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Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Não é fácil produzir alimentos no semiárido nordestino. Com chuvas irregulares – no tempo e no espaço
Proteína: composto orgânico que forma um dos elementos básico dos organismos dos animais e vegetais. Fibra bruta: parte do alimento resistente ao tratamento sucessivo com acido e base diluídos; Carboidratos: são substâncias sintetizadas pelos organismos vivos de função mista; Amido: polissacarídeo sintetizado pelos vegetais para ser utilizado como reserva energética; Minerais: são elementos químicos inorgânicos funcionam como componentes de enzimas, dos hormônios e vitaminas. Combinam-se com outras substâncias químicas (o fosfato de cálcio no osso) ou existem isoladamente, como o cálcio e o sódio livres nos fluidos corporais humanos; Metabolismo: conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior do organismo; é o conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula. Exigências nutricionais: é a quantidade de nutrientes ou de energia em gramas ou calorias por dia, ou como porcentagem de uma dieta fornecida em determinada quantidade por dia, requerida para o animal manifestar seu desempenho e/ou reprodução. Ingredientes: Componente de qualquer combinação ou mistura que constitui um alimento. Matéria orgânica (M.O.) : a quantidade de matéria orgânica de uma amostra é determinada diminuindo se o valor percentual de cinzas do valor percentual de matéria seca: % M.O. = % de MS - % de CINZAS Matéria inorgânica ou minerais (M.I.): é um grupo fundamental de nutrientes. Constituem aproximadamente 5% do peso vivo do animal sem considerar a água (Rovira, 1996). Com exceção de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que se unem para formar moléculas orgânicas, os elementos restantes que compõem as células vivas são elementos minerais. Os minerais são classificados conforme a quantidade em que os mesmos aparecem nos tecidos (Chaves, 1985). Esta divisão classifica-os em dois grupos: Macronutrientes : Cálcio, Fósforo, Sódio, Potássio, Magnésio, Enxofre e Cloro. Micronutrientes : Cobre, Ferro, Manganês, Zinco, Iodo, Molibidênio e Selênio. Cinzas: r epresenta a matéria mineral presente nos alimentos. Medem a quantidade de minerais. São obtidas através de incineração das amostras a 550 °C, em uma mufla ou forno durante três horas (Pigurina, et al., 1991).
Aditivos: são substâncias não nutritivas, adicionadas aos alimentos para melhorar suas propriedades ou seu aproveitamento. Deficiência nutritiva: inexistência ou insuficiência de um nutriente essencial. Carência : quadro sintomático apresentado pelo animal como consequência de deficiência nutritiva. Exigência nutritiva : quantidade de cada nutriente requerida por determinada espécie e categoria de animal, para sua boa manutenção, sua produção e reprodução eficientes. Digestibilidade: normalmente expressa em percentual, representa a porcentagem de alimento consumido, que não foi eliminado pelas fezes e, consequentemente, foi utilizado pelo animal para suprir as funções de manutenção, produção e reprodução. E se refere a capacidade que o alimento tem de ser digerido pelo animal. Conversão alimentar: capacidade de um alimento se converter em uma unidade de produto animal. Eficiência alimentar: q uantidade de produto animal obtido por uma quantidade unitária de alimento. NRC: Sistema de Exigência Nutritiva elaborada pela Academia Nacional de Ciências e Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA. NUTRIÇÃO DE RUMINANTES – ASPECTOS GERAIS Os homens e os ruminantes tem dividido uma longa historia de produção desde os primórdios até a civilização. Primeiro de uma forma nômade e agora com modernas formas de manejo, principalmente no aspecto nutricional. Esse avanço na área de nutrição só foi alcançado, graças ao desenvolvimento em outras áreas afins e vice-versa. Assim, o aumento da eficiência animal só foi possível devido ao aprimoramento e melhoramento da genética, alimentação, manejos e atualmente pela ambiência. Pois ao mesmo tempo, que os melhoramentos na nutrição geraram animais geneticamente superiores para expressar todo o seu potencial, tais melhoramentos só foram possíveis, devido ao cruzamento entre plantas, que proporcionaram alimentos de melhor qualidade.
