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Nervos Cranianos: Estrutura e Funções, Resumos de Fisiologia

Este documento fornece uma visão detalhada da estrutura e funções dos principais nervos cranianos, incluindo o nervo olfatório, oculomotor, trigêmeo, abducente, facial, glossofaríngeo, vago e acessório. Ele aborda a localização dos corpos celulares, os tipos de axônios (motores e sensitivos), os núcleos associados e os possíveis desequilíbrios homeostáticos decorrentes de lesões nesses nervos. Com essa compreensão abrangente, o documento pode ser útil para estudantes de áreas como anatomia, fisiologia, neurociência e medicina, que buscam aprofundar seus conhecimentos sobre o sistema nervoso central e periférico.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 28/08/2024

karyn-teixeira
karyn-teixeira 🇧🇷

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Nervos Cranianos
Os doze pares de nervos cranianos têm esse nome porque se originam no encéfalo,
dentro da cavidade craniana, e passam através de vários forames do crânio
A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, excetuando-se apenas os nervos olfatório
e óptico, que se ligam respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo
Na maioria das vezes, os nomes dos nervos cranianos expressam as estruturas ou as
funções controladas por eles. Os nervos são também numerados (usando números
Romanos) do mais rostral para o mais caudal
Os números indicam a ordem, de anterior para posterior, na qual os nervos se
originam no encéfalo. Os nomes designam a distribuição ou a função dos nervos
Com exceção dos nervos vagos, que se estendem até o abdome, os nervos
cranianos inervam apenas as estruturas da cabeça e do pescoço
COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS CRANIANOS
COMPONENTES AFERENTES
Na extremidade cefálica dos animais, desenvolveram-se, durante a
evolução, órgãos de sentido mais complexos, que são, nos mamíferos, os
órgãos da visão, audição, gustação e olfação. Os receptores destes órgãos são
denominados "especiais" para distingui-los dos demais receptores, que,
por serem encontrados em todo o resto do corpo, são denominados
gerais
As fibras nervosas em relação com estes receptores são, pois, classificadas como
especiais. Assim, temos:
fibras aferentes somáticas gerais: originam-se em exteroceptores e
proprioceptores, conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e
propriocepção;
fibras aferentes somáticas especiais: originam se na retina e no ouvido
interno, relacionando se, pois, com visão, audição e equilíbrio;
fibras aferentes viscerais gerais: originam-se em visceroceptores e conduzem,
por exemplo, impulsos relacionados com a dor visceral;
fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em receptores gustativos e
olfatórios, considerados viscerais por estarem localizados em sistemas
viscerais, como os sistemas digestivo e respiratório.
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Nerv cranian

Nervos Cranianos ➔ Os doze pares de nervos cranianos têm esse nome porque se originam no encéfalo, dentro da cavidade craniana, e passam através de vários forames do crânio ➔ A maioria deles liga-se ao tronco encefálico, excetuando-se apenas os nervos olfatório e óptico, que se ligam respectivamente, ao telencéfalo e ao diencéfalo ➔ Na maioria das vezes, os nomes dos nervos cranianos expressam as estruturas ou as funções controladas por eles. Os nervos são também numerados (usando números Romanos) do mais rostral para o mais caudal ➔ Os números indicam a ordem, de anterior para posterior, na qual os nervos se originam no encéfalo. Os nomes designam a distribuição ou a função dos nervos ➔ Com exceção dos nervos vagos, que se estendem até o abdome, os nervos cranianos inervam apenas as estruturas da cabeça e do pescoço COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS CRANIANOS COMPONENTES AFERENTES ➔ Na extremidade cefálica dos animais, desenvolveram-se, durante a evolução, órgãos de sentido mais complexos , que são, nos mamíferos, os órgãos da visão, audição, gustação e olfação. Os receptores destes órgãos são denominados "especiais" para distingui-los dos demais receptores, que, por serem encontrados em todo o resto do corpo, são denominados gerais ➔ As fibras nervosas em relação com estes receptores são, pois, classificadas como especiais. Assim, temos: ◆ fibras aferentes somáticas gerais: originam-se em exteroceptores e proprioceptores, conduzindo impulsos de temperatura, dor, pressão, tato e propriocepção; ◆ fibras aferentes somáticas especiais: originam se na retina e no ouvido interno, relacionando se, pois, com visão, audição e equilíbrio; ◆ fibras aferentes viscerais gerais: originam-se em visceroceptores e conduzem, por exemplo, impulsos relacionados com a dor visceral; ◆ fibras aferentes viscerais especiais: originam-se em receptores gustativos e olfatórios, considerados viscerais por estarem localizados em sistemas viscerais, como os sistemas digestivo e respiratório.

