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Este estudo morfométrico da pelve visa determinar as variáveis métricas mais eficientes para o diagnose sexual, utilizando medidas individualizadas do osso do quadril direito e do sacro, bem como dos ossos do quadril e do sacro articulados. A pesquisa apontou que as variáveis atp, lmp, eei, ci, lms, dtmbs, da, dta, as e cisq foram significativas para o diagnose sexual.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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Aluna: Priscilla Virgínio Orientadora: Profª Drª Carolina Peixoto Magalhães Co-orientadora: Profª Drª Manuela Figueiroa Lyra de Freitas
TCC apresentado ao Curso de Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas como requisito para incremento da Disciplina Eletiva do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas.
Priscilla Virgínio de Albuquerque
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas.
Aprovada em: //______
BANCA EXAMINADORA
Profª. Dra. Carolina Peixoto Magalhães
Profº. MSc. Vitor Caiaffo Brito
Profª. MSc. Nathalia Alves da Silva
MSc. Taciana Rocha dos Santos (suplente)
Vitória de Santo Antão 2013
Dedico a meus pais, Manoel e Rosa. A vocês que sempre fizeram e fazem toda diferença na minha vida, uma homenagem mais que merecida.
Aos meus queridos amigos de classe do CAV-UFPE, presentes de Deus na minha vida, Waneza, Well, Luís Carlos e Robinho, pela companhia e amizade durante todo curso. Vocês me ensinaram muito e que nossa amizade continue forte como sempre foi.
À minha querida amiga Mércia pela ajuda com as medições. Suamos muito, mas valeu à pena.
Aos meus amigos curicos da UFRPE, pela amizade sincera e por me proporcionarem tantas risadas.
Aos avaliadores formadores da Banca, professora Nathalia da UFPE, professor Vítor da UFRPE e a mestre Taciana.
ATP - altura total da pelve
LTI - largura total do ílio
LMP - largura mínima do púbis
EEI – extensão da espinha isquiática
DA - diâmetro acetabular
DTA - diâmetro transverso do acetábulo
CP- comprimento do púbis
CI - comprimento do ílio
CISQ - comprimento do ísquio
APS - altura posterior do sacro
AAS - altura anterior do sacro
LASS - largura ântero-superior do sacro
LMS - largura média do sacro
DAPBS - diâmetro ântero-posterior da base do sacro
DTMBS - diâmetro transverso máximo da base do sacro
AS - ângulo subpúbico
i^ iii
Tabela 1: Medidas da pelve analisadas, bem como o material utilizado para realização de cada uma delas................................................................................ 9
Tabela 2: Medidas realizadas, testes estatísticos utilizados e o valor de p obtido para cada uma das variáveis.................................................................................. 10
iii
Lista de siglas.................................................................................................... i
Lista de ilustrações............................................................................................ ii
Lista de tabelas................................................................................................. iii
Introdução Geral.............................................................................................. 1
Referências...................................................................................................... 3
Resumo............................................................................................................ 5
Métodos............................................................................................................ 7
Resultados........................................................................................................ 10
Discussão.......................................................................................................... 11
Conclusão.......................................................................................................... 13
Agradecimentos................................................................................................. 13
Literatura Citada................................................................................................ 13
Anexo 1............................................................................................................. 18
Anexo 2............................................................................................................. 19
homens retêm o formato elíptico, contraído. Esta mudança na abertura da pelve feminina, inicialmente, acreditava-se ser o resultado do aumento da atividade hormonal (Greulich e Thoms, 1944 ). No entanto, já se atribue tal mudança a adaptações funcionais, a determinados modos de locomoção e a relações materno- fetais (Leutenegger, 1972).
Desta forma a pelve é o osso mais comumente utilizado para diagnose sexual, por fornecer os resultados mais precisos (Steyn e Ìşcan, 2008). No entanto, técnicas visuais, de análises apenas morfológicas são amplamente criticadas, pois são altamente subjetivas, requerendo um observador experiente e, ainda assim, culminam em resultados mais incertos (Bruzek, 2002; Maclaughlin e Bruce, 1990; Walker, 2005; Konigsberg e Hens, 1998; Murail et al, 2005). Outro aspecto problemático dessas técnicas é a utilização de pontuação dicotômica ou ordinal que impede uma adequada descrição de características fenotípicas contínuas, reduzindo a variação para algumas categorias distintas (Gonzalez et al, 2007; Novotny, 1988). Variáveis morfométricas têm algumas vantagens sobre as morfológicas, tais como níveis elevados de simplicidade, coerência na sua obtenção e existência de poderosos métodos estatísticos para a análise dos dados (Konigsberg e Hens, 1998). A obtenção dessas variáveis morfométricas, no entanto, exige que uma maior parte do osso esteja intacta e consome mais tempo até que se constate o gênero.