1. Anatomia do trato gastrointestinal (TGI) dos ruminantes Sistema digestivo (Digestório) O aparelho digestivo dos caprinos/ovinos/bovinos é constituído dos seguintes segmentos: Boca
Órgãos e suas funções Os ruminantes apresentam como principal característica a presença de um estomago composto, formado por quatro compartimentos: rúmen, retículo, omaso e abosamo; nos quais a digestão fermentativa precede a digestão enzimática. A estrutura do aparelho digestivo dos ruminantes os capacita a aproveitar com maior eficiência os alimentos ricos em fibra, permitindo sua adaptação a variados ambientes ecológicos. Rúmen-retículo (fermentação) A retenção de partículas longas estimulam a ruminação; A fermentação microbiana produz: AGVs (produtos finais da fermentação da celulose e outros açucares) e uma massa microbiana rica em proteínas de maior qualidade; A absorção dos AGV ocorre através da parede ruminal e são utilizados como fonte de energia. Omaso (recicla alguns nutrientes) Absorção de água, sódio, fosforo, acido graxos voláteis. Abomaso (digestão ácida) Secreção de enzimas digestivas e ácidos fortes; Digestão de alimentos não fermentados no rúmen (algumas proteínas e lipídeos) Digestão de proteína bacteriana produzida no rúmen (0,5 a 2,5 kg/dia). Intestino delgado (digestão e absorção) Secreção de enzimas digestivas produzidas pelo ID, fígado e pâncreas; Digestão enzimática de carboidratos, proteínas e lipídeos; Absorção de água, minerais e produtos da digestão: glicose, aminoácidos e ácidos graxos. Ceco (fermentação) e intestino grosso Uma pequena população microbiana fermenta os produtos da digestão que não foram absorvidos; Absorção de água e formação das fezes. DIFERENCIAÇÃO ENTRE RUMINANTES De acordo com Van Soest (1994) há diferenças significativas em relação ao comportamento alimentos, capacidade fermentativa e desenvolvimento ruminal entre as espécies de ruminantes. Classificando como:
Selecionadores de concentrado: animais que se alimentam de folhas jovens, brotos de arvores, ou seja, alimentos ricos em conteúdo celular (amido) e com menor quantidade de parede celular (fibra), esses animais apresentam um intervalo entre refeições bastante reduzido, como exemplo: veados e alces; Tipos intermediários: são animais seletivos que se alimentam de folhas com altura de pastejo elevada, boa capacidade de digestão de volumosos grosseiros, como exemplo: caprinos. Comedores de volumosos: animais com alta capacidade de ingestão e digestão de alimentos fibrosos, poucos selecionadores com processo de preensão baixo (rente ao solo) cujo rumen apresenta o processo de fermentação extremamente elevado com intervalos de refeições entre horas, como exemplo: bovinos, ovinos, bubalinos; Processos relacionados à utilização dos alimentos Preensão: processo de condução do alimento ao sistema gastrointestinal Formas: Lábios – caprinos / Dentes – ovinos / Língua – bovinos A forma de preensão do alimento define a qualidade e em determinadas condições (caatinga) a quantidade ingerida. Mastigação: processo inicial da quebra do alimento. Envolve a língua, mandíbula e bochechas.. Função: quebra das partículas, mistura e lubrificação do alimento para deglutição; Deglutição: deslocamento do bolo alimento da boca até o estômago. Fases: a) Voluntária : forma-se um bolo e é levado pela língua até a faringe; b) involuntária : cessa momentaneamente a respiração; coordenação de células sensoriais, seguido de movimentos propulsivos (motilidade). Digestão em ruminantes: quebra de nutrientes complexos em moléculas simples. Nos ruminantes o processo é mais complexo devido aos processos fermentativos do rúmen que ocorrem antes da digestão enzimática. Os AGVs são a principal fonte de energia para o metabolismo