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Neurociência Descomplicada: Domine o Sistema Nervoso, Emoções e Memória em Poucas Horas, Resumos de Neurociência

Explore os mistérios do cérebro de forma clara, envolvente e prática! Este resumo completo sobre Neurociência, Sistema Límbico e Sistema de Recompensa vai transformar seu estudo: com linguagem objetiva e mapas mentais internos, você dominará os conceitos-chave da mente humana – de impulsos nervosos à neurobiologia das emoções e vícios. Ideal para quem busca excelência acadêmica ou deseja aprofundar seus conhecimentos para provas e concursos. Torne-se fluente no funcionamento do sistema nervoso, controle emocional e processos de memória com um material que simplifica o complexo sem perder a riqueza técnica. Comece agora a trilhar o caminho da aprovação e do conhecimento!

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 27/04/2025

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Neurociência, Sistema Límbico e Sistema de Recompensa
1. Neurociência: Uma Ciência Interdisciplinar
Definição: A neurociência é o estudo científico do sistema nervoso. Inicialmente vista como
um ramo da biologia, evoluiu para uma ciência altamente interdisciplinar.
Interdisciplinaridade: A neurociência colabora com diversas áreas, incluindo educação,
química, ciência da computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática,
medicina, filosofia, física, comunicação e psicologia. O termo neurobiologia é
frequentemente usado de forma intercambiável.
Subdisciplinas: A neurociência abrange várias subdisciplinas, como:
Neuroanatomia: Estudo da estrutura do sistema nervoso.
Neuroquímica: Estudo das bases químicas da atividade neural.
Neurofarmacologia: Estudo do efeito das drogas no sistema nervoso.
Neurofisiologia: Estudo das funções das diversas áreas do sistema nervoso.
Neuropsicologia: Estudo da mente, inteligência, capacidade cognitiva e comportamento.
Neurociência Comportamental: Estuda a relação entre o organismo, fatores internos
(pensamentos, emoções) e comportamentos visíveis.
Neurociência Cognitiva: Estudo da capacidade cognitiva, incluindo memória e aprendizado.
Níveis de Análise: A neurociência pode ser estudada em diferentes níveis, como molecular,
celular, sistêmico, comportamental e cognitivo.
2. O Neurônio: A Unidade Fundamental
Função: O neurônio é a célula responsável pela condução do impulso nervoso. Estima-se
que haja cerca de 86 bilhões de neurônios no sistema nervoso humano.
Estrutura: Um neurônio consiste em:
Soma (Corpo celular): Contém o núcleo e a informação genética da célula.
Dendritos: Funcionalmente especializados em receber informação sináptica.
Axônio: Especializado na condução do impulso nervoso.
Impulso Nervoso: Os impulsos nervosos são reações físico-químicas na superfície dos
neurônios e seus processos. A diferença de voltagem entre o citoplasma e o líquido
extracelular, mantida pela ação de bombas de íons (sódio e potássio), cria um estado de
polarização (-58mV). Um potencial de ação abre os canais de íons, alterando a concentração
e gerando um potencial positivo (+40mV ou mais). Este desequilíbrio propaga-se como o
potencial de ação.
Período Refratário: Após um potencial de ação, o neurônio precisa de um breve tempo para
restabelecer o equilíbrio, durante o qual não pode gerar outro potencial de ação.
Tipos de Neurônios:Receptores ou sensitivos (aferentes): Reagem a estímulos exteriores.
Motores (eferentes): Conduzem impulsos do sistema nervoso central para músculos e
glândulas.
Interneurônios: Conectam neurônios sensitivos e motores.
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Neurociência, Sistema Límbico e Sistema de Recompensa

1. Neurociência: Uma Ciência Interdisciplinar

  • Definição: A neurociência é o estudo científico do sistema nervoso. Inicialmente vista como um ramo da biologia, evoluiu para uma ciência altamente interdisciplinar.
  • Interdisciplinaridade: A neurociência colabora com diversas áreas, incluindo educação, química, ciência da computação, engenharia, antropologia, linguística, matemática, medicina, filosofia, física, comunicação e psicologia. O termo neurobiologia é frequentemente usado de forma intercambiável.
  • Subdisciplinas: A neurociência abrange várias subdisciplinas, como:
  • Neuroanatomia: Estudo da estrutura do sistema nervoso.
  • Neuroquímica: Estudo das bases químicas da atividade neural.
  • Neurofarmacologia: Estudo do efeito das drogas no sistema nervoso.
  • Neurofisiologia: Estudo das funções das diversas áreas do sistema nervoso.
  • Neuropsicologia: Estudo da mente, inteligência, capacidade cognitiva e comportamento.
  • Neurociência Comportamental: Estuda a relação entre o organismo, fatores internos (pensamentos, emoções) e comportamentos visíveis.
  • Neurociência Cognitiva: Estudo da capacidade cognitiva, incluindo memória e aprendizado.
  • Níveis de Análise: A neurociência pode ser estudada em diferentes níveis, como molecular, celular, sistêmico, comportamental e cognitivo.

