixo nível de instrução;
  • Idade gestacional mais avançada;
  • Reservas inadequadas de ferro;
  • Ausência de suplementação de ferro e;
  • Dietas deficientes em quantidade e qualidade de ferro. A deficiência de ferro durante a gestação aumenta a mortalidade materna fetal e perinatal, além de aumentar a prematuridade. Prevenção:
  • Modificação dos hábitos alimentares;
  • Diagnostico e tratamento das causas da perda crônica de sangue;
  • Controle de infecções e infestações que contribuem para gênese e o agravamento da anemia;
  • Fortificação de alimentos e;
  • Suplementação medicamentosa. Anemia megaloblástica Deficiência de folato (B9) → A correção se faz com suplementação medicamentosa. Recomendações alimentares:
  • Comer, 1 vez por semana, 1 bife de fígado (100g ou um pedaço que caiba na palma da sua mão);
  • Ingerir 4 copos de água por dia;
  • Beber 2 copos de leite por dia, ou 2 fatias de queijo, 2 potes de iogurte;
  • Beber meio copo de suco de fruta natural logo após as refeições;
  • Consumir 1 concha de leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico) todos dias;
  • Comer 3 vezes por semana: alimentos que sejam amarelos, alaranjados ou verde-escuros, tais como: folhas (couve, radite, mostrada, agrião, espinafre), cenoura, mamão, morango, abóbora etc. Obesidade A obesidade gestacional favorece o desenvolvimento de:
  • Diabetes;
  • Hipertensão;
  • Distúrbio hipertensivo da gravidez e;
  • Trabalho de parto prematuro. → Recomenda-se dieta normocalórica, sendo hipocalórica em caso de obesidade associado a outras condições clinicas como diabetes ou hipertensão. Normocalórica: 36kcal/kg de peso ideal para semana gestacional. Hipocalórica: 25 a 30kcal/kg de peso ideal.

Energia: O cálculo de energia para gestantes com diabetes por kg de peso, podendo ser usado valores entre 30 e 35 kcal/kg de peso ideal para idade gestacional. Há recomendações para uso de 24kcal/kg se a gestante apresentar excesso de peso. A distribuições de macronutrientes depende dos fatores de controle metabólicos (glicemia, glicosuria, cetonuria) e do risco de patologias decorrentes do DM. Pode se usar:

  • 50% - 55% de CHO
  • 20% de PTN
  • 25% de LIP Considerando a terapia com insulina as condições metabólicas, bioquímicas e clinicas do paciente. Para gestantes em unidades hospitalares é melhor utilizar o GEB (gasto energético basal). Já que não pode fazer atividade física. Recomendações nutricionais: Pré-eclâmpsia ou distúrbio hipertensivo da gestação (DHEG) Diagnostico: Pressão diastólica maior ou igual a 90mmHg em duas ocasiões consecutivas com intervalo de 4h ou uma simples pressão diastólica maior ou igual 110mmHg, associada a proteinúria, que equivale a perda superior a 300mg/24h. Sociedade internacional para estudos da hipertensão Ocorre mais frequentemente no último semestre, sintomas:
  • Tontura;
  • Cefaleia;
  • Distúrbios visuais;
  • Dores abdominais superiores;
  • Vômitos e;
  • Edema de face e mãos. Gestantes que apresentam risco deve ser sensibilizada a reduzir a velocidade de ganho de peso e melhorar a qualidade da dieta. Recomendação dietética: Energia: O mesmo recomendado para gestantes obesas ou com diabetes gestacional. Proteína: Dieta hiperproteica com percentual elevado de proteína de alto valor biológico, como aquelas presente no leite, no queijo e no ovo, pois esses alimentos possuem aminograma semelhante ao da albumina sérica. Sódio: A restrição não é recomendada de modo geral, não ultrapassar 2g ao dia. Calcio: A suplementação tem efeito de reduzir a prevalência de pré-eclâmpsia quando as gestantes apresentam baixa ingestão de cálcio e quando apresentam alto risco de hipertensão. 2g/dia.