dos ruminantes. Tipos: a) Física : permite o alimento seguir através do tubo digestivo, e aumenta a área superficial das partículas do alimento, expondo-as a ação de enzimas. b) Química : basicamente através da hidrolise, catalisada por enzimas. Principalmente pepsina e HCl. Ex. Carboidratos --- AGVs Proteínas ------------ Aminoácidos NH 3 ------------------- Aminoácidos Lipideos ------------- Ácidos Graxos e glicerol Absorção : transporte das moléculas simples através do epitélio intestinal para a corrente sanguínea Tipos: a) transcelular (através dos enterócitos) c) Paracelular (junções dos espaços intercelulares)
A motilidade ruminorreticular apresenta finalidades de proporcionar a mistura da ingesta, auxiliando no processo de ruminação, eructação de gases e impulsionar a ingesta para outros compartimentos, como o omaso. Se dá através de estímulos aferentes originados na luz do rumen modulados por quimiorreceptores sensíveis ao tipo de alimento, volume/concentração da ingesta, pH e principalmente alterações nas relações de AGVs. É controlada pelo SNC e afetada por condições intraluminais. Fermentação ruminal A fermentação ruminal é resultante principalmente do tipo de substrato e espécies de bactérias predominantes, em que, as inter-relações existentes entre os microorganismos e as fontes ambientais são fundamentais para que ocorra um processo fermentativo eficiente e harmônico. A digestão fermentativa é proporcionada pela ação das enzimas de origem microbiana, através da hidrólise enzimática das moléculas maiores. Isso ocorre em regiões aglandular do estômago. Para a eficiência do processo fermentativo ruminal é necessário que o pH, umidade, poder iônico e condições de oxidação-redução se mantenham numa faixa compatível com o crescimento dos microorganismos, além de um fluxo mais lento e contínuo do alimento. Substratos da digestão fermentativa Todas as proteínas e carboidratos fornecem substrato para energia e crescimento dos microorganismos e do hospedeiro. As paredes das células vegetais são um complexo de várias moléculas de carboidratos e são os substratos mais importantes para a digestão fermentativa e fontes de nutrientes para muitas espécies de microorganismos. A celulose é composta por cadeias não ramificadas de monômeros de glicose unidos por ligações glicosídicas β[1-4], ao contrário das ligações α[1-4] do amigo. A pectina e a hemicelulose são quimicamente mais heterogêneas que a celulose, sendo compostas por variadas proporções de diferentes glicídios e ácidos do açúcar. A celulose, hemicelulose e a pectina estão sujeitas a ação hidrolitica de um completo de enzimas microbianas conhecidas como celulase. Na fermentação, a energia disponível vem da produção de ácidos graxos voláteis decorrente da digestão da fibra. A ação enzimática das bactérias libera a glicose, outros monossacarídeos e polissacarídeos de cadeia curta, sendo metabolizadas pela massa microbiana através da via glicolitica, gerando duas moléculas de piruvato para cada uma de glicose. Já para a disponibilidade de proteína, à medida que estas entram na área fermentativa, são atacadas pelas proteases microbianas extracelulares. A maioria destas enzimas correspondem a endopeptidases, semelhantes a tripsina. Os peptídeos formados no meio extracelular são absorvidos pela célula microbiana. Dentro desta, os peptídeos podem ser utilizados como fonte de energia, fornecendo AGVs ou para o seu próprio crescimento. A lignina é um grupo heterogêneo de substâncias químicas fenólicas e é resistente à ação das enzimas microbianas e glandulares. Produção de ácidos graxos voláteis As condições anaeróbicas no rúmen resultam em atividades metabólicas que conduzem à produção de ácidos graxos voláteis.