COMPONENTES EFERENTES

➔ A maioria dos músculos estriados esqueléticos derivam dos miótomos dos somitos e são, por esse motivo, chamados músculos estriados miotômicos. Com exceção de pequenos somitos existentes adiante dos olhos (somitos pré-ópticos), não se formam somitos na extremidade cefálica dos embriões ➔ Nesta região, entretanto, o mesoderma é fragmentado pelas fendas que delimitam os arcos branquiais. Os músculos estriados derivados destes arcos branquiais são chamados músculos estriados branquioméricos ➔ Os arcos branquiais são considerados formações viscerais, e as fibras que inervam os músculos neles originados são consideradas fibras eferentes viscerais especiais, para distingui-las das eferentes viscerais gerais, relacionadas com a inervação dos músculos lisos, cardíaco e das glândulas ➔ As fibras que inervam músculos estriados miotômicos são denominadas fibras eferentes somática. COMPOSIÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS ➔ Os nervos cranianos, variam muito em sua composição. Muitos dos nervos cranianos são nervos mistos ➔ Três nervos cranianos (I, II e VIII) contêm axônios de neurônios sensitivos e são, portanto, chamados de nervos sensitivos especiais. Na cabeça, eles são exclusivos e estão associados aos sentidos especiais do olfato, da visão e da audição , respectivamente. Os corpos celulares da maioria dos nervos sensitivos estão localizados em gânglios situados fora do encéfaloCinco nervos cranianos (III, IV, VI, XI e XII) são classificados como nervos motores, pois eles contêm apenas axônios de neurônios motores quando deixam o tronco encefálico. Os axônios que inervam músculos esqueléticos são de dois tipos: ◆ Axônios motores branquiais inervam músculos esqueléticos que se desenvolvem a partir dos arcos faríngeos (branquiais). Estes neurônios deixam o encéfalo por meio de nervos cranianos mistos e pelo nervo acessório. ◆ Axônios motores somáticos inervam músculos esqueléticos que se desenvolvem a partir dos somitos da cabeça (músculos dos olhos e da língua). Estes neurônios saem do encéfalo por meio de cinco nervos cranianos motores (III, IV, VI, XI e XII). Axônios motores que inervam músculos lisos,

➔ Os receptores olfatórios do epitélio olfatório são neurônios bipolares. Cada um apresenta um dendrito sensível a odores que se projeta de um lado do corpo celular e um axônio não mielinizado que se projeta do outro lado ➔ Feixes de axônios de receptores olfatórios passam por cerca de vinte forames olfatórios na lâmina cribriforme do etmoide, em cada lado do nariz. Estes cerca de quarenta feixes de axônios formam os nervos olfatórios direito e esquerdo ➔ Os nervos olfatórios terminam no encéfalo em massas pares de substância cinzenta conhecidas como bulbos olfatórios, duas projeções do encéfalo que repousam sobre a lâmina cribriforme ➔ Nos bulbos olfatórios, as terminações axônicas fazem sinapse com os dendritos e corpos celulares dos próximos neurônios da via olfatória. Os axônios destes neurônios formam os tratos olfatórios, que se estendem posteriormente a partir dos bulbos olfatórios. Os axônios dos tratos olfatórios terminam na área olfatória primária, localizada no lobo temporal ➔ As fibras do nervo olfatório são não mielinizadas e cobertas com células de Schwann NERVO ÓPTICO, II PAR ➔ O nervo óptico (II) é totalmente sensitivo: ele contém axônios que conduzem os impulsos nervosos relacionados com a visão