2. O Neurônio: A Unidade Fundamental

  • Função: O neurônio é a célula responsável pela condução do impulso nervoso. Estima-se que haja cerca de 86 bilhões de neurônios no sistema nervoso humano.
  • Estrutura: Um neurônio consiste em:
  • Soma (Corpo celular): Contém o núcleo e a informação genética da célula.
  • Dendritos: Funcionalmente especializados em receber informação sináptica.
  • Axônio: Especializado na condução do impulso nervoso.
  • Impulso Nervoso: Os impulsos nervosos são reações físico-químicas na superfície dos neurônios e seus processos. A diferença de voltagem entre o citoplasma e o líquido extracelular, mantida pela ação de bombas de íons (sódio e potássio), cria um estado de polarização (-58mV). Um potencial de ação abre os canais de íons, alterando a concentração e gerando um potencial positivo (+40mV ou mais). Este desequilíbrio propaga-se como o potencial de ação.
  • Período Refratário: Após um potencial de ação, o neurônio precisa de um breve tempo para restabelecer o equilíbrio, durante o qual não pode gerar outro potencial de ação.
  • Tipos de Neurônios:Receptores ou sensitivos (aferentes): Reagem a estímulos exteriores.
  • Motores (eferentes): Conduzem impulsos do sistema nervoso central para músculos e glândulas.
  • Interneurônios: Conectam neurônios sensitivos e motores.

3. A Sinapse: Comunicação Neural

  • Definição: Sinapses nervosas são pontos de encontro entre neurônios, onde o estímulo passa de um neurônio para o seguinte.
  • Estrutura da Sinapse: Membrana pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-sináptica.
  • Tipos de Sinapses:Químicas: A maioria das sinapses. O impulso nervoso libera neurotransmissores na fenda sináptica, que se ligam a receptores na membrana pós- sináptica, desencadeando o impulso nervoso na célula seguinte.
  • Elétricas: Menos comuns. Permitem a passagem direta de corrente elétrica entre os neurônios através de junções abertas. São mais rápidas e permitem a sincronização de neurônios.

4. Organização do Sistema Nervoso

  • Sistema Nervoso Central (SNC): Consiste no encéfalo e na medula espinhal.
  • Sistema Nervoso Periférico (SNP): Inclui todos os outros neurônios fora do SNC, principalmente nervos.
  • Sistema Nervoso Somático: Responsável pela coordenação de movimentos voluntários e recepção de estímulos externos.
  • Sistema Nervoso Autônomo: Regula funções involuntárias.
  • Sistema Nervoso Simpático: Responde a perigo ou estresse (aumento da frequência cardíaca e pressão arterial).
  • Sistema Nervoso Parassimpático: Evidente durante o descanso e relaxamento (responsável por funções como a digestão).
  • Sistema Nervoso Entérico: Controla o aparelho digestivo.

5. Atos Voluntários e Involuntários

  • Atos Voluntários: Planejados e feitos conscientemente, comandados pelo cérebro (Sistema Nervoso Periférico Somático).
  • Atos Involuntários: Não planejados, instintivos, comandados pela medula espinhal (Sistema Nervoso Periférico Autônomo).

6. O Encéfalo

  • Partes Principais: Cérebro, cerebelo, tálamo, hipotálamo e bulbo.
  • Córtex Cerebral: Camada externa do cérebro, dividida em quatro lobos com funções especializadas.
  • Lobo Frontal: Localizado na região da testa.
  • Lobo Occipital: Localizado na região da nuca, processa a visão.
  • Lobo Parietal: Localizado na parte superior central da cabeça, envolvido no processamento sensorial (tato, temperatura, dor) e na localização espacial do corpo.
  • Lobos Temporais: Localizados nas regiões laterais da cabeça, processam estímulos auditivos.
  • Hemisférios Cerebrais: O hemisfério dominante (geralmente o esquerdo) é responsável pelo pensamento lógico e comunicação, enquanto o direito está associado ao pensamento simbólico e criatividade (embora pesquisas recentes questionem essa divisão rígida).
  • Tálamo: Atua como centro de retransmissão para informações sensoriais.
  • Estruturas Chave:Área Tegmentar Ventral (VTA): Produz dopamina e envia sinais para outras regiões.
  • Núcleo Accumbens: Ativado pela dopamina, responsável pela sensação de recompensa (de querer e gostar).
  • Córtex Pré-frontal: Envolvido no planejamento e tomada de decisões, decide se uma ação é recompensadora o suficiente para ser repetida.
  • Dopamina: Considerada a "molécula do prazer", fundamental na mediação dos efeitos de recompensa. Neurônios dopaminérgicos da VTA projetam-se para várias áreas do encéfalo, incluindo o núcleo accumbens.
  • Prazer e Aprendizagem: Quando o sistema de recompensa é ativado, os circuitos permitem que o cérebro codifique e lembre as circunstâncias que levaram ao prazer, para que o comportamento possa ser repetido.
  • Vício: Drogas de abuso atuam direta ou indiretamente sobre o sistema límbico e o sistema de recompensa cerebral, aumentando a eficácia da dopamina e provocando sua liberação no núcleo accumbens. A distinção entre "querer" e "gostar" pode explicar por que dependentes químicos buscam a droga mesmo sem sentir o mesmo prazer inicial.