A ação enzimática das bactérias libera a glicose, outros monossacarídeos e polissacarídeos de cadeiras curtas, na fase liquida, externamente às células microbianas, sendo metabolizadas pela massa microbiana, através da via glicolitica, gerando duas moléculas de piruvato para cada de glicose. Principais produtos da fermentação Ácidos graxos voláteis : os principais AGVs produzidos no rúmen são o ácido acético (C2), ácido propiônico (C3) e ácido butírico (C4). No entanto, há ainda a produção de outros AGVs também importantes, o ácido isobutirico, metibutirico, isovalérico, fórmico e ácido valérico. Gases : os gases resultantes da fermentação são CO 2 , H 2 , H 2 S e metano (CH 4 ). Outros : outros compostos, como etanol, também produzidos durante a fermentação ruminal. MICROBIOLOGIA RUMINAL O rúmen é povoado por diversos tipos de microorganismos, representados pelos grupos de bactérias, protozoários, fungos e leveduras. A classificação dos microorganismos ruminais se dá de acordo com os seguintes aspectos: Forma: cocos, bastonetes. Tamanho: varia de 0,3 a 50μm. Estrutura: parede celular, organelas citoplasmáticas ou de área aderente. Bactérias As bactérias são os habitantes do rúmen que se alimentam do produto formado pela fermentação dos carboidratos. Possuem enzimas que atuam na degradação dos alimentos ingeridos pelo hospedeiro. Sua população é de 1 a 10 biljoes/ml de líquido ruminal. Estão classificadas de acordo com a morfologia (cocos, bastonetes, etc), o tamanho (0,3 a 50μm) e o tipo de substrato utilizado (celulose, proteína, lipídios, açucares, etc). Protozoários Os protozoários foram os primeiros microorganismos identificados. Sua população está em torno de 100.00 a 1.000.000 de células/mL de conteúdo ruminal. Utilizam substratos como celulose, hemicelulose, pectina, amido, açucares solúveis, lipídeos e proteínas. Estão classificados de acordo com a morfologia da célula em ciliados e flagelados. a) Ciliados : Holotricha e Oligotricha, que também podem ser designados como Entodiniomorfos. b) Flagelados : ocorrem apenas em animais jovens, depois desaparecem. Importância dos protozoários A massa microbiana representa cerca de 60 a 80% de proteína que é absorvida pelo animal, dentre esses microorganismos, os indivíduos mais importantes são os protozoários, por representar o maior volume da massa_. Diante disso, pode-se destacar algumas funções dos protozoários_ : Engolfar bactérias e grânulos de amido; Equilibrar a disponibilidade de energia para o ambiente ruminal;
Na fase de pré-ruminante (nascimento à 3ª semana de vida), o tamanho do abomaso é superior aos demais compartimentos que juntos possuem tamanhos semelhantes, à medida que o animal cresce, o tamanho desses órgãos se diferenciam ate que o rúmen torne-se maior que os demais. Nesta fase, o principal local de digestão é o abomaso. Na fase transitória, que corresponde da 4ª a 8ª semana de vida do animal, quando o animal já se alimenta normalmente de líquidos e sólidos, os principais locais da digestão passam a ser o abomaso e rúmen. É comum observar a ruminação na 2ª semana de vida. Finalmente, a partir da 9ª semana de vida, o animal torna-se um ruminante, sendo o local da digestão o rúmen. Manejo alimentar e sua interferência no desenvolvimento ruminal A alimentação é um fator decisivo no desenvolvimento do rúmen de animais jovens. O animal, quando alimentado com feno e concentrados e o contato com animais adultos fazem com que ocorra o estabelecimento dos protozoários, geralmente a partir da 3ªsemana de vida, atingindo níveis normais de adulto ate a 9ª semana de vida. No entanto, o alimento volumoso é responsável por estimular o desenvolvimento da musculatura do rúmen, enquanto o concentrado estimula o desenvolvimento das papilas. O crescimento do epitélio ocorre paralelamente ao do órgão, ao nascimento o epitélio apresenta-se baixo e com papilas pequenas ou inexistentes. Ao longo dos dias, com a ingestão de alimentos sólidos, inicia-se a fermentação dos alimentos, tornando o ambiente propício a proliferação microbiana e, com a formação dos ácidos graxos voláteis estimulando o desenvolvimento papilar do rúmen.
É um sistema relativamente curto (aproximadamente 250 cm), funções do trato gastrointestinal: digestão, absorção e excreção. Bico: função de apreensão dos alimentos e defesa; Bico - Boca : ocorre a presença de poucas glândulas salivares e da língua que possui o osso hióide articulado com o maxilar. Abes são capazes de identificar alimentos, mas possuem pouco senso gustativo. Esôfago : passagem do alimento da boca para o estômago. Papo ou inglúvio : dilatação do esôfago. Pro-ventrículo ou estômago glandular: produção de pepsina (digestão proteica) e ácido clorídrico (ajuste de pH para ativar enzima). Moela ou estômago muscular: é um órgão predominantemente muscular utilizado para moer, misturar e preparar o alimento para a digestão. Intestino delgado: (duodeno, jejuno e íleo) no duodeno e jejuno ocorre a digestão dos carboidratos, lipídios e proteínas com o auxilio das enzimas digestivas do pâncreas, intestino (maltase, isomaltase, sacarase, enteroquinase, lipase, peptidases) e da bile, produzida pelo fígado. Intestino grosso: (ceco, reto e cloaca) relativamente curto. A principal função é estocar material excretado não digerido e absorver agua desse conteúdo intestinal. Este processo dá as aves um mecanismo de reciclagem e utilização muito eficiente da água; Cecos : são bolsas que se enchem e se esvaziam por um mesmo orifício. Sua principal função é digerir fibras ingeridas pelas aves, apesar da galinha não poder utilizar grande volume de fibra. Cloaca : é uma câmara comum, onde os sistemas digestivos, urinário e reprodutor se abrem. Fígado : órgão responsável pela produção da bile que é armazenada na vesícula biliar. Pâncreas : produção de suco pancreático (composto de enzimas amilolíticas, lipolíticas e proteolíticas). Tripsinogênio, quimotripsinogênio, inibidor de tripsina, amilase e procarboxipeptidase.