➔ Na retina, os bastonetes e os cones iniciam os sinais visuais, transmitindo-os para as células bipolares, que enviam estes sinais para células ganglionares ➔ Os axônios de todas as células ganglionares da retina de cada olho se unem para formar o nervo óptico, que passa pelo forame óptico. Cerca de 10 mm atrás do bulbo do olho, os dois nervos ópticos se cruzam e formam o quiasma óptico ➔ No quiasma, os axônios da metade medial de cada olho cruzam para o lado oposto; os axônios da metade lateral permanecem no mesmo lado. Posteriormente ao quiasma, estes axônios reagrupados formam os tratos ópticos ➔ A maioria dos axônios dos tratos ópticos termina no núcleo geniculado lateral do tálamo. Lá eles fazem sinapse com neurônios cujos axônios se estendem até a área visual primária no lobo occipital (área 17 ) ➔ Uns poucos axônios passam pelo núcleo geniculado lateral e se projetam para os colículos superiores do mesencéfalo e para núcleos motores do tronco encefálico, onde fazem sinapse com neurônios motores que controlam os músculos extrínsecos e intrínsecos do bulbo do olho

➔ O nervo oculomotor (III) tem seu núcleo motor localizado na parte anterior do mesencéfalo. Este nervo se projeta anteriormente e se divide em ramos superior e inferior, ambos os quais passam pela fissura orbital superior em direção à órbita ➔ Os axônios do ramo superior inervam os músculos reto superior (músculo extrínseco do bulbo do olho) e o levantador da pálpebra superior ➔ Os axônios do ramo inferior suprem os músculos reto medial, reto inferior e oblíquo inferior – todos músculos extrínsecos do bulbo do olho ➔ Admite-se que os músculos extrínsecos do olho derivam dos somitos pré-ópticos, sendo, por conseguinte, de origem miotômica. As fibras nervosas que os inervam são, pois, classificadas como e.ferentes somáticas ➔ Estes neurônios motores somáticos controlam os movimentos do bulbo do olho e da pálpebra superior ➔ O ramo inferior do nervo oculomotor também supre axônios motores parassimpáticos dos músculos intrínsecos do bulbo do olho, formados por músculos lisos. Dentre eles estão os músculos ciliares do bulbo do olho os músculos circulares (músculo esfíncter da pupila) da íris. Os impulsos parassimpáticos se propagam de um núcleo mesencefálico (núcleo oculomotor acessório) para o gânglio ciliar, um centro de transmissão sináptica para os dois neurônios motores da parte parassimpática da divisão autônoma do sistema nervoso ➔ A partir do gânglio ciliar, alguns axônios motores parassimpáticos se projetam para o músculo ciliar, responsável pelo ajuste da lente para a visão de objetos próximos do observador (acomodação). Outros

axônios motores parassimpáticos estimulam os músculos circulares da íris a se contrair quando uma luz intensa estimula o olho, causando diminuição do tamanho da pupila (constrição) ➔ Estes músculos são lisos, e as fibras que os inervam classificam-se como eferentes viscerais gerais ➔ Nervos principalmente motores(ocu/omotor =motor do olho); apresenta uns poucos aferentes proprioceptivos; cada um dos nervos inclui: ◆ Fibras motoras somáticas para quatro dos seis músculos extrínsecos do olho (músculos oblíquo inferior e retos superior, inferior e medial), que ajudam a direcionar o bulbo do olho, e para o músculo levantador da pálpebra superior, que levanta a pálpebra; ◆ Fibras motoras parassimpáticas (autonômicas) para o esfíncter da pupila (músculo circular da íris), as quais provocam a contração da pupila, e para o músculo ciliar, que controla a forma das lentes para o foco visual; alguns corpos celulares parassimpáticos encontram-se no gânglio ciliar; ◆ Aferentes sensoriais (proprioceptores), que vão dos quatro músculos extrínsecos do olho para o mesencéfalo. ◆ Desequilíbrio homeostático: Na paralisia do nervo oculomotor, o olho não pode ser movimentado para cima, e para baixo, ou para dentro; no repouso, o olho desvia lateralmente (estrabismo externo) porque as ações dos dois músculos extrínsecos do olho, não-inervados pelo nervo craniano III, ficam sem oposição; a pálpebra superior permanece caída (ptose), e a pessoa tem visão dupla e dificuldade em focar objetos próximos NERVO TROCLEAR, PAR IV ➔ O nervo troclear exerce função exclusivamente motora ➔ O nervo troclear (IV) é o menor dos doze nervos cranianos e o único que emerge da face posterior do tronco encefálico ➔ Os neurônios motores somáticos se originam de um núcleo mesencefálico (núcleo troclear), e os axônios deste núcleo cruzam para o lado oposto quando deixam o encéfalo por sua face posterior

