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Manual de Procedimentos para Enfermagem na Unidade de Saúde de Piracicaba, Notas de aula de Enfermagem

Os procedimentos e diretrizes para o serviço de enfermagem nas unidades de saúde municipal de piracicaba. Ele abrange temas como coleta de dados, manutenção de imunobiológicos, limpeza e organização, materiais permanentes e de consumo, entre outros.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Cunha10
Cunha10 🇧🇷

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Prefeitura do Município de Piracicaba
Secretaria Municipal de Saúde
NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO DE
ENFERMAGEM NAS UNIDADES
BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO
DE PIRACICABA
PIRACICABA-SP
2019
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Baixe Manual de Procedimentos para Enfermagem na Unidade de Saúde de Piracicaba e outras Notas de aula em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

Secretaria Municipal de Saúde

NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO DE

ENFERMAGEM NAS UNIDADES

BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO

DE PIRACICABA

PIRACICABA-SP

Secretaria Municipal de Saúde

NORMAS E ROTINAS DO SERVIÇO DE ENFERMAGEM NAS

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE

PIRACICABA

BARJAS NEGRI

PREFEITO DE PIRACICABA

PEDRO ANTONIO DE MELLO

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE PIRACICABA

TATIANA DO PRADO LIMA BONINI

COORDENADORA DE ENFERMAGEM DA ATENÇÃO BÁSICA

ELABORAÇÃO 2015

Equipe Departamento da Atenção Básica

_- Elaine Regina Defavari

  • Karina Corrêa
  • Lucilene do Carmo Pereira Martins_

ATUALIZAÇÃO/REVISÃO JUN/

Equipe Departamento da Atenção Básica

_- Alessandro Fedeo de Oliveira

  • Ana Carolina Fuza Lunetta
  • David Richard Luzetti
  • Marcela Enedina Furlan Buoro
  • Tafnes Muniz Bassetti
  • Tatiana Do Prado Lima Bonini_

ORGANIZAÇÃO / FORMATAÇÃO

- David Richard Luzetti

PIRACICABA

Secretaria Municipal de Saúde

LISTA DE SIGLAS

AB - Atenção Básica ACS - Agentes Comunitários de Saúde AE - Auxiliar de Enfermagem APS - Atenção Primária à Saúde CLT - Consolidação das Leis Trabalhistas COAPES - Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde COFEN - Conselho Federal de Enfermagem COREN - Conselho Regional de Enfermagem CRAB - Centro de Referência da Atenção Básica CRT - Certidão de Responsabilidade Técnica de Enfermagem DAB - Departamento de Atenção Básica EPI - Equipamento de Proteção Individual ESF - Estratégia Saúde da Família MEC - Ministério da Educação NAA - Núcleo de Apoio Administrativo PNAB - Política Nacional de Atenção Básica PNPS - Política Nacional de Promoção da Saúde PSF - Programa Saúde da Família RAS - Rede de Atenção à Saúde RDC - Resolução da Diretoria Colegiada RT - Responsável Técnico SEMS - Secretaria Municipal de Saúde SUS - Sistema Único de Saúde TE - Técnico de Enfermagem UBS - Unidade Básica de Saúde UNA-SUS – Universidade Aberta do SUS

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8.6.7 Limpeza e Organização ............................................................................. 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 38