um ramo para a vesícula biliar, ou pode dilatar-se localmente como uma vesícula biliar. A vesícula biliar está presente na galinha, pato e ganso, mas algumas outras espécies, como o pombo, não têm vesícula biliar. Ela dá origem aos ductos biliares que se esvaziam no duodeno, próximo a alça distal. O pâncreas fica na alça duodenal. Ele consiste, no mínimo, em três lobos e suas secreções atingem o duodeno através de três ductos. SISTEMA DIGESTIVO DOS SUÍNOS A suinocultura moderna exige, cada vez mais, o uso adequado das tecnologias de produção disponíveis. O desenvolvimento genético de linhagens de suínos, mais produtivas e mais exigentes em ambiente, nutrição e manejo, traz a necessidade de se buscar um maior profissionalismo na atividade, com a adoção de tecnologias e procedimentos que maximizem o desempenho ao menor custo de produção possível. A alimentação é o componente de maior participação no custo de produção, exigindo uma atenção especial dos suinocultores. Isto implica na escolha cuidadosa dos alimentos, na formulação precisa das rações, e também, na correta mistura dos ingredientes. O suíno é um animal monogástrico que possui o trato digestivo relativamente pequeno, com baixa capacidade de armazenamento. Tem alta eficiência na digestão dos alimentos e no uso dos produtos da digestão, necessitando de dietas bastante concentradas e balanceadas. O aparelho digestivo do suíno é composto por boca, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, colon e reto) e ânus, conforme é demonstrado na Fig. 5. Na Tabela 5 , é apresentada para comparação, a capacidade volumétrica dos tratos digestivos de algumas espécies de animais. Tabela 5. Capacidade volumétrica de partes do trato digestivo de algumas espécies animais Espécie animal Parte do trato digestivo Capacidade relativa (%) Média de capacidade absoluta em litros Suíno Estômago 29,2 8, Intes. Delgado. 33,5 9, Ceco 5,6 1, Colon e reto 31,7 8, Total 100,0 27, Equino Estômago 8,5 17, Intes. Delgado. 30,2 63, Ceco 15,9 33, Colon maior 38,4 81, Colon menor e reto 7,0 14, Total 100,0 211, Bovino Estômago 70,8 252, Intes. Delgado. 18,5 66, Ceco 2,8 9, Colon e reto 7,9 28, Total 100,0 356, Ovino Estômago 66,9 29, Intes. Delgado. 20,4 9, Ceco 2,3 1, Colon e reto 10,4 4, Total 100,0 44, Fonte: Argenzio (1988)
Figura 1 — Desenho esquemático do aparelho digestivo dos suínos A digestão ocorre através da ação das enzimas digestivas presentes nas secreções salivares, gástricas, pancreáticas e entéricas, e através da ação de alguns microorganismos que habitam o trato gastro intestinal. Os órgãos do trato digestivo participam na digestão e absorção de nutrientes, da seguinte forma:
Todos os animais necessitam receber uma quantidade de proteína e, além disso, para o homem, suínos, aves, cães e etc. a quantidade é tão importante quanto a qualidade. O mesmo não acontece com os bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos. Especificidade As proteínas de origem vegetal diferem entre si e diferem das de origem animal. Cada espécie animal tem suas proteínas específicas e seus órgãos, tecidos e fluídos encerram proteínas diferentes. Não há duas proteínas que sejam iguais em sua ação fisiológica. Composição Química das Proteínas São formados de Carbono (C), Hidrogênio (H), Oxigênio (O) e Nitrogênio (N). Muitas encerram no Enxofre (S); algumas em Ferro (Fe) e Fósforo (P). Podem apresentar, também Cobre (Cu), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Funções das Proteínas