10. Neurobiologia das Emoções

  • Perspectiva Histórica: A tematização das emoções como questão de conhecimento remonta à Grécia antiga. Inicialmente um problema filosófico, passou a ser investigado pela psicologia, psicanálise e biologia a partir do final do século XIX.
  • Sistemas das Emoções: A concepção atual tende a ver as emoções como correlacionadas a diferentes circuitos e redes neuronais no SNC, em vez de um único sistema límbico bem definido.
  • Estruturas Envolvidas: Além das estruturas classicamente associadas ao sistema límbico, o cerebelo, tálamo, área pré-frontal e hipocampo também se relacionam aos processos emocionais.
  • Prazer e Recompensa: Associados a um circuito encefálico específico, principalmente relacionado ao feixe prosencefálico medial (núcleos lateral e ventromedial do hipotálamo), com conexões com o septo, amígdala, áreas do tálamo e gânglios da base. O sistema mesolímbico (área tegmentar ventral, hipotálamo, núcleo accumbens, córtex cingulado anterior e córtex pré-frontal) também é importante.
  • Punição: Descrito com localização na área cinzenta central que rodeia o aqueduto cerebral, estendendo-se às zonas periventriculares do hipotálamo e tálamo, e relacionado à amígdala e ao hipocampo.
  • Medo: O medo parece depender da amígdala e dos sistemas serotoninérgico, noradrenérgico e GABAérgico centrais. Lesões no lobo temporal podem produzir alterações no comportamento social e emocional, incluindo a perda do medo (Síndrome de Klüver-Bucy).
  • Raiva e Agressão: A agressão predatória pode ser verificada após estimulação do hipotálamo lateral. A agressão afetiva é provocada por estimulação da substância cinzenta periaquedutal pelo hipotálamo lateral.
  • Tristeza: A indução da tristeza relaciona-se à ativação de regiões límbicas (porção subgenual do giro do cíngulo e ínsula anterior) e desativação cortical (córtex pré-frontal direito e parietal inferior). Em pacientes com depressão clínica, observa-se hipometabolismo ou hipoperfusão no córtex cingulado subcaloso.
  • Ínsula: Importante na integração emoção/razão, ativada durante a indução de recordações emocionais, sugerindo seu envolvimento na avaliação, experimentação ou expressão de emoções geradas internamente.
  • Controle das Emoções: A gestão das emoções é um processo contínuo que dura a vida toda. Algumas estratégias eficazes incluem mindfulness, exercícios físicos regulares, técnicas de respiração e cuidado com sono, alimentação e hormônios.

11. Memória e Aprendizagem

  • Memória Declarativa vs. Não-Declarativa: Neurocientistas distinguem memória declarativa (saber "que" algo aconteceu) de memória não-declarativa (saber "como" algo aconteceu).
  • Memória Declarativa: Também conhecida como memória de curto prazo, armazena fatos, nomes e acontecimentos.
  • Mecanismos de Armazenamento: O mecanismo exato para o armazenamento de memórias ainda não é totalmente conhecido, mas a LTP (potencial de longa duração) é uma forte candidata.
  • Consolidação da Memória: Ocorre no momento seguinte ao acontecimento e pode ser fortalecida ou enfraquecida por fatores que agem neste instante.
  • Esquecimento: A ß-endorfina parece estar ligada ao esquecimento, um processo fundamental do ponto de vista fisiológico.
  • Plasticidade Sináptica: A aprendizagem e a memória estão relacionadas à plasticidade sináptica, ou seja, a capacidade das sinapses de se modificarem em resposta à atividade neural.

12. Outras Áreas Relevantes

  • Frenologia: Uma teoria pseudocientífica do século XIX que postulava que a conduta era determinada pela forma do couro cabeludo e que diferentes regiões cerebrais eram responsáveis por características específicas. Embora refutada, representou um dos primeiros attempts de mapear funções cerebrais.
  • Efeito de Drogas Psicoativas: Podem ser classificadas como lépticas (estimulantes), analépticas (depressoras) e dislépticas (modificadoras), incluindo alucinógenos.
  • Programação Neurolinguística (PNL): Uma abordagem que se propõe a melhorar a comunicação consigo mesmo e com outras pessoas.
  • Sonhos: Para a Psicanálise, sonhos refletem a experiência inconsciente e são uma via para o inconsciente. Para a Neurociência, sonhos são resultado da ativação de certas estruturas cerebrais (tronco cerebral) e fazem parte do ciclo do sono, determinados biologicamente. Algumas teorias neurocientíficas sugerem que o sono ajuda na restauração de neurotransmissores e na remoção de informações inúteis da memória ("nós sonhamos para esquecer").
  • Promoção da Saúde Cerebral: Exercícios físicos regulares, especialmente aeróbicos, promovem a saúde cerebral, aumentam a neurogênese e melhoram as conexões neurais e a função cognitiva. Uma boa dieta, rica em proteínas, fibras e minerais, é fundamental. Aprender a tocar um instrumento musical também pode exercitar o cérebro.