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APRESENTAÇÃO

Aos leitores destes documentos recém reformulados solicito especial atenção. A valorização deste momento para cada profissional da enfermagem advém das lutas que dia a dia enfrentamos desde a primeira vez que pronunciamos nosso desejo de ser da “enfermagem”. A valorização do serviço é consequência da excelência com que realizamos cada procedimento. A valorização da enfermagem nasce e cresce dentro de cada um de nós, quando com todo o saber técnico transdisciplinarizamos a ciência, a arte e o amor no exercício da profissão. A enfermagem é a categoria da saúde que passa 24 horas por dia ao lado do paciente. Atuamos em todas as fases de vida das pessoas, desde nascimento, parto, puerpério, adolescência, homem, mulher, 3ª idade, em cuidados preventivos, paliativos, reabilitação, promoção da participação popular para melhoria das condições de vida individual, familiar e coletiva. Lidamos todos os dias com indivíduos de todos os gêneros, etnias, idades, classes sociais e níveis de conhecimento. No estado de São Paulo, segundo dados do COREN-SP, a enfermagem corresponde a 80% da força de trabalho em saúde. Somos cerca de 450 mil profissionais a procura do mercado de trabalho digno, promissor, respeitoso e de excelência. Muitos desafios já foram enfrentados, porém há muito ainda a ser percorrido. Os “Documentos de Enfermagem das Unidades de Atenção Básica de Piracicaba” são revisados e aprimorados em meio a um turbilhão de acontecimentos do cotidiano nem sempre otimistas. Chegamos a apelida-lo de “encantado”, pois cada vez que pegávamos firme para produzi-los, algo acontecia que nos dispersava a atenção que ele merecia. Ainda assim reestruturamos, corrigimos, acrescentamos, lutamos por mais autossuficiência da enfermagem em busca da disseminação de práticas efetivas com base em evidencias cientificas. Acreditamos que baseados em evidências podemos construir um cuidado exitoso aos usuários. Acreditamos que a Atenção Básica pode ser melhor com uma enfermagem forte e unânime. Acreditamos que o SUS depende de cada um de nós fazendo a parte que nos cabe de forma adequada, fortalecendo a rede de atenção à saúde, assumindo o papel central no enfrentamento dos desafios de saúde do século XXI. Diante do exposto, este documento tem o objetivo de subsidiar, orientar, fundamentar e normatizar o serviço de Enfermagem nas Unidades de Saúde. É um instrumento normativo que direciona e disciplina o serviço de enfermagem nas unidades básicas de saúde no intuito de qualificar a assistência de enfermagem e oferecer respaldo aos profissionais atuantes no serviço. Sem mais, convido a todos para a leitura, prática, sugestões de melhoramentos desta construção.

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 Falta Abonada deverá ser protocolada no DAB com 5 dias de antecedência (para servidores com vínculo estatutário).

Observações : os documentos são entregues via Departamento de Atenção Básica, seguindo escalas e prazos informados.

2 PEDIDO DE MATERIAL NO ALMOXARIFADO

O pedido de insumos deverá ser realizado entre os dias 1 a 10 de cada mês, via sistema de informação vigente. A entrega é realizada entre os dias 20 e 30 do mesmo mês. Deve observar a racionalidade do pedido de materiais de consumo, evitando perdas por validade ou armazenamento inadequado, atentar para o uso responsável dos materiais, evitando desperdícios e mau uso.

3 OBRIGAÇÕES EXIGIDAS PELO COREN – SP

Escalas (atribuições e mensal) As escalas de atribuição e de trabalho mensais devem ser regularmente elaboradas e atualizadas, fixadas em local visível e arquivada na unidade de saúde (modelos em anexo);

Dimensionamento de enfermagem O Dimensionamento de Enfermagem deve ser realizado e revisado anualmente baseado na resolução COFEN - 543/17. Manter uma cópia arquivada na unidade;

Responsabilidade Técnica O documento de Responsabilidade Técnica deve ser renovado anualmente. As informações atualizadas e documentos necessários deverão ser pesquisados no site https://portal.coren-sp.gov.br. Em casos de mudança de unidade ou desligamento do servidor, o enfermeiro deve solicitar

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cancelamento da responsabilidade técnica antes de solicitar nova inscrição imediatamente.

4 REUNIÕES DE EQUIPE em CRABs / UBSs/ USFs

As reuniões nas unidades de Equipes de Saúde da Família são semanais, e em CRABs e UBSs a periodicidade é mensal, seguindo dinâmica das unidades, sem comprometer atendimento de urgência e emergência aos usuários. Tem duração média de 3 horas. Os assuntos da pauta devem seguir os temas: questões administrativas, diagnósticos de território e monitoramento em saúde, avaliação, planejamento e adequação do processo de trabalho, planejamento e monitoramento das ações, educação permanente, dinâmicas de trabalho em equipe, discussões de casos (Projeto Terapêutico Singular), reuniões com parceiros e outros setores, confraternizações. O relato da reunião deve ser registrado em livro ATA e no sistema de informações vigente com assinatura legível dos participantes, data, horário e local da ocorrência.