As proteínas das dietas dos animais ruminantes contêm nitrogênio sob duas formas: nitrogênio protéico (proteína verdadeira) que se constitui de cadeias longas de aminoácidos unidas por ligações peptídicas, e nitrogênio não protéico que compreende a uréia, ácidos nucléicos, nitratos, nitritos sais de amônia, aminoácidos e outros. A proteína verdadeira consumida pelo animal pode ser metabolizada no rúmen segundo dois caminhos diferentes: Escapar da degradação microbiana e passar para o omaso e abomaso, atingido o intestino delgado onde sofrerá digestão e seus aminoácidos absorvidos. Sofrer proteólise (quebra da cadeia protéica aminoácidos) e deaminação pelas enzimas microbianas, com formação de amônia e esqueletos carbônicos de cadeia curta. A produção de amônia no rúmen ocorre após os microorganismos proteolíticos que habitam este compartimento realizarem a chamada proteólise, ou seja, a “quebra” das ligações peptídicas que unem as cadeias protéicas, liberando peptídicos e aminoácidos. Posteriormente os aminoácidos podem ser deaminados (retirado o radical amina), resultando na produção de amônia (NH3) e esqueletos de carbono. A amônia é o principal constituinte nitrogenado solúvel presente no fluído ruminal. A concentração de amônia no rúmen é influenciada principalmente pela quantidade e pela solubilidade da proteína diedética (soma das frações protéicas de todos os alimentos. Fonte não proteica (uréia) Quando a uréia alcança o rúmen, ela é rapidamente desdobrada em amônia e CO2 (dióxido de carbono ou gás carbônico) pela enzima uréase, produzido pelas bactérias. O mesmo processo de transformação ocorre quando o animal ingere uma fonte de proteína verdadeira, proveniente do capim ou farelo de algodão, por exemplo. A amônia presente no rúmen (pH 5,5 a 7), resultante da uréia ou de uma fonte protéica, é utilizada pelos microorganismos (ureolíticas e proteolíticos) para síntese de sua própria proteína (proteína microbiana). Para que isso ocorra, é essencial a presença de uma fonte de energia (celulose ou amido, por exemplo). A proteína assim formada é chamada de proteína bacteriana. À medida que a digestão ruminal progride, todo o alimento ingerido pelo animal, juntamente com as bactérias e seus produtos, continua a avançar pelo trato digestivo. Quando o bolo alimentar alcança o abomaso, que possui acidez (pH 2 a 3) e é considerado o estomago verdadeiro do ruminante, as bactérias são destruídas e o seu conteúdo é liberado. No abomaso e no intestino delgado todas as frações alimentares são digeridas. A digestão da proteína bacteriana nada mais é do que sua quebra em aminoácidos, os quais serão absorvidos no intestino e novamente transformados em proteínas, agora pelo próprio animal. Existe ainda outro processo de produção de uréia, no próprio metabolismo do animal, e conhecê-lo é importante para se entender como o animal se intoxica por excesso de uréia. A uréia assim produzida é chamada “uréia endógena” (Figura 5) e é sintetizada no fígado. Nesse processo, a amônia proveniente da degradação da proteína ou da uréia, e absorvida pela parede do rúmen, alcança o fígado pela veia porta. No fígado, a amônia é convertida em uréia. Parte dessa uréia volta ao rúmen, parte vai para saliva e parte é excretada pela urina. Esse processo é conhecido como “ciclo da uréia”. Entre os fatores que afetam a utilização da uréia, o mais importante é o fornecimento de energia. Em condições de deficiência de energia, as bactérias não se desenvolvem de maneira eficiente. Recomendações de utilização do Nutriente Não Protéico (NNP) Para segura e eficiente da uréia, os seguintes pontos devem ser considerados: A população microbiana deve estar adaptada para a utilização da uréia. O aumento da quantidade de NNP deve ser gradativo, de modo a favorecer uma alteração no equilíbrio entre os diversos microorganismos do rúmen, favorecendo o desenvolvimento das bactérias capazes de utilizar a amônia;