➔ Núcleo Mesencefálico: o núcleo mesencefálico compõe-se de uma coluna de células nervosas unipolares situada na parte lateral da substância cinzenta em volta do aqueduto do mesencéfalo. Estendese inferiormente na ponte até o núcleo sensitivo principal ➔ Núcleo Motor: o núcleo motor situa-se na ponte medial ao núcleo sensitivo principal ➔ O nervo trigêmeo (V) é um nervo craniano misto e o maior dos nervos cranianos. Ele emerge a partir de duas raízes na face anterolateral da ponte ➔ A grande raiz sensitiva apresenta uma protuberância conhecida como gânglio trigeminal (semilunar), localizado em uma fossa na face interna da parte petrosa do temporal. O gânglio contém corpos celulares da maior parte dos neurônios sensitivos primários. Os neurônios da raiz motora, menor, se originam em um núcleo pontino ➔ Como indica seu nome, o nervo trigêmeo apresenta três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular ➔ O nervo oftálmico, o menor dos ramos, passa pela órbita na fissura orbital superior. O nervo maxilar tem um tamanho intermediário entre os ramos oftálmico e mandibular e passa pelo forame redondo. O nervo mandibular, o maior ramo, passa pelo forame oval ➔ Os axônios sensitivos do nervo trigêmeo transmitem impulsos nervosos de tato, dor e sensações térmicas (calor e frio) ➔ O nervo oftálmico contém axônios sensitivos da pele da pálpebra superior, da córnea, das glândulas lacrimais, da parte superior da cavidade nasal, da parte lateral do nariz, da fronte e da metade anterior do escalpo ➔ O nervo maxilar contém axônios sensitivos da túnica mucosa do nariz, do palato, de parte da faringe, dos dentes superiores, do lábio superior e da pálpebra inferior

➔ O nervo mandibular contém axônios dos dois terços anteriores da língua (não relacionados com a gustação), da bochecha e sua túnica mucosa, dos dentes inferiores, da pele sobre a mandíbula e anterior à orelha e da túnica mucosa do assoalho da boca ➔ Os axônios sensitivos dos três ramos entram no gânglio trigeminal, onde seus corpos celulares estão localizados, e terminam em núcleos pontinos ➔ O nervo trigêmeo também recebe axônios sensitivos de proprioceptores (receptores que fornecem informações sobre a posição e os movimentos do corpo) localizados nos músculos da mastigação e extrínsecos do bulbo do olho; no entanto, os corpos celulares destes neurônios estão localizados no núcleo mesencefálico ➔ As sensações de tato e pressão são conduzidas por fibras nervosas que terminam no núcleo sensitivo principal. As sensações de dor e temperatura destinam-se ao núcleo espinal ➔ Os neurônios motores branquiais do nervo trigêmeo fazem parte do nervo mandibular e suprem músculos da mastigação (masseter, temporal, pterigoide medial etc). Estes neurônios motores controlam principalmente os movimentos mastigatórios ➔ Todos estes músculos derivam do primeiro arco branquial, e as fibras que os inervam se classificam como eferentes viscerais especiais Desequilíbrio homeostático: A neuralgia (dor) transmitida por um ou mais ramos do nervo trigêmeo (V), causada por inflamações ou lesões, é chamada de neuralgia do trigêmeo. A dor é lancinante, dura entre alguns segundos e um minuto, e é causada por qualquer coisa que pressione o nervo trigêmeo ou seus ramos. Ela ocorre quase exclusivamente em pessoas acima dos 60 anos de idade e pode ser o primeiro sinal de uma doença que provoque lesão dos nervos, como o diabetes, a esclerose múltipla ou a deficiência de vitamina B 12. Lesões do nervo mandibular podem causar a paralisia dos músculos da mastigação e a perda das sensibilidades tátil, térmica, dolorosa e proprioceptiva da parte inferior da face NERVO ABDUCENTE, VI PAR ➔ O nervo abducente é um pequeno nervo motor que supre o músculo reto lateral do bulbo do olho ➔ Neurônios do nervo abducente (VI) se originam em um núcleo pontino (núcleo abducente). Os axônios motores somáticos se projetam deste núcleo em direção ao músculo reto lateral, um músculo extrínseco do bulbo do olho, pela fissura orbital superior ➔ O nervo abducente tem esse nome porque é responsável pela abdução (rotação lateral) do bulbo do olho ➔ Desequilíbrio homeostático: Na paralisia do nervo abducente, o olho não pode ser movido lateralmente; no repouso, o bulbo do olho afetado desvia medialmente (estrabismo interno