5 ACOLHIMENTO

A atenção básica é um dos eixos estruturantes do SUS. Entre os seus desafios atuais, destacam-se aqueles relativos ao acesso e acolhimento , à efetividade e resolutividade das suas práticas, capacidade de gestão / coordenação do cuidado e, de modo mais amplo, às suas bases de sustentação e legitimidade social. É importante destacar que, a despeito de a atenção básica não ser capaz de oferecer atenção integral isoladamente em todas as situações, ela pode dar conta de grande parte dos problemas e necessidades de saúde das pessoas e grupos populacionais, articulando diversos tipos de tecnologias, desde que tenha (ou construa) disposição e capacidade de identificar/compreender as variadas demandas/problemas/necessidades de saúde e de intervir nessas situações de forma resolutiva e abrangente. A procura exacerbada por serviços de urgência e especializados, apesar de ser explicada pelo imaginário social e pelas influências

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6 NORMAS DE BIOSSEGURANÇA

A lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa. As Normas Regulamentadoras – NRs, relativas à segurança e medicina do trabalho são de observância obrigatória por empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, desde que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, dentre estas normas, destaca-se a NR 32 que aborda os aspectos de segurança e saúde do trabalhador em serviços de saúde (BRASIL, 2014). O uso de EPIs aliado às medidas de proteção coletivas são essenciais na prevenção de acidentes e patologias ocupacionais, sobretudo na equipe de enfermagem, uma vez que, se enquadra no grupo de maior exposição aos riscos ocupacionais devido ao contato direto com o paciente, com agulhas e diferentes tipos de perfurocortantes, equipamentos, soluções e situações que implicam na grande possibilidade de contato com sangue e outros fluidos orgânicos contaminados por uma variedade de patógenos desencadeadores de doenças (NISHIDE; BENATTI; ALEXANDRE, 2004).

Proteja-se:

  • Lave corretamente as mãos.
  • Utilize corretamente os equipamentos de proteção individual – EPI.

As normas de biossegurança devem estar de acordo com as orientações do SESMT (Serviço e Segurança de Medicina do Trabalho – Piracicaba). O site está disponível para os servidores com informações, protocolo para acidente com material biológico e perfurocortantes, mapas de risco ocupacional, impresso para comunicado de ocorrência funcional (COF), PPRA (Programa de Prevenção dos

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8 NORMAS E ROTINAS NAS SALAS DAS UNIDADES DE SAÚDE

8.1 SALA DE VACINAÇÃO

8.1.1 Materiais Permanentes  Bancada, pia ou mesa para preparo dos imunobiológicos;  Refrigerador exclusivo para conservação dos imunobiológicos;  Gaveteiro, fichário ou arquivo;  Mesa de escritório com gavetas;  Equipamentos de informática;  Cadeiras;  Maca infantil;  Suporte para papel toalha;  Porta sabonete;  Lixeira com tampa e pedal;  Armário com porta para guarda de material;  Bandeja de aço inoxidável;  Tesoura reta com ponta romba.

8.1.2 Materiais de Consumo  Materiais de escritório (lápis, borracha, caneta, marcador permanente, clips, grampeador, carimbo, almofada para carimbo);  Bobinas de gelo reutilizável (gelox);  Imunobiológicos;  Luvas de procedimento;  Óculos de proteção;  Termômetro digital com cabo extensor;  Termômetro tipo capela;  Termostato;

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 Bandeja plástica perfurada;  Caixa térmica;  Álcool 70%;  Almotolias;  Esparadrapo e fita adesiva;  Algodão hidrófilo;  Recipiente com tampa para algodão;  Seringas descartáveis (1ml, 3ml, 5ml e 10ml);  Agulhas descartáveis para uso intradermico, subcutâneo, intramuscular e para diluição;  Caixa coletora de material perfurocortante;  Papel toalha;  Depósito para lixo comum (lixo preto);  Depósito para lixo infectante (lixo branco);  Sabão líquido.

