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Guias e Dicas
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Brincadeiras e Brinquedos: A Criatividade Popular no Museu de Arte da Bahia, Notas de estudo de Cultura

A exposição 'os brinquedos que moram nos sonhos' no museu de arte da bahia, que reúne mais de mil e quinhentos brinquedos artesanais. O texto aborda a importância da brincadeira na desenvolvimento da criança, a riqueza cultural e diversidade artística do brasil, e a coleção de brinquedos de david glat. Além disso, são apresentados vários tipos de brinquedos, como bonecas, rodas, barcos e esculturas em barro.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da brincadeira na desenvolvimento da criança?
  • Quais tipos de brinquedos são apresentados na exposição 'Os brinquedos que moram nos sonhos'?
  • Quais são algumas bonecas e bonecos famosos mencionados no texto?
  • Quais são algumas das características dos brinquedos apresentados na exposição?
  • Quais são algumas das criativas esculturas em barro representando brincadeiras na exposição?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

verde_amarelo
verde_amarelo 🇧🇷

4.7

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227 documentos

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Museu de Arte da Bahia
2012 - 2013
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Pré-visualização parcial do texto

Baixe Brincadeiras e Brinquedos: A Criatividade Popular no Museu de Arte da Bahia e outras Notas de estudo em PDF para Cultura, somente na Docsity!

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Museu de Arte da Bahia

(^2 )

N

o mundo globalizado em que vivemos, dominado pela tecnologia e permeado de brinquedos industrializados, as crianças deixaram para trás as brincadeiras antigas e divertidas, em troca da televisão, do computador e dos vídeo-games. Quem ainda se lembra de brincar de boneca, de casinha, de pular corda ou amarelinha, de jogar bola de gude, peteca e dominó, ou brincar de roda, de cabra-cega ou chicotinho queimado? É através da brincadeira que a criança experimenta, descobre, cria e exercita suas habilidades, tanto psicomotoras quanto cognitivas e afetivas, além de estimular a curiosidade, a iniciativa e a auto-confiança. O brinquedo conduz a criança a universos imaginários... Esta exposição reúne cerca de mil e quinhentos brinquedos artesanais, que integram a grande coleção de David Glat. Pela primeira vez está sendo mostrada na Bahia, neste museu, cujas salas foram cuidadosamente preparadas em ambientes cenográficos, visando uma maior compreensão e valorização das peças expostas, além de ressaltar a inventividade da criação popular dos artesãos brasileiros, sobretudo aqueles que vivem e trabalham no norte e nordeste do Brasil. O brinquedo artesanal possui uma identidade cultural e encanta crianças de todas as idades e classes sociais, uma vez que a necessidade de brincar é universal. É patente, nesta inesquecível exposição, a riqueza e a diversidade da cultura brasileira nas suas variadas formas de expressão artística, produzidas em diferentes rincões do Brasil, por exímios artesãos. O Museu de Arte da Bahia cumpre, mais uma vez, o papel primordial de educar através da arte, promovendo atividades que favorecem o caminho da observação, da reflexão, da sensibilidade e da imaginação... Foram muitos os esforços para transformar em realidade “Os brinquedos que moram nos sonhos”... e este é o presente de Natal que gostaríamos de oferecer a todas as crianças que vierem a este museu.

Sylvia Athayde

“O desenvolvimento da criança acontece através do lúdico. Ela precisa brincar para crescer, precisa do jogo como forma de equilíbrio com o mundo.” Piaget.

Minha bruxinha de pano

meu coelhinho de estimação

São duas coisas que eu guardo

no fundo do meu coração.

Textos Sylvia Athayde Fotografias David Glat Márcio Barreto

Design Gráfico André Duque Coordenação Editorial Sylvia Athayde Impressão Gráfica Luripress

(fotos págs. 16 e 17)

(^2 )

Capa - Zezinho - Arapiraca (AL)

CRÉDITOS DO CATÁLOGO

(^6 )

O museu se transformou num mundo de sonho e ilusão Com milhares de brinquedos para além da imaginação...

Roda mundo, roda gigante

Roda moinho, roda pião

O tempo rodou num instante

Nas voltas do meu coração...

São muitas as rodas gigantes

nesta exposição, executadas

por famosos artesãos.

E como não há limites para

a imaginação, uma delas é

ocupada por bichos e outras

figuras extra-terrestres!

Chico Buarque

Roda-gigante Zé Gomes (PE), Nilson de Viçosa (AL) e Antonio Felismino Bayeux (PB)

(^6 )

(^8 )

Na história das bonecas (e bonecos) algumas são conhecidas no mundo inteiro, como a

Bailarina e o Soldadinho de Chumbo, Pinocchio, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve,

Emília – personagem de Monteiro Lobato – dentre muitos outros. O que determina a

produção de bonecas é a criatividade: pequenas ou grandes, negras, loiras e ruivas,

ou compondo famílias; a elas são agregados diversos adereços como bolsas, chapéus,

pulseiras, etc. Nas feiras livres, encontramos bonequinhas de pano que só se diferenciam

pelo seu acabamento, sendo que algumas possuem até unhas pintadas.

Interior da casa de bonecas com suas mobílias e brinquedinhos / Diversos autores

As bonecas de pano, conhecidas também como “bruxinhas de pano”

são encontradas em todas as regiões do Brasil, e o que determina a imensa

produção destas bonequinhas é a criatividade dos artesãos.

