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Neuroimagem - Estudo Dirigido, Trabalhos de Diagnóstico por Imagem

Neuroimagem - estudo dirigido

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 13/11/2020

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patrick-alves-1 🇧🇷

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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
Estudo Dirigido: Neuroimagem
Professor Me. Rogério Rodrigues Vilas Boas
Aluna: Isabela Mezzari
Patrick Alves dos Santos
Período: 6º
1 Como é caracterizado o acidente vascular cerebral hemorrágico nos
exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética?
Tomografia computadorizada
É o primeiro exame a ser solicitado, assim que o paciente estiver estável
clinicamente, para excluir ou confirmar se o evento é isquêmico ou
hemorrágico. O CT detecta 90-95% das hemorragias subaracnoideas, e quase
100% das hemorragias intraparenquimatosas, além de ajudar na exclusão ou
confirmação de causas não vasculares para os achados clínicos do paciente.
(NETO, 2019 ;OSBORN, 2004)
É a estratégia que apresenta o melhor custo-benefício para diagnósticos
da doença cerebrovascular. (OSBORN, 2004)
Fase Hiperaguda (<12h):
Neste momento, a TC de crânio é importante para excluir hemorragia e para
detecção de achados precoces de isquemia cerebral. São eles:
a) perda do contorno insular
b) indefinição dos núcleos cinzentos
c) perda da diferenciação substância branca e cinzenta
d) artéria cerebral hiperdensa
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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA Estudo Dirigido: Neuroimagem Professor Me. Rogério Rodrigues Vilas Boas Aluna: Isabela Mezzari Patrick Alves dos Santos Período: 6º 1 – Como é caracterizado o acidente vascular cerebral hemorrágico nos exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética? Tomografia computadorizada É o primeiro exame a ser solicitado, assim que o paciente estiver estável clinicamente, para excluir ou confirmar se o evento é isquêmico ou hemorrágico. O CT detecta 90-95% das hemorragias subaracnoideas, e quase 100% das hemorragias intraparenquimatosas, além de ajudar na exclusão ou confirmação de causas não vasculares para os achados clínicos do paciente. (NETO, 2019 ;OSBORN, 2004) É a estratégia que apresenta o melhor custo-benefício para diagnósticos da doença cerebrovascular. (OSBORN, 2004) Fase Hiperaguda (<12h): Neste momento, a TC de crânio é importante para excluir hemorragia e para detecção de achados precoces de isquemia cerebral. São eles: a) perda do contorno insular b) indefinição dos núcleos cinzentos c) perda da diferenciação substância branca e cinzenta d) artéria cerebral hiperdensa

Imagem da esquerda evidenciando perda de contorno insular, imagem do centro mostra a perda de diferenciação branco-cinzenta, e a imagem a direita apresenta artéria cerebral hiperdensa. Na maioria das vezes, a lesão correspondente ao AVE isquêmico só aparece tardiamente (30% dos casos podem ser vistos nas primeiras 3 horas, 60% nas primeiras 24 horas, e quase 100% nos primeiros 7 dias). (CHAVES, 2008) Fase subaguda: pode apresentar lesão hipodensa em forma de cunha, envolvendo substância branca e cinzenta e respeitando o limite vascular, bem como edema perilesional e sinais de efeito de massa (desvio de estruturas da linha média para o hemisfério contralateral, apagamento de sulcos e cisternas,compressão ventricular). CHAVES, 2008) Lesão hipodensa em forma de cunha, no hemisfério cerebral esquerdo, com compressão ventricular e desvio de estruturas da linha média.

2 – Quais exames de imagem devem ser realizados para diagnosticar doenças que cursam com desmielinização do SNC? A Tomografia Computadorizada, é um método mais barato e com maior disponibilidade, porém não tem aplicação prática no contexto das desmielinizações. A Ressonância Magnética é a mais indicada, pois permite a melhor caracterização dos danos secundários na substância branca. Através deste método é possível caracterizar o número e a distribuição das lesões desmielinizantes, esta avaliação oferece dados que subsidiam o diagnóstico e principalmente permitem o acompanhamento da doença e dos eventuais resultados dos tratamentos disponíveis. (FLEURY,2020). 3 – O que é a síndrome do bebê sacudido e como é realizado o seu diagnóstico? É uma forma grave de abuso físico infantil, costuma ser identificada em crianças menores de 2 anos de idade e, especialmente, em bebês pequenos, ao redor de 6 meses de vida. Definida como uma agitação vigorosa do corpo da criança com sacudidas exageradas da cabeça quando a mesma estiver contida pelas suas extremidades ou pelos ombros. (FILHO; TARTARELA,2013). A SBS é a causa mais frequente de morbidade e mortalidade em crianças que sofreram abuso físico. O mecanismo do aparecimento das graves complicações neurológicas ou oftalmológicas se baseia no princípio de múltiplos movimentos de aceleração e de desaceleração da cabeça, todos de curta duração, e sem um choque direto da cabeça contra um objeto ou contra uma superfície. (FILHO; TARTARELA,2013). Na fase aguda da doença, os sintomas são altamente variáveis, mas o mais comum é que entre 40% e 70% a criança apresenta crises epilépticas. Os sintomas estão fundamentalmente associados à encefalopatia hipóxica. (GUEVARA; VARGAS,2008)