8.1.3 Impressos e Manuais  Cartões de Vacinação da Criança/Adulto/adolescente;  Cartão de Controle ou Ficha de Registro;  Mapa Diário de Vacinação;  Boletim Mensal de Vacinação;  Boletim de Campanha de Doses Aplicadas de Vacina;  Mapa para Controle diário da Temperatura do refrigerador;  Ficha de Investigação dos Eventos Adversos Pós-Vacinação;  Ficha de Fluxo Imediato de Eventos Adversos Pós-Vacinação;  Manual técnico operacional de Vacinação do CVE e da SMS/SP;  Norma Técnica do Programa de Imunização – CVE;  Quadro com o esquema básico de vacinação;  Instruções simplificadas quanto às condutas imediatas frente à alteração de temperatura do (s) refrigerador (es) a ser fixado em local visível;  Impresso de Notificação de Alteração de Temperatura;

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 Identificar frascos abertos com data de abertura, hora, validade e rúbrica do profissional.

8.1.6 Acolhendo o Usuário  Verificar se é a primeira vez ou retorno do usuário na sala de vacinação;  Identificar o documento de registro da vacinação (Cartão da Criança ou do Adulto, ficha espelho);  Verificar que vacinas devem ser administradas, consultando o documento de registro da vacinação e a ficha de registro ou o Cartão de espelho conforme calendário de Vacinação vigente no Estado / Município;  Obter informações sobre o estado de saúde da pessoa a ser vacinada, a fim de observar as indicações e possíveis contraindicações à administração dos imunobiológicos, conforme orientações da Norma Técnica do Programa de Imunização – CVE 2008.  Orientar sobre a importância da vacinação e do esquema básico de vacinação dentro dos prazos estabelecidos;  Fazer o registro da vacina a ser administrada, no espaço reservado dos documentos (Cartão da Criança ou do Adulto, ficha de registro, mapa diário de vacinação) atentando para tipo do imunobiológico, lote, fabricante, validade, carimbo e assinatura do administrador.  Fazer o aprazamento, ou seja, anotar a data de retorno para receber nova dose de vacina (à lápis);  Encaminhar o usuário para receber o imunobiológico indicado.

8.1.7 Administração de Imunobiológico

Consultar Procedimentos Operacionais Padrão de Enfermagem (POP) números:

03 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO VIA INTRADERMICA

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04 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA INTRAMUSCULAR

06 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA ORAL

07 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS VIA SUBCUTÂNEA

8.1.8 Encerramento do Trabalho Diário  Desprezar os frascos com sobras de vacinas que ultrapassam o prazo estabelecido após a abertura do frasco conforme orientação da Norma Técnica do Programa de Imunização – CVE 2008 e os frascos de vacina que estejam com o rótulo danificado, na caixa coletora de material perfuro-cortante;  Retirar da caixa térmica, os imunobiológicos de uso diário, as demais vacinas que podem ser utilizadas no dia seguinte, recolocando-as no refrigerador de estoque;  Verificar e anotar a temperatura do refrigerador, no Mapa de Controle Diário de Temperatura;  Guardar o material;  Conferir registros no sistema de informação (SIPNI).  Arquivar os cartões espelho.

8.1.9 Encerramento do Trabalho Mensal  Fazer a revisão no arquivo de cartões espelho para convocação e busca ativa de faltosos;  Controlar o estoque de insumos e imunobiológicos (no refrigerador e no sistema de informações vigente);  Fechamento dos boletins: Boletim Mensal de Doses Aplicadas, e o Controle Mensal de Vacinas (Grade);  Registro do “movimento” (no sistema de informação) de recebimento e saída dos imunobiológicos;  Conferir registro de produção adequado no sistema de informação;  Preencher a solicitação mensal de vacinas