pescoço. Impulsos nervosos que se propagam por estes axônios causam a contração dos músculos da mímica facial, bem como do músculo estilohióideo, ventre posterior do músculo digástrico e músculo estapédio ➔ O nervo facial inerva mais músculos do que qualquer outro nervo do corpo ➔ Axônios de neurônios motores percorrem ramos do nervo facial e se terminam em dois gânglios: o gânglio pterigopalatino e o gânglio submandibular. Por meio de transmissões sinápticas nos dois gânglios, os axônios motores parassimpáticos se projetam para as glândulas lacrimais (que secretam as lágrimas), as glândulas nasais, as glândulas palatinas, as glândulas sublinguais e as glândulas submandibulares (estas duas últimas produtoras de saliva) ➔ Os nervos faciais são os principais nervos motores da face; possuem cinco ramos principais: temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical Desequilíbrio homeostático: Lesões do nervo facial (VII) por doenças como infecções virais (herpes-zóster) ou bacterianas (doença de Lyme) causam a paralisia de Bell (paralisia dos músculos faciais), bem como perda de gustação, diminuição da salivação e perda da capacidade de fechar os olhos, mesmo durante o sono. Este nervo também pode ser lesado por traumatismo, tumores e AVE. NERVO VESTIBULOCOCLEAR, VIII PAR

➔ O nervo vestibulococlear (VIII) era antigamente conhecido como nervo acústico ou auditivo. Ele é um nervo sensitivo e tem dois ramos, o vestibular e o coclear ➔ O ramo vestibular transmite impulsos relacionados com o equilíbrio e o ramo coclear, com a audição ➔ Na orelha interna, os axônios sensitivos do ramo vestibular se projetam a partir dos canais semicirculares, do sáculo e do utrículo para os gânglios vestibulares, onde os corpos celulares destes neurônios estão localizados, e se terminam nos núcleos vestibulares da ponte e do cerebelo. Alguns axônios sensitivos também entram no cerebelo via pedúnculo cerebelar inferior ➔ Os axônios sensitivos do ramo coclear se originam no órgão espiral (órgão de Corti), localizado na cóclea. Os corpos celulares destes neurônios se situam no gânglio espiral da cóclea. A partir daí, os axônios se projetam até núcleos bulbares e terminam no tálamo ➔ O nervo vestibulococlear contém algumas fibras motoras. No entanto, em vez de inervarem tecidos musculares, elas modulam as células ciliadas da orelha interna Desequilíbrio homeostático: Lesões do ramo vestibular do nervo vestibulococlear (VIII) podem causar vertigem (sensação subjetiva de que o próprio corpo ou o ambiente estão rodando), ataxia (descoordenação muscular) e nistagmo (movimentos involuntários rápidos do bulbo do olho). Lesões do ramo coclear podem causar zumbido ou surdez. Tais lesões podem ser secundárias a condições como traumatismo, tumores ou infecções da orelha interna