Os motivos mais frequentes para consultas são: Convulsões, consciência comprometida, alterações no padrão respiratório, letargia, irritabilidade, hipotonia e até postura de opistótono. No exame físico, a identificação de fontanela abaulada e meningismo, além de múltiplas fraturas e equimoses é mais visível. (GUEVARA; VARGAS,2008). A Ressonância Magnética é favorável quando o diagnóstico de SBS não é claro, pois pode revelar contusões, hematomas e hemorragias, e tem demonstrado ser mais sensível no diagnóstico que a tomografia computadorizada (TC). A RM por difusão fornece resultados ainda mais precisos, pois pode mostrar lesões parenquimatosas cerebrais que sugerem isquemia cerebral. (CASTRO, R.E.V.,2019) 4 – Como são caracterizados os principais tipos de câncer originários do tecido nervoso? Os gliomas de baixo grau de malignidade seguem um padrão tomográfico característico: calcificações em lesões de longa sintomatologia e crescimento muito lento, hipoatenuação, predominância frontal, temporal e parietal. A contrastação com iodo endovenoso pouco se altera. Os gliomas de alto grau de malignidade podem demonstrar áreas de captação heterogênea com edema digitiforme (variabilidade de superfície antigênica), algumas vezes com realce anelar e áreas císticas correspondendo a cistos verdadeiros ou áreas de necrose. A ressonância magnética do encéfalo mostra realce heterogêneo com predomínio de hipersinal em T1 com gadolínio e hipersinal em T2 estendendo-se para além das áreas da massa tumoral compatível com áreas de edema com formato digitiforme mantido. (NETO, 2019) A espectroscopia por RNM nos fornece uma avaliação metabólica da neoplasia que pode ser útil no diagnóstico. Por exemplo, neoplasias de baixo grau de malignidade, no caso astrocitomas de baixo grau de malignidade, normalmente em pacientes jovens, com histórico de crises epileptiformes de duração longa, podem produzir mionusitol e colina aumentada sem que haja picos de lactato e aspartato. A RNM é característica na região analisada e é de hipossinal em T1 e hipersinal em T2, e não contrasta com gadolínio. Por outro

esquecer dos corpos de psamomas encontrados frequentemente nos cortes histológicos desses tumores. (NETO, 2019 ;OSBORN, 2004) Os meningiomas são tumores originados na aracnoide e que se estendem pela superfície dural para alcançar nutrição arterial e guardam íntima relação com as veias e os seios durais devido à sua extensão dural. Têm a base alargada voltada para a dura-máter, com infiltração dural em torno da massa principal (tail) conhecida como cauda dural. (OSBORN, 2004) Os tumores epidermoides são tumores não frequentes que podem acometer as cisternas sylviana, do ângulo pontocerebelar e quadrigêmea. Têm crescimento lento e acometem adultos jovens. São constituídos por material perláceo compatível com pérolas córneas, e em RNM do encéfalo com imagem em T1 verificamos hipossinal, diferentemente dos dermoides, que têm hipersinal em T1, e, em T2, hipersinal e intenso brilho na difusão. (NETO, 2019 ;OSBORN, 2004) 5 – Quais são as principais características da neurocisticercose observada nos exames de imagem? A Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética em sua fase contrastada, apresentam lesões nodulares associadas a inflamação e edema perivesicular. As lesões dependem da fase de desenvolvimento do cisticerco, quando este está vivo, ou em sua forma ativa, apresenta-se como “lesão cística, hipodensa, de contornos bem delimitados e com escólex no seu interior”. (TAKAYANAGUI; LEITE,2001). Quando o cisticerco é intraparenquimatoso, há presença de “lesão hipodensa com reforço em anel” ou de “lesão isodensa com reforço homogêneo na fase contrastada”. Na encefalite cisticercótica, a tomografia computadorizada revela múltiplas “lesões com reforço anelar ou homogêneo circundadas por intenso edema cerebral difuso”. (TAKAYANAGUI; LEITE,2001).

Tomografia Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética: Fases do Cisticerco Fonte: TAKAYANAGUI; LEITE, 6 – Qual o papel dos exames de medicina nuclear na caracterização das doenças neurodegenerativas? A Medicina Nuclear auxilia na caracterização de doenças neurodegenerativas, pois possui alta capacidade de avaliar o potencial dos ligamentos entre os transportadores dopaminérgicos. Utiliza radiofármacos, sendo possível mapear lesões e alterações nervosas. (FLEURY,2020)