Muitos personagens de histórias infantis são reproduzidos, a exemplo de

Emília, Dona Benta, Saci-Pererê, Nêga Maluca, e sereias, dentre outros.

Casa das Bonecas

(^8 )

(^12 )

O museu guarda memória De tudo o que passou... Os brinquedos dentro da arca E o tempo que não voltou...

Escolha um brinquedo e invente uma história Pra ficar sempre guardado dentro da sua memória

Arca (miniatura) em madeira para guardar brinquedos

Figuras circenses - papier machê - cabaça Babá Santana (Manoel Santana) João Pessoa (PB)

(^14 )

Uma das mais bonitinhas é a galinha d’Angola, toda pretinha

com pintinhas brancas! O famoso poeta Vinicius de Moraes

dedicou uma música à galinha d’Angola.

Quantos tipo de galinhas estão nesta mostra?

Coitada, coitadinha

Da galinha d’Angola

Não anda ultimamente

Regulando da bola

Ela vende confusão

E compra briga

Gosta muito de fofoca

E adora intriga

Fala tanto

que parece que engoliu um matraca

E vive reclamando

Que está fraca

Tou fraca! Tou fraca!

Tou fraca! Tou fraca!

A Galinha d’Angola

Vinicius de Moraes

Galinhas - madeira pintada Autor desconhecido (MG) (^14)

(^18 )

Se você quiser viajar seja na terra, no ar ou no mar escolha aqui um transporte cujo destino é “sonhar”.

Aeronave - Mestre Cunha (PE) Pássaro e lagartas - madeira pintada Zezinho - Arapiraca (AL)

Helicóptero - cabaça pintada - Deise e Fred - Recife (PE) Charrete - material reciclado - Paulo Carneiro - Olinda (PE) Caminhãozinho - madeira e papel - Manuel Maurício - Recife (PE) Barco com girandeiro de brinquedos - madeira: miriti - Seu Célio

(^20 )

Um dos espaços da exposição – denominado sala das representações – foi reservado para as esculturas moldadas em barro representando diversas brincadeiras como pula-corda, quebra-pote, cabra-cega, empinar arraia, bambolê, bolinha de sabão, perna de pau, amarelinha, dentre outras. Estas peças foram feitas por artesãos que expressam, de forma espontânea sua criatividade, a exemplo de Nena e João das Alagoas, Luis Benicio e Sil.

A arte popular nasce nas comunidades e revela as suas raízes através daqueles que se dedicam a produzir toda e qualquer

escultura que retratam os sonhos, as fantasias, a realidade e a emoção.

Cavalo Marinho – cerâmica pintada João das Alagoas - Capela (AL) Escultura em cerâmica – com representações de brincadeiras Nena e João das Alagoas - Capela (AL)

20

(^24 )

Monstros, fantasmas, bichos-papões e homens de saco sempre farão parte do imaginário infantil. Afinal, são elementos presentes nas histórias que as crianças ouvem e assistem nas brincadeiras.

CUCA SACI MEDUSA

MERLIN

QUEM SÃO ESTES?

O VELHO DO SACO

Minha mãe disse que o medo não é tão prejudicial pois, nos alerta dos perigos e de tudo que nos fará mal.

Meu Menino - Petrônio Pão de Açucar (AL)

Escorpião - Ana Andrade João Pessoa (PB)

Dona Josefa - Bezerros (PE) Deise e Fred - Recife (PE) Maurício Gomes - Glória do Goitá (PE)

Maurício Gomes - Glória do Goitá (PE) Babá Santana - João Pessoa (PB)

(^26 )

Enche uma casa, mas não enche uma mão.

O que é, o que é?

Sou adorado por todos porque a todos faço bem. Sirvo também de relógio aos que relógio não têm.

Tem coroa e não é rei, tem escamas sem

peixe ser. Além de servir

pra doce, é fruta, pode comer.

Tem asa, mas não voa. Tem bico, mas não bica.

Nasce grande e morre pequeno.

Verde como mato e mato não é. Fala como gente e gente não é.

Qual o pássaro brasileiro cujo nome lido de trás pra frente é igual?

Dá muitas voltas e não sai do lugar.

Cai de pé e corre deitado.

Qual a única pedra que fica em cima d’água?

Respostas: papagaio - gelo - abacaxi - relógio - sol - 26 27 bule - arara - botão - chuva - lápis.

30

Menino que não brinca

Cresce mal humorado

Perde o melhor da vida

E acaba sempre isolado.

Governador do Estado da Bahia Jaques Wagner Secretário da Cultura Albino Rubim

Diretora Sylvia Athayde Assistente Maria Luiza Juliano Administração Cristiane Santos Fátima Soledade Tania Apollones Corpo Técnico Celene Sousa Maria Conceição Costa e Silva Olivia Biasin Conservação e Restauro Verônica R. Cunha Informática Joel Calixto Mateus Brito Serviço Educativo Jorge Ramos Josane Oliveira Renata Assiz Rose Côrtes Apoio Dandara Sant´Anna Helder Carlos Costa

CRÉDITOS DA EXPOSIÇÃO

Organização Museu de Arte da Bahia Coordenação Sylvia Athayde Curadoria David Glat Sylvia Athayde Direção de Arte Joãozito Cenografia Antônio Carlos Miranda Coordenação de Monitoria Adelina Tude Monitoria Cinthia da Silva Cunha Gislaine Rodrigues Saulo Moreira Produção e Execução Equipe Blade

Dedicamos este livrinho a todas as crianças
que gostam de brincar, inventar e sonhar....