NERVO VAGO, X PAR

➔ O nervo vago (X) é um nervo craniano misto que passa pela cabeça e pelo pescoço até o tórax e o abdome ➔ O nervo vago, o maior dos nervos cranianos, é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago ➔ O nervo vago possui três núcleos: ( 1 ) o núcleo motor principal, ( 2 ) o núcleo parassimpático e ( 3 ) o núcleo sensitivo ➔ Ele tem este nome devido a sua ampla distribuição no corpo. No pescoço, ele é medial e posterior à veia jugular interna e à artéria carótida comum ➔ Neste longo trajeto, o nervo vago dá origem a numerosos ramos que inervam a laringe e a faringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais ➔ O vago possui dois gânglios sensitivos, o gânglio superior (ou jugular), situado ao nível do forame jugular, e o gânglio inferior (ou nodoso), situado logo abaixo desse forame ➔ Entre os dois gânglios, reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório ➔ Os axônios sensitivos do nervo vago se originam da pele da orelha externa para enviar informações sensitivas táteis, álgicas e térmicas; de alguns receptores gustativos na epiglote e na faringe; e de proprioceptores em músculos do pescoço e da faringe. Além disso, este nervo apresenta axônios sensitivos derivados de barorreceptores no seio carótico e de quimiorreceptores nos glomos paraórticos ➔ A maior parte dos neurônios sensitivos se origina de receptores da maioria dos órgãos situados nas cavidades torácica e abdominal, transmitindo sensações (como fome, plenitude e desconforto) destes órgãos ➔ Os corpos celulares destes neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios superior e inferior; seus axônios então passam pelo forame jugular e terminam no bulbo e na ponte ➔ Os neurônios motores branquiais, que percorrem uma curta distância junto com o nervo acessório, se originam de núcleos bulbares e suprem músculos da faringe, da laringe e do palato mole que são utilizados na deglutição, na vocalização e na tosse ➔ Historicamente estes neurônios motores foram chamados de nervo acessório craniano, mas, na verdade, estas fibras pertencem ao nervo vago (X) ➔ Os axônios de neurônios motores parassimpáticos do nervo vago se originam de núcleos bulbares e inervam os pulmões, o coração, glândulas do trato gastrintestinal (TGI) e músculos lisos das vias respiratórias, do esôfago, do estômago, da vesícula biliar, do intestino delgado e de boa parte do intestino grosso. Os axônios motores parassimpáticos estimulam a contração dos músculos lisos do TGI, para auxiliar na motilidade deste trato, e na secreção das glândulas digestórias; ativam músculos lisos das vias respiratórias para diminuir seu calibre; e diminuem a frequência cardíaca

Desequilíbrio homeostático: Lesões do nervo vago (X), secundárias a doenças como traumas ou tumores, causam neuropatia vagal, ou interrupção no envio das sensações de vários órgãos das cavidades torácica e abdominal; disfagia, ou dificuldade em engolir; e taquicardia, ou aumento da frequência cardíaca NERVO ACESSÓRIO, XI PAR ➔ O nervo acessório (XI) é um nervo craniano branquial. Historicamente ele foi dividido em duas partes: um nervo acessório craniano e um nervo acessório medular. Atualmente classifica-se o nervo acessório craniano como parte do nervo vago (X) ➔ O “antigo” nervo acessório medular é o que discutiremos. Seus neurônios motores se originam dos cornos anteriores dos primeiros cinco segmentos da parte cervical da medula espinal. Seus axônios deixam a medula espinal lateralmente, unindo-se mais adiante sobem pelo forame magno, e então saem pelo forame jugular junto com os nervos vago e glossofaríngeo ➔ O nervo acessório transmite impulsos motores para os músculos esternocleidomastóideo e trapézio com o objetivo de coordenar os movimentos da cabeça ➔ Os axônios sensitivos deste nervo, derivados de proprioceptores dos músculos esternocleidomastóideo e trapézio, começam seu curso em direção ao encéfalo no nervo acessório; entretanto, eles acabam deixando este nervo para se juntar a nervos do plexo cervical. A partir do plexo cervical, estes axônios entram na medula espinal por meio das raízes posteriores dos nervos cervicais; seus corpos celulares estão localizados nos gânglios sensitivos destes nervos. Na medula espinal, os axônios então ascendem em direção a núcleos bulbares

Desequilíbrio homeostático: Lesões do nervo hipoglosso (XII) podem causar dificuldades na mastigação; disartria (dificuldade para falar); e disfagia