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Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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(versão inicial, Oswaldo Sevá, agosto 2002 )
Lugares estranhos onde vivemos, aos milhões, aglomerados: quando anoitece, escurece pouco ou quase nada. Vai - se a luz do sol, liga-se mais eletricidade para iluminar as avenidas, ruas e praças das cidades, além de nossas casas, os prédios, os serviços que ficam abertos. Se a noite for enevoada, se as nuvens estiverem baixas, ou chovendo, aí a reflexão e a difração dos raios multiplicam os tons da luz que chega aos nossos olhos. O céu noturno se transforma, adquire suas várias auras nada naturais: aura esbranquiçada , ou azul bem clara e brilhante , quando as lâmpadas são do tipo fluorescente, ou halógenas; aura amarelada, quase dourada , quando se usa lâmpadas de sódio. Para milhões de brasileiros, a noite não é escura. Vêem um pedaço de céu ou de horizonte clareado, ou, pelas frestas de sua própria janela, as luzes da cidade, as luzes de alguma ou algumas fábricas, de um grande edifício, de um feérico shopping center e seu amplo estacionamento. Outros vivem as noites sob a claridade das luzes de um porto ou um aeroporto, de uma praça de pedágio... ou, de vez em quando, sob o clarão dos holofotes de um estádio de futebol, nas noites dos jogos, ou sob as luzinhas na noite de quermesse da igreja, ou os fogos na noite da passagem do ano. Mas, muitas outras noites são clareadas também pelo fogo, que assusta, exige providências e costuma destruir e fazer vítimas. E isto não é de hoje. Quem mora perto dos pastos, das capoeiras largadas, dos cerrados, dos canaviais e dos eucaliptais sabe bem do cheiro e da côr do céu noturno alaranjado, fumacento das queimadas , a luz que clareia muitas noites nos períodos mais secos, quando o fogo come as plantas e o que estiver no rastro.
Além disto, milhares de brasileiros podem admirar os efeitos especiais da moderna tecnologia industrial refletidos no céu noturno avermelhado e altamente poluído por emissões industriais , tudo resultado de suas queimas de grande quantidade de combustíveis, principalmente de suas chamas e labaredas ao ar livre, e muitas vezes bem altas. Melhor dizendo, esses brasileiros passam todos os seus dias e noites sob tais efeitos, só que de noite, são ainda mais especiais. Um breve roteiro destes céus:
As labaredas dos alto-fornos dos guseiros criam fantasmas na paisagem noturna de muitas cidades mineiras no entorno de Belo Horizonte: Sete Lagoas, Itaúna, São Gonçalo do Rio Acima, Divinópolis e algumas outras pelo estado de MG.
As tochas altas que queimam gases residuais das usinas de ferro - ligas e das grandes siderúrgicas iluminam as noites poluídas das cidades mineiras de Ipatinga, de Timóteo, de João Monlevade, no “Vale do Aço”, de Ouro Branco, vizinho de Congonhas do Campo, as do Barreiro, zona Sul de Belo Horizonte, de São João del Rey, e do bairro Rancharia em Ouro Preto.
Usinas de aço e noites vermelhas se repetem em Tubarão, ES, em Simões Filho, BA ao lado de Salvador, em Volta Redonda e Barra Mansa, RJ, em Moreira César e em Sumaré, SP, em Charqueadas, RS, e algumas outras cidades.
Em São Paulo, são conhecidas as noites avermelhadas nos bairros na divisa de Santo André e Mauá, por causa das tochas da refinaria e das indústrias de Capuava; na área de Paulínia, ao norte de Campinas, com as tochas da Replan, da Rhodia, da Basf e outras, cujo brilho e reflexos são visíveis de várias cidades e estradas, incluindo o distrito de Barão Geraldo onde fica a Unicamp; e na Baixada Santista, em Cubatão com as cinco torchas da RPBC no pé da Serra do Mar, outras luzes fortes na coqueria e nos altos fornos da Cosipa, outras tochas na área de terminais de derivados de petroleo e granel químico no bairro da Alemoa, em Santos e na ilha Barnabé, área continental em frente.
As chamas e os reflexos avermelhadas também marcam algumas paisagens da Baía de Guanabara, uma delas é capaz de guiar os pilotos de aviões se aproximando do RJ por causa das chamas bruxuleantes da refinaria e da unidade de gás no distrito de Campos Elíseos em Duque de Caxias, e por ali, mais algumas, as do bairro de Manguinhos, com a refinaria Repsol e uma petroquímica, e as dos terminais das ilhas Redonda e Rasa, entre a Ilha do Governador e a margem da baía em São Gonçalo.
E paisagens do Recôncavo Baiano, onde além das tochas da refinaria RLAM em Mataripe, das indústrias do polo químico de Camaçari, se contam também as tochas de alivio da produção de gás associado ao petróleo, em terra, na faixa entre Candeias e Alagoinhas, e no litoral da Baía de Todos os Santos.
1 - os resultados da combustão do Carbono ( transformado nos gases CO e CO2 ) e do Hidrogênio ( transformado em vapor d’água ), 2 - os compostos resultantes do superaquecimento do nitrogênio do ar nas câmaras de combustão, com a formação térmica dos óxidos NO e NO2; 3 - se houver nitrogênio na composição do combustível ou no processo industrial que gerou gases residuais ( pro exemplo, amônia e nitratos ) , também podem se formar estes e outros compostos, da mesma família dos NO x , descarregados na atmosfera, se tornam, sob a ação diurna da radiação ultravioleta, precursores da formação do gás ozônio O3, em baixa altura, ao rés do chão; também podem formar ácido nitrico HNO3 e, em presença de umidade, acidificar o solo, as plantas, a água.