A determinação do gênero é a primeira etapa do processo de identificação de um esqueleto desconhecido, seguindo padrões diferentes entre homens e mulheres. Além disso, ela é crucial para uma análise mais aprofundada, como a estimativa da idade de morte (Saini, 2010). Mediante essa condição, destaca-se o estudo morfométrico da pelve, por garantir resultados mais exatos para diagnose sexual.
Bruzek J. 2002. A method for visual determination of sex, using the human hip bone. Am J Phys Anthropol 117: 157 – 168.
Dangelo JG, Fatinni CA. 2002. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ª edição. São Paulo: Ed. Atheneu. p 179-81-83.
Gardner E, Gray DS, Rahilly RO. 1988. Anatomia: Estudo Regional de Corpo Humano. 4ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan. p 155.
Genovés S. 1959. Diferencias sexuales en el Hueso Coxal, Universidad Autónoma de México. México.
Gonzalez PN, Bernal V, Perez SI, Barrientos, G. 2007. Analysis of dimorphic structures of the human pelvis: its implications for sex estimation in samples without reference collections. J Archaeol Sci 34: 1720 – 1730.
Gray H, Goss, CM. 1988. Anatomia. 29ª edição. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan. p 193-196.
Greulich WW, Thoms H. 1944. The growth and development of the pelvis of individual girls before, during, and after puberty. Yale J Biol Med 17:91–97.
Konigsberg LW, Hens SM. 1998. Use of ordinal categorical variables in skeletal assessment of sex from the cranium. Am J Phys Anthropol 107:97–112.
Krogman WM, Ìşcan MY. 1986. The human skeleton in forensic medicine. 2nd edn. Springfield, IL: Charles C. Thomas.
Leutenegger W. 1972. Newborn size and pelvic dimensions of Australopithecus. Nature 240(Dec): 568–569.
Macaluso JR PJ. 2010. Sex determination from the acetabulum: test of a possible non-population-specific discriminant function equation. Journal of Forensic and Legal Medicine 17:348, 351.
Maclaughlin SM, Bruce MF. 1990. The accuracy of sex identification in European skeletal remains using the Phenice characters. J Forensic Sci 35: 1384 – 1392.
Priscilla V. Albuquerque^1 , Carolina P. Magalhães^1 , e Manuela F. L. Freitas^2 (^1) Laboratório de Anatomia, Centro Acadêmico de Vitória de Santo Antão da
Universidade Federal de Pernambuco, Pernambuco, BR (^2) Departamento de Anatomia da Universidade Federal de Pernambuco,
Pernambuco, BR
PALAVRAS – CHAVE morfometria; dimorfismo sexual; pelve
A diagnose sexual é fundamental na análise de material esquelético humano, tanto para o contexto médico-legal, quanto para a arqueologia. A pelve, por fornecer resultados mais precisos, é o osso mais comumente utilizado para determinação do sexo. Formada pelo sacro, cóccix e pelos ossos do quadril, tem como característica particular a configuração de um anel obstétrico, que é a principal fonte de variabilidade entre os sexos. Desta forma, objetivou-se com este estudo determinar as variáveis morfométricas da pelve mais eficientes para diagnose sexual. Para tal, utilizou-se 50 pelves, 25 femininas e 25 masculinas, devidamente identificadas. Foram obtidas medições individualizadas do osso do quadril direito e do sacro, bem como dos ossos do quadril e do sacro articulados. Os dados foram analisados através do teste de normalidade de Kolmogorov-Sminorv e a partir deste, submetidos ao teste t de Student e Mann Whitney utilizando o Software GraphPad Prism 5.0 para Windows. Todos os testes foram aplicados com 95% de confiança e mostraram que as variáveis: altura total da pelve, largura mínima do púbis, extensão da espinha isquiática, comprimento do ílio, largura média do sacro, diâmetro transverso máximo da base do sacro, diâmetro acetabular, diâmetro transverso do acetábulo, ângulo subpúbico e comprimento do ísquio foram significativas. Podendo- se destacar o comprimento do ísquio, que apresentou um valor de p<0,0001. Devido às adaptações que possue para facilitação do parto, a pelve é um dos melhores parâmetros de dimorfismo sexual, inaltecendo-se a importância de identificar as variáveis morfométricas mais eficazes para otimizar a determinação do sexo.
Dentre os métodos utilizados para se verificar o sexo de esqueletos humanos desconhecidos, tem-se o estudo das características morfológicas e morfométricas de alguns ossos. A diagnose sexual é fundamental na análise de material esquelético humano tanto para o contexto médico-legal quanto para a arqueologia (Macaluso, 2010). Os componentes do esqueleto frequentemente investigados para este fim são a pelve e o crânio, embora a opinião corrente refere os ossos da pelve como indicadores mais confiáveis na identificação do sexo por serem reconhecidos como os ossos mais dimórficos, particularmente em indivíduos adultos (Genovés, 1959; Krogman e Ìşcan, 1986).
A pelve óssea é formada pelo sacro, cóccix e pelos ossos do quadril. Tendo como característica particular, a configuração de um anel obstétrico, que é a principal fonte de variabilidade entre sexos (Tague e Lovejoy, 1998). É dividida em pelve maior e menor, a falsa e a verdadeira, respectivamente, a falsa, comporta algumas vísceras abdominais, enquanto a verdadeira é de maior importância obstétrica e ginecológica por ser o canal do parto (Moore e Dalley, 2001).
Os homens apresentam uma estreita incisura isquiática maior com um ângulo agudo, o acetábulo grande e o púbis curto, com um ângulo subpúbico mais estreito. Em contraste, a pelve feminina mostra uma incisura isquiática maior, mais larga com um ângulo obtuso. Conta com a presença de um sulco pré-auricular, um menor acetábulo, um púbis mais longo, e um ângulo subpúbico mais largo (Ubelaker, 1989 ). Muitas das características dos ossos do quadril são adaptações à necessidade do corpo feminino de gerar e dar à luz a uma criança (Dangelo e Fatinni, 2002; Tortora e Grabowski, 2002). Desta forma, a pelve é o osso mais comumente utilizado para diagnose sexual, por fornecer os resultados mais precisos (Steyn e Ìşcan, 2008 ). No entanto, técnicas visuais, de análises apenas morfológicas, são amplamente criticadas, por serem altamente subjetivas (Bruzek, 2002; Maclaughlin e Bruce, 1990; Walker, 2005; Konigsberg e Hens, 1998; Murail et al, 2005). Variáveis morfométricas têm algumas vantagens sobre as morfológicas, tais como níveis elevados de simplicidade, coerência na sua obtenção e existência de poderosos métodos estatísticos para a análise dos dados (Konigsberg e Hens, 1998). Fornecendo, desta forma, resultados mais precisos.
Figura 1. Osso do quadril direito em vista medial, indicando as medidas ATP, LTI, EEI e LMP.
Figura 2. Osso do quadril direito em vista lateral, indicando as medidas DTA, DA, CI, CP e CISQ.
Figura 3. Sacro em vista posterior, indicando as medidas APS e LMS.
Figura 4. Sacro em vista anterior, indicando as medidas AAS e LASS.
Figura 5. Sacro em vista superior, indicando as medidas DAPBS e DTMBS.
Figura 6. Pelve em vista anterior, indicando a medida AS.
TABELA 1. Medidas da pelve a serem analisadas, bem como o material utilizado para realização de cada uma delas.
Códigos e Medidas Definição das Medidas^ Materiais utilizados para obtenção das medidas
ATP - altura total da pelve
Medida a partir do ponto mais inferior da tuberosidade isquiática para o ponto mais superior da crista ilíaca
Linha zero pré-lavada e régua
LTI - largura total do ílio^ Maior distância entre a espinha ilíaca ântero-superior e a póstero-superior Linha zero pré-lavada e régua
LMP - largura mínima do púbis
Distância mínima do ponto supra-acetabular ao ponto mais profundo da incisura isquiática maior
Paquímetro de aço (150 mm / 0.02mm)
EEI – extensão da espinha isquiática
Distância mínima da espinha ilíaca ântero- inferior ao ponto mais profundo da incisura isquiática maior
Paquímetro de aço (150 mm / 0.02mm)
DA - diâmetro acetabular^ Diâmetro máximo do acetábulo medido aolongo do corpo do ísquio^ Paquímetro de aço (150 mm /0.02mm)
DTA - diâmetro transverso do acetábulo
Diâmetro máximo do acetábulo medido da eminência púbica a extremidade acetabular
Paquímetro de aço (150 mm / 0.02mm)
CP- comprimento do púbis^ Distância do ponto acetabular ao ponto maissuperior da sínfise púbica^ Paquímetro de aço (150 mm /0.02mm)
CI - comprimento do ílio^ Medida do ponto acetabular ao ponto maisdistante da crista ilíaca^ Paquímetro de aço (150 mm /0.02mm)
CISQ - comprimento do ísquio^ Medida do ponto acetabular ao ponto maisinferior da tuberosidade isquiática^ Paquímetro de aço (150 mm /0.02mm)
APS - altura posterior do sacro
Medida do ponto mediano da margem posterior da base do sacro ao vértice
Paquímetro de aço (150 mm / 0.02mm)
AAS - altura anterior do sacro (^) promontório e a margem anterior da ponta doDistância entre o ponto mediano do^ Paquímetro de aço (150 mm